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Japan House São Paulo apresenta exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg”

São Paulo, por Kleber Patricio

Exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” na Japan House São Paulo. Crédito das fotos: André Yamamoto.

Combinando os temas de esporte e tecnologia, a Japan House São Paulo apresenta a exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” sobre iniciativas japonesas para a diversidade e inclusão por meio do trabalho de Ken Endo, engenheiro japonês que desenvolve tecnologia de ponta na área de próteses para corrida. Eleito “Jovem Líder Global 2014” pelo Fórum Econômico Mundial, Endo é fundador e CEO da Xiborg Inc., instituto que traz inovações ao segmento de lâminas para membros inferiores. Em cartaz até 26 de fevereiro de 2023, a mostra – que será a primeira no Brasil sobre seu trabalho – trará um panorama da área por meio de exemplares de lâminas, cronologia de seu desenvolvimento e vídeos, bem como a possibilidade de os visitantes exercitarem a empatia por meio da experimentação de uma prótese desenvolvida por Ken Endo. Dando continuidade à parceria iniciada ano passado por razão dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, a exposição conta com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e patrocínio da Aubicon.

Localizada no segundo andar da instituição na Avenida Paulista e com curadoria do jornalista Marcelo Duarte, a mostra – gratuita – celebra as conquistas do designer de lâminas nas áreas de educação, esportes, engenharia e causas sociais. Entre os destaques, está um projeto no Laos, país do sudeste asiático, que permite que atletas locais compitam com próteses mais baratas projetadas e doadas por Ken Endo, além do programa de educação em escolas japonesas responsável por promover inclusão e empatia, possibilitando que alunos não amputados sintam na pele, por alguns minutos, como é usar uma prótese.

Blades criadas pela empresa Xiborg na Japan House São Paulo.

Parte deste programa em escolas japonesas é reproduzido na exposição, em horários específicos de terça a sábado, quando próteses especialmente criadas para que todos possam experimentar serão disponibilizadas para uso do público sob a orientação de equipe especializada. A exposição apresenta também depoimentos de atletas sobre a importância da prótese no desempenho da corrida, bem como vídeos sobre os projetos do engenheiro, como o Blade Runner Project, que trabalha para que um atleta com prótese alcance a marca de Usain Bolt, considerado o atleta mais rápido do mundo.

Outro destaque é a menção à Blade Library, criada em 2017 em Tóquio, que funciona como uma “biblioteca das próteses”, oferecendo locação de próteses por valores acessíveis. Um dos grandes projetos de Ken Endo, a Blade Library conta com especialistas que orientam sobre a colocação das próteses, além de um ambiente especial para que as crianças e os jovens possam brincar, correr e se divertir até encontrarem a prótese adequada às suas necessidades.

“Como o custo das próteses para corrida é muito alto, elas acabam ficando restritas a atletas de alta performance e que tenham condições financeiras para adquiri-las”, explica o curador. “Por isso, o importante trabalho de Ken Endo me chamou a atenção quando fiz a mediação de uma live com ele no ano passado. Fiquei fascinado com sua história e comprometimento em democratizar o acesso às próteses”, completa Marcelo Duarte. Ken Endo foi um dos participantes do projeto “Criadores”, série de lives realizada pela Japan House São Paulo para apresentar a cultura japonesa por meio dos esportes, que compreenderam as atividades paralelas à exposição “Lounge Esportivo: Tokyo 2020”.

Exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” na Japan House São Paulo.

Atualmente, estima-se que 15% da população mundial tenha algum tipo de deficiência. Ao mesmo tempo, o esporte paralímpico vem ganhando visibilidade ano após ano. Tóquio, por exemplo, teve a maior edição dos Jogos em número de participantes com algum tipo de deficiência. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil registrou a melhor campanha da história, com a conquista de 72 medalhas, terminando em sétima posição no ranking geral, sendo o atletismo e a natação as modalidades com mais vitórias. Ainda dentro deste cenário de aumento de visibilidade do esporte paralímpico, o Brasil tem a maior competição para crianças com deficiência em idade escolar: as Paralimpíadas Escolares. Criadas em 2009 pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, contaram com mais de 900 atletas, de 25 estados, na edição do ano passado.

Diante deste panorama de inclusão, o trabalho desenvolvido por Ken Endo – nomeado para a lista do MIT Technology Review dos principais inovadores com menos de 35 anos (TR35) – é fundamental, conforme comenta Eric Klug, presidente da Japan House São Paulo: “Ken Endo desenvolve projetos admiráveis nos campos da engenharia, esportes, educação para a diversidade e causas humanitárias. O seu desejo e trabalho por um mundo mais inclusivo, feliz e cheio de oportunidades para todos é inspirador e traz uma mensagem de inegável otimismo para o Japão e para o Brasil”.

Exposição “Tecnologia em Movimento por Xiborg” na Japan House São Paulo.

Dentro de uma programação presencial especial com a participação do engenheiro, estão previstos eventos, encontros e palestras que proponham o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre iniciativas brasileiras e japonesas.

Esta exposição dialoga com uma outra apresentada pela Japan House São Paulo, em 2018, a “Prototyping in Tokyo”, do engenheiro Shunji Yamanaka, que na ocasião exibiu o Rabbit Project (Projeto Coelho), próteses para corrida competitiva que buscavam via design a perfeita harmonia entre o humano e materiais artificiais. Dentro do programa JHSP Acessível, a mostra “Tecnologia em Movimento por Xiborg” ainda conta com recursos de audiodescrição, libras e bancada com elementos táteis.

Sobre Ken Endo

Pesquisador associado da Sony Computer Science Laboratories Inc. e CEO fundador da Xiborg Co. Ltd., Endo recebeu seu PhD como membro do grupo Biomecatrônico do Media Lab. Na Sony CSL, trabalha na tecnologia que reabilita e aumenta a capacidade física humana, como próteses e órteses. Foi nomeado para a lista do MIT Technology Review dos principais inovadores com menos de 35 anos (TR35) e escolhido como “Jovem Líder Global 2014” pelo Fórum Econômico Mundial. https://xiborg.jp/en/  | https://bladelibrary.jp/en/

Serviço:

Tecnologia em Movimento por Xiborg

Período: até 26 de fevereiro de 2023

Local: Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52 (2º Andar) – São Paulo, SP

Horários: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h

Gratuito. Reserva antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/

A exposição conta com recursos de acessibilidade (Libras, audiodescrição, elementos táteis).

Experimentação das próteses na Japan House São Paulo

Período: terça à sexta-feira, das 11h às 12h30 e das 15h às 16h30 / sábados, das 11h às 12h30

Classificação: a partir de 8 anos (de 8 a 14 anos é obrigatório estar acompanhado pelos pais ou responsável)

Participação gratuita mediante retirada de senha na recepção 30 minutos antes da atividade.

A ação acontece na sala de experimentação em piso de absorção de impacto da Aubicon, patrocinadora da mostra.

Vagas limitadas.

Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)

A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de trinta exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de dois milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações; e pelo Bureau Veritas com o selo SafeGuard – certificação de excelência nas medidas de segurança sanitária contra a Pandemia de Covid-19.

Confira as mídias sociais da Japan House São Paulo:

Site: https://www.japanhousesp.com.br

Instagram: https://www.instagram.com/japanhousesp

Twitter: https://www.twitter.com/japanhousesp

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LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/japanhousesp.

(Fonte: Suporte Comunicação)

Cia. Extemporânea apresenta “Dr. Anti” no SESC Ipiranga

São Paulo, por Kleber Patricio

Em cena, Regina Remencius, Letícia Calvosa, Mau Machado e Mariana Marinho. Fotos: Ligia Jardim.

