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Com oficina gratuita, Toshi Tanaka comemora 30 anos do Núcleo Fu Bu Myo In

São Paulo, por Kleber Patricio

Imagem: Divulgação.

Até o dia 27 de janeiro, estão abertas inscrições para a oficina Fugaku ‘Uma criação de arte com doho 2025’, com Toshi Tanaka, que acontecerá de fevereiro a maio, no Espaço Cultural Artesãos do Corpo, na Santa Cecília, região central da capital paulista. A ação, gratuita, integra o projeto Kodama-Ecos em comemoração aos 30 anos do Núcleo Fu Bu Myo In.

Num total de 16 encontros, que acontecerão todas as segundas-feiras, sempre das 13h às 17h de 3 de fevereiro até 19 de maio, Toshi ministrará aulas sobre o tema Kata, forma que ressoa infinita, compartilhando sua pesquisa com práticas fundamentais: Seitaiho (educação corporal que busca a vida integral com base no doho); Teatro Nô (canto e dança que se relaciona com a natureza); Shodo (caligrafia com fude doho) e Butô (improvisação de dança com kata).

A oficina é dirigida a pessoas com experiência em Doho e, para as inscrições, os interessados devem enviar e-mail para contato@corporastreado.com.

O projeto Kodama-Ecos foi contemplado pela 37ª Edição do programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo.

Serviço:

Oficina Fugaku ‘uma criação de arte com doho 2025’ – Toshi Tanaka – Núcleo Fu Bu Myo In – 30 Anos

De 3/2 a 19/5 – segundas-feiras, das 13h às 17h

Espaço Cultural Artesãos do Corpo – Rua Martim Francisco, 661 – Vila Buarque, São Paulo – SP

Tel(11) 99310-8051

Inscrições até 27/1 pelo e-mail contato@corporastreado.com

Seleção: de 28 a 30 de janeiro

Público alvo: pessoas com experiência em Doho

Grátis.

(Com Elaine Calux)

Itinerância da exposição ‘Nasce uma noite, acende um clarão’, da artista visual de Ilka Lemos, chega ao Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Fotos: Filipe Berndt/Divulgação.

A artista visual Ilka Lemos inaugura a itinerância de sua exposição ‘Nasce uma noite, acende um clarão’, no dia 22 de janeiro de 2025 (quarta-feira), a partir das 16h na Galeria II do Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro. A visitação, gratuita, segue até 8 de março de 2025.

A mostra, que teve sua estreia em 2024, no espaço Fonte, em São Paulo, conta com curadoria de Nino Cais e texto crítico de Paula Borghi e apresenta uma série de trabalhos desenvolvidos de 2007 até 2024, enfatizando sua produção mais recente dos últimos três anos. Transitando por diversas técnicas como pintura, desenho, escultura, fotografia e instalação, a artista aborda assuntos que são caros à sociedade, como o envelhecer.

Nas palavras do curador, “Ilka Lemos traz em sua arte a figura desta mulher que carrega o tempo passado e o tempo presente. Metaforicamente, ela é sua filha, mãe e avó, pois seu trabalho é um fazer contínuo para se erguer uma tocha que acende e revela”. Trata-se de uma artista que encara o tempo com a consciência de que tudo lhe é imanente, por meio de um olhar matriarcal que se debruça sobre sua árvore genealógica.

Amparada pela figura bíblica de Lilith, a primeira mulher na história ocidental que habitou a Terra e soube dizer não, a mostra homenageia e celebra o ciclo de vida das mulheres. Assim, ‘Nasce uma noite, acende um clarão’ parte da imagem mística de uma fogueira que clareia a noite e os feitos das mulheres ao longo da história.

Sobre a artista

Ilka Lemos (Araçatuba, 1957) é artista visual. Vive e trabalha em São Paulo. A raiz de suas investigações encontra-se na mitologia da figura da Lilith como a primeira mulher na história ocidental que não se sujeitou. Sua produção não se restringe à uma única linguagem; ao desenvolver trabalhos têxteis, desenhos, instalações, esculturas, cerâmicas, pinturas e intervenções em fotografias, Ilka pesquisa as potencialidades do corpo feminino. Teve sua individual ‘Panorama’, com curadoria de Juliana Monachesi, na RUA13, (SP, 2021) e participa de exposições coletivas como ‘54a Arte Koguei Bunkyo’, Espaço Cultural Bunkyo, (SP, 2024); ‘Handmade: enredos femininos’, Centro Cultural Correios, (RJ, 2024); ‘Cama de Gato’, Edifício Vera, (SP, 2024) e ‘Radar’, Radar Arte, (SP, 2024).

Sobre os curadores

Nino Cais é graduado em Artes Visuais pela Santa Marcelina. Participou de diversas exposições nacionais e internacionais, dentre elas a 30° Bienal de São Paulo. Cofundador do Fonte e professor no Hermes, vem há anos acompanhando e auxiliando a produção de jovens artistas.

Paula Borghi é curadora, doutoranda e mestre em Artes Visuais na linha de História e Crítica de Arte pela UFRJ. Recentemente realizou exposições no Museu das Culturas Indígenas, Casa das Rosas, Biblioteca Mário de Andrade e Paço Imperial. Foi curadora adjunta da 11ª Bienal do Mercosul.

Serviço:

Nasce uma noite, acende um clarão, da artista visual Ilka Lemos

Curadoria: Nino Cais

Texto crítico: Paula Borghi

Abertura: 22 de janeiro de 2025 (quarta-feira), 16h às 20h

Período: 23 de janeiro a 8 de março de 2025 – terça à sábado, das 12h às 19h

Quanto: gratuito

Local: Centro Cultural Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

Site: https://www.correios.com.br/educacao-e-cultura

Redes sociais:

Ilka Lemos @ilkalemos_atelie

Paula Borghi @borghi.paula

Nino Cais @ninocais

Correios Cultural @correioscultural.

(Com Erico Marmiroli/Marmiroli Comunicação)

Theatro São Pedro anuncia Temporada 2025

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Theatro São Pedro. Créditos: Íris Zanetti.

O Theatro São Pedro, equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo gerido pela Santa Marcelina Cultura, divulga a Temporada 2025. Dentro da série lírica serão encenadas as óperas ‘Fidelio’, de Ludwig van Beethoven (1770–1827), ‘Oposicantos’, de Flo Menezes (1962), ‘Falstaff’, de Giuseppe Verdi (1813–1901), ‘Orfeu no Inferno’, de Jacques Offenbach (1819–1880), ‘O Barbeiro de Sevilha’, de Giovanni Paisiello (1740–1816) e ‘Candinho’, de João Guilherme Ripper (1959-), além do espetáculo com três títulos inéditos realizados pelo Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro.

A temporada lírica com a Orquestra do Theatro São Pedro inicia no mês de abril, com as récitas de Fidelio, a única ópera de Beethoven, nos dias 18, 20, 23, 25 e 27. Claudio Cruz assina a direção musical e William Pereira a direção cênica. O elenco traz nomes como a soprano Eiko Senda, o tenor Eric Herrero, o baixo-barítono Lício Bruno, entre outros.

Na sequência, será a vez da estreia mundial de Oposicantos, encomenda da Santa Marcelina Cultura para o compositor brasileiro Flo Menezes. A montagem ocorre em 3, 4, 5 e 6 de julho, com Eduardo Leandro na direção musical e Alexandre Dal Farra na direção cênica. Kátia Guedes (soprano), Luisa Francesconi (mezzo-soprano) e Aníbal Mancini (tenor) fazem parte do elenco.

Já no mês de agosto, nos dias 15, 17, 20, 22 e 24, o Theatro São Pedro apresenta a ópera cômica Falstaff, do italiano Giuseppe Verdi, tendo Ira Levin na direção musical e Caetano Vilela na encenação e iluminação. No elenco, nomes como os barítonos Rodrigo Esteves e Igor Vieira e as sopranos Gabriella Pace e Maria Carla Pino.

Em 2025, o Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro, programa que tem como objetivo fomentar a composição de obras operísticas inéditas, promove espetáculo com três títulos nos dias 7, 8 e 9 de novembro. Maíra Ferreira estará à frente da direção musical e Julianna Santos será a diretora cênica.

A temporada lírica com a Orquestra do Theatro São Pedro encerra o ano com Orfeu no Inferno, do compositor alemão Jaques Offenbach. A montagem traz André dos Santos na direção musical e Cibele Forjaz na direção cênica, além de elenco com os tenores Rodrigo Olmedo e Daniel Umbelino, o barítono Vinícius Atique e a soprano Raquel Paulin, entre outros. As récitas acontecem nos dias 12, 14, 17, 19 e 21 de dezembro.

ACADEMIA DE ÓPERA E ORQUESTRA JOVEM DO THEATRO SÃO PEDRO

Os dois grupos de formação ligados ao teatro e à Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP Tom Jobim, a Academia de Ópera e a Orquestra Jovem do Theatro São Pedro realizam duas montagens originais em 2025, cada uma com quatro récitas. A primeira será O Barbeiro de Sevilha, de Giovanni Paisiello, nos dias 29, 30, 31 de maio e 1º de junho, com Maíra Ferreira na direção musical e Ines Bushatski na direção cênica.

Já em outubro, nos dias 16, 17, 18 e 19, a Academia de Ópera e a Orquestra Jovem do Theatro São Pedro apresentam Candinho, do compositor e maestro brasileiro João Guilherme Ripper. A direção musical fica com Priscila Bomfim e a direção cênica com Ana Vanessa. Voltada para o público jovem, a ópera integra a programação de atrações infanto-juvenis do Theatro São Pedro em 2025.

CINE SÃO PEDRO

Em 2025, o Cine São Pedro realizará a com a Mostra Brasil-Alemanha, tendo a parceria da Cinemateca Brasileira e do Instituto Goethe. As sessões acontecem nos dias 13, 14, 15, 16, 20, 22 e 23 de março.

Sob a direção musical do regente e arranjador Marcelo Falcão, que foi fundador e regente titular da Babylon Orchester Berlin (a orquestra residente no lendário cinema Babylon, na capital alemã), a Orquestra do Theatro São Pedro executará trilha sonoras ao vivo para os seguintes filmes: Nosferatu (1921), de Friedrich Wilhelm Murnau; Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro; As aventuras de Lotte Reiniger e Moustapha Alassane (2018), de Elizabeth Beech e Carla Patullo; O Tempo e o Vento (2013), de Jayme Monjardim e As Aventuras do Príncipe Achmed (1926), de Lotte Reiniger.

Realizado em 2025 pelo 3º ano consecutivo, o Cine São Pedro visa promover o contato do público com a sétima arte em uma sala de concerto, tendo por objetivo resgatar também a história centenária do Theatro São Pedro, inaugurado em 1917 e que inclusive já foi cinema.

ESPETÁCULOS DE BALÉ E REQUIEM DE FAURÉ

Nos dias 4, 5, 6 e 7 de setembro, a parceria entre o Theatro São Pedro e a São Paulo Companhia de Dança mostrará ao público um programa com duas coreografias: Danças de Galanta, do compositor húngaro Zoltán Kodály (1882–1967) e O Sonho de Dom Quixote, com músicas de Ludwig Minkus (1826–1917) e Norberto Macedo (1939–2011). A direção musical e a regência dos espetáculos são de Claudio Cruz, que estará à frente da Orquestra do Theatro São Pedro. Márcia Haydée é responsável pela coreografia.

Também em setembro, uma das obras mais conhecidas do repertório clássico será tema de um espetáculo no Theatro São Pedro: nos dias 19, 20 e 21, o Requiem de Fauré terá a Orquestra do Theatro São Pedro, sob regência de Ligia Amadio, em programa que conta com participação do Coral Paulistano, Aline Santini na concepção cênica e iluminação e Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano. As récitas iniciam com a peça Tabula Rasa, do compositor estoniano Arvo Part (1935-).

TEMPORADA DE MÚSICA DE CÂMARA

A temporada de música de câmara seguirá proporcionando ao público experiências mais intimistas, dentro da série Além do Palco, que abre as apresentações do ano em concerto com a cantora Mônica Salmaso e o pianista Nelson Ayres, no dia 23 de fevereiro. Será a primeira vez que a música popular será apresentada nessa série.

Na sequência da temporada, o Theatro São Pedro traz um programa que resgata composições de diversas mulheres, tendo participação da soprano Marília Vargas e da pianista Michiko Licciardi. O concerto ocorre em 17 de maio, com obras de Isabella Collbran, Maria Szymanowska, Maria Malibran, Louise Reichard, Clara Schumann, Alma Mahler, entre outras.

No mês de junho, o programa As Quatro Estações conta com presença do solista Renan Gonçalves, spalla da Orquestra do Theatro São Pedro, e do Ensemble de cordas da Orquestra do Theatro São Pedro, que apresentam a obra mais famosa de Vivaldi no dia 14. Já no dia 12 de julho, o público poderá conferir no Theatro o programa Ella’s, com repertório que inclui músicas emblematizadas no soul, blues e no jazz por Ella Fitzgerald, Sara Vaughan, Nina Simone, Etta James e Whitney Houston. Na ocasião, destaque para a presença da mezzo-soprano Juliana Taino e do pianista Ogair Júnior.

Também em julho, no dia 13, o quarteto vocal Gole Seco, formado por ex-alunas da Emesp Tom Jobim, se apresenta no palco do Theatro São Pedro na temporada de música de câmara, em espetáculo que valoriza a voz e a música popular. Após, em 25 de outubro será promovido o concerto Deuses e Demônios, com obras de Bach, Händel, Purcell, Mozart, Villa-Lobos, Monteverdi, Schubert e Saint-Saëns, entre outros. A apresentação conta com participação do baixo Saulo Javan e do pianista Vitor Philomeno.

Para encerrar a temporada de música de câmara, novembro terá dois concertos: no dia 16, com o foco em sopros e percussão, músicos da Orquestra do Theatro São Pedro interpretam composições de Anders Hillborg, Yuri Behr, Carlos dos Santos e Bryan Lynn. No dia 20, com o programa A ópera sobe o morro, a solista Mere Oliveira e o pianista Marcos Aragoni executam repertório que estabelece um diálogo da música brasileira com a ópera.

MÊS DAS CRIANÇAS

Em outubro, o Theatro São Pedro irá apresentar o espetáculo infanto-juvenil Nossas histórias, nossas canções – reencontrando a história através da canção brasileira. Com a companhia Pequeno Teatro do Mundo e Ricardo Ballestero na concepção musical, os concertos acontecem nos dias 11 e 12.

CONCERTOS DIDÁTICOS

Nos dias 19, 20, 26 e 27 de julho, o Theatro São Pedro exibirá novas sessões do projeto de concertos didáticos Brincando em Cena. O espetáculo oferece uma jornada lúdica por meio do mundo da imaginação, em que a música, o teatro, a ópera e a improvisação se fundem para criar uma experiência encantadora. Com foco no público infanto-juvenil, o programa cativa tanto as crianças quanto os adultos, se valendo de árias de ópera cantadas em português, combinadas com jogos musicais e de cena, de uma forma criativa e divertida. André Dos Santos está na direção musical e Felipe Venâncio na direção cênica. “Cada apresentação será única, onde a improvisação desempenhará um papel crucial no desenvolvimento das narrativas. Os espectadores serão incentivados a contribuir com o espetáculo, proporcionando assim um espaço de troca entre os artistas e o público”, explica o gestor artístico da Santa Marcelina Cultura, Ricardo Appezzato.

EXPERIMENTA SÃO PEDRO

Em 2025, o Theatro São Pedro recebe mais uma edição do Experimenta São Pedro. Com a intenção de difundir a música de câmara e valorizar os projetos artísticos dos(as) profissionais, alunos(as) e ex-alunos(as) da Santa Marcelina Cultura, o evento recebe apresentações de grupos do Núcleo de Desenvolvimento de Carreira (NDC) da Emesp Tom Jobim, projetos dos músicos da Orquestra do Theatro São Pedro, bem como recitais dos cantores participantes da Academia de Ópera do São Pedro.

O teatro abre suas portas convidando o público a explorar seus diferentes espaços, tais como o palco, a plateia, o saguão, os camarins, o café, e até mesmo a fachada e a calçada se tornam palco para as apresentações. Em cada edição, três grupos de diferentes formações instrumentais e/ou vocais, com repertórios contrastantes, se revezam para compartilhar seu trabalho.

BILHETERIA

Os ingressos para a temporada 2025 estarão disponíveis em breve pelo site do Theatro São Pedro –theatrosaopedro.org.br.
THEATRO SÃO PEDRO – TEMPORADA 2025

TEMPORADA LÍRICA | ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO  

Fidelio

Orquestra do Theatro São Pedro

Cláudio Cruz, direção musical

William Pereira, direção cênica

Bruno Costa, regente coral

Giorgia Massetani, cenografia

Antônio Rabàdan, figurino

Caetano Vilela, iluminação

Ligiana Costa, dramaturgismo

Ana Vanessa, direção de palco

Eiko Senda, Leonore/Fidelio

Eric Herrero, Florestan

Andrey Mira, D. Fernando

Licio Bruno, D. Pizarro

Luiz-Ottavio Faria, Rocco

Lina Mendes, Marzelline

Mar Oliveira, Jaquino

Mikael Coutinho, Primeiro Prisioneiro

Adamo, Segundo Prisioneiro

LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770–1827)

Fidelio, Op. 72b

Ensaio geral aberto e gratuito: 16 de abril, Theatro São Pedro

Récitas: 18, 20, 23, 25 e 27 de abril

Quartas e sextas-feiras às 20h; domingos às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: 14 anos

***

Oposicantos

Estreia Mundial

Orquestra do Theatro São Pedro

Eduardo Leandro, direção musical

Alexandre Dal Farra, direção cênica

Mirella Brandi, iluminação

Awa Guimarães, figurino

Tiça Camargo, visagismo

Ronaldo Zero, direção de palco e assistente de direção

Katia Guedes, soprano

Luisa Francesconi, mezzo-soprano

Aníbal Mancini, tenor

Vinicius Atique, barítono

Homero Velho, Crisipo/ Chrysippus

FLO MENEZES (1962-)

