Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
O circuito do Festival Dança em Trânsito já começou e está a todo o vapor. O Palco Carioquinha, destinado ao público infantil, traz o espetáculo “Nem sim, nem não” (sucesso de público e crítica na temporada paulista), do Núcleo de Arte Ofício, sempre às 16h, aos sábados e domingos (04, 05, 11,12, 18 e 19/3), na Sala de Espetáculos Maria Thereza Tápias, situada no Espaço Tápias, na Barra da Tijuca.
Sobre o espetáculo “Nem Sim, Nem Não”
“Nem Sim, Nem Não”, primeiro texto infantil escrito pelos atores Pedro Cardoso e Graziella Moretto, que também assinam a concepção e direção da peça, tem sua primeira montagem carioca com os atores Viviana Rocha e Hernane Cardoso. A estreia dessa montagem aconteceu com o casal de autores em cena, em 2019, na cidade de São Paulo. O sucesso foi tão grande que recebeu indicações de prêmios reconhecidos no país: para prêmio APCA de melhor texto original, e para o prêmio Femsa/Coca Cola de melhor texto original e melhor atriz para Graziella Moretto.
“Nem sim nem não” trata de assuntos como tolerância, autoridade e autoestima em tempos de relativização da verdade, sendo uma comédia infantil para toda família. A peça conta a história de uma jovem que começa a trabalhar cedo como empregada doméstica para ajudar a família, como tantas no Brasil. A menina consegue dois empregos. O primeiro é numa casa onde tudo pode: a “Casa do Sim”. Até o que não pode, lá pode. O segundo emprego é na “Casa do Não”, onde tudo é proibido, principalmente dizer sim. A moça, que desenvolve a criação e contação de histórias em seu trabalho de cuidar de crianças, busca arquitetar uma solução para a convivência com famílias de opiniões tão diferentes! “Nem Sim, Nem Não” é uma fábula sobre a polarização excessiva das opiniões.
Sobre o Dança em Trânsito
Há 20 anos, o projeto Dança em Trânsito reúne apresentações artísticas, formação, capacitação, reflexão e intercâmbio entre grupos de dança de diversas cidades do Brasil e do mundo. O festival, realizado em circuitos, possibilita trocas de experiências entre artistas nacionais e internacionais convidados, e incentiva o desenvolvimento das linguagens da dança. E este ano apresenta o projeto Palco Carioquinha, com peça de teatro e espetáculo de dança para os pequenos.
Sobre o Espaço Tápias
O novo Espaço Tápias, inaugurado em 30/4/2022, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, nasce com o propósito de transformar vidas, dar oportunidades e realizar sonhos.
O Espaço Tápias disponibiliza salas para aulas e uma sala para espetáculos e outros encontros envolvendo arte – a Sala Maria Thereza Tápias. É uma organização que tem como proposta favorecer, divulgar e oportunizar a dança, com foco na dança contemporânea e em seus segmentos.
A disposição para incentivar a criação, para promover performances, estimular talentos e fomentar pesquisas são posturas e projetos valiosos para quem se dedica à dança e permeiam todas as ações do espaço. Com a nova sede, contribui para o desenvolvimento e a expansão da dança, com ênfase na dança contemporânea, no Brasil e no mundo.
A nova sede inaugurou uma etapa inovadora da jornada do Espaço Tápias, abarcando o que já é realizado até agora e lançando-o em novas empreitadas, para que, todos os amantes de dança e de outras artes, possam trilhar novos caminhos e oferecer mais espaço à arte.
Ficha Técnica:
Texto e direção: Graziella Moretto e Pedro Cardoso
Elenco: Viviana Rocha e Hernane Cardoso
Figurinos e adereços: Giovanna Moretto
Direção técnica: Hernane Cardoso
Produção da temporada Rio: Alexandre Mofati, Hernane Cardoso e Viviana Rocha
Realização temporada Rio: Ofício Produções e HM Produções.
Serviço:
Festival Dança em Trânsito 2023
Palco Carioquinha [Teatro infantil]
“Nem Sim Nem Não”
Local: Sala Maria Thereza Tápias – Espaço Tápias
Horário: 16h
Dias 4, 5, 11,12, 18 e 19 de março – sábados e domingos
Duração: 50 minutos
Ingressos: Inteira $30,00 / Meia $15,00 – pela plataforma Sympla
Endereço: Av. Armando Lombardi, 175 – 2º andar – Barra da Tijuca
Classificação: Livre.
(Fonte: Claudia Tisato Assessoria de Imprensa)
Nos dias 3 e 4 de março de 2023, sexta-feira às 20h00 e sábado às 18h00, com entrada gratuita, o Grupo Pandora de Teatro apresenta o espetáculo “Jardim Vertical”, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, que fica na Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – SP.
“Jardim Vertical” é uma fábula contemporânea que conta as histórias e as relações de uma família que vive isolada do mundo externo em um seguro apartamento no quadragésimo sétimo andar de um edifício, onde é preciso abrir espaço no cotidiano para que sonhos aconteçam neste contexto de compensação e artificialidade.
De forma cômica e satírica, o espetáculo transita pelo dia-a-dia dessa família que se relaciona de maneira superficial, deixando de lado a naturalidade para se adequar dentro de um contexto que aparentemente é a garantia da segurança – um paraíso artificial que revela o autoritarismo presente em seu convívio, trazendo para a cena aspectos significativos da nossa sociedade, como o conceito de família, as ambições patriarcais, bem como os sonhos e desejos de mudança.
Com texto e direção de Lucas Vitorino, o espetáculo explora o universo nonsense, trazendo o olhar para a essência da personalidade autoritária no contexto brasileiro, imerso em um universo irreal, distópico e absurdo.
O processo de criação é resultado da pesquisa contínua do Grupo Pandora de Teatro em investigar os vestígios do teatro do absurdo e suas poéticas no contexto latino americano.
Em 2023, o Grupo Pandora de Teatro comemora 19 anos de pesquisa contínua no bairro de Perus – SP. Com intensa produção artística, o Grupo Pandora aborda em suas criações temáticas pertinentes à história do Bairro de Perus e do Brasil, suas injustiças sociais e suas problemáticas, através de uma invenção poética que exalta a força da teatralidade.
Mais informações: www.facebook.com/grupopandora.deteatro
Instagram: www.instagram.com/grupo_pandora_de_teatro
https://oficinasculturais.org.br/atividade/jardim-vertical.
Ficha técnica – Criação: Grupo Pandora de Teatro | Texto e Direção: Lucas Vitorino | Elenco: Caroline Alves, Filipe Pereira, Rodolfo Vetore e Wellington Candido | Iluminação: Elves Ferreira | Sonoplastia: Rodolfo Vetore | Cenografia: Thalita Duarte | Cenotecnia: Marina Lima, Morsantap Revest e SN7 Cenografia |Figurinos: Thais Kaori | Customização de figurino: Anna Belinello, Marina Veneta e Cristian Montini | Operação de vídeo: Lucas Vitorino | Preparação corporal: Rodolfo Vetore | Preparação vocal: Caroline Alves | Produção: Thalita Duarte | Design gráfico: Levy Vitorino | Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini | Colaboração: Filipe Dias, Diego Meshi e Cristian Montini.
Serviço:
Espetáculo “Jardim Vertical” com Grupo Pandora de Teatro
Sinopse: Jardim Vertical reflete sobre as relações familiares na contemporaneidade e a falsa ideia de segurança. De forma cômica e satírica, o espetáculo transita pelo dia-a-dia de uma família que opta por se isolar do mundo exterior em um seguro apartamento no quadragésimo sétimo andar de um edifício.
Duração: 80 minutos.
Classificação indicativa: 12 anos
Grátis
Gênero: Teatro
Quando: 3 e 4 de março de 2023 | Horário: sexta-feira às 20h00 e sábado às 18h00
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade | Endereço: Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – SP.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Luciana Gandelini)
Conhecido nos grandes teatros do país, Jorge Takla marcou a história dos palcos brasileiros e do mundo dirigindo óperas e musicais de estrondoso sucesso. O diretor encena agora “Paris” junto à Studio 3 Cia de Dança, com direção coreográfica do renomado Anselmo Zolla, no dia 27 de fevereiro, segunda-feira, às 20h. A obra de teatro-dança desfila em uma coreografia surpreendente a arte de grandes personagens históricos da arte do século XX que viveram em Paris, tais como Vaslav Nijinsky, Igor Stravinsky, Cole Porter, Gabrielle Chanel, Isadora Duncan, Marlene Dietrich, Josephine Baker, Pablo Picasso, Tamara Karsavina e Boris Kochno, tendo como pano de fundo amores, polêmicas e eventos históricos (guerras, censuras, derrocadas) que marcaram sua arte. A cenografia é de Renata Pati, os figurinos são de Fabio Namatame, a direção musical é de Felipe Venâncio, a iluminação, de Joyce Drummond e as projeções, de Ronaldo Zero. Os ingressos vão de R$12 a R$36.