“Dr. Anti”, novo trabalho da Cia. Extemporânea, com direção de Ines Bushatsky e João Mostazo, que também assina a dramaturgia, usa a mistura de gêneros – recurso já visto em outros trabalhos do grupo, como a comédia, o filme B, o terror e a farsa – para tratar de um assunto caro ao Brasil: as tensões que atravessam a sociedade hoje, em especial o problema do negacionismo. O espetáculo, está em cartaz até o dia 11 de dezembro, de sexta a domingo, no SESC Ipiranga.

A peça se passa durante um jantar, em uma casa da alta sociedade. Enquanto comem a salada e aguardam pelo prato principal, os seis personagens discutem sobre suas diferentes interpretações para a crise política e social dos últimos anos. Incapazes de chegar a um acordo, um dos convidados, o Dr. Anti – espécie de guru de uma seita –, propõe a realização de um pacto de sangue para sanar a crise do país.

“A peça é um retrato da ascensão ao poder da extrema direita e da união da elite no Brasil a esse conservadorismo”, diz o dramaturgo e diretor João Mostazo. “Essa união entre elite e extrema-direita é na verdade um pacto de violência, que nem sempre se percebe ou se assume como tal, mas que organiza a maneira de ver o mundo”, completa.

Em cena, Felipe Carvalho, Letícia Calvosa e Regina Remencius.

Em meio ao discurso negacionista, ao pseudo-cientificismo e ao pensamento conspiratório disseminado por gurus do pensamento conservador, os personagens não se chocam com a violência e o conflito central se passa em torno da suspeita de que a salada esteja envenenada.

“Vivemos em um cotidiano permeado por imagens e discursos de violência. Esses discursos muitas vezes podem trazer um fascínio que inebria as pessoas”, observa a diretora Ines Bushatsky. Na peça, o pacto permeia não apenas a dimensão da palavra, mas também da trilha sonora, luz e cenário, lançando mão de efeitos vindos do terror e do suspense. “É um pacto que não passa apenas pela razão, mas pelos afetos”, completa.

Marca do perfil do grupo, essas tensões são mostradas também por meio da comédia e do absurdo. “Nós partimos do pressuposto de que a maneira mais honesta e eficaz de capturar a estrutura social da violência é pela comédia. É um gênero sem possibilidade de redenção”, coloca Mostazo. “Não é um riso óbvio. A comédia, como gênero, tem uma estrutura de repetição e ruptura. Essa estrutura organiza a nossa própria realidade”, diz Bushatsky.

Mau Machado em cena.

O texto também traz, por meio da memória fragmentada das personagens, elementos dos eventos políticos relevantes dos últimos anos, das manifestações de 2013 ao impeachment de Dilma Rousseff, da ascensão do MBL à chegada das milícias ao poder com o bolsonarismo. “Os personagens vão mencionando pedaços da história recente de 2013, 2016, 2018 e 2022, mas são incapazes de construir uma narrativa coesa sobre o passado”, coloca a diretora.

Dramaturgia

“Dr. Anti” é o sexto espetáculo da Cia. Extemporânea e o quarto com texto original assinado pelo poeta e dramaturgo João Mostazo, autor de “Fauna fácil de bestas simples” (2015), “A demência dos touros” (2017), “Roda morta – uma farsa psicótica” (2018) e “CÃES” (2018).

Em sua dramaturgia, Mostazo mistura diferentes gêneros dramatúrgicos presentes na indústria cultural contemporânea, como o melodrama, o filme B, o seriado policial e a farsa. Ao mesmo tempo, lança mão de recursos como a ironia e o cinismo, aliados a momentos de sutileza e lirismo, para compor um retrato cômico e contundente da sociedade brasileira contemporânea.