Oposicantos

Ensaio geral aberto e gratuito: 1 de julho, Theatro São Pedro

Récitas: 3, 4, 5 e 6 de julho

Quarta, quinta, sexta e sábado às 20h; domingo às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: 14 anos

***

Falstaff

Orquestra do Theatro São Pedro

Ira Levin, direção musical

Caetano Vilela, encenação e iluminação

Bruno Costa, regente coral

Duda Aruk, cenografia

Thais Losso, figurino

Ronaldo Zero, direção de palco e assistente de direção

Rodrigo Esteves, Sir John Falstaff

Igor Vieira, Ford

Gabriella Pace, Mrs. Alice Ford

Maria Carla Pino, Nanetta

Juliana Taino, Mrs. Meg Page

Ana Lucia Benedetti, Mrs. Quickly

Santiago Martinez, Fenton

Vitorio Scarpi, Dr. Caius

Jean William, Bardolfo

Saulo Javan, Pistola

GIUSEPPE VERDI (1813–1901)

Falstaff

[Editora: Casa Ricordi SRL, Milão. Representada por Melos Ediciones Musicales S.A.,

Buenos Aires www.melos.com.ar]

Ensaio geral aberto e gratuito: 13 de agosto, Theatro São Pedro

Récitas: 15, 17, 20, 22 e 24 de agosto

Quartas e sextas-feiras às 20h; domingos às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: 12 anos

*** 

Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro

Maíra Ferreira, direção musical

Julianna Santos, direção cênica

Manuela Freua, cantora solista

Laiana Oliveira, cantora solista

Vinicius Atique, cantor solista

Ensaio geral aberto e gratuito: 5 de novembro, Theatro São Pedro

Récitas: 7, 8 e 9 de novembro

Sexta e sábado às 20h; domingo às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: 14 anos

***

Orfeu no Inferno  

Orquestra do Theatro São Pedro

André Dos Santos, direção musical

Cibele Forjaz, direção cênica

Bruno Costa, regente Coral

Ana Vanessa, direção de palco

Rodrigo Olmedo, Plutão

Vinicius Atique, Jupiter

Daniel Umbelino, Orfeu

Raquel Paulin, Eurídice

Denise de Freitas, Opinião Pública

Isabella Luchi, Diana

Juliana Taino, Cupido

JACQUES OFFENBACH (1819–1880)

Orfeu no Inferno

[Versão Brasileira: André Dos Santos]

[Mediante acordo com Bote & Bock Berlin e Boosey & Hawkes, editora e proprietário dos direitos autorais.]

Ensaio geral aberto e gratuito: 10 de dezembro, Theatro São Pedro

Récitas: 12, 14, 17, 19 e 21 de dezembro

Quartas e sextas-feiras às 20h; domingos às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: Livre

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TEMPORADA ACADEMIA DE ÓPERA E ORQUESTRA JOVEM DO THEATRO SÃO PEDRO

O Barbeiro de Sevilha

Academia de Ópera do Theatro São Pedro

Orquestra Jovem do Theatro São Pedro

Maíra Ferreira, direção musical

Ines Bushatsky, direção cênica

GIOVANNI PAISIELLO (1740–1816)

O Barbeiro de Sevilha

[Editora: Casa Ricordi SRL, Milão. Representada por Melos Ediciones Musicales S.A.,

Buenos Aires www.melos.com.ar]

Ensaio geral aberto e gratuito: 27 de maio, Theatro São Pedro

Récitas: 29, 30, 31 de maio e 1 de junho

quinta, sexta e sábado às 20h; domingo às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: 12 anos

Candinho

Academia de Ópera do Theatro São Pedro

Orquestra Jovem do Theatro São Pedro

Priscila Bomfim, direção musical

Ana Vanessa, direção cênica

Giorgia Massetani, cenografia

Fernanda Camara, figurino

Kuka Batista, iluminação

Elis de Sousa, visagismo

JOÃO GUILHERME RIPPER (1959-)

Candinho

Ensaio geral aberto e gratuito: 14 de outubro, Theatro São Pedro

Récitas: 16, 17, 18 e 19 de outubro

quinta, sexta e sábado às 20h; domingo às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: Livre

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TEMPORADA DE ESPETÁCULOS

Cine São Pedro: Mostra Brasil–Alemanha

Orquestra do Theatro São Pedro

Marcelo Falcão, direção musical

Cinemateca Brasileira

Instituto Goethe

Ensaio geral aberto e gratuito: 6 (São Paulo: A Sinfonia da Metrópole), 7 (Nosferatu), 11 (As Aventuras do Prince Achmed) e 12 de março (O Tempo e o Vento), 19h, Theatro São Pedro

Classificação etária: Livre

FRIEDRICH WILHELM MURNAU (1889-1931)

