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Brasil
Entre os dias 27 e 29 de outubro, a Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) apresenta a ópera clássica “As Bodas de Fígaro”, do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. A apresentação será gratuita e acontece no SESC Campinas, com participação do Coro Contemporâneo de Campinas (CCC) e do coletivo Ocupação Lírica de Teatro Itinerante.
Com direção artística do maestro Angelo Fernandes, direção musical da maestrina da OSU, Cinthia Alireti, e direção cênica de Felipe Venâncio, “As Bodas de Fígaro” é uma opera buffa em quatro atos composta em cerca de seis semanas com estreia no Burgtheater de Viena, em 1º de maio de 1786. A obra leva como base o libreto de Lorenzo da Ponte inspirado na peça “Le mariage de Figaro”, do polímata francês Pierre-Augustin Caron Beaumarchais.
Cinthia Alireti destaca que “a obra se distingue por seu curioso contexto internacional, tendo o texto inicial nascido nas mãos do escritor francês Beaumarchais sendo transformado em libreto pelo italiano Lorenzo da Ponte e musicado por Mozart, um compositor austríaco”. A maestrina ressalta, ainda, que não se deve esquecer “de que a trama se passa em Sevilha, na Espanha, e está sendo trazida para Campinas, no Brasil”.
Segundo Angelo Fernandes, Mozart “foi um compositor cosmopolita e prolífico, desenvolvendo sua atividade em vários dos mais importantes centros musicais da Europa, criando obras em praticamente todos os gêneros utilizados na época e destacando-se em todos por sua genialidade e excelência”, comenta. Segundo o maestro, é “dentre os compositores não brasileiros, o mais presente na atividade da Classe de Canto e do Ópera Estúdio da Unicamp”.
A ópera “As Bodas de Fígaro” será apresentada nos dias 27 e 28 de outubro, às 19h30, e no dia 29 às 16h30, no SESC Campinas. A entrada é gratuita e com ingressos limitados retirados com antecedência de duas horas na Central de Atendimento do Galpão. A apresentação integra a programação especial da Sinfônica em comemoração aos 40 anos de fundação.
Serviço:
As Bodas de Fígaro
27 e 28 de outubro, quinta e sexta, 19h30
29 de outubro, sábado, 16h30
Local: Galpão Multiuso do SESC Campinas
Rua Dom José I, 270/333 – Bonfim, Campinas – SP
Entrada franca.
(Fonte: Ciddic/Unicamp)
O Conselho de Promoção de Igualdade Racial de Indaiatuba (Compir) realizará no dia 6 de novembro, a partir das 7h30, com o apoio da Prefeitura, a 1ª Caminhada Antirracista de Indaiatuba. O objetivo é sensibilizar a população sobre a importância de batalhar pela igualdade racial, bem como celebrar o dia da Consciência Negra, que é comemorado no dia 20 de novembro. O trajeto começará no Parque Pet, localizado no Parque Ecológico, e terminará em frente à Praça Elis Regina.
De acordo com a presidente do Compir, Claudenice da Silva Souza, a caminhada tem como proposta fomentar a construção de uma sociedade mais justa. “O intuito é que as pessoas tenham o entendimento que todos juntos é possível lutar contra o racismo. Na verdade, esse evento foi idealizado para buscarmos, com passividade uma sociedade igualitária, sem discriminação e um ambiente onde todos possam se respeitar independente de etnia, crença ou características físicas”, pontua.
Serviço:
1ª Caminhada Antirracista
Data: 6 de novembro
Horário: a partir das 7h30.
Local de Inicio: Parque Pet (Parque ecológico)
Local de Término: em frente à Praça Elis Regina.
(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)
Pesquisadoras da Universidade Federal do Tocantins (UFT), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e do Centro Universitário Luterano de Palmas (Celp/Ulbra) desenvolveram um xampu sustentável e com propriedades antioxidantes a partir do extrato da mangabeira, planta nativa brasileira comum em estados como Tocantins, Sergipe e Piauí. A fórmula não conta com lauril sulfato de sódio, agente limpante comumente utilizado em xampus, que enfraquece a fibra capilar. As conclusões estão publicadas na edição de sexta (21) da revista “Brazilian Journal of Biology”.
As pesquisadoras partiram da análise de extratos da casca, caule e folha da mangabeira, observando propriedades que poderiam ser aproveitadas para a produção de cosméticos. O extrato da folha se mostrou ideal à produção do xampu, cuja fórmula foi criada para ser simples, passível de reprodução pelas comunidades extrativistas que sobrevivem da venda sazonal da mangaba, fruto da mangabeira.
O uso de outras partes da planta para a produção de cosméticos pode gerar mais fontes de renda à comunidade, além de aproximar o consumidor da natureza e promover a sustentabilidade. “As comunidades extrativistas têm uma visão diferente da indústria, aproveitando só o que precisam e com maior consciência ambiental. Além disso, você não precisa ficar extraindo compostos derivados do petróleo para produzir artigos sintéticos”, explica a autora principal do estudo, Juliane Farinelli Panontin.
O artigo deriva de sua tese de doutorado, em que também foi criado um sérum a partir do caule da mangabeira, que é rico em antioxidantes e pobre em saponina, composto com propriedades detergentes. Já as folhas da mangabeira, usadas para o xampu, contam com grande quantidade de saponina e antioxidantes, sendo ideais para limpar e proteger os cabelos.
O xampu é tão eficiente quanto o comercial, mas com a vantagem de não utilizar o lauril sulfato de sódio, agente limpante comum no mercado e que gradualmente enfraquece os fios de cabelo. Porém, ele não produz tanta espuma, o que pode gerar a sensação de que não está cumprindo seu papel — um dos pontos que Panontin visa melhorar em um próximo momento da pesquisa. “Agora, a gente queria realmente ajudar a comunidade a implantar essa mini-indústria, além de melhorar a formação do xampu e tentar deixá-lo com mais espuma”, conclui.
(Fonte: Agência Bori)
As onças estilizadas por artistas patrocinados pela ISA CTEEP, líder no setor de transmissão de energia do País, em parceria com a Jaguar Parade, intervenção artística urbana que reúne esculturas de onças-pintadas, estão disponíveis para compra em leilão on-line até 26 de outubro. Toda a receita arrecadada será destinada a projetos de preservação da espécie e seu habitat em diversos países da América Latina.
As obras, que encantaram moradores e turistas de São Paulo entre maio e agosto e viajaram aos principais pontos turísticos de Nova York, em setembro, são a materialização do papel-chave da onça para os ecossistemas e da preocupação ambiental da humanidade.
No total, cerca de 40 esculturas foram produzidas para o evento cultural internacional. Dessas, 11 foram assinadas por artistas convidados pela ISA CTEEP: Petterson Silva, Rafael Jonnier, Kássia Rare, Luc Sousa, Celair Ramos (Buga Peralta), Vanessa Alexandre, Sophie Reