Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Na última quarta-feira (25), aconteceu a abertura da maior exposição imersiva já realizada no Brasil sobre a Capela Sistina e os afrescos de Michelangelo, que estão entre as mais famosas obras da história da arte, no MIS Experience. O evento faz parte da celebração dos 469 anos da cidade de São Paulo.
A mostra “Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina” pode ser visitada até dia 30 de abril e tem curadoria do professor e historiador da arte Luiz Cesar Marques Filho. Os conteúdos da exposição trazem informações sobre a construção da Capela, suas tradições e seu uso pelo Vaticano, com destaque para uma maquete que reproduz afrescos e detalhes interiores.
“Michelangelo expressou nas suas pinturas e esculturas a beleza do corpo humano, que era o reflexo e a imagem de Deus”, destacou a secretária da Cultura e Economia Criativa do Estado, Marília Marton. “Por favor, experimentem, visitem a exposição e vocês vão encontrar uma grande experiência e divina”, afirma.
A reprodução gigante do teto da Capela Sistina, com estrutura criada exclusivamente para esta exposição, vai proporcionar ao público uma experiência inédita de imersão no ambiente. Com mil metros quadrados divididos em 14 salas expositivas, a mostra traz espaços dedicados à arquitetura, história e curiosidades da Capela Sistina. Também haverá um espaço dedicado ao Conclave, reunião dos cardeais para escolher um novo Papa, assim como a réplica da chave da Capela Sistina, trazida diretamente do Vaticano.
Os visitantes também poderão conferir desenhos, estudos e projetos do renascentista Michelangelo. A reprodução em larga escala do ateliê do artista é um dos destaques da seção, que apresenta gravuras gigantes das obras, cartas, manuscritos e documentos sobre o processo de desenvolvimento dos afrescos. As réplicas das esculturas selecionadas contemplam diferentes fases da trajetória de Michelangelo, entre elas, uma das primeiras peças produzidas pelo artista, “Madonna da escada” (1491).
Os ingressos para a exposição, com classificação livre para todas as idades, já estão disponíveis exclusivamente no site da exposição. A venda nas bilheterias do MIS Experience será iniciada nesta quarta-feira. A exposição pode ser visitada às terças, quartas, quintas, sextas e domingos das 10h às 18h; e aos sábados e feriados, das 10h às 19h.
Os ingressos são gratuitos às terças; entre quartas e sextas, têm o custo de R$30 (inteira) e R$15 (meia); e aos sábados, domingos e feriados, de R$50 (inteira) e R$25 (meia). Crianças até 7 anos têm entrada gratuita.
Serviço:
Exposição “Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina”
Data: de 25/1 a 30/4
Venda de ingressos: site e, a partir de 26/1, também nas bilheterias do MIS Experience
Valores: gratuito às terças; quartas a sextas: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia); sábados, domingos e feriados: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia). Crianças até 7 anos têm entrada gratuita.
Horários: terças, quartas, quintas, sextas e domingos: 10h às 18h; sábados e feriados: 10h às 19h
Local: MIS Experience – Rua Cenno Sbrighi, 250 – Água Branca – São Paulo (SP)
Formato: presencial.
(Fonte: Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo)
Idealizada pela diretora Gilka Verana, “Parque Industrial” é uma adaptação para o teatro do livro de 1933, da escritora e ativista política Pagu. O romance proletário, como definiu a própria autora no subtítulo da edição, aborda a vida de mulheres trabalhadoras no início do século XX, em uma reflexão sobre as condições de classe e gênero principalmente. A peça faz temporada a partir do dia 1º de fevereiro, e segue em cartaz até dia 16, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. As apresentações são gratuitas.
A escritora, diretora, tradutora, jornalista e militante política Patrícia Galvão, a Pagu, publicou o livro sob o pseudônimo de Mara Lobo. A obra faz um retrato da cidade de São Paulo da década de 1930 e expõe de forma crua as condições de abandono e exploração no cotidiano das mulheres trabalhadoras. “A obra de Pagu tem como temas principais a luta de classes e as mulheres operárias. Na peça, quis criar uma conexão com nosso tempo, a São Paulo que vivemos e também trazer um olhar para o protagonismo feminino no enfrentamento das mazelas produzidas pelo capitalismo”, revela Gilka Verana sobre a adaptação da peça feita por ela.
