Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Depois de sua minuciosa investigação sobre como o governo brasileiro lidou com a pandemia de Covid-19, o sociólogo Gustavo Gumiero lança agora um estudo, ao mesmo tempo sensível e contundente, sobre a Guerra na Ucrânia. “Gritos da Guerra – O conflito Rússia-Ucrânia na voz das mulheres que sofrem” traz depoimentos de mulheres que enfrentaram e ainda enfrentam os horrores da guerra, que já dura um ano.
Gumiero esteve na Ucrânia dois meses antes da invasão russa. E, mesmo com o conflito em andamento, decidiu viajar para a Rússia e, ao invés de dedicar-se ao turismo, passou a colher depoimentos de ucranianas, russas e bielorrussas. Sua própria experiência, o que viveu e como encontrou a Rússia em tempos de guerra estão retratados na obra.
“Como a guerra afetou a vida das mulheres foi o que procurei documentar nestas páginas. O conflito marcou e marcará definitivamente a vida daquela gente. Como elas reagiram, o que sentiram e sentem. Reuni seis histórias que, apesar de diferentes entre si, mostram como a guerra é perversa. Como me disse uma das mulheres com quem conversei: em uma guerra são as pessoas comuns que mais sofrem.”
O sociólogo apresenta ao leitor ainda um retrato da história da Rússia que remonta às origens desse que é o maior país em extensão territorial do planeta. Traça ainda um perfil de seu líder, Vladimir Putin, que deu a si próprio status de czar. “Gritos da guerra: o conflito Rússia-Ucrânia na voz das mulheres que sofrem” é uma oportunidade rara para que os leitores possam entender a guerra através da visão daqueles que a vivem diariamente e cujas histórias raramente estão na mídia.
Mestre e doutor em Sociologia, Gustavo Gumiero é mestre e doutor em Sociologia pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Além de “Pandemia no Brasil. Fatos, falhas e… atos”, lançado em 2022, é autor de mais quatro obras e tem ainda centenas de artigos publicados em diversos jornais do Brasil. “Gritos da Guerra – O conflito Rússia-Ucrânia na voz das mulheres que sofrem” será lançado no dia 24/2 na livraria Leitura do Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP) e estará à venda em formato impresso e digital.
Serviço:
Livro “Gritos da Guerra – O conflito Rússia-Ucrânia na voz das mulheres que sofrem”
Data de lançamento: 24/2/23
Horário: entre 19h30 e 21h
Local: Livraria Leitura do Shopping Parque D. Pedro (Campinas).
(Fonte: Estilo Press)
A Temporada de Concertos 2023 do Instituto Baccarelli se inicia no dia 16 de fevereiro, uma quinta-feira, às 20h, com a Orquestra Sinfônica Heliópolis. Sob regência de Isaac Karabtchevsky, maestro titular do grupo e diretor artístico da instituição, o grupo leva ao Teatro B32 um programa que é um verdadeiro festival, com obras de Lorenzo Fernandez, Heitor Villa-Lobos, Maurice Ravel, Johann Strauss e Antônio Carlos Gomes. Os ingressos vão de R$40 a R$20 (meia-entrada) e estão à venda na bilheteria do teatro ou no site teatrob32.byinti.com. Também haverá transmissão online gratuita — para participar da plateia online basta realizar se inscrever em institutobaccarelli.org.br/agenda.
Abre o programa o famoso “Batuque”, de Lorenzo Fernández (1897-1948). Movimento final de sua suíte “Reisado do Pastoreio” (1930), a peça ganhou fama mundial por sua força rítmica e expressividade, tornando-se atração recorrente em salas de concertos brasileiras e internacionais. Exemplo máximo de sua fase nacionalista, o “Batuque” faz parte do empenho de Fernandez em traduzir em música a diversidade cultural do Brasil.
Outro compositor que se dedicou a criar uma música autenticamente nacional foi Heitor Villa-Lobos (1887-1959), contemporâneo e amigo de Fernandez considerado o grande patrono da música clássica brasileira. Entre suas obras mais conhecidas, estão o ciclo das “Bachianas Brasileiras” — uma série de nove suítes para formações diversas em que o autor uniu expressões do folclore nacional às formas composicionais de Johann Sebastian Bach (1685-1750). Das suas Bachianas, serão apresentados dois famosos movimentos: o “Prelúdio” da “Bachiana nº 4” (1942) e “O Trenzinho do Caipira”, tocata que fecha a “Bachiana nº 2” (1934).
Na sequência, é a vez de outro expoente da música moderna do início do século XX: o francês Maurice Ravel (1875-1937). Considerado um mestre da orquestração, Ravel é dono de uma produção vasta e diversa, ao mesmo tempo singular e em sintonia com a tradição musical francesa. No Teatro B32, a Orquestra Sinfônica Heliópolis interpreta a segunda suíte do balé “Daphnis et Chloé” (1912). Escrito sob encomenda para a famosa companhia Ballets Russes, de Sergei Diaghilev — a mesma que encomendou “A Sagração da Primavera” a Stravinsky —, o balé foi um sucesso imediato, consolidando Ravel como um dos grandes compositores de seu tempo.
Fecham o programa duas peças curtas e impactantes. A primeira delas é a “Marcha Radetzky”, de Johann Strauss (1804-1849). Considerado um dos maiores nomes da chamada “música leve”, estilo muito em voga no século XIX, com obras curtas e populares, Strauss escreveu a marcha para o marechal-de-campo Joseph Radetzky von Radetz, para comemorar a vitória na Batalha de Custoza (1848).
Encerrando o repertório, outra peça triunfante, mas desta vinda da ficção: a “Protofonia” da ópera “O Guarani”, de Antônio Carlos Gomes (1836-1896). Nome maior da ópera brasileira, Carlos Gomes tem no “Guarani” sua obra-prima. Baseada no romance de mesmo nome de José de Alencar, a peça carrega o nacionalismo típico do século XIX e é uma das obras fundamentais para a criação da identidade nacional brasileira.
E o público presente no Teatro B32 poderá acompanhar um espetáculo de alto nível. Grupo artístico mais avançado do Instituto Baccarelli, a Orquestra Sinfônica Heliópolis é um dos grupos jovens mais conceituados do Brasil, reconhecida nacional e internacionalmente. Sob direção do maestro Isaac Karabtchevsky, os jovens instrumentistas têm a oportunidade de trabalhar com o maior regente brasileiro da atualidade, em uma intensa troca artística e profissional.
Sobre o Instituto Baccarelli
O Instituto Baccarelli é uma das organizações sem fins lucrativos mais respeitadas no Brasil por proporcionar ensino de excelência combinando três eixos de grande importância: social, educacional e cultural. É responsável por formar a primeira orquestra sinfônica do mundo em uma favela, a Orquestra Sinfônica Heliópolis, que conta com o maestro Isaac Karabtchevsky como diretor artístico e regente titular, quebrando diversas barreiras e incentivando o surgimento de outros projetos similares no país. Sua sede está instalada na comunidade de Heliópolis, São Paulo, onde opera como agente de transformação social há 26 anos, mostrando um futuro com mais perspectivas a centenas de crianças e jovens. Ali, beneficia anualmente 1200 alunos em situação de vulnerabilidade por meio de programas de ensino de excelência que se dividem em Musicalização Infantil, Canto Coral, Aulas de Instrumentos (classes coletivas e individuais) e Prática Orquestral, com reais oportunidades de profissionalização na música para aqueles que desejam construir uma carreira.
A instituição também assiste as famílias dos beneficiados com a distribuição de alimentos e outros itens de primeira necessidade, além de disponibilizar atendimentos de uma equipe de assistentes sociais.
Em 2022, assumiu a gestão de 12 unidades dos CEUS, em contrato firmado com a Secretaria Municipal de Educação, e ampliou seu campo de atuação, levando esta consistente trajetória de transformação social em Heliópolis para outras regiões da cidade, em conformidade com os objetivos, planos e políticas estabelecidas pela SME para as áreas de educação, cultura, esporte, lazer, recreação e tecnologia da cidade de São Paulo. Para mais informações, acesse: www.institutobaccarelli.org.br.
Patrocinadores e parceiros que apoiam as atividades artístico-pedagógicas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura:
Patrocínio Master: Unilever Brasil, B3 – Brasil, Bolsa, Balcão, Instituto Cultural Vale
Patrocínio Ouro: Instituto CCR, Instituto Votorantim
Patrocínio Prata: Zurich, Kinea, Klabin, BTG Pactual, Pfizer e Pró-Vida
Patrocínio Bronze: Ultra, Bradesco, Bain & Company, EMS, Alelo, Eletrobras Furnas, Banco BV
Apoio: Jive, Velt Partners, IGC, Trench Rossi Watanabe, Cacau Show, Dexco, Sky, EDP, Havan, Ibiuna Investimentos, Astra, Magazine Luiza, Verde Asset, Automob
Apoio Institucional: Teatro B32, Mazars.