“A Studio 3 Cia de Dança tem como característica sempre trabalhar com um diretor cênico convidado. Sempre quis muito que o Takla viesse trabalhar conosco. Poder mergulhar nessa viagem, conhecer melhor esse universo permeado por grandes artistas em um trabalho muito delicado, com muita pesquisa e afinco, para mim, como coreógrafo criador é um presente e um privilégio”, diz Anselmo Zolla, coreógrafo e diretor artístico da Studio 3 Cia de Dança.
Jorge Takla, o diretor convidado, completa: “Embora Anselmo Zolla tenha coreografado vários espetáculos meus, como ‘Rigoletto’, ‘Sonho de Uma Noite de Verão’ e ‘Jesus Cristo Superstar’, é a primeira vez que trabalho com a Studio 3”, conta Takla. “E é um prazer. Todos os bailarinos têm uma sólida formação técnica clássica e contemporânea e uma maturidade na vivência artística”.
Sobre a inspiração para o espetáculo, Takla afirma que interessava trabalhar com personagens que tinham marcado sua formação. O diretor viveu na cidade-luz quando seu pai foi embaixador do Líbano na França e, também, quando cursou arquitetura, entre 1968 e 1974. “Morei muitos anos em Paris e convivi com os trabalhos artísticos de todos esses nomes e seus ecos”, lembra o diretor, que criou um espetáculo em que o pano de fundo da guerra, da miséria e dos escândalos políticos não deixa de destacar a arte e a vida pulsantes durante o período.
Embora talvez menos conhecido do grande público, Boris Kochno, poeta, dançarino e libretista russo que viveu em Paris, é uma figura que amarra diversas ações e tramas dançadas pelos bailarinos. Ele é, segundo o diretor, o grande artista e cronista da vida artística do período que a encenação compreende, uma testemunha de muita arte e suas histórias de fundo. Amante de Cole Porter e personagem que teve contato artístico com diversos outros personagens da peça, os personagens se imbricam em narrativas de vida, como é o caso de Chanel e Marlene Dietrich, amigas, ou Josephine Baker, que atuou como vedete, cantora e bailarina, primeira grande estrela negra das artes cênicas e importante figura na resistência francesa antinazista.
A queda e os tombos dos artistas em meio à monumentalidade de suas vidas e produção é uma imagem simbólica e corporal que se apresentará forte no trabalho. O cenário, monumental, conta com três muralhas de 7 metros que receberão projeções especiais de Ronaldo Zero. O figurino de Fabio Namatame reside entre o luxuoso e o onírico, o histórico e o contemporâneo.
Sobre o processo artístico, Takla festeja a possibilidade de ter trabalhado por seis meses junto aos bailarinos da companhia entre laboratórios e ensaios. “Foi uma alquimia muito intensa que resultou em um frasquinho de 60 minutos que o público vai poder agora conferir”.
“Muito do que será apresentado nesse espetáculo, descobri por meio dos olhos de mademoiselle Chanel”, diz o encenador, que já dirigiu Marília Pera no papel da estilista e mecenas, mas também em “Vítor ou Vitória” e no papel de Maria Callas.
Ficha técnica: Jorge Takla, concepção e direção | Anselmo Zolla, direção coreográfica | Renata Pati, cenografia | Fabio Namatame, figurinos | Felipe Venâncio, direção musical | Joyce Drummond, iluminação | Ronaldo Zero, criação de vídeos | Elenco Studio3 Cia de Dança: André Neri, Artemis Bastos, Dilenia Reis, Fernando Rocha, Jefferson Damasceno, Joaquim Tomé, Jurandir Rodrigues, Kauê Ribeiro, Kênia Genaro, Mara Mesquita, Naia Rosa, Paula Miessa e Vera Lafer.
Serviço:
Paris
Segunda-feira, 27 de fevereiro, 20h
Theatro Municipal
Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Sé – São Paulo, SP
Duração total 70 minutos
Classificação 10 anos – pode conter histórias com conteúdos violentos e linguagem imprópria de nível leve
Ingresso de R$12,00 a R$32,00 (inteira)
Antes de participar deste espetáculo, conheça os protocolos recomendados e consulte a classificação indicativa disponível no Manual do Espectador (acesse aqui)
Programação sujeita a alteração.