Verana também mergulhou no trabalho de Pagu para atualizar o debate sobre a participação feminina atual nos cenários cultural e social brasileiro. Com uma equipe 100% feminina, o espetáculo revisa assuntos denunciados por Pagu há quase 90 anos: o machismo, a exploração da mulher, o assédio sexual no trabalho, a violência doméstica, a desigualdade de classe e gênero, o racismo estrutural. “São pautas hoje amplamente discutidas, mas que já estavam em ebulição na época e foram apontadas por Pagu a partir de um ponto de vista feminino e feminista”, coloca Gilka.
A diretora conta que a peça lida com as questões políticas e sociais do romance proletário de Pagu e também com a materialidade poética de sua escrita. Para Gilka, Pagu faz denúncias sobre a situação feminina em diferentes classes sociais, tanto no ambiente social quanto no privado. “Pagu critica também a feminilidade que performa para agradar ao patriarcado e o feminismo elitista. Ela não apazigua. Ela nos faz confrontar e nos apropriarmos dessa discussão ao mesmo tempo em que abre os caminhos para refletirmos sobre nossa condição atual enquanto mulheres, trabalhadoras e artistas”, revela a diretora.
Diferentemente do livro, que conta com três principais protagonistas, a peça traz onze mulheres em cena, todas com destaques, com linhas narrativas que se constroem e dissipam. Sem a presença de homens, as personagens masculinas são representadas de diferentes formas: um manequim, máscaras, vozes em off, leituras das falas dos homens feitas pelas atrizes. “Esse olhar vivo em relação ao seu próprio tempo define a importância do resgate dessa obra, principalmente ao constatarmos que se tratam de desafios sociais enfrentados ainda hoje em batalhas contra praticamente as mesmas opressões e desigualdades”, finaliza a diretora.
Ambientação | A dramaturgia é composta por um prólogo, dezessete cenas e um epílogo, e se estrutura em camadas: a narrativa, conduzida por um coro de operárias; o videografismo e vídeo mapping, camada que faz um traçado histórico entre presente e passado, com imagens de documentos históricos e o cenário atual de São Paulo; a musical, composta por música ao vivo, que incorpora e tece as diferentes atmosferas de cada cena; e a camada Pagu, composta por fragmentos de outras obras de Patrícia Galvão como poemas e trechos de artigos.
O romance proletário de Pagu
O livro “Parque Industrial” faz uma transposição literária da fala e do modo de vida da mulher proletária em São Paulo na década de 1930, e tem como cenário o bairro do Brás, um dos mais representativos da entrada do trabalho industrial no Brasil.
É ao redor das fábricas de tecelagem dessa região que acompanhamos a trajetória de três mulheres: Corina, que se torna trabalhadora do sexo ao ser demitida por engravidar e não ser casada; Eleonora, que escapa da pobreza ao se casar com o rico Alfredo Rocha; e Otávia, uma militante que também se envolve com Alfredo.
São personagens nada heroicas, carregadas de desilusão, dor, desespero e falta de perspectiva, que buscam sobreviver em meio ao movimento dilacerante do progresso da cidade de São Paulo.
O enredo não se limita à trajetória das três personagens mencionadas aqui. Ele se apresenta como um mosaico complexo de uma cidade vista sob uma lente de aumento narrativa que amplia a perspectiva do lado voraz do progresso. A cidade de São Paulo, portanto, torna-se uma personagem tanto quanto as próprias mulheres.
Sinopse | O espetáculo mergulha no romance “Parque Industrial’, de Pagu (Mara Lobo), que denuncia as condições precárias das mulheres trabalhadoras da década de 1930. Ao embarcar nessa obra quase um século depois de sua publicação, onze mulheres refletem sobre os desafios políticos e sociais enfrentados ainda hoje em batalhas contra praticamente as mesmas opressões e desigualdades.
Direção e dramaturgia | Gilka Verana é mestra em Performance e Cultura pela Goldsmiths College University of London (Londres, 2011) e graduou-se como Bacharel em Prática Teatral: Arte Performática pela Royal Central School of Speech and Drama University of London (Londres, 2009). Idealizou, atuou e produziu o espetáculo “As Mamas de Tirésias”, dirigido por André Capuano, na Oficina Cultural Oswald de Andrade (SP, 2020); é atriz criadora no espetáculo “Feminino Abjeto I” (2017), dirigido por Janaina Leite; e integrante do coletivo USO Teatro Urbano, que desenvolve pesquisa e criação de aproximação máxima entre as artes do corpo e o cotidiano urbano. No coletivo foi atriz criadora nos espetáculos “Corpo_Cidade Rotinas_(ficção)”, dirigido por André Capuano (2016) e “Corpo_Cidade_Bom_Retiro” (2014), dirigido por André Capuano e Paula Petreca.