Serviço:
Orquestra Sinfônica Heliópolis
Isaac Karabtchevsky, regente
Data: 16/2/2023
Horário: 20h
Local: Teatro B32
Endereço: Av. Brg. Faria Lima, 3732 – Itaim Bibi, São Paulo/SP
Ingressos: R$40 (meia entrada: R$20)
Vendas na bilheteria do teatro e na plataforma teatrob32.byinti.com.
(Fonte: DC Comunicação)
A OMA Galeria anuncia Mônica Ventura como nova integrante de seu corpo de artistas representados. Nascida em São Paulo, a artista trabalha diferentes mídias como esculturas, instalações, objetos e pintura para investigar questões relacionadas à ancestralidade e ao feminino.
De ascendência afro-indígena, Mônica cria obras que falam sobre a busca por identidade e a complexidade psicossocial de uma mulher racializada em diferentes contextos, frequentemente partindo de experiências pessoais. A artista ainda incorpora culturas, filosofias e processos de arquitetura e artesanato do continente africano e povos ameríndios à sua produção.
Com uma carreira jovem, mas em plena ascensão, Mônica tem entre suas principais exposições a performance “Recorte de um desejo” no Museu Afro em 2015 e a individual “O Sorriso de Acotirene” no CCSP em 2018; as coletivas “Histórias Feministas” em 2019 no MASP, “Estratégias do Feminino” 2019 no Farol Santander de Porto Alegre e “Enciclopédia Negra” em 2021 na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Nesta última, participou com a pintura que ilustra a capa do livro que deu origem à mostra.
Atualmente Mônica está exibindo suas obras em “Brasil futuro: as formas de democracia” no Museu Nacional de Brasília e “Mulheres que mudaram 200 anos” na Caixa Cultural de várias cidades pelo país – Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
A artista tem ainda duas exposições individuais planejadas para esse ano, a primeira em um grande museu e a segunda na Galeria que passa a representar sua carreira a partir desse momento.
Sobre a OMA Galeria | A OMA Galeria foi fundada como o primeiro e único espaço privado de artes visuais do ABC, sob os cuidados do galerista Thomaz Pacheco em 2013. Em 2022, a galeria inaugurou sua segunda unidade, expandindo suas atividades para o bairro dos Jardins, em São Paulo. Em pouco tempo, a OMA tornou-se referência, destacando-se no circuito das artes visuais por seus projetos culturais promovidos pelo OMA Educação e OMA Cultural. Atualmente, a galeria representa os artistas Andrey Rossi, Fernanda Figueiredo, Giovani Caramello, Júlio Vieira, Marjô Mizumoto, Michel Cena7, Mônica Ventura, MOOLA, Nario Barbosa, Paulo Nenflidio e Renan Marcondes.
Serviço:
OMA Galeria
Endereço: Rua Pamplona, 1197, casa 4 – Jardins – São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: terça a sexta das 14h às 19h e sábados das 10h às 15h
Redes sociais: Instagram | Linkedin.
(Fonte: OMA Galeria)
As inscrições para as galerias que querem participar da 13ª edição da ArtRio estão abertas. O processo será totalmente online e os formulários podem ser acessados no site . Seguindo o modelo de sucesso reconhecido tanto pelo mercado de arte como pelo público, a feira acontecerá na Marina da Glória, de 13 a 17 de setembro, e terá também versão online.
As inscrições serão avaliadas pelo Comitê de Seleção da ArtRio, que analisa diversos pontos como proposta expositiva para o evento, relevância em seu mercado de atuação, artistas que representa – com exclusividade ou não –, número de exposições realizadas e participação em eventos e/ou feiras. A data limite das inscrições é 10 de março.
O Comitê de seleção da ArtRio é formado por Alexandre Roesler (Galeria Nara Roesler) – Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque; Antonia Bergamin (Galatea) – São Paulo; Filipe Masini e Eduardo Masini (Galeria Athena) – Rio de Janeiro; Gustavo Rebello (Gustavo Rebello Arte) – Rio de Janeiro e Juliana Cintra (Silvia Cintra + Box 4) – Rio de Janeiro.