(Fonte: Theatro Municipal de São Paulo)
Um sítio arqueológico foi encontrado na área onde será construída a Barragem do Piraí por arqueólogos que estão, desde o final de 2022, realizando um trabalho de campo no local. Foram encontrados fragmentos feitos à base de argila, como uma panela de barro e um cachimbo, metal, vidro e uma moeda que deve ser datada dos meados do século 19. Os artefatos encontrados não interferem no andamento das obras da Barragem.
De acordo com o arqueólogo Taiguara Francisco Aleixo da Silva, todo material encontrado é levado para análise e, em seguida, identificado e catalogado separadamente, o que configura a próxima etapa do trabalho. Com isso, será possível relacionar as práticas cotidianas do período histórico da região e, assim, contribuir com o conhecimento cultural da população.
Segundo a superintendente do Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí (Conirpi), Vanessa Kühl, representante do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), consta em contrato a realização da pesquisa e é uma exigência para o licenciamento ambiental de preservação do patrimônio histórico referente ao sítio arqueológico.
“Consta em contrato a realização do Resgate Arqueológico e é uma exigência do licenciamento ambiental e da autorização do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), conforme autorização do processo 01506.002349/2011-19, referente aos sítios arqueológicos”, esclarece a superintendente. Vanessa conta que também faz parte das ações do Conirpi a realização, ainda sem data marcada, de visitas ao local com escolas, para que os alunos possam acompanhar e conhecer o procedimento feito pelos arqueólogos. Este trabalho não afeta a execução das obras, pois trata-se das áreas do entorno da Barragem e só agrega valor ao futuro reservatório.
Barragem do Pirai
Com previsão de iniciar as obras em 2023, a Barragem do Rio Piraí irá atender os municípios de Indaiatuba, Itu, Salto e Cabreúva, regularizando a vazão do manancial e garantindo sua captação durante o ano todo, inclusive nos períodos de estiagem. A obra conta com recursos financeiros dos Municípios e dos Governos Federal e Estadual.
A represa tem a capacidade de reservação para 9,7 bilhões de litros de água, sua extensão é de 3,5 quilômetros, com a largura média de 450 metros e profundidade de 15 metros, além de um espelho d’água de 1.823.960 m² e área de Preservação Ambiental (APP) de 1.617.250 m², somando uma área total de 3.441.210 m². Já a Travessia tem uma extensão de 370 metros e a altura de 9,5 metros e o Dique, uma extensão de 700 metros e altura de 9,5 metros.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Estudo de pesquisadores do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde e da Universidade de São Paulo (USP) aponta que os dados para acompanhamento do estado nutricional e de alimentação de crianças e adolescentes no Brasil do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) variam muito ao longo do tempo e apresentam cobertura muito desigual. Publicado nesta segunda-feira (27) na revista “Cadernos de Saúde Pública”, o estudo mostra que o monitoramento é marcadamente maior nos estados do Nordeste e Norte e para crianças de até 10 anos.
A cobertura dos dados do Sisvan, plataforma vinculada ao Ministério da Saúde, dobrou de 2008 a 2019, mas retornou a níveis parecidos com 2008 após os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19, o que mostra uma lacuna sobre dados nutricionais de crianças e adolescentes. Os dados dizem respeito à população que é acompanhada em serviços de atenção primária à saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Isto pode acontecer no contexto de programas governamentais, como o acompanhamento das condicionalidades de saúde do Bolsa Família ou ações do Saúde na Escola. Por isso, eles não abrangem a evolução do estado nutricional de todas as crianças e adolescentes do Brasil.
O pesquisador Matías Mrejen, um dos autores do estudo, explica que o objetivo do trabalho foi justamente o de apontar as limitações dos dados do Sisvan. “A gente estava com um projeto mais geral de tentar entender a evolução do estado nutricional de crianças e adolescentes no Brasil. Diante das particularidades do Sisvan, achamos uma boa ideia começar por essa análise sobre potenciais limitações com o uso dos dados desse sistema”, diz o pesquisador, vinculado ao Instituto de Estudos para Políticas Públicas.
A análise do estudo foi feita utilizando os relatórios disponibilizados pelo Sisvan entre 2008 e 2021. Neles, estão disponibilizadas, por município, diferentes indicadores do estado nutricional de crianças e adolescentes, construídos em base a informações sobre peso, idade e altura de todas as crianças monitoradas pelo sistema.
Ainda que aponte limitações no Sisvan em acompanhar o estado nutricional da população brasileira, o pesquisador faz a ressalva de que esses dados podem ser úteis para tomadores de decisão. “Eles podem ser muito informativos, desde que sejam consideradas todas as ressalvas necessárias”, finaliza.
(Fonte: Agência Bori)