Sobre a Cia. Extemporânea

A Extemporânea é um grupo teatral com sete anos de atuação na cidade de São Paulo. Realizou entre 2015 e 2020 as peças “Fauna fácil de bestas simples” (2015, dir. Pedro Massuela), “A demência dos touros” (2017, direção de Ines Bushatsky, dramaturgismo de Dodi Leal) e “Roda morta – uma farsa psicótica” (2018, direção de Clayton Mariano). Esta última, adaptada para o cinema, deu origem ao primeiro longa-metragem com realização e produção da companhia, “Rompecabezas” (realização de Dellani Lima e João Mostazo), que estreou no 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo em dezembro de 2020.

Além do longa, a companhia realizou o curta-metragem “Falso Filme”, dirigido por Bushatsky e Mostazo, que estreou na Mostra de Cinemas Possíveis de 2021. Em julho de 2021, a cia. estreou o espetáculo online “B”, de Beatriz Silveira e, em junho de 2022, “O mistério cinematográfico de Sendras Berloni”, ambos com direção de Ines Bushatsky e criados junto ao núcleo F de Falso, projeto artístico-pedagógico da companhia voltado à criação de montagens inéditas.

Sinopse | Seis personagens da alta sociedade se reúnem para um jantar. Enquanto comem a salada e aguardam pelo prato principal, discutem sobre suas diferentes interpretações para a crise política e social dos últimos anos. Vendo que os presentes são incapazes de chegar a um acordo, um dos convidados propõe a realização de um pacto de sangue para sanar a crise do país.

FICHA TÉCNICA

Direção: Ines Bushatsky e João Mostazo

Texto: João Mostazo

Elenco: Ernani Sanchez, Felipe Carvalho, Letícia Calvosa, Mariana Marinho, Mau Machado, Regina Maria Remencius.

Atores substitutos: Tetembua Dandara

Cenário: Fernando Passetti

Luz: Aline Santini

Figurinos: Marichilene Artisevskis

Direção musical: Gabriel Edé

Artista visual: Lídia Ganhito

Contrarregra: Julia Tavares

Produção: Corpo Rastreado – Anderson Vieira

Criação: Cia. Extemporânea

Siga o Instagram da Cia Extemporânea: @aextemporanea.

Serviço:

Dr. Anti, da Cia. Extemporânea

SESC Ipiranga (R. Bom Pastor, 822 – Ipiranga, São Paulo (SP). Tel.: (11)3340-2000)

Duração: 75 minutos | 16 anos

De 12 de novembro de 2022 a 11 de dezembro de 2022

Temporada: sextas e sábados, às 21h, domingos e feriado (dia 15/11), às 18h

Valores: R$40,00 (inteira), R$20,00 (meia) e R$12,00 (credencial plena).

(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)

Museu de Arte Sacra apresenta exposição “Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global“

São Paulo, por Kleber Patricio

Chico da Silva, s/ título, 1983 – OST – 145 x 184 cm

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP apresenta a exposição “Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global”, sob curadoria de Simon Watson e com cerca de 61 pinturas que perpassam temas recorrentes da visão do imaginário do artista, como peixes e pássaros fantásticos, além de criaturas míticas e dragões, já caracterizadas como visões vívidas e alucinatórias, enraizadas nas cosmologias amazônicas e que vão desde figuras folclóricas e espirituais até plantas e animais antropomórficos. “Com estilo incomparável, as obras de Chico da Silva, representado por criaturas em ambientes naturais luminosos, são conhecidas por trazerem uma conexão entre o sagrado e o natural”, diz o curador.

Francisco da Silva (1910-1985), conhecido como Chico da Silva, foi um artista brasileiro de ascendência indígena. No final da adolescência, deixou sua casa no Acre, na região amazônica, e mudou-se para Fortaleza (CE), onde morou o resto da vida. Desde cedo, Chico pintava criaturas fantásticas nas paredes das casas dos pescadores. Foi na década de 1940 que o crítico de arte suíço Jean-Pierre Chabloz conheceu sua obra visionária no Brasil e foi Chabloz, emigrante de uma Europa devastada pela guerra, quem primeiro introduziu Chico à pintura e ao papel. O crítico saudou as pinturas de Chico da Silva como pura manifestação da arte visual brasileira e, posteriormente, tornou-se um defensor das obras do artista.

