Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Um dos principais nomes do fotojornalismo brasileiro, Evandro Teixeira (1935) atuou na imprensa por quase seis décadas, sendo 47 anos no Jornal do Brasil. Com suas lentes, registrou os bastidores do poder no país, em especial as manifestações contrárias ao regime militar, além de temas associados ao esporte, à moda e à cultura. Em sua carreira, participou ainda de uma importante cobertura internacional: a do golpe militar no Chile em 1973. No país andino, produziu imagens impactantes do Palácio De La Moneda bombardeado pelos militares, dos prisioneiros políticos no Estádio Nacional em Santiago e do enterro do poeta Pablo Neruda.
As fotografias tiradas durante esse capítulo traumático da história chilena são o destaque da exposição “Evandro Teixeira, Chile, 1973”, em cartaz a partir de 21 de março (terça), na sede de São Paulo do Instituto Moreira Salles (Av. Paulista, 2424). No dia da abertura (21/3), às 18h, haverá um bate-papo com o fotógrafo, a jornalista Dorrit Harazim, que também esteve no Chile no mesmo período, e o curador da mostra, Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS. A entrada para a conversa é gratuita, com retirada de senhas uma hora antes (confira no serviço).
A mostra reúne cerca de 160 fotografias em preto e branco, livros, fac-símiles e outros objetos, como máquinas fotográficas e crachás de imprensa. Além dos registros feitos no Chile, a exposição traz imagens produzidas por Evandro durante a ditadura civil-militar brasileira, em um diálogo entre os contextos históricos dos dois países. Em monitores dispostos pelo espaço expositivo, também são apresentados trechos de filmes que documentam o período, como “Setembro chileno”, de Bruno Moet, e “Brasil, relato de uma tortura”, de Haskell Wexler e Saul Landau.
Evandro, cujo acervo está sob a guarda do IMS, viajou para o Chile em setembro de 1973, no dia seguinte ao golpe militar de 11/9 que levou à morte do presidente eleito Salvador Allende. O fotógrafo foi como correspondente do Jornal do Brasil e acompanhado pelo repórter Paulo Cesar de Araújo. Retido com dezenas de outros correspondentes internacionais na fronteira da Argentina com o Chile, fechada deliberadamente pela junta militar chilena, chegou a Santiago em 21/9. Sob a vigilância dos militares, a imprensa internacional circulava por uma cidade sitiada e ocupada pelas forças militares, com rígido toque de recolher. Além de contornar a censura local, Evandro precisava revelar as imagens rapidamente em um pequeno laboratório improvisado, que instalou no banheiro do seu hotel, e transmiti-las em seguida usando um aparelho de telefoto.
Entre as imagens produzidas nesse período, o registro mais importante feito pelo fotógrafo, que ele mesmo considera um dos marcos de sua carreira, foi a da morte e enterro do poeta Pablo Neruda. Um dia depois de chegar a Santiago, Evandro soube pela esposa de um diplomata que Neruda estava hospitalizado em uma clínica da cidade. O fotógrafo foi até o local, mas não conseguiu registrar o escritor, que morreu na noite daquele mesmo dia. Na manhã seguinte, retornou à clínica, já ciente da morte, e conseguiu acesso ao interior do edifício por uma entrada lateral, chegando ao local onde Neruda estava, em uma maca no corredor, sendo velado por sua viúva, Matilde Urrutia. Em entrevista para o site do IMS, o fotógrafo relembra o episódio: “Estou lá, rondando o hospital, e de repente abre uma porta lateral, olho, tiro a Leica, sempre deixo preparada para dois metros, o que der, deu. Entro, Neruda está na maca, dona Matilde, sua mulher, sentada com o irmão dela”.
Evandro fez a foto e, em seguida, pediu permissão para a viúva, lembrando que havia fotografado Neruda anteriormente em um encontro com o escritor Jorge Amado no Brasil. Matilde não só permitiu que ele fizesse os registros, como pediu para acompanhá-la até a residência do casal, La Chascona, onde o corpo seria velado. “Dentro da clínica fiz a maca, fiz várias fotos, apavorado. Eu olhava em volta, pensava naquele mundo de fotógrafos em Santiago e dizia pra mim mesmo: não, não é possível, só eu aqui, só eu?”, relembra. Evandro registrou naquele dia e no seguinte detalhadamente todas as etapas do velório e enterro do poeta, que contou com grande participação popular e se tornou o primeiro grande ato contra o governo de Pinochet.
Evandro foi, assim, o único fotojornalista a registrar Neruda ainda na clínica, logo após seu falecimento, que hoje, de acordo com estudos recém-publicados, parece ter sido causado por envenenamento. O curador Sergio Burgi comenta a importância dessa série de imagens, principal destaque da exposição: “Esta é uma documentação excepcional e em grande parte ainda inédita, oriunda da obstinação e audácia de um fotojornalista brasileiro que conseguiu penetrar incógnito no hospital onde se encontrava o corpo do poeta que admirava e conhecera no Brasil”.