Nosferatu (1921) – 94’

[músicas de Hans Erdmann, Peter Schirmann, Hans Posegga, Berndt Heller]

Récitas: 13 e 20 de março, 20h, Theatro São Pedro

 

HUMBERTO MAURO (1897–1983)

Ganga Bruta (1933) – 82’

[músicas de Radamés Gnatalli com arranjos de Leonardo Bruno e Marcelo Ramos]

Récitas: 14 e 23 de março, 20h, Theatro São Pedro

ELIZABETH BEECH e CARLA PATULLO

As aventuras de Lotte Reiniger e Moustapha Alassane (2018) – 10’ 

Récitas: 15 e 22 de março, 17h, Theatro São Pedro

JAYME MONJARDIM (1956)

O Tempo e o Vento (2013) – 127’

Récitas: 15 e 22 de março, 20h, Theatro São Pedro

LOTTE REINIGER (1899–1981)

As Aventuras do Príncipe Achmed (1926) – 81’

[músicas de Wolfgang Zeller, Freddie Philipps] 

Récitas: 16 e 23 de março, 17h, Theatro São Pedro

***  

BaléO Sonho de Dom Quixote

Orquestra do Theatro São Pedro

São Paulo Companhia de Dança

Claudio Cruz, direção musical

Márcia Haydée, coreografia

ZOLTÁN KODÁLY

Danças de Galanta – 16′

  1. Lento
  2. Alegretto Moderato

III. Allegro con moto, grazioso

  1. Allegro
  2. Allegro Vivace

[Editora Universal Edition AG, Viena, www.universaledition.com] 

LUDWIG MINKUS (1826–1917) e NORBERTO MACEDO (1939–2011)

Dom Quixote – 90’

Récitas: 4, 5, 6 e 7 de setembro

quinta, sexta e sábado às 20h; domingo às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: Livre

Requiem de Fauré

Orquestra do Theatro São Pedro

Ligia Amadio, regência

Aline Santini, concepção cênica e iluminação

Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano

Coral Paulistano

ARVO PART (1935-)

Tabula Rasa – 16′
II. Silentium 

[Editora Universal Edition AG, Viena, www.universaledition.com]

GABRIEL FAURÉ (1845–1924)

Requiem, Op. 48 – 35’

Ensaio geral aberto e gratuito: 17 de setembro, Theatro São Pedro

Récitas: 19, 20 e 21 de setembro

Quinta, sexta e sábado às 20h; domingo às 17h, Theatro São Pedro

Classificação etária: Livre

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Concertos didáticos Theatro São Pedro – Brincando em Cena

Orquestra do Theatro São Pedro

André Dos Santos, direção musical

Felipe Venâncio, direção cênica

O espetáculo oferece uma jornada lúdica por meio do mundo da imaginação, em que a música, o teatro, a ópera e a improvisação se fundem para criar uma experiência encantadora. Com foco no público infanto-juvenil, o programa cativa tanto as crianças quanto os adultos, se valendo de árias de ópera cantadas em português, combinadas com jogos musicais e de cena, de uma forma criativa e divertida.

Ensaio geral aberto e gratuito: 18 de julho, das 9h às 12h40, Theatro São Pedro

Récitas: 19, 20, 26 e 27 de julho, às 11h, Theatro São Pedro

Classificação etária: Livre

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TEMPORADA DE MÚSICA DE CÂMARA

Mês das Crianças

Nossas histórias, nossas canções – reencontrando a história através da canção brasileira

Pequeno Teatro do Mundo

Ricardo Ballestero, concepção musical

Ensaio geral aberto e gratuito: 10 de outubro, 19h

Concertos: 11 e 12 de outubro, 11h, Theatro São Pedro

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Além do Palco

Samba Erudito

Monica Salmaso, solista

Nelson Ayres, piano

Concerto: 23 de fevereiro, 17h, Theatro São Pedro

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Mães e filhas, Irmãs, Música, Mulher

Marília Vargas, soprano

Michiko Licciardi, piano

ISABELLA COLLBRAN (1785–1845)

Povero cor, tu palpiti

MARIA SZYMANOWSKA (1789–1831)

Se spiegar

MARIA MALIBRAN (1808–1836)

Il mattino

LOUISE REICHARD (1779–1826)

Giusto amor

FANNY MENDELSSOHN (1805–1847)

Schwanenlied

JOSEPHINE LANG (1815–1880)

Ach, ich denke, ach, ich senke

CLARA SCHUMANN (1819–1896)

Lorelei

PAULINE VIARDOT (1821–1910)

Havanaise

LOUISE HERITTE VIARDOT (1841–1918)