Chico da Silva, s/ título, 1970 – OST – 64 x 80cm.

A vida de Chico da Silva foi uma complexa gangorra entre a fama internacional – celebrado na Bienal de Veneza de 1966 e além de inúmeras exposições pelo Brasil e pela Europa – e as lutas contra o alcoolismo e a instabilidade mental, que em certo momento exigiram uma longa internação. Em seus últimos anos, Chico da Silva viveu na fronteira dos sem-teto. Morreu em 1985, aos 75 anos, e nos anos seguintes à sua morte o reconhecimento de sua importante produção artística caiu na obscuridade.

Uma das características das obras de Chico da Silva é que seus desenhos e pinturas surgem de forma espontânea, no momento se sua criação, como involuntários impulsos de sua imaginação. O artista não teve de maneira formal nenhuma influência de outros estilos, muito menos de escolas de pintura. Seus traços, que no início eram feitos a carvão, impressionavam pela riqueza de detalhes e abstração. Eram dragões, peixes voadores, sereias, figuras ameaçadoras e de grande densidade e formas. Pintor de lendas, folclore nacional, cotidiano e seres fantásticos. “Por muito tempo suas pinturas foram depreciadas e tidas como arte popular simplória. No entanto, os tempos mudaram e, nos últimos anos, após uma pandemia global e o aumento da conscientização sobre a depredação do meio ambiente, as criaturas visionárias do universo fantástico de Chico da Silva nos revelam o poder absoluto e a maravilha de nosso planeta — tanto sua fauna como sua flora”, define Simon Watson.

Chico da Silva, s/ título, 1970 – têmpera s/ tela – 65 x 120 cm.

“Conexão Sagrada, uma Visão Global” exibe o imaginário de Chico da Silva com criaturas quiméricas que muitas vezes aparecem se devorando ou em posição de combate. “Este é um universo composto por cenas que mesclam fábulas e cosmologias populares amazônicas do norte e nordeste do Brasil, representando um pleno florescimento do traço sofisticado e das cores vibrantes usadas pelo artista, que remetem ao espírito interior das criaturas retratadas e de nós mesmos, espectadores humanos”, diz Watson. A galeria de entrada do museu traz uma instalação em estilo de salão, uma “piscina” das pinturas de peixes do artista, sugerindo uma imersão em um aquário. Em seguida, no espaço expositivo, as telas estarão divididas em dois temas: uma de criaturas míticas e outra de pássaros e outras criaturas aladas.

“No contexto de crise global, de devastação do planeta e distanciamento emocional das almas humanas, anestesiadas por distrações digitais, o público de hoje anseia por uma arte visionária que os ajude a lembrar da vitalidade do mundo natural que sustenta nossas vidas. A exposição ‘Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global’ incluirá um catálogo online de ensaios acadêmicos a ser publicado no início de janeiro de 2023” – Simon Watson.

Projeto LUZ Contemporânea

LUZ Contemporânea é um programa de exposições de arte contemporânea que se desdobra em eventos e ações culturais diversas, públicas e privadas. Desenvolvido pelo curador Simon Watson, o projeto atualmente encontra-se baseado no Museu de Arte Sacra de São Paulo. Nesse espaço, LUZ Contemporânea apresenta exposições temáticas de artistas convidados, de modo a estabelecer diálogos conceituais e materiais com obras do acervo histórico da instituição. Embora fortemente focada no cenário artístico brasileiro atual, LUZ Contemporânea está comprometida com uma variedade de práticas, cultivando parcerias com artistas performáticos e organizações que produzem eventos de arte.

Exposição “Chico da Silva: Conexão Sagrada, Visão Global”

Artista: Chico da Silva

Curadoria: Simon Watson

Período: de 13 de novembro a 8 de janeiro de 2023

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo | MAS/SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo/SP (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Estacionamento (entrada opcional): Rua Dr. Jorge Miranda, 43 (sujeito a lotação)

Tel.: (11) 3326-5393 – informações adicionais

Horários: de terça-feira a domingo, das 09 às 17h (entrada permitida até às 16h30).

(Fonte: Balady Comunicação)

Coletiva Fanfarrosas estreia temporada de teatro de mamulengo em bibliotecas públicas de São Paulo

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: divulgação.

No mês de novembro, a coletiva Fanfarrosas realiza uma temporada de apresentações gratuitas do espetáculo “As Presepadas de Gitirana no Terreiro de Dona Dindinha” no Programa Biblioteca Viva, da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo e Prefeitura de São Paulo.

O grupo se apresenta no dia 16 de novembro (quarta-feira), às 10h, na Biblioteca Thales Castanho de Andrade, na Freguesia do Ó, em 17 de novembro (quinta-feira), às 14h, na Biblioteca Malba Tahan, na Zona Sul, e no dia 18 de novembro (sexta-feira), às 14h, na Biblioteca Hans Christian Andersen, no Tatuapé.

As últimas apresentações da temporada acontecem no dia 22 de novembro (terça-feira), às 14h, na Biblioteca Aureliano Leite, Zona Leste, dia 29 de novembro (terça-feira), às 14h, na Biblioteca José Mauro de Vasconcelos, Zona Norte, e 30 de novembro (terça-feira), às 14h, na Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda, Itaquera.

Em uma grande festa de encantarias e histórias, “As Presepadas de Gitirana no Terreiro de Dona Dindinha” traz situações e figuras populares da sociedade em seus lugares de destaque e protagonismo dentro do teatro de mamulengo, mesclando culturas paulistas e nordestinas.

Com auxílio e direção de Natália Siufi, que é fundadora do Grupo Teatral Parlendas e co-fundadora do Grupo Xingó, o Coletivo Fanfarrosas iniciou sua pesquisa sobre o Mamulengo no Brasil em janeiro de 2022, tendo como inspiração histórias de mulheres retirantes e a cultura popular brasileira.

Sobre a Coletiva Fanfarrosas

Fanfarrosas nasce em 2019, em uma trajetória de pesquisas multiculturais que englobam linguagens como música, palhaçaria, arte de rua e cultura popular. Utilizando manipulação de bonecos e instrumentos de materiais recicláveis, as Fanfarrosas contam e cantam histórias, executando um vasto repertório com músicas das infâncias, MPB e ritmos como coco, cavalo marinho, cacuriá e baião.

“Partilhamos da vontade de discutir temas que nos atravessam como a pluralidade de gêneros na comicidade, a valorização da cultura popular no país e a arte de rua como facilitadora de acesso ao público”, explica o coletivo.

Mais informações em www.facebook.com/fanfarrosas e www.instagram.com/fanfarrosas.

FICHA TÉCNICA

Brincantes: Coletiva Fanfarrosas – Giovanna Paixão, Luana Pereirinha | Roteiro e texto: Fanfarrosas e Natália Siufi | Direção: Natália Siufi | Confecção: Fanfarrosas, Danilo Cavalcante e Maria do Carmo | Confecção da empanada: Bel Lopes – Glória de Goitá | Pintura empanada: Fanfarrosas e Ijür Sanso | Operação de som: Fanny Cabanas | Musicistas: Naiara Perez e Jaque da Silva |Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini | Produção: Fanfarrosas.