A exposição também traz imagens que Evandro realizou no Estádio Nacional do Chile, local onde o governo encarcerou e torturou inúmeros presos políticos. Os correspondentes foram levados pelos próprios militares para fotografar o local, em uma iniciativa oficial que visava a encobrir as violações de direitos humanos que aconteciam ali. Ainda assim, Evandro e outros colegas conseguiram driblar o cerco e registrar tanto a chegada não planejada pelos militares de novos presos políticos ao estádio como também penetrar no subsolo do local, onde jovens estudantes foram fotografados sendo conduzidos para áreas internas. Junto aos registros do Estádio Nacional, há também imagens que mostram a violência militar em Santiago, como a foto do Palácio De La Moneda bombardeado.
Em outro núcleo, a mostra apresenta fotos feitas por Evandro durante a ditadura brasileira e que hoje fazem parte do imaginário sobre o período. Entre elas, estão a da Tomada do Forte de Copacabana, feita exatamente no dia 1 de abril de 1964, as imagens das manifestações contrárias ao governo, em 1968, como a da Passeata dos Cem Mil, vetada pelos censores da época por registrar a faixa “Abaixo a ditadura, povo no poder” ou ainda a foto na qual Evandro registra a queda de um motociclista da FAB, em 1965. Junto aos registros, há uma cronologia da carreira do fotógrafo, além de depoimentos em vídeo em que relembra momentos marcantes de sua trajetória.
Para Sergio Burgi, o conjunto de imagens reforça a importância da prática diária do fotojornalismo como ferramenta de fiscalização do poder e preservação da memória: “A obra de Evandro Teixeira é expressão plena deste compromisso do fotojornalismo com o testemunho direto da realidade e com a liberdade de expressão e criação, essenciais tanto em nosso passado recente como ainda hoje. Passadas cinco décadas, suas imagens sobre as ditaduras militares no Chile e no Brasil reafirmam claramente a importância da democracia e do respeito absoluto ao estado de direito e à cidadania. São imagens que claramente desnudam o autoritarismo e permanecem denunciando, ainda nos dias de hoje, de forma clara e cristalina, os riscos das aventuras golpistas”.
Em cartaz até julho, a mostra também contribui para a reflexão sobre a extensa obra de Evandro Teixeira, profissional comprometido sobretudo com seu ofício, como revelam suas palavras: “Minha aventura pessoal identifica-se com a aventura vivida pelo mundo. Não tenho méritos para isso, sou um homem manejando uma câmera. Quando bem operada, é um fósforo aceso na escuridão. Ilumina fatos nem sempre muito compreensíveis. Oferece lampejos, revela dores do impasse do mundo. E desperta nos homens o desejo de destruir esse impasse”.
Exposição simultânea na Biblioteca de Fotografia
Entre 21 de março e 11 de junho, a Biblioteca de Fotografia do IMS Paulista, em diálogo com as fotos de Evandro Teixeira, apresenta a mostra “Papel, tinta e chumbo: fotolivros e ditaduras sul-americanas”, composta de publicações que abordam as ditaduras militares ocorridas na América do Sul entre os anos 1960 e 1980. Os títulos apresentados mostram como fotógrafos e artistas documentaram os acontecimentos no momento em que aconteceram ou como os rememoraram depois, muitas vezes se valendo de álbuns familiares e arquivos públicos. Nas páginas dos livros, encontram-se a iminência dos golpes de Estado, a atuação da repressão, o cotidiano possível, os dramas familiares, as greves e as lutas de resistência, os lugares indizíveis, o exílio, as dissidências ocultas e os efeitos da ausência dos desaparecidos. Entre os livros apresentados na mostra, estão “A greve do ABC”, de Nair Benedito, Juca Martins e Eduardo Simões et al (Brasil); “La manzana de Adán”, de Paz Errázuriz (Chile), e “Una sombra oscilante”, de Celeste Rojas Mugica (Argentina), entre muitos outros.
Sobre o catálogo | O IMS lançará um catálogo da exposição. A publicação trará, além das fotografias presentes na mostra, textos da cientista política, socióloga e professora Maria Hermínia Tavares de Almeida, do escritor Alejandro Chacoff e do curador da exposição, Sergio Burgi, e uma cronologia organizada pela pesquisadora Andrea Wanderley. O catálogo tem previsão de lançamento para o dia da abertura da exposição.