Ficha Técnica
PARQUE INDUSTRIAL
Uma adaptação para o teatro do romance Parque Industrial de Patrícia Galvão | PAGU | Mara Lobo
Direção e Adaptação: Gilka Verana
Produção: Aura Cunha e Yumi Ogino
Elenco: Barbara Garcia, Bruna Betito, Emilene Gutierrez, Ericka Leal, Flávia Rossi Tápias, Letícia Bassit e Tati Caltabiano
Composição musical, piano e operação de som: Natália Nery, Lana Scott e Clara Kok
Direção musical e teclado: Natália Nery
Assistente de direção musical, técnica de som e baixo: Lana Scott
Sax e Flauta: Clara Kok
Participação Especial: Gabriela Menezes (Cantora Lírica)
Preparação Corporal e Desenho de Movimento: Paula Petreca
Cenografia e Figurino: Silvana Marcondes
Assistência de Cenografia e Figurino: Carolina Petrucci e Maria Vitória Royer
Videografia: Bianca Turner
Assistente de Videografia: Vic Von Poser
Iluminação: Danielle Meireles
Provocação Cênica: Janaina Leite e Cris Rocha
Provocação Dramatúrgica: Dione Carlos
Colaboração na Investigação Vocal: André Capuano
Costuras: Judite de Lima, Marcelo Leão, Oficina de costura Nicolle e Lika Alves
Construção de Cenário: Edilson Quina ( Urso ), Cíntia Matos e Julio Dojcsar
Montagem: Cezar Renzi
Intérprete de Libras: Mirian Caxilé e Lilian Lino
Imersão Urbana: USO – Teatro Urbano
Imersão Litoral: Mariana Pereira
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação | Márcia Marques
Fotos de Divulgação: Jennifer Glass e Andréa Menegon
Apoio: Oficinas Culturais Oswald de Andrade.
Serviço:
De 1 a 16 de fevereiro; de terça a sexta às 19h30 e sábado às 14h30 e às 18h00.
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo (SP)
Gratuito – retirada de ingresso uma hora antes
Duração: 120 minutos | Indicação: 16 anos
Ingressos distribuídos na bilheteria do espaço com uma hora de antecedência.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
Em seus mais de dez anos como investigador de polícia na maior cidade do Brasil – São Paulo –, o investigador Augusto Dornelles jamais tinha se deparado com um caso tão complexo, assustador e cheio de nuances quanto o do assassino que deixa, junto às vítimas, uma rosa pintada com sangue. É com essa premissa que tem início “O Assassino da Rosa de Sangue”, livro de suspense policial do autor Luciano R. Rodrigues que está disponível em versão digital no Amazon Kindle e também impressa, no Clube de Autores.
Com uma escrita rápida e ligeira, a trama segue acelerada, com mais vítimas sendo reveladas enquanto o investigador corre contra o tempo para impedir que mais pessoas sejam assassinadas, enquanto conta apenas com a ajuda do delegado Cabral e da irmã, uma jovem e impetuosa jornalista.
Um prato cheio para quem gosta de suspenses policiais, nos moldes do filme “Seven”, “O Silêncio dos Inocentes” e outros. Uma história envolvente e cheia de reviravoltas.
Sinopse
O investigador Augusto Dornelles se depara com o caso mais complicado de sua vida e precisa lutar contra o tempo para tentar encontrar e prender o cruel e metódico assassino serial que tem matado pessoas em São Paulo e deixado uma rosa artificial colorida com sangue nos locais dos crimes.
O maior desafio da carreira do jovem investigador, que vai contar com a ajuda da impetuosa irmã enquanto desvenda um thriller policial cheio de reviravoltas e uma trilha de flores e sangue.
Serviço:
Versão digital na Amazon: https://www.amazon.com.br/Assassino-Rosa-Sangue-Luciano-Rodrigues-ebook/dp/B0BPTM7178
Versão impressa: https://clubedeautores.com.br/livro/o-assassino-da-rosa-de-sangue.
Sobre o autor | Jornalista, assessor de comunicação e escritor, Luciano R. Rodrigues pratica a paixão pela escrita desde a infância e, atualmente, já publicou cinco livros, sendo esta a sua primeira incursão aos suspenses policiais.
(Fonte: Estrategic Assessoria e Comunicação)
Fundado em maio de 2022 com a finalidade de promover educação musical como forma de valorizar, difundir e preservar a cultura local relacionada ao choro, jazz, samba e MPB, o Núcleo Musical Nabor Pires Camargo abre novas vagas. Os interessados devem comparecer ao Casarão Cultural Pau Preto de 6 de fevereiro a 5 de março. Com aulas gratuitas, o projeto é promovido pela Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
“O Núcleo Nabor foi inaugurado em 2022 e reuniu 96 alunos em cursos dos mais variados instrumentos relacionados ao choro, samba, jazz e MPB”, destaca a secretária municipal de Cultura, Tânia Castanho. “Este ano, esperamos reunir um número ainda maior de alunos, preservando e difundindo a vida e obra deste grande ícone da música municipal e nacional que é Nabor Pires Camargo”.
Serão oferecidas mais de 200 vagas para pessoas a partir dos 10 anos de idade completos nas seguintes modalidades: cavaquinho, flauta transversal, saxofone, bandolim, clarinete, percussão e violão 7 cordas. Não é necessário ter experiência, porém, é importante ter o instrumento musical para realizar as aulas.
Os interessados devem comparecer ao Casarão, que fica na Rua Pedro Gonçalves, 477, Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, portando CPF, RG e cópia de um comprovante de endereço. Menores de idade devem ser acompanhados pelos pais ou responsável legal, que também devem apresentar RG ou CPF.
Além das aulas de instrumentos, os alunos do Núcleo também aprendem teoria musical e prática de conjunto. Os horários dessas matérias serão apresentados aos interessados durante o processo de matrícula. Mais informações pelo telefone (19) 3875-8383.
Nabor Pires Camargo
Nabor Pires Camargo nasceu em 9 de fevereiro de 1902 no município de Indaiatuba, mais precisamente na casa número 16 da Rua 15 de Novembro. Já em 1912 foi admitido como clarinetista da banda infanto-juvenil regida pelo maestro José Lopes dos Reis, o “Dunga”, durante a administração do prefeito Major Alfredo Camargo Fonseca e, sete anos depois, Nabor tornou-se maestro da banda. Em 1921, transferiu-se para São Paulo e ali deu início aos estudos de música no Conservatório Dramático-Musical de São Paulo.
Nos primeiros tempos na capital, foi clarinetista da Banda do 4º B.C. do Exército (durante o serviço militar); empregado da Companhia de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (a “Inglesa”); clarinetista da Banda da Lapa; clarinetista da orquestra do Cine São Bento e do Cinema Olímpia. Fez amizade com o jornalista e poeta Dieno Castanho, iniciando com ele, a partir do maxixe “Mamãe Me Leva”, uma longa parceria em suas composições.
Em 1923, passou a atuar em programas na Rádio Record. Em 1930, foi escolhido “Melhor Clarinetista de 1930”, prêmio concedido pela Gazeta Esportiva. Gravou seu primeiro disco no estúdio da Victor da Praça da República, com as composições “Matando Saudades” e “Caindo das Nuvens”.
Na década de 1930, intensificou suas atividades como músico nas emissoras de rádio – entre 1933 e 1937, participou da orquestra e do grupo regional de música da Rádio Educadora; em 1937, integrou a Orquestra Sinfônica da Rádio Tupi. Também foi músico na Rádio Gazeta e na Rádio e Televisão Nacional.
Além disso, integrou a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo (oficializada no final da década de 1940). Também em 1930, junto a Acrísio de Camargo, compôs o Hino Indaiatubano em homenagem ao primeiro centenário de Indaiatuba.
Em 1947, iniciou os primeiros entendimentos com a Editora Irmãos Vitale para a elaboração e publicação de um método para clarineta. Este método é utilizado até os dias de hoje entre os professores e estudantes desse instrumento.
Em 1967, aposentou-se pelo Departamento de Cultura do Município de São Paulo, órgão ao qual estava subordinada a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Retornou a Indaiatuba em 1985, permanecendo na cidade até o final daquela década, quando transferiu-se para Mococa. Faleceu em 3 de outubro de 1996, aos 94 anos, deixando a esposa, Dona Cleonice (com quem se casou em 1934) e a filha única, Marizaura.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
As aulas recomeçam em breve e muitas famílias já fazem as contas para tentar colocar o orçamento na lista de material escolar. Mas já pensou que é possível gastar bem menos considerando as ideias da Economia Circular? O Movimento Circular ajuda a economizar não somente uns bons trocados, mas água, energia elétrica, matéria-prima e até reduzir a emissão de carbono.
Com a participação das crianças e jovens, por exemplo, os familiares podem reaproveitar lápis de cor, canetinhas e até cadernos, ou realizar troca de materiais que não têm mais utilidade para a criança. A venda ou a doação de livros usados não consumíveis também representa considerável economia de água e energia considerando sua fabricação e transporte. A experiência será um grande aprendizado para os estudantes e para os adultos também.
Essas ações muito simples colaboram para aumentar a durabilidade e dar novos usos, além de simbolizar a preocupação com as outras pessoas e com o ambiente. E estes são apenas alguns exemplos de como a Economia Circular está presente e pode ajudar do micro ao macro em diferentes setores das sociedades.
O professor e coordenador pedagógico do Movimento Circular, Prof. Dr. Edson Grandisoli, explica que um dos principais objetivos da Economia Circular é fomentar o diálogo, criar parcerias e aumentar o nível de cooperação entre diferentes atores sociais. “Um dos principais objetivos do Movimento Circular, como movimento de educação e de cultura, é aproximar pessoas e diferentes setores das questões e conceitos relacionados à circularidade. Ele visa ainda estimular as pessoas a criarem caminhos, mecanismos, processos ou projetos que sejam bons para as pessoas, para a economia e para o ambiente”.
A Economia Circular representa um novo modelo, uma nova proposta, que procura aliar a conservação e regeneração do ambiente ao desenvolvimento humano e econômico, priorizando, por exemplo, insumos duráveis, recicláveis e reutilizáveis, a fim de manter os materiais mais tempo em circulação. A ideia é que nada mais seja pensado como lixo e sim como recurso. “Um dos desafios do Movimento Circular é dar visibilidade a todas essas ideias para que as pessoas, para além de conhecer o que é a Economia Circular, possam ressignificar suas práticas considerando suas possibilidades e contexto. Ou seja, tem que fazer sentido e ser bom para todos”, diz o especialista.
Ultrapassando os muros das universidades
Doutor em Educação e Sustentabilidade pela Universidade de São Paulo (USP), Grandisoli diz ainda que o conceito de Economia Circular também precisa ingressar com mais força nas universidades e ganhar mais espaço no debate acadêmico. “Nós temos dialogado muito e bem com a Educação Básica. Mas acho fundamental trazer mais o público universitário para esse debate. Temos trabalhado para aumentar o número de parceiros nas universidades públicas e particulares. Assim, se você está ou trabalha em alguma universidade, venha ser parceiro do movimento. Juntos podemos criar novos conhecimentos e novas experiências significativas para transformar nossa realidade”.
Um dos caminhos para o conhecimento pode se dar pelos cursos propostos na Circular Academy. Desta forma se torna possível se aproximar da temática e ir construindo pontes com a realidade, destaca Grandisoli. “O objetivo é que aqueles conceitos e ideias da Economia Circular façam sentido, estejam conectados com o contexto e gerem ação. Importante ir além do plano conceitual, e que tudo que está na plataforma da Circular Academy, por exemplo, se reverta em alguma ação concreta”, ressalta o coordenador pedagógico do Movimento Circular.
A Economia Circular propõe grandes mudanças na forma de se pensar e realizar as coisas. Mas as mudanças dependem da ação de todos. Um desses pilares está relacionado à Educação e as universidades têm papel importante neste contexto. “Do ponto de vista da Educação, a Economia Circular traz a possibilidade de trabalhar o mundo como ele é. O mundo não funciona em caixinhas, mas de maneira sistêmica. Então, formar estudantes, formar pessoas que já tenham esta visão mais integrada do mundo e que consigam – da melhor maneira possível – intervir na sua realidade de forma positiva, acho que é um ponto fundamental ligado ao trabalho sobre Economia Circular que temos desenvolvido”.
(Fonte: Betini Comunicação)