Sehnsucht

ETHEL SMYTH (1858–1944)

Bei einer Linde, op. 3

ALMA MAHLER (1879–1964)

Die stille Stadt

MEL BONIS (1858–1957)

Reproche tendre

LILI BOULANGER (1893–1918)

Reflets

NADIA BOULANGER (1887–1979)

Cantique

Concerto: 17 de maio, 20h, Theatro São Pedro

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As Quatro Estações

Ensemble de cordas da Orthesp

Renan Gonçalves, solista

ANTONIO VIVALDI (1678–1741)

As Quatro Estações, op.8

  1. Primavera, RV 269
  2. Verão, RV 315
  3. Outono, RV 293
  4. Inverno, RV297

Concerto: 14 de junho, 20h, Theatro São Pedro

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Ella’s – no soul, blues e no jazz

Juliana Taino, mezzo soprano

Ogair Junior, Piano

ELLA FITZGERALD (1917–1996)

COLE PORTER (1891–1964)

You’re the top 

HOAGY CARMICHAEL (1899–1981) / NED WASHINGTON (1901–1976)

The Nearness of you 

GEORGE DAVID WEISS (1921–2010) / GEORGE SHEARING (1919–2011)

Lullaby of Birdland 

SARA VAUGHAN (1924–1990)

JOHNNY MERCER (1909–1976) / HENRY MANCINI (1924–1994)

Moon River 

STEPHEN SONDHEIM (1930–2021)

Send in the Clowns 

NINA SIMONE (1933–2003)

DUBOSE HEYWARD (1885–1940) / GEORGE GERSHWIN (1898–1937) / IRA GERSHWIN (1896–1983)

I Loves You Porgy 

DUBOSE HEYWARD (1885–1940) / GEORGE GERSHWIN (1898–1937) / IRA GERSHWIN (1896–1983)

Strawberry Woman 

ANTHONY NEWLEY (1931–1999) / LESLIE BRICUSSE (1931–2021)

Feeling Good 

NINA SIMONE (1933–2003) / WARING CUNEY (1906–1976)

Images

ETTA JAMES (1938–2012)

BERRY GORDY, JR. (1929-) / BILLY DAVIS (1938-) / GWEN FUQUA (1927–1999)

All I could do was cry 

HARRY WARREN (1893–1981) / MACK GORDON (1904–1959)

At last 

BOB MONTGOMERY (1937–2014)

Misty Blue 

WHITNEY HOUSTON (1963–2012)

MICHAEL MASSER (1941–2015) / LINDA CREED (1948–1986)

Greatest love of all  

Concerto: 12 de julho, 20h, Theatro São Pedro 

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Experienciais

Gole Seco

Concerto: 13 de julho, 20h, Theatro São Pedro

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Deuses e Demônios

Saulo Javan, baixo

Vitor Philomeno, piano

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685–1750)

Mache dich, mein Herze, rein (Paixão de Matheus) – 6’20”

GEORG FRIEDRICH HÄNDEL (1685–1759)

Leave me, loathsome light (Semele) – 5′

HENRY PURCELL (1659 1695)

What pow’r art thou (Rei Arthur) – 4′

WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756–1791)

O Isis und Orsiris (Flauta Mágica) – 3′

HEKEL TAVARES (1896–1969)

Funeral do Rei Nagô – 2’20”

MODEST MUSSORGSKY (1839–1881)

Serenata (Canções e Danças da Morte) – 6’20”

HEITOR VILLA-LOBOS (1887–1959)

IV Xangô (Canções Típicas Brasileiras) – 1’45”

CLAUDIO MONTEVERDI (1567–1643)

O tu, ch’innanzi morte (Orfeu) – 2’24”

FRANZ SCHUBERT (1797–1828)

Der Tod und das Mädchen – 2’55”

CAMILLE SAINT-SAËNS (1835–1921)

Dança Macabra, Op. 40 – 2’30”

ALBERTO NEPOMUCENO (1854–1920)

Oração ao Diabo, Op.20 nº2 – 3′

CARL LOEWE (1796–1869)

Erlkönig, Op. 1 n.3 – 3’20”

CHARLES GOUNOD (1818–1893)

Le veau d’or est toujours debout! (Fausto) – 2′

ARTHUR RUBINSTEIN (1887–1982)

O monólogo do Demônio (O Demônio) – 2’28”

CHARLES GOUNOD (1818–1893)

Vous qui faites l’endrmie (Fausto) – 3’37”

Concerto: 25 de outubro, 20h, Theatro São Pedro

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Respiros Modernos

Músicos da Orquestra do Theatro São Pedro

ANDERS HILLBORG (1954-)

Peacock Tales (Polar) – 8’

YURI BEHR (1969-)

i Trulli (lienea fra) – 5’

CARLOS DOS SANTOS (1990-)

De Jampa a Campina – 8’

BRYAN LYNN (1954-)

Doolallynastics (a Brief Torture for Solo Trombone) – 8’

Concerto: 16 de novembro, 17h, Theatro São Pedro

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A ópera sobe o morro

Mere Oliveira, solista

Marcos Aragoni, piano

Concerto: 20 de novembro, 17h, Theatro São Pedro.