Serviço:

“As Presepadas de Gitirana no Terreiro de Dona Dindinha” com Coletiva Fanfarrosas

Sinopse: Benedite vendedore ambulante, Rosquelina e seu boi fujão, Padre Lobrobró enviado de Jericó e a cobra Gitirana que só arruma confusão. Uma grande festa que mescla culturas nordestinas e paulistas cheias de encantaria, brincadeiras e memórias. Um teatro de mamulengo que traz situações e causos da sociedade, dando protagonismo à figuras populares e distintas do cotidiano.

Duração: 50 minutos

Classificação Livre – Grátis

Quando:

16 de novembro de 2022 (quarta-feira) – Horário: 10h – Onde: Biblioteca Thales Castanho de Andrade – Endereço: R. Dr. Artur Fajardo, 447 – Freguesia do Ó, Zona Noroeste, São Paulo – SP

17 de novembro de 2022 (quinta-feira) – Horário: 14h – Onde: Biblioteca Malba Tahan – Endereço: R. Brás Pires Meira, 100 – Jardim Susana, Zona Sul, São Paulo – SP

18 de novembro de 2022 (sexta-feira) – Horário: 14h – Onde: Biblioteca Hans Christian Andersen – Endereço: Av. Celso Garcia, 4142 – Tatuapé, São Paulo – SP

22 de novembro de 2022 (terça-feira) – Horário: 14h  – Onde: Biblioteca Aureliano Leite – Endereço: Rua Otto Shubart, 196 – Parque São Lucas, Zona Leste, São Paulo

29 de novembro de 2022 (terça-feira) – Horário: 14h – Onde:  Biblioteca José Mauro de Vasconcelos – Endereço: Praça Comandante Eduardo de Oliveira, 100 – Parque Edu Chaves, Zona Norte, São Paulo – SP

30 de novembro de 2022 (terça-feira) – Horário: 14h – Onde: Biblioteca Sérgio Buarque de Holanda – Endereço: Rua Victório Santim, 44 – Itaquera, São Paulo – SP.

(Fonte: Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini)

Exposição do 2º Salão de Humor sobre Doação de Órgãos do Instituto GABRIEL acontece no Polo Shopping

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Imagem: divulgação.

Desde 3 de novembro acontece a primeira mostra do 2º Salão de Humor sobre doação de Órgãos do Instituto GABRIEL no Polo Shopping Indaiatuba. São expostas 20 das 160 obras selecionadas, com as premiadas das categorias Cartum e Charge e Prêmio Biometrix, além das mais votadas pelo corpo de jurados do Salão, formado por profissionais de saúde da área de captação e transplante de órgãos.

Foram vencedores desta edição, na categoria Cartum, 1º Lugar, Roque de Ávila Jr. (SP) e Moisés (SP). Na categoria Charge, os vencedores foram Jota A (PI) e Darlan Alves (GO) e Prêmio Especial Biometrix para o artista Mello (MG).

A mostra acontece no corredor em frente à Loja Riachuelo e deve permanecer até o final do mês de novembro. A exposição completa pode ser vista no site gabriel.org.br/salaodehumor/.

Os visitantes, além de terem contato com essa forma diferente e lúdica de falar sobre esse tema tão pouco compreendido pela sociedade brasileira, podem ainda concorrer a uma obra de sua escolha se inscrevendo pelo QR Code do totem de abertura do Salão.

O Salão de Humor sobre Doação de Órgãos foi criado em 2008 pelos fundadores do Instituto GABRIEL, Valdir de Carvalho e Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, e pelo cartunista Mario Dimov Mastrotti, com intuito de sensibilizar pessoas sobre a importância da doação de órgãos e tecidos.

São parceiros do Salão as empresas Biometrix Diagnóstica, Polo Shopping Indaiatuba, UniArts Media, Radio Jornal, ProArtis, IC Transportes, Doação Estampada, Portal da Cidade, Eurekando, Deixe Vivo e # Juntos.

Mais informações podem ser obtidas em https://gabriel.org.br ou pelo WhatsApp +55 (19) 98700-0466.

(Fonte: Jair Italiani)