Tratamento minimamente invasivo tem sido estudado há anos e foi detalhadamente abordado na revista Epilepsia, uma das principais publicações na área
São Paulo
Doces delícias prometem aguçar os paladares mais exigentes com receitas fáceis e apreciadas por todos – um motivo a mais para visitar o Museu Mais Doce do Mundo. A mostra, que acaba de ser aberta no Shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, terá uma semana recheada de atrações na arte da confeitaria.
No dia 1º de dezembro, o pessoal do ‘No Fusca Donuts’ comanda a cozinha com seus mini donuts divertidos.
No fim de semana, o clima natalino invocará as melhores lembranças. No sábado, 3 de dezembro, a ‘Cucurucho Doceira’ prepara brownies especiais com o tema.
Já no domingo, 4 de dezembro, é vez do hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro encantar os visitantes com as delícias que conquistam os seus hóspedes. A pastry chef Paula Lopes compartilhará os segredos do preparo de seus deliciosos cookies.
As aulas acontecem sempre às 16h e podem ser feitas gratuitamente pelos visitantes que estejam no Museu Mais Doce do Mundo. Elas também são compartilhadas em lives no perfil de Instagram.
A edição de 2022 do Museu Mais Doce do Mundo traz 15 ambientes, cada espaço com uma história diferente a ser descoberta.
Serviço:
O Museu Mais Doce do Mundo
Data: até 15 de janeiro de 2023
Local: Shopping VillageMall
Endereço: Av. das Américas, 3900 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
Horários: de terça a sexta, 12h às 20h; sábados, 10h30 às 21h e domingos, 12h30 às 20h
Ingressos à venda pelo site ou pelo app Multi com desconto
Preços: a partir de R$70,00 (inteira) e R$35,00 meia entrada
Classificação etária: livre. Menores de 14 anos de idade devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis
Como funciona: o roteiro inclui visitas aos 15 ambientes. Ao comprar o ingresso, o usuário escolhe o horário da visita
Compartilhe a sua experiência com as hashtags #digasimafelicidade e #omuseumaisdocedomundo
Bilheteria oficial:
Funcionamento a partir do dia 17/11 (apenas durante o evento)
Local: Shopping VillageMall
Endereço: Av. das Américas, 3900 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Horário: terças a sextas-feiras: 12h às 20h| sábados: 10h30 às 20h | domingos e feriado: 12h30 às 20h.
(Fonte: Approach Comunicação)
O Polo Shopping Indaiatuba realiza, pelo 11º ano consecutivo, a campanha “Natal Solidário”, que visa coletar doações de presentes para crianças e adolescentes carentes ou em risco social, pessoas com deficiência, idosos e pessoas em situação de rua, atendidos por várias entidades sociais de Indaiatuba. Nesse ano a campanha acontecerá até o dia 18 de dezembro e conta com a participação de 11 instituições e 909 assistidos.
Várias árvores de Natal estão espalhadas pelo Shopping com cartões informativos sobre as pessoas atendidas pelas instituições parceiras. O cliente interessado em participar deve escolher um cartão, comprar um presente e entregar na central de doações em frente à loja Centauro, que estará aberta todos os dias das 14h às 20h. O Polo Shopping fará a entrega dos presentes para as entidades no final da campanha.
De acordo com a gerente de Marketing do Polo Shopping Indaiatuba, Andrea Fernandes, é importante ressaltar que a campanha atende pessoas de diferentes perfis e de todas as idades. “Muitas pessoas associam o Natal Solidário somente às crianças, mas também temos adultos e idosos em condições de vulnerabilidade que precisam igualmente de ajuda. A campanha é ampla e propõe compartilhar com o próximo a alegria do Natal através de um gesto simples, que é a doação”, ressalta Andrea.
Confira as instituições participantes em 2022:
Associação Beneficente ABID: Atende crianças e adolescentes em situação de risco psicossocial ou vulnerabilidade social.
AEDA (Associação Esperança do Amanhã): Oferece ajuda às famílias com vulnerabilidade social e que tem entre seus membros alguma pessoa em tratamento contra o câncer.
APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais): Presta serviços de assistência social à pessoa portadora de deficiência.
Centro de Referência em Atendimento à Pessoa com Deficiência: Espaço de convivência e capacitação profissional da pessoa com deficiência em idade acima de 15 anos.
Ciaspe (Centro de Inclusão e Assistência às Pessoas com Necessidades Especiais): Atende pessoas com deficiência intelectual, promovendo ações de inclusão.
Cirva (Centro de Integração, Reabilitação e Vivência do Autista): Entidade que atende crianças, adolescentes e adultos com autismo e outros transtornos do desenvolvimento neuropsicológico e mental e suas famílias.
Comunidade Farol: Resgata pessoas em situação de rua, abandono e exclusão social, e direciona para uma vida mais digna.
Espaço Avançar: Local destinado ao atendimento integrado e multidisciplinar aos autistas, com atividades que propiciam o desenvolvimento motor e social dos assistidos, atendimento escolar e terapêutico.
Lar de Velhos Emmanuel: Instituição que abriga idosos em condições de vulnerabilidade.
Manaem: Atende crianças e adolescentes em situação de risco ou vulnerabilidade social, oferecendo atividades socioeducativas.
PAASI (Polo de Assistência e Apoio Socioeducativo Infantil): Atende crianças de 06 a 11 anos em situação de risco ou vulnerabilidade social.
Serviço:
Natal Solidário
Período: 22/11 a 18/12
Posto de Doações: loja de Natal em frente à Centauro
Horário: 14h às 20h todos os dias.
(Fonte: Alfapress)
Em 2018, o Grupo Girino iniciou a montagem de um novo espetáculo baseado no crime ambiental que ocorreu em Mariana, resultando em mortes e desaparecimentos de pessoas devido ao rompimento da barragem de rejeitos. Logo no início de 2019, o Grupo foi atravessado com a notícia do rompimento em mais um município mineiro, dessa vez Brumadinho. O lastro da destruição foi ainda maior, alertando sobre a importância de denunciar esses crimes e não permitir o apagamento dessas histórias. Assim nasceu “Desmonte”, peça que propõe o diálogo do Teatro Visual com o Live Cinema, com temporada a partir de 2 de dezembro de 2022 no teatro do SESC Pompeia.
No elenco, estão Iasmim Marques, Kely Daiana e Marco Aurélio Bari. A direção e dramaturgia é de Tiago Almeida. A companhia mineira também ministra dia 11 de dezembro, gratuitamente, o workshop “Teatro Visual”. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail oficinascenicas.pompeia@sescsp.org.br.
Desmonte
Em um espetáculo sem falas, com dramaturgia baseada justamente nas narrativas de pessoas silenciadas pelas tragédias que ocorreram em Minas Gerais, “Desmonte” traz mais de 160 elementos cênicos manipulados por atores, que exploram também bonecos, máscaras e maquetes, trazendo para o centro da dramaturgia a visualidade da cena.
Além disso, há seis câmeras no palco que se movimentam e configuram diferentes enquadramentos, propondo uma nova perspectiva para o público por meio deste recurso, nomeado Live Cinema. O diálogo da cena criada e da cena projetada expõe outras camadas de significados e possibilidades de relação entre o que é feito e o que é exibido.
“Na narrativa, as personagens são apresentadas por meio de suas memórias e afetos, que são tomadas pela lama após o rompimento. Com esse atropelo, as memórias são apagadas e reproduzidas, potencializando a performance audiovisual a partir das composições cênicas”, conta Tiago Almeida, diretor do grupo.
No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu, soterrando com 13 milhões de metros cúbicos de lama tóxica tudo o que encontrava pelo caminho: pessoas, animais, florestas, casas e memórias.
A tragédia provocou mais de 250 vítimas fatais entre pessoas identificadas e desaparecidas, eliminou 140 hectares de florestas nativas, poluiu mais de 300 km do Rio Paraopeba, afetando 17 municípios, atingindo diretamente 600 mil pessoas.
Ainda sem encontrar desaparecidos, as famílias atingidas seguem aguardando por reparação, o ambiente de destruição, morte e contaminação ainda faz parte da paisagem e do contexto de Brumadinho. O espetáculo propõe uma resistência necessária contra o esquecimento destes crimes. Grupo Girino
Segundo Iasmim, as personagens são arquétipos deste universo, como o empregador da indústria da mineração, pessoa também vitimizada por práticas de exploração e dependência, uma senhora pertencente à comunidade rural e pessoas do entorno que habitam e circulam por regiões próximas de barragens.