Serviço:
Exposição “Evandro Teixeira, Chile 1973”
Abertura: 21 de março
Visitação: até 30 de julho
6º andar
IMS Paulista
Entrada gratuita
Curadoria: Sergio Burgi
Assistência de curadoria: Alessandra Coutinho
Pesquisa biográfica e documental: Andrea Wanderley
Pesquisa no acervo: Alexandre Delarue
Conversa sobre a exposição “Evandro Teixeira, Chile, 1973”, com Evandro Teixeira e a jornalista Dorrit Harazim. Mediação de Sergio Burgi.
21 de março, terça-feira, 18h, no cineteatro do IMS Paulista
Entrada gratuita. Distribuição de senhas 60 minutos antes do evento
Limite de uma senha por pessoa.
Capacidade do cineteatro: 145 lugares
Evento com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Exposição “Papel, tinta e chumbo: fotolivros e ditaduras sul-americanas”
Abertura: 21 de março
Visitação: até 11 de junho
1º andar
IMS Paulista
Entrada gratuita.
IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424 – São Paulo, SP
Entrada gratuita
Horário de funcionamento: terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h.
(Fonte: Instituto Moreira Salles)
Os fãs de piano e das sinfonias trágicas de Mahler e Prokofiev têm um motivo especial para vir ao Theatro Municipal de São Paulo no próximo final de semana: a premiada pianista ucraniano-americana Anna Dmytrenko irá apresentar, junto à Orquestra Sinfônica Municipal, obras desafiadoras e comoventes: o Concerto para piano nº2 do russo Sergei Prokofiev e a Sinfonia nº 6 em Lá Menor, a Trágica, do austríaco Mahler, nos dias 3 e 4 de março, além de um concerto didático gratuito dedicado a Prokofiev no dia 2/3 (sexta).
Já no dia 2 de março, em um programa de 50 minutos de duração, o Concerto para piano nº 2 (31’), escrito por Prokofiev em 1913, será apresentado em seus quatro movimentos ao longo de todo o concerto. A obra, que levou um ano para ser feita e ficou conhecida também pelo fato de seu manuscrito original ter se perdido em um incêndio e ter sido, então, reescrita em 1923. Tecnicamente desafiador, o trabalho foi dedicado à memória de um amigo de Prokofiev que se suicidou no ano em que iniciou a composição e trouxe reações calorosas do público pelo olhar futurista que o russo lançava à música de sua época. A apresentação terá comentários que aproximam o público do universo da música erudita e é gratuita, com ingressos podendo ser reservados com dois dias de antecedência.
No programa dos dias 3 e 4, com 135 minutos e 20 de intervalo, a pianista e a orquestra, sob a regência de Roberto Minczuk, irão percorrer os quatro movimentos da obra de Prokofiev, seguida pela composição que Mahler fez a partir de sua angústia frente à iminência de sua própria morte, uma obra de orquestração densa e forte. Os ingressos vão de R$12 a R$64.
Dmytrenko é um grande nome do piano internacional, tendo se apresentado por diversos lugares ao redor do mundo; entre eles, Carnegie Hall, Lincoln Center, Paris Philharmonie e Hammer Theatre, entre tantos outros.
Premiada em inúmeras competições internacionais, a pianista levou o segundo lugar no Prêmio de Escolha da Audiência e Prêmio de Melhor Peça Contemporânea na competição internacional de Piano Olga Kern, além de ter sido o terceiro lugar na Ricard Viñes International Piano Competition, primeiro lugar na Manhattan International Music e terceiro lugar no New York International Piano Competition.
Entre suas colaborações orquestrais, estão projetos como a Orquestra Sinfônica del Valles,a KwaZulu-Natal Philharmonic, a New Mexico Philharmonic, a Bacau Philharmonic e a Orchestre de Chambre de Paris. Seu primeiro álbum foi lançado em 2018 e se chama “Anna Dmytrenko: Live in Recital”, no qual apresenta obras de Medtner, Rachmaninoff e Barber.
Anna estudou na Juilliard School, nos Estados Unidos, com Oxana Yablonskaya, na Royal Academy of Music, em Londres com Christopher Elton e na University of the Arts em Berlin com Pascal Devoyon e, atualmente, trabalha em seu doutorado em música na Manhattan School of Music com Olga Kern.
Serviço:
Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Concerto Didático – Prokofiev
Theatro Municipal – Sala de Espetáculos
2/3/2023 • 20h
Roberto Minczuk, regência
Anna Dmytrenko, piano
Programa
SERGEI PROKOFIEV
Concerto para piano nº 2 (31’)
I. Andantino
II. Scherzo: Vivace
III. Moderato
IV. Finale: Allegro tempestoso
Duração 50 minutos
Capacidade 1523 lugares
Classificação livre para todos os públicos — Sem conteúdos potencialmente prejudiciais para qualquer faixa etária.
Ingressos gratuitos – Reserva no site 2 dias antes do concerto.
Em caso de desistência da reserva, solicite o cancelamento, até 2 horas antes do evento, através do e-mail bilheteria@theatromunicipal.org.br.
Orquestra Sinfônica Municipal apresenta Trágicas: 6ª de Mahler e 2ª de Prokofiev
Theatro Municipal – Sala de Espetáculos
3/3/2023 • 20h
4/3/2023 • 17h
Roberto Minczuk, regência
Anna Dmytrenko, piano
Programa
SERGEI PROKOFIEV
Concerto para piano nº 2 (31’)
I. Andantino
II. Scherzo: Vivace
III. Moderato
IV. Finale: Allegro tempestoso
Intervalo (20’)
GUSTAV MAHLER
Sinfonia nº 6 em Lá menor, “Trágica” (80’)
I. Allegro energico, ma non troppo
II. Andante moderato
III. Scherzo
IV. Finale
Duração total aproximadamente 135 minutos (com intervalo)
Classificação livre para todos os públicos — Sem conteúdos potencialmente prejudiciais para qualquer faixa etária.
Ingresso de R$12,00 a R$64,00 (inteira).
(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)
O Festival Amazônia Mapping, pioneiro e um dos maiores eventos de arte e tecnologia do Brasil, convida o público para vivenciar uma experiência imersiva no metaverso amazônico, em uma ilha de realidade virtual com cenários realistas integrando obras audiovisuais, performances artísticas, música, videomapping e vivência formativa nos dias 6 e 8 de março. O tema desta edição será ‘Floresta Viva’ e os conteúdos serão disponibilizados gratuitamente no canal do Youtube e site do festival .
Com apresentações inéditas em uma Amazônia imaginária, o evento promove uma programação multilinguagem com encontros entre artistas amazônicos e paulistas em ambiente virtual que apresenta a floresta e cidades da região como personagens do cenário criado para o festival.
Associando música e imagem em shows inéditos, entre os participantes está o artista indígena de Manaus Nelson D. que, em dupla com a artista visual Bianca Turner, proporcionarão uma viagem audiovisual “Cyber amazonense”.
Já a cantora Aíla, expoente da música pop da Amazônia, apresentará de forma inédita as músicas do seu disco ‘Sentimental’ em parceria com o artista Jean Petra, convidado a fazer intervenções com elementos e objetos 3D sobre vídeo captado com uma câmera 360º, criando uma narrativa junto ao filme.
A DJ Meury, DJ e produtora e importante nome da cena de tecnobrega do Pará, tocará pela primeira vez as suas produções na Ilha VR do Amazônia Mapping, com projeções de diversas obras do artista PV DIAS, incluindo o Altar Sonoro.
A experiência também trará a performance nomeada ‘Crisálida’, da artista visual e performer Rafael Bqueer, em que se abarca o conceito de um ser em metamorfose, uma identidade em transição, assumindo subjetivas formas, alternando gestos entre a delicadeza e visceralidade de sua mutação.
Uma experiência de projeção sobre a floresta virtual fica por conta da artista multimídia e diretora artística Roberta Carvalho com a obra imersiva ‘Resiste!’, que percorre videoarte, realidades mistas e intervenção urbana criando uma poesia visual realizada para pensar sobre temas urgentes como a preservação e as reconexões com a natureza.
O Amazônia Mapping ainda promove uma colaboração inédita entre os artistas Microdosys e Ilumina Chebel nos visuais e Irû Waves na trilha sonora para a criação ‘Alma de Selva’, um video mapping com imagens sintetizadas a partir das redes neurais de inteligência artificial. Por meio da técnica text-to-image, a obra introduz as forças invisíveis da natureza que se mostram em sons e nas máscaras dos espíritos dos animais. Elas surgem marcando sua presença como um aviso pedindo respeito e proteção para a floresta.
“O festival dá protagonismo a um dos assuntos mais importantes no momento para o mundo: a Amazônia, que é floresta e é cidade. São muitas Amazônias, e a gente está aqui para mostrar toda essa pluralidade e romper estereótipos. A arte sensibiliza as pessoas pela emoção, transmite novas perspectivas por meio de suas linguagens. Essa edição traz também encontros inéditos entre artistas amazônidas e de São Paulo, com o intuito de fazer circular ainda mais a arte brasileira produzida na região Norte para além das margens”, pontua Aíla que, além de se apresentar no Festival, é codiretora artística do projeto.
Tecnologia e arte
Como referência da intersecção entre arte e tecnologia, desde sua primeira edição em 2013, o FAM tem a Amazônia em seu DNA. A fim de submergir o público para que possa aproveitar ao máximo essa experiência, serão utilizados conteúdos inéditos, gravados em formato 360º e elementos originais da floresta, como rios e cidade para as projeções, integrando artistas reais em ambientes virtuais e presenciais. A experiência poderá ser aprimorada com o uso de óculos de realidade virtual.
A ilha foi desenvolvida durante a pandemia, por meio da plataforma Unreal Engine, usada para a criação de gráficos de jogos eletrônicos. O projeto foi premiado na categoria “Inovação: Música e Tecnologia”, da Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM SP) e, desde então, foi palco das duas últimas edições do festival.
A direção artística do projeto é assinada pelas artistas Roberta Carvalho e Aíla, destaques do Pará contemporâneo, que trazem esse encontro de sucesso entre imagem e música. Recentemente, estiveram juntas também na NAVE do Rock in Rio, onde Roberta assinou a direção artística geral, e Aíla, a direção musical. “Proporcionar este tipo de experiência é mostrar que tecnologia e arte podem andar juntas, levando o público a vivenciar momentos de curiosidade e encantamento. Nosso festival propõe esse mergulho para todos, reafirmando a força da cultura produzida na Amazônia e a importância da floresta para o mundo”, afirma Roberta Carvalho, artista e também realizadora do Festival Amazônia Mapping.
Oficina online
Focada no compartilhamento do processo de construção da experiência em Realidade Virtual do Festival Amazônia Mapping, a etapa de vivência será realizada online e gratuitamente no dia 8 de março, a partir das 19 horas. Ministrada por Roberta Carvalho e Caio Fazolin, do estúdio ADA, é responsável pelo desenvolvimento tecnológico do ambiente virtual. As inscrições serão divulgadas em breve nas redes sociais oficiais e limitadas a 100 vagas.
A proposta é convidar os participantes a conhecerem a história e as tecnologias que embasam a construção da ilha virtual do Festival Amazônia Mapping, evento pioneiro no mercado de artes visuais e tecnologia no Brasil.
Durante a conversa, serão discutidos tópicos relacionados à criação do ambiente virtual, à escolha dos artistas e à produção das apresentações artísticas. Além disso, serão compartilhados exemplos de como a tecnologia advinda do mundo dos games pode ser utilizada para amplificar a expressão artística e a conexão entre o público e as obras.
Durante duas horas, estarão reunidos profissionais da área de tecnologia e arte, que irão compartilhar suas perspectivas sobre o uso da tecnologia no contexto da produção cultural. Este será um momento único de aprendizado e troca de experiências para todos aqueles que se interessam pelo tema. Será uma oportunidade para o público aprender sobre o mundo da arte e da tecnologia e como elas se juntam para criar experiências imersivas.
Sobre o Festival Amazônia Mapping
Um projeto inovador na Região Amazônica, o Festival Amazônia Mapping busca, por meio de oficinas e apresentações artísticas, o desenvolvimento e difusão de uma linguagem visual contemporânea intitulada vídeo mapping ou projeção mapeada e seu desdobramento nas artes visuais, com a proposta de reconfigurar olhares sobre nossa paisagem urbana e o mundo digital, levando a arte para espaços inimagináveis, de forma lúdica e com conteúdos relevantes.
O festival se propõe a valorizar artistas do norte promovendo o intercâmbio com profissionais de outros estados brasileiros, possibilitando assim trocas de conhecimento e o desenvolvimento, na Amazônia, de uma das técnicas visuais mais inovadoras nos dias de hoje.
Confira abaixo a programação completa:
6/mar/2023 – segunda-feira
Música e Imagem: Nelson D + Bianca Turner
Música e Imagem: Aíla + Jean Petra
Música e Imagem: DJ Meury + PV Dias
Performance: Rafael Bqueer
Vídeo Mapping: Resiste! / Roberta Carvalho
Vídeo Mapping: microdosys + ilumina chebel / Trilha: Irû Waves
Horário: A partir das 11 horas
Local: No site e canal oficial do youtube do Festival Amazônia Mapping
8/mar/2023 – quarta-feira
Vivência
Facilitadores: Roberta Carvalho e Caio Fazolin
Data: 8 de março
Horário: 19 horas
Duração: Duas horas
Vagas: 100
Específico para profissionais e interessados da área de tecnologia.
(Fonte: Agência Lema)
A partir do dia 09 de março, quinta-feira, às 18h, a Galatea expõe um panorama retrospectivo da obra de Marília Kranz (1937-2017). Nascida no Rio de Janeiro, Marília foi pintora, desenhista e escultora e passou a ter seu espólio oficialmente representado pela galeria paulista a partir do ano passado. A mostra “Marília Kranz: relevos e pinturas” apresentará cerca de 30 obras, entre esculturas e pinturas, que cobrem a trajetória percorrida pela artista desde os anos 60, fase inicial de sua produção, até os anos 2000. Quem assina o projeto expográfico da mostra é Marieta Ferber, designer e diretora de arte.
A escolha do nome de Marília Kranz surgiu por meio de uma pesquisa de Conrado Mesquita, um dos sócios da galeria, que estabeleceu contato com as filhas da artista. Então responsáveis pelo espólio da artista, ficaram muito entusiasmadas com esse projeto de resgate de sua obra no contexto atual da arte no Brasil e com a expansão do seu alcance para além do mercado do Rio de Janeiro, onde a artista sempre foi apreciada.
Pioneira na luta pelo feminismo, Marília Kranz dedicou-se, nos primeiros anos de sua carreira, ao desenho e ao estudo da pintura. Em dado momento, começou a explorar o campo da abstração geométrica, produzindo em relevos como gesso, papelão e madeira, que integraram a sua primeira exposição individual, em 1968, na Galeria Oca, no Rio de Janeiro. Em 1969, ao retornar de viagens que fez à Europa e aos Estados Unidos, passou a produzir os relevos a partir da técnica de moldagem a vácuo (vacuum forming), usando plástico, fibra de vidro, resina e esmaltes industriais, além de esculturas em acrílico cortado e polido chamadas de Contraformas.A técnica foi inovadora, já que, à época, era pouco difundida no Brasil até mesmo no setor industrial. Além disso, o conteúdo dos trabalhos era carregado de forte caráter experimental. Segundo o crítico de arte Frederico Morais, as formas abstratas e geométricas exploradas nestas obras – e na produção de Marília Kranz como um todo – se aproximariam mais de artistas internacionais como Ben Nicholson (Inglaterra), Auguste Herbin (França) e Alberto Magnelli (Itália) do que das vertentes construtivistas de destaque no Brasil, como o Concretismo e o Neoconcretismo.
A partir de 1974, a artista retomou o trabalho com pinturas sobre tela, mas desta vez o foco era outro: imagens de paisagem carregadas de certa volúpia. A artista passou a trazer para o centro da tela elementos constituintes das suas paisagens preferidas no Rio de Janeiro. Comparada a artistas como Giorgio de Chirico e Tarsila do Amaral, os seus cenários e figuras geometrizadas e oníricas, beirando a abstração, evocam solenidade e erotismo. Os tons pastéis, por sua vez, tornaram-se a sua marca. “A cor cede diante da intensidade luminosa”, diz Frederico Morais. Ao observarmos as flores e as frutas que protagonizam com grande sensualidade várias de suas pinturas, pensamos também em Georgia O’Keeffe, considerada por Marilia Kranz sua “irmã de alma”.
Na exposição, será possível acompanhar a passagem, dentro do percurso da artista, de uma geometria abstrata e formalista dos relevos do fim da década de 1960 para a pintura de paisagem – figurativa, mas com intrusões da geometria – que começa a desenvolver em meados da década de 1970 e que explora até o fim de sua produção. Marilia passa de uma estética de certa forma “fria, formalista ou racional” para algo mais “quente, fluido, afetivo”, inspirada também por sua paixão pela paisagem do Rio de Janeiro e pela pauta da liberação sexual feminina. Nessa transição entra o erotismo das flores, por exemplo, que a conecta com a pintura de Georgia O’Keeffe, e as cores e paisagens que a aproximam tanto da Tarsila de Amaral Pau-Brasil/Antropofágica quanto das paisagens vazias e solenes dos metafísicos que influenciariam o surrealismo, como Di Chirico.Marília Kranz foi selecionada pela Galatea como a primeira mulher de muitas que estão nos planos de representação da galeria. Tornou-se conhecida por sua ativa defesa em prol da libertação sexual e da liberdade política durante a ditadura militar no Brasil (1964 a 1985), além da luta pelas causas ambientais, atuando como uma das fundadoras do Partido Verde em 1986. Expôs em galerias e instituições nacionais e internacionais, recebendo prêmios em razão de suas pinturas e esculturas. Em 2007, foi homenageada na grande exposição retrospectiva “Marília Kranz: relevos e esculturas”, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio).
Sobre a Galatea
A Galatea é uma galeria que surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin esteve à frente por quase uma década como sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita é marchand e colecionador especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis e Tomás Toledo é curador e contribuiu ativamente para a histórica renovação institucional do MASP, de onde saiu recentemente como curador-chefe.
Tendo a arte brasileira moderna e contemporânea como foco principal, a Galatea trabalha e comercializa tanto nomes já consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Tal amplitude temporal reflete e articula os pilares conceituais do programa da galeria: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não canônico, o erudito e o informal.
Além dessas conexões propostas, a galeria também aposta na relação entre artistas, colecionadores, instituições e galeristas. De um lado, o cuidado no processo de pesquisa, o respeito ao tempo criativo e o incentivo do desenvolvimento profissional do artista com acompanhamento curatorial. Do outro, a escuta e a transparência constante nas relações comerciais. Ao estreitar laços, com um olhar sensível ao que é importante para cada um, Galatea enaltece as relações que se criam em torno da arte — porque acredita que fazer isso também é enaltecer a arte em si.