THEATRO SÃO PEDRO

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país.

(Com Julian Schumacher/Santa Marcelina Cultura)

Novos indicadores para monitorar a regeneração natural viabilizam a recuperação das florestas na Amazônia

Amazônia, por Kleber Patricio

Regeneração florestal em uma paisagem de agricultura de corte e queima na Amazônia Central. Foto: Catarina Jakovac/Acervo pesquisadores.

A regeneração natural é um método de recuperação da vegetação nativa baseada no restabelecimento espontâneo da cobertura florestal em áreas degradadas por fogo, agricultura e pastagem, por exemplo. Esse processo resulta na formação das chamadas florestas secundárias. Um estudo publicado na revista científica ‘Communications Earth & Environment’ nesta sexta (20) por pesquisadores de instituições como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Museu Paraense Emílio Goeldi traz caminhos para garantir o sucesso da regeneração da floresta amazônica.

Segundo o artigo, a regeneração natural é mais eficiente em áreas que foram pouco usadas para agricultura ou pastagem no passado (por menos de 10 anos, aproximadamente) que possuam quantidade expressiva de floresta no entorno (mais de 50% da paisagem) e que tenham sofrido poucos eventos de corte e queima (menos de quatro).

Primeiros anos da regeneração natural após a prática de agricultura de corte e queima. Ao fundo, destaca-se uma floresta em regeneração com mais de 20 anos, evidenciando diferentes estágios sucessionais no mesmo ambiente. Foto: André Giles.

O estudo foi realizado com base em dados de 448 florestas secundárias em 24 localidades na Amazônia brasileira, considerando medidas de diversidade, função e estrutura da vegetação — referentes à riqueza de espécies nativas e ao diâmetro dos troncos das árvores, por exemplo. Com base nesses dados, a equipe propôs um conjunto de indicadores e valores de referência para avaliar se uma floresta que está regenerando está realmente sendo capaz de restaurar o ecossistema nativo.

A regeneração bem-sucedida resulta em florestas densas, diversas e com grande quantidade de biomassa. Os autores estimaram que uma floresta em regeneração com 20 anos de idade, por exemplo, deve ter no mínimo 14 metros quadrados de área basal por hectare – cálculo que considera a área ocupada pelos troncos e que indica sobre a estrutura da floresta. Essa floresta em regeneração também deve ter no mínimo 34 espécies a cada 100 indivíduos amostrados, um valor de 0,27 de índice de heterogeneidade estrutural – que é a variação no tamanho dos troncos das árvores, medida em uma escala de 0 a 1 – e pelo menos 123 toneladas de biomassa viva por hectare acima do solo. Florestas regenerantes na Amazônia que apresentem indicadores abaixo desses valores estão aquém do potencial de restauração da região, indicando a necessidade de intervenções para acelerar o processo.

Árvore remanescente da espécie Samaúma (Ceiba pentandra), inserida em uma floresta com mais de 50 anos de regeneração natural. Foto: André Giles.

Os indicadores permitem o monitoramento adequado da restauração florestal e do cumprimento de obrigações legais, como a Lei de Proteção da Vegetação Nativa e as compensações por danos ambientais. “A incerteza sobre a efetividade do processo de restauração gera insegurança para proprietários, órgãos ambientais e investidores”, destaca André L. Giles, pesquisador da UFSC e autor principal do estudo. “Nosso trabalho dá o primeiro passo para enfrentar essa subjetividade, oferecendo ferramentas claras para a tomada de decisões sobre quando atestar que a regeneração natural cumpriu seu papel como método de restauração”, complementa.

Segundo o Observatório da Restauração, o método é empregado em 67,58% dos projetos de restauração no Brasil. Na Amazônia, florestas regenerantes cobrem aproximadamente 18,9 milhões de hectares do bioma. Os autores esperam que os indicadores contribuam para um monitoramento mais preciso das iniciativas de restauração ecológica. Essa ferramenta baseada na ciência para verificar o sucesso da regeneração natural também deve permitir que o Brasil avance em direção ao cumprimento de suas metas ambientais globais, que incluem a restauração de 12 milhões de hectares até 2030, conforme o Acordo de Paris.

(Fonte: Agência Bori)