Ao fazer sua inscrição, a galeria deve indicar o programa no qual deseja participar. Durante a feira, as galerias estão dispostas nos pavilhões Terra, no vão central da Marina da Glória, e Mar, na área da esplanada. Todas as galerias selecionadas para o evento poderão ter seu acervo presente no marketplace do site da ArtRio pelo período de um ano.
Programas da ArtRio 2023
– Panorama: destinado às galerias já estabelecidas no mercado de arte, tanto em esfera nacional quanto internacional.
– Vista: espaço para as galerias com até dez anos de existência, que apresentam projetos com foco curatorial mais experimental.
– Solo: Programa curado destinado a projetos expositivos de um único artista por estande. O curador e a temática serão anunciados em breve.
Sobre a ArtRio
Realizada desde o ano de 2011, a ArtRio segue fiel ao seu propósito de valorizar a arte brasileira e a produção dos artistas do país. Esse trabalho é um importante legado do evento, focando tanto na projeção internacional como na acessibilidade a um número maior de público no país.
Também tem destaque o trabalho de incentivo à arte, de acessibilidade e de visibilidade para novos nomes da cena artística. O evento tem um programa especial dedicado a instituições que atuam na valorização e na divulgação da arte e dos artistas. Para a formação de artistas, é realizado o Prêmio Foco ArtRio, que possibilita a vivência em residências artísticas.
Ao logo de todo o ano, a ArtRio realiza uma série de ações educativas com a temática da arte, direcionadas a públicos diversos. Também mantém ativo portal de notícias sobre o mercado e agenda atualizada de exposições, mostras e lançamentos em galerias. #artrio #artrio2023 #compartilhearte.
(Fonte: FleishmanHillard)
Superar a insegurança alimentar exige não apenas retomar políticas públicas do passado, mas revisá-las diante do atual cenário do país, adaptando-as para responder aos desafios atuais. Outro ponto se refere à necessidade de enfrentar as necessárias mudanças estruturais como a realização da reforma agrária. A análise, publicada na revista “Cadernos de Saúde Pública”, é de pesquisadores da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), ligados a diversas universidades brasileiras.
O texto analisa a evolução da insegurança alimentar a partir de dados publicados pelos Inquéritos da Rede Penssan (I e II Vigisan), lançados em 2020 e 2022, e a partir de estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, comparáveis por utilizarem a mesma metodologia. De 2013 a 2022, a taxa de brasileiros nesta situação mais que dobrou. Estima-se que, atualmente, 33,1 milhões de brasileiros passam fome, ou seja, estão em situação de insegurança alimentar grave. De 2020 a 2021, houve um aumento de 72% na taxa de insegurança alimentar, que vai da insegurança alimentar leve, ou seja, a preocupação dos chefes da família de não conseguir obter alimentos, até a insegurança alimentar grave, quando há ausência de alimentos no domicílio.
Os autores apontam que, para erradicar a fome, é preciso investir em políticas públicas de apoio à agricultura familiar, além de promover a reforma agrária, fortalecer as práticas agroecológicas e restringir o uso de agrotóxicos. De acordo com o último Censo Agropecuário do IBGE, a agricultura familiar é responsável por produzir 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira. “O Brasil é outro, não é o mesmo de 2013, quando saiu do chamado mapa da fome da FAO”, explica Veruska Prado, pesquisadora na Universidade Federal do Goiás (UFG) e da Rede Penssan e uma das autoras do artigo. “Antes de alimentar o mundo, temos que alimentar bem os nossos”, pontua.
O artigo chama atenção para a velocidade com que os números de insegurança alimentar subiram ao longo dos anos, o que, segundo Prado, pode ser explicado pela sobreposição da negligência da última gestão do governo federal diante o direito humano à alimentação e a pandemia da Covid-19, com as crises política e econômica intensificadas no país a partir de 2016.
Desde 2016, políticas públicas de promoção à SAN foram enfraquecidas ou eliminadas por meio de perda de orçamento. Um dos exemplos citados é o fechamento do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) em 2019. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), uma das únicas políticas de SAN que se mantiveram, não é reajustado desde 2017, levando à perda da qualidade da alimentação escolar, dado o aumento dos custos dos alimentos. O valor repassado pelos programas de transferência de renda durante a pandemia desde julho de 2020 também foi insuficiente para evitar que a insegurança alimentar se agravasse no país, avaliam os cientistas.
(Fonte: Agência Bori | Pesquisa indexada no Scielo)