Nesse sentido, partindo da ideia de relação é que surge o nome da galeria, tomado emprestado do mito grego de Pigmaleão e Galatea. Este mito narra a história do artista Pigmaleão, que ao esculpir em marfim Galatea, uma figura feminina, apaixona-se por sua própria obra e passa a adorá-la. A deusa Afrodite, comovida por tal devoção, transforma a estátua em uma mulher de carne e osso para que criador e criatura possam, enfim, viver uma relação verdadeira.
Serviço:
Local: Galatea
Endereço: Rua Oscar Freire, 379, loja 1 – Jardins, São Paulo – SP
Abertura: 9 de março, quinta-feira, às 18h
Período expositivo: 9 de março a 29 de maio de 2023
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, das 11 às 15h
Mais informações: https://www.galatea.art/
Estacionamento no local.
(Fonte: A4&Holofote Comunicação)
Haegue Yang combina e faz referência a elementos diversos, especialmente objetos fabricados industrialmente com itens cotidianos. De varais de roupas a sinos, venezianas a luzes, colagens a textos, a artista, em uma linguagem própria, busca libertar os objetos de sua rigidez e limitação. Desde o início da sua carreira, em meados dos anos 90, trabalha trazendo peças do espaço privado e doméstico para a esfera pública, não motivada pelo ato de deslocamento, mas interessada sobretudo no efeito estético.
O termo “quase”, no título da exposição, ‘Quase Coloquial’, poderia ser interpretado como algo que é parecido com o original, ainda que não seja igual. Inserido no título de diversos trabalhos da artista, o termo “quase” tem o poder de se opor a uma confiança absoluta ou dependência em categorizações como original, central, importante ou dominante. Ainda que o termo “coloquial” tenha uma definição aparentemente conhecida, ele pode adquirir um significado diferente dependendo do contexto. A artista se entende como alguém operando como parte de uma diáspora, em um processo contínuo. Para ela, a mostra é uma oportunidade para aprender mais sobre o espaço expositivo e para reconhecer de forma sincera e potente o seu lugar de fora. Ela pode nunca falar um idioma de uma maneira coloquial, mas a noção de coloquial adquiriu um novo sentido em sua vida artística, em sua incansável investigação sobre um entendimento coletivo sobre forma, funcionalidade e racionalidade.
A exposição reúne peças de destaque, como as cinco esculturas geométricas feitas de venezianas, um material recorrente na produção de Yang desde 2006. As obras na Pinacoteca são intituladas “Stacked Corners” [Cantos Empilhados] e fazem referência à obra “Espaços Virtuais: Cantos”, do artista brasileiro Cildo Meireles (1948). As esculturas expostas na Galeria Praça são suspensas, sendo três motorizadas, que giram em cima do espectador, e duas estáticas. A noção de movimento tem sido um dos interesses centrais no trabalho de Yang, seja um movimento real ou potencial; seja sugerindo uma dimensão política ou social. Todas as esculturas de ‘Stacked Corners’ apresentam cores como o violeta, verde, azul e o laranja, prestando homenagem à arquitetura modernista popular do Brasil. As obras complementam a parede pintada com pó xadrez vermelho que remete à construção vernacular brasileira.
Cada vez mais, seu trabalho assume uma dimensão performativa, com objetos móveis dispostos em certas coreografias. Yang é conhecida por incorporar características esculturais antropomórficas em suas obras, como nas peças de “Sonic Clotheshorses” [Varais sónicos]. Esculturas sobre rodas, compostas por varais de roupa cobertos por sinos, são imbuídas de energia potencial que é ativada quando são colocadas em movimento por performers. As peças escultóricas traduzem a fronteira entre a natureza inanimada do objeto e o vigor do corpo humano, com uma potencialidade de performatividade em inúmeras variações de formas visuais.
O processo artístico de Yang passa por uma pesquisa meticulosa, como fica evidente no papel de parede imersivo de “Alien Colloquial” [Estrangeiro Coloquial], obra desenvolvida especialmente para esta exposição, composta por grandes colagens abstratas. Cada colagem se debruça sobre um tema diferente, porém, seguindo uma estratégia recorrente na obra da artista de se preservar um certo hibridismo, há uma fragmentação dos motivos incorporados. Expandindo para temas como a arte e arquitetura, a natureza, a imigração, o crime, a música e a dança, a artista faz uso do conceito de “Estrangeiro Coloquial” como uma oportunidade para mergulhar em um estudo eclético e subjetivo sobre o Brasil, a partir da perspectiva de uma estrangeira.
Pensando sobre o que a artista chamou de “um território indomesticável”, ela convida o espectador a pensar sobre como os artistas viajam pelo tempo e pela geografia sem conquistar nada, em um ato de travessia muito distinto. Nas peças, Yang faz colagens em que reúne imagens de olhos, orelhas e mãos de personalidades como Tomie Ohtake, Mira Schendel, Lygia Clark, Cildo Meireles, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer, Caetano Veloso e Maria Bethânia, formando um mosaico em que também observamos a Hello Kitty, paisagens, animais e frutas tropicais, instrumentos e máquinas, entre outros.
“Existem potentes diálogos entre a produção de Haegue Yang e a história da arte brasileira, que por sua vez conta com uma longa tradição de explorar a relação do objeto de arte com o cotidiano. A prática de Yang, porém, utiliza outras estratégias de transformação. Sua arte consegue apontar para estruturas sociais, culturais e econômicas, propondo linguísticas alternativas, bem como novas possibilidades de transposição, tradução e apropriação”, explica Jochen Volz, diretor geral da Pinacoteca.
A mostra conta também com a obra “Mesmerizing Mesh” [Malha hipnotizante] (2021), que tem sua ideia central construída a partir de orientações espirituais contra autoritárias, como o xamanismo. Embora sua pesquisa seja extensa, a produção de Yang gira em torno da materialidade do papel. O hanji, papel feito artesanalmente a partir da casca da amoreira, pode ser encontrado em diversas tradições artísticas ou ritualísticas em lugares como Japão e China. Para a produção inicial de ‘Mesmerizing Mesh’, a artista se concentrou em motivos e objetos do xamanismo, xintoísmo e rituais folclóricos usados para criar objetos reservados para ritos de purificação, cura ou exorcização. Ultimamente, as colagens foram exibidas em cenários multicoloridos tingidos à mão e gradualmente combinadas com motivos vegetais ou animais extraídos da tradição Eslava de wycinanki. Ao dobrar, cortar e perfurar hanji, Yang examina uma metodologia compartilhada entre artistas e xamãs de dar “saltos místicos” da matéria terrena para algo além.
Duas obras textuais de Yang completam a mostra: Uma cronologia de dispersão fundida – “Duras e Yun” (2018) e Uma cronologia de dispersão fundida – “Duras e Orwell” (2021). Os textos reúnem três personalidades históricas: a autora francesa Marguerite Duras (1914-1996), o compositor Isang Yun (1917-1995) e o autor inglês George Orwell (1903-1950). Yang faz um exame cronológico de incidentes na vida de três pessoas envolvidas/entrelaçadas com a colonização de países asiáticos e a Guerra Fria, entre outros eventos históricos. As duas obras oferecem uma oportunidade de conexão com as vidas complexas e atraentes dessas personalidades históricas que, ao mesmo tempo, refletem sobre a artista e seus complexos laços com a Ásia e a Europa. Os textos estão disponíveis via QR code e servem de material secundário para a exposição.
A exposição “Quase Coloquial” tem patrocínio de B3 – A bolsa do Brasil, na cota Platinum, e da Verde Asset Management, na cota Prata.
Sobre a artista
Haegue Yang é uma das artistas mais celebrados do nosso tempo, com uma larga pesquisa conceitual e trabalhos que incluem instalações, fotografia, esculturas, vídeo e texto. Respondendo ao espaço de exibição, a artista cria site-specifics que incorporam tanto a arquitetura do espaço expositivo como o material coletado no contexto. Seu refinado e particular tratamento da materialidade, combinado com o elegante senso de espaço e atmosfera, contribuem para suas instalações envolventes e ressonantes.
A artista participou da Bienal de São Paulo em 2006, apresentando peças como “Series of Vulnerable Arrangements – Blind Room” (2006), “Video Trilogy” (2004-2006) e “Storage Piece” (2004), agora consideradas entre seus trabalhos formativos mais significativos.
Yang foi a vencedora do prêmio Wolfgang Hahn Prize da Gesellschaft für Moderne Kunst, Museu Ludwig, Colônia em 2018 e o 13º Prêmio Benesse na Bienal de Singapura, em 2022. Seu trabalho foi apresentado em exposições solo nas seguintes instituições: MoMA, Nova York (2019); The Bass, Miami Beach (2019); South London Gallery (2019); Museum Ludwig, Colônia (2018); KINDL – Centro de Arte Contemporânea, Berlim (2017); Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Georges Pompidou, Paris (2016); Leeum Museum of Art, Seul (2015); Museu Solomon R. Guggenheim, Nova York (2015); Tate Modern, Londres (2012) e Pavilhão Coreia do Sul, 53ª Bienal de Veneza (2009), entre outros.
Serviço:
Quase Coloquial
4.3.2023 a 28.5.2023
Pinacoteca Contemporânea – Galeria Praça
Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h
Ingresso: inteira, R$20,00 – meia: R$10,00
Nos primeiros 30 dias, a entrada para visitação das exposições não será cobrada.
(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)