Para a composição do espetáculo, o grupo fez pesquisas em campo, visitando as áreas afetadas e oferecendo oficinas artísticas aos moradores locais. “Foram muitos quilômetros invadidos pela lama; chegamos a ver uma parte do rio soterrado, silenciado por ela, e ouvíamos o barulho do seu curso bem ao fundo”, comenta Iasmim. “Foi muito importante, para nós, entender outros pontos de vista. Chegamos a fazer trocas com profissionais ativistas ambientais, psicólogos e assistentes sociais para que a nossa leitura enquanto agentes culturais pudesse ser cuidadosa e sensível. É um acontecimento estarrecedor, que quem assiste pelos noticiários não tem a real dimensão do impacto para toda a população nacional”, completa.
Sobre o Grupo Girino
O Grupo Girino é uma das principais companhias de Teatro de Animação do país e desenvolve projetos de espetáculos, oficinas, publicações, materiais pedagógicos e festivais. Fundado em 2006, montou 13 espetáculos e circulou por centenas de festivais nacionais e internacionais.
O Grupo consolidou uma trajetória de pesquisa nas técnicas híbridas do Teatro de Bonecos e Animação, mesclando atuação, manipulação de bonecos, objetos e projeção de vídeos. Um importante eixo norteador da companhia é o desenvolvimento de projetos educativos e de formação artística.
O Grupo ministra oficinas e cursos para públicos de todas as idades e oferece capacitação na montagem de novos espetáculos. Desde 2012 realiza o Festim – Festival de Teatro em Miniatura que já recebeu mais de 200 espetáculos do Brasil e exterior, nas técnicas de micro narrativas em pequenos formatos.
Ficha Técnica
Realização: Grupo Girino
Direção e dramaturgia: Tiago Almeida
Elenco: Iasmim Marques, Kely Daiana e Marco Aurélio Bari
Trilha sonora: Daniel Nunes
Iluminação: Pedro Paulino e Richard Zaira – Cia Tecno
Direção de arte: Taísa Campos
Construção de bonecos: Gustavo Campos (Ed)
Construção de maquetes e miniaturas: Gustavo Campos (Ed), Iasmim Marques, Igor Salgado, Kely de Oliveira, Marco Aurélio Bari, Taisa Campos e Tiago Almeida
Pintura e acabamentos: Igor Salgado
Assistência de ateliê: Amanda Porto e Yuri Victory
Figurino e Maquiagem: Iasmim Marques
Consultoria técnica audiovisual: Guilherme Pedreiro e Daniel S. Ferreira
Produção executiva: Iasmim Marques
Produção: Marcela Rodrigues
Filmagem: Limonada Audiovisual
Fotos: Hugo Honorato.
Workshop Teatro Visual
A partir do processo de pesquisa do Grupo Girino em diferentes técnicas do Teatro Visual e mais especificamente dentro da montagem do espetáculo “Desmonte”, o workshop propõe uma vivência sobre as possibilidades dramatúrgicas, estéticas e poéticas tendo como conceito principal a visualidade da cena.
O Workshop propõe um percurso sobre as possibilidades estéticas e dramatúrgicas do Teatro Visual, técnica teatral que consiste na aproximação de linguagens do teatro com o cinema e as artes visuais.
O termo tem como princípio a utilização das mais variadas matérias como substância criativa, incluindo a presença ativa do ator. A dramaturgia da visualidade pode ser entendida a partir de três conteúdos essenciais: dramaturgia do espaço, da matéria e da ação.
A partir de pesquisas em diferentes técnicas do Teatro Visual e mais especificamente da obra teatral “Desmonte”, os participantes irão conhecer os bastidores do espetáculo e das múltiplas técnicas do Teatro de Animação utilizadas pela montagem.
A oficina tem como primeiro momento um workshop teórico e em seguida oferece uma vivência nos diversos formatos de cenografia em miniatura, propondo diálogos multidisciplinares com a literatura, teatro, artes visuais e cinema.
O Grupo Girino possui uma ampla pesquisa de miniaturização com bonecos, objetos e cenografias, fomentando técnicas contemporâneas de dramaturgia, teatro visual e vídeo para a cena.
Serviço:
Desmonte
Temporada: de 2 a 11 de dezembro de 2022*
Quarta a sábado, às 21h e domingo, às 18h
*Obs: Nos dias 9 e 10 de dezembro haverá uma sessão extra às 18h
Local: Teatro SESC Pompeia
Endereço: R. Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo – SP
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 50 minutos
Ingressos: R$40 (inteira)/ R$20 (meia)/ R$12 (credencial plena)
Vendas a partir de 22/11, às 12h no on-line e dia 23/11, às 17h presencial.
Link para compra de ingressos: https://www.sescsp.org.br/programacao/desmonte/
Atividade formativa: Workshop Teatro Visual
Ministrante: Grupo Girino
Data: 11 de dezembro, domingo, das 10h30 às 13h30
Local: Teatro SESC Pompeia
Acesso: gratuito
Inscrições pelo e-mail oficinascenicas.pompeia@sescsp.org.br
Indicação etária: 16 anos
Quantidade de participantes: 15.
(Fonte: Canal Aberto Comunicação)
De 26 de novembro a 23 de dezembro de 2022, a Arte132 Galeria exibe a sua última exposição do ano: “Arte Devocional no século XIX: Pintura sobre metal e Paulistinhas”. A mostra ilustra o culto à religiosidade por meio de dois peculiares contextos artísticos: no primeiro eixo, são apresentadas esculturas em pequenos formatos de santos diversos, denominadas “Paulistinhas”. Estas pequenas estatuetas foram confeccionadas manualmente, por diferentes artesãos, sob o manuseio do barro queimado em uma base oca, e eram realizadas exclusivamente no estado de São Paulo. As aludidas peças, que perduraram por mais de 100 anos, serão expostas na galeria ao lado de pequenas pinturas sacras, realizadas no Alto Peru (atual Bolívia) por mestres de diferentes localidades ao longo do século XIX, que configura o segundo eixo e contexto da exposição.
A imaginária paulista no séc. XIX
As imagens dos paulistinhas aludem aos santos que habitam o imaginário cristão católico. Marcelo de Medeiros, curador da mostra, explica que “os paulistinhas supriram a demanda vinda com o aumento da população, trazendo a possibilidade do povo ter um santinho de sua devoção dentro de casa; uma arte religiosa que se distinguia principalmente por ser acessível, bem como as pinturas sacras bolivianas, que não se encontravam nas igrejas – eram destinadas ao ambiente doméstico”.
Em geral, estes santinhos eram feitos em esculturas de pequeno porte – entre 10 e 20 cm de altura – e, apesar da forte influência do imaginário lusitano, eram singulares por conta da simplicidade dos traços e da estrutura de barro. Havia maior liberdade formal da composição, que geralmente apresentava forte senso estético e poético. As imagens mais executadas pelos artistas e artesãos – conhecidos à época como “santeiros” – foram as de Nossa Senhora da Conceição, Jesus Cristo, Santo Antônio, São José, São Sebastião, Nossa Senhora das Dores, Sant’Ana, São Pedro e Santa Gertrudes.
Neste primeiro eixo, trata-se de arte que faz parte da história de São Paulo, sem paralelos nacionais no período.
Da evangelização à devoção: arte sobre metal no séc. XIX
Com a conquista do Peru pelos espanhóis em 1532, imediatamente se fez necessária a manufatura de bens religiosos tanto para o culto a que atendiam os europeus quanto para evangelização dos indígenas. Para tanto, vieram a esta nova terra executores dos mais variados ofícios, com evidente destaque para os pintores, que, na maioria das vezes, eram oriundos de Espanha, Itália, Flandres e outras localidades.
Estes mestres vieram com a incumbência de ilustrar, nas mais variadas técnicas pictóricas e materiais, os desígnios evangelizadores da Igreja Católica que, associada aos reis de Espanha, tinham por meta converter o gentio, salvando as almas dos colonizados para benefício da Santa Madre Igreja e dos reis católicos.
A pintura inicia-se no século XVI, mantém-se austera no século XVII e ganha identidade própria no século XVIII, ao receber atributos indígenas mesclados aos padrões europeus.
Tal panorama começa a mudar radicalmente a partir das primeiras décadas do século XIX, em grande medida devido aos ares vindos das revoluções norte-americana e francesa. As guerras de independência dos países hispano-americanos, aliadas ao aumento populacional daquela região, intensificam ainda mais a busca por bens religiosos. Surgem assim, já em meados do século XIX, as condições ideais para a produção de uma pintura religiosa de cunho popular, centrada em parte do Alto Peru, hoje Bolívia.
Neste momento, não mais evangelizadoras e sim devocionais, essas pinturinhas, em sua maioria executadas em folha de zinco, são alegres em seu colorido, ingênuas em sua fartura, divertidas em suas inscrições e diretas na sua mensagem. São especiais pela maneira tão peculiar de tratar os temas, que em sua maioria eram relativamente simples, como variações das Virgens do Carmo, Rosário, Guadalupe, Patrocínio de Tarata, Socavon e dos santos Santo Antônio, Santa Bárbara, São Francisco, variações de Jesus Cristo e assim por diante.
Encontrados principalmente em feiras populares de Potosí, Sucre, Cochabamba e La Paz, estes testemunhos artísticos que ocupavam as vivendas encantavam e encantam até hoje por sua graça, espontaneidade e perseverança da fé.
Sobre a Arte132 Galeria | A Arte132 acredita que a arte de um país e de um período não é constituída apenas por alguns nomes definidos pelo mercado, mas por todos os artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em determinado momento, artistas estes que abriram e alargaram os caminhos da arte brasileira. Dessa forma, expõe e dá suporte a mostras com o compromisso de apresentar arte relevante e de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda, em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontros, diálogos e descobertas.
Serviço:
Arte Devocional: Pintura sobre metal e Paulistinhas
Curador: Marcelo de Medeiros
Local: Arte132 Galeria – Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP
Evento de abertura: 26 de novembro, das 11h às 17h
Período expositivo: 26 de novembro a 23 de dezembro de 2022
Horários de visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita
(Fonte: A4&Holofote comunicação)
A Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Viaduto das Artes, apresenta o resultado do processo de pesquisa dos artistas contemplados na 8ª edição do Bolsa Pampulha com a exposição “Botar Fé”. Durante seis meses, o programa do Museu de Arte da Pampulha (MAP) recebeu 16 artistas e coletivos – seis a mais que as edições anteriores – com atuação nas áreas de artes visuais, design, arquitetura e arte-educação. Sob a curadoria de Amanda Carneiro e Raphael Fonseca e orientação dos artistas visuais Brígida Campbell, Marcel Diogo, Laura Belém e do cineasta Gabriel Martins, os bolsistas desenvolveram e aprofundaram seus trabalhos e pesquisas artísticas.
Ao longo das residências, a expressão “botar fé” foi sendo verbalizada pelos artistas enquanto manifestação de crença e esperança. A constância do uso da gíria foi tal que o termo acabou batizando a exposição. De acordo com o curador Raphael Fonseca, ser artista visual consiste em um ato de ter fé naquilo que você faz, é uma espécie de tiro no escuro. “Seja em Belo Horizonte, seja em outros lugares do Brasil ou do mundo, é constante a fé no ofício e uma entrega ao fazer, cujos ecos não se controlam”, pontua.
A exposição é resultado desse trabalho de criação, experimentação e imersão. Com cerca de 100 obras, a mostra será realizada em dois locais simultaneamente: no Museu de Artes e Ofícios (MAO), localizado na Zona Cultural Praça da Estação, a inauguração da exposição será dia 25 de novembro (sexta-feira), às 19h. No Viaduto das Artes, localizado no Barreiro, a abertura será dia 26 de novembro (sábado), às 11h. Algumas obras da exposição também estarão no Jardim do MAP e em outros espaços da cidade.
A Secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, celebra a 8ª edição do Bolsa Pampulha: “Esse edital é resultado de políticas públicas de acesso, formação e democratização voltadas às Artes Visuais, mas principalmente de fomento à pesquisa, experimentação e inovação no setor, que, a cada ano, aprimoram-se e efetivam-se na construção desse Programa reconhecido nacional e internacionalmente. O momento é de celebração, pois o Bolsa Pampulha chega à oitava edição mantendo sua importância, relevância e excelência”.
Luciana Féres, presidente da Fundação Municipal de Cultura, ressalta a efetividade da política pública desenvolvida pelo Bolsa Pampulha. “Receber esses 16 artistas e coletivos da cidade e Região Metropolitana para uma imersão durante a residência de seis meses do Bolsa Pampulha e, agora, ver o resultado desse processo de pesquisa, é uma grande alegria. É a materialização e a consolidação de uma política pública de fomento a partir de um programa que, historicamente, vem impactando o cenário das artes visuais”.
A diversidade estampada nos perfis dos artistas
O grupo de artistas reunido nesta 8ª edição do Bolsa Pampulha reflete os temas e preocupações de uma geração, conforme explica Amanda Carneiro, uma das curadoras do Programa de Residências: “É uma edição que sublinha tópicos contemporâneos e apresenta as maneiras como os artistas materializam suas questões em trabalhos de arte. Também é um grupo que pensa muito sobre o trânsito, seja pelo deslocamento na cidade, seja numa perspectiva mais subjetiva”, completa Amanda.
A reflexão sobre esses deslocamentos e os tensionamentos sobre o espaço público, especialmente abraçando as bordas da cidade, fundamentam a decisão de realizar a exposição “Botar Fé” em dois endereços, envolvendo desde a centralidade representada no Museu de Artes e Ofícios (MAO), situado em plena Praça da Estação, no centro da capital mineira, à ocupação do Viaduto das Artes, espaço de convergência cultural situado no Barreiro, região periférica de Belo Horizonte que funcionou como ateliê nessa 8ª edição do Bolsa Pampulha, enquanto o Museu de Arte da Pampulha segue em processo de restauro. Isso reforça que o MAP, mesmo com seu edifício sede fechado, continua com atividades intensas.
Além desses dois locais-sede, a exposição reforça a ocupação amplificada da cidade ao expor dois trabalhos em outros endereços. “O bom cabrito não berra” é o nome da instalação do artista Froiid, a ser conferida nos jardins do Museu de Arte da Pampulha (MAP). Por sua vez, o artista Comum apresenta a obra “Sopa de Letras” na curva do viaduto Moçambique (Avenida Antônio Carlos, bairro Lagoinha), na curva do Ponteio Lar Shopping (bairro Santa Lúcia) e no muro em frente ao Viaduto das Artes.
A diversidade de vivências dos artistas selecionados se traduz na amplitude dos trabalhos e suportes apresentados. As criações propostas utilizam-se de mobiliários, instalações, objetos, fotografias, pinturas de retratos, pinturas de imaginação, paisagens, colagens e trabalhos escultóricos, entre outros.
A identidade periférica é ingrediente presente em quase a totalidade das criações, também marcadas por reflexões que surgem a partir de consciências não brancas. Nesse sentido, a realização de encontros públicos com importantes nomes do cenário cultural, ao longo das residências, trouxe camada complementar de conhecimentos e partilhas. Participaram desses bate-papos artistas e pesquisadores como a professora Leda Maria Martins, o fotógrafo Eustáquio Neves, a curadora Julieta Gonzalez (Inhotim), o curador Rony Maltz (revista Zum), a advogada Juliana Sá (MASP), a produtora executiva Ana Helena Curti, a artista Efe Godoy e o coletivo Serigrafistas Queer (ARG).
As marcas desta edição
Descentralizar o fomento às artes visuais é uma das propostas dessa edição do Bolsa Pampulha. Para alcançar esse objetivo, o programa apresentou novidades durante as residências. Instalar o ateliê coletivo fora do Museu de Arte da Pampulha (MAP) foi indicativo dessa intenção. Por isso, o Viaduto das Artes, situado no Barreiro, recebeu as residências ao longo de seis meses.
Não ter mais limitação de idade máxima possibilitou ao Bolsa Pampulha a inclusão de artistas de trajetórias igualmente distintas, além de complementares. Para o curador Raphael Fonseca, o resultado consiste em um lugar de cruzamento geracional. “Agrupamos um misto de pessoas que vão de percursos recentes a gente com mais experiência”, contextualiza.
O Programa de Residência Artística passou a contemplar dezesseis bolsistas – seis a mais que edições anteriores –, com propostas nos campos do design, arquitetura e arte-educação, além das artes visuais, visando ampliação de suas transversalidades.
Por ter sido uma edição realizada durante a pandemia da Covid-19, o 8º Bolsa Pampulha inovou ao criar um recorte territorial no intuito de ratificar o compromisso das políticas públicas junto à comunidade local. Dessa forma, todas as propostas artísticas contempladas são de proponentes residentes em Belo Horizonte ou em alguma das outras 34 cidades da Região Metropolitana da capital.
Os artistas participantes
Artes Sapas é um grupo criado em Sabará que possui um ateliê de serigrafia, costura e artes gráficas e visa amplificar a produção lesbitrans, tendo o humor como ferramenta utilizada na fabulação de perspectivas dissidentes, representado por Letícia Bezamat e Nádia Fonseca.
ciber_org é natural de Nova Lima. Estudou Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFMG. A construção da identidade no século 21 mediada pelas mídias sociais é o que move seu processo investigativo.
Comum começou a dialogar com o espaço urbano por meio de lambe-lambes com temática punk. Em seguida, passou a realizar trabalhos com stencil e grafite. Suas criações tentam incidir politicamente sobre o território. Natural de Belo Horizonte, possui formação em Artes Gráficas pela Escola de Belas Artes da UFMG.
Cozinha Comum é um coletivo formado por Jon Olier, Julia Bernardes, Laís Velloso e Silvia Herval. Nascido no Espaço Comum Luiz Estrela, em BH, o grupo busca confluir elementos estéticos, políticos e afetivos a partir da comida em diálogo com a escrita, o desenho, a instalação, a performance e a arte-educação.
Dalila Coelho dedica-se a fazer registros de estéticas das periferias da capital mineira, cidade onde nasceu. Usa a fotografia analógica como principal ferramenta. Seus trabalhos mais recentes pesquisam o amor na contemporaneidade junto a experimentações textuais e audiovisuais. Em 2020, recebeu o 1º Prêmio Décio Noviello de Fotografia e publicou, em 2021, o fotolivro “Beleza”.
Froiid nasceu em BH. É mestre e graduado em Artes Visuais pela UEMG. Artista multidisciplinar e curador, foi membro e fundador de coletivos relacionados à cidade, ocupação urbana e território. Suas criações tensionam as relações entre arte, jogo, malandragem e periferia, criando instalações, pinturas e jogos em diversos suportes.
Hortência Abreu graduou-se em gravura na Escola de Belas Artes da UFMG e é doutora em artes pela mesma instituição. Seus estudos se concentram na relação entre imagens da arte, história e memória. Uma pesquisa envolvendo a produção artística e documental da Guerra contra o Paraguai foi seu trabalho mais recente. É natural de Belo Horizonte.
Ing Lee é artista coreana-brasileira, nascida em BH. Bacharel em Artes Visuais pela UFMG, sua carreira se concentra em suportes impressos, narrativas gráficas e desdobramentos. Também desenvolve trabalhos em escultura, com especial enfoque em cerâmica coreana. Integra o Mitchossó, coletivo da diáspora coreana da Casa do Povo, em São Paulo (SP).
Ítalo Almeida nasceu em São Paulo, vive em BH e assina também como cmg_ngm_pod. É artista visual com trabalhos em fotografia, cinema e instalação. Utiliza como campo de pesquisa os locais de aglomeração popular para cartografar sua localização no mundo.
Joseane Jorge nasceu em Conceição do Mato Dentro (MG). Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. Vive entre Belo Horizonte e a Serra da Moeda. Mantém interesse no potencial de interação da arte e do compartilhamento da comida como ferramenta para trocas sociais e diálogos com o território e a paisagem.
Luana Vitra cresceu em Contagem (MG). Artista plástica formada pela Escola Guignard da UEMG, é também dançarina e performer. O contato com ferro e fuligem faz parte de suas experiências. A compreensão do próprio corpo como armadilha é uma de suas defesas, além da lida com a materialidade e espacialidade que seu trabalho evoca.
Lucas Emanuel tem passagens pelo grafite e pintura. Natural de BH, o artista mantém diálogo com a rua como espaço produtivo de imagens ou acontecimentos, tendo interesse especial pela figura humana e pela relação com objetos. As noções de ruína e fragmento, bem como a tensão entre memória e ficcionalização, são fundamentais para suas criações.
Marcelo Venzon nasceu em Vitória (ES). Estudou Arquitetura e Urbanismo na UFES. Para além de seu trabalho em arte contemporânea, entende o fazer arquitetônico e escultórico como pontos de partida de sua pesquisa. No momento, investiga as memórias de Zezinho, seu tio avô, que trabalhou como vitrinista e viveu em Ribeirão Preto (SP) entre as décadas de 1970 e 1990.
Marcus Deusdedit vive em BH e é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. Sua prática elabora possíveis atualizações da produção do campo de arquitetura e design a partir do deslocamento estético de seus códigos. Atualmente, tem a edição de imagem e vídeo e a elaboração de instalações como linguagens de interesse.
Mateus Moreira vive em Belo Horizonte (MG). Graduado em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFMG, sua trajetória envolve uma investigação dentro da paisagem, do retrato e da natureza morta. O artista assimila elementos do mundo para materializar imagens que confluem forças das mais diferentes origens.
Pedro Neves é natural de Imperatriz (MA). É pintor autodidata e pesquisador de manifestações culturais e saberes não institucionalizados brasileiros. Apresenta trabalhos que associam arte moderna e contemporânea brasileira, mosaicos bizantinos, arte pré-colombiana, youkais japoneses, objetos e máscaras de artes africanas.
Os curadores
Amanda Carneiro é curadora no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e co-editora da Revista Afterall, uma publicação de arte contemporânea produzida pelo centro de pesquisa e publicação da University of the Arts, de Londres. Graduou-se e é mestre pela Universidade de São Paulo, onde atualmente realiza doutoramento em História Social. Recentemente co-organizou os catálogos e as mostras “Sonia Gomes: ainda assim me levanto”, “Abdias Nascimento: um artista panamefricano” e “Histórias brasileiras”, no MASP.
Raphael Fonseca é pesquisador da interseção entre curadoria, história da arte, crítica e educação. Curador associado de arte moderna e contemporânea latino-americana no Denver Art Museum, no Colorado (EUA). Doutor em Crítica e História da Arte pela UERJ ; mestre em História da Arte pela Unicamp; graduado e licenciado em História da Arte pela UERJ. Trabalhou como curador do MAC Niterói entre 2017 e 2020. Dentre suas exposições, destaque para “Who tells a tale adds a tail” (Denver Art Museum, EUA, 2022); “Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil” (SESC 24 de Maio, 2022); “Sweat” (Haus der Kunst, Munique, Alemanha, 2021); e “Vaivém” (Centro Cultural Banco do Brasil, 2019-2020). É curador junto a Renée Akitelek Mboya da 22ª Bienal SESC_Videobrasil, a ser realizada em 2023.
Sobre o Bolsa Pampulha
O Bolsa Pampulha é um programa de artes visuais já consolidado e se apresenta como uma das primeiras residências artísticas do Brasil. Sua origem remonta ao Salão Nacional de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte, realizado desde 1937. A partir de 2003, passa por uma reformulação e ganha o formato atual com o objetivo de evidenciar e dialogar com as oportunidades da arte e da cultura contemporânea.
Uma das principais iniciativas do Museu de Arte da Pampulha (MAP), gerido pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, esse programa reforça o museu como espaço de formação, pesquisa e experimentação nos campos da arte e da cultura junto à comunidade artística local e nacional, algo testemunhado ao longo de suas edições anteriores.
Enquanto política pública cultural, o Bolsa Pampulha confere visibilidade à trajetória de relevantes nomes das artes visuais brasileiras que passaram pelas residências do programa, como Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth, Marilá Dardot, Desali, Janaína Wagner, Rafael RG e Marcellvs L, entre tantos outros.
Museu de Arte da Pampulha
Inaugurado em 1957, o Museu de Arte da Pampulha (MAP), desde sua fundação, exerce um relevante papel na formação, desenvolvimento e consolidação do ambiente artístico e cultural da cidade de Belo Horizonte. Seu acervo conta com importantes obras e documentos que permitem revisitar a história da arte moderna e contemporânea brasileira, com especial destaque para o seu edifício-sede.
O prédio, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1940, é uma referência icônica para a arquitetura moderna brasileira e dos mais representativos cartões-postais de Belo Horizonte. Desde 2016, o Conjunto Moderno da Pampulha é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Viaduto das Artes
O Viaduto das Artes é uma instituição e um equipamento cultural e multidisciplinar instalado no Barreiro, região periférica de Belo Horizonte. Conta com galeria de arte, biblioteca, ateliês, jardim de esculturas, espaços formativos e expositivos. Com área aproximada de 1.000 m², o local já recebeu eventos em vários formatos como exposições, shows, oficinas e espetáculos teatrais, entre outros.
O espaço mantém diálogo cotidiano com a comunidade ao redor, e trabalha em prol do impacto cultural, educacional e social naquele território. A região, que engloba mais de 300 mil habitantes, exibe um cenário de tensões sociais e econômicas comuns à periferia de qualquer grande cidade brasileira. O equipamento cultural cumpre um raro papel de aproximação e transformação junto a essa vizinhança.
Serviço:
8ª edição – Bolsa Pampulha – Exposição “Botar Fé”
Museu de Artes e Ofícios
Praça Rui Barbosa, 600, Centro, Belo Horizonte, Minas Gerais, (31) 3248-8600
Abertura: 25 de novembro, às 19h
Período: 25 de novembro a 4 de fevereiro
11h às 16h (sábado até 17h; fecha domingo e segunda)
Viaduto das Artes
Avenida Olinto Meireles, 45, Barreiro, Belo Horizonte, Minas Gerais, (31) 98802-5140
Abertura: 26 de novembro, às 11h
26 de novembro a 5 de fevereiro
10h às 17h (fecha sábado e domingo)
Entrada gratuita
Informações complementares em pbh.gov.br/bolsapampulha.
(Fonte: Viaduto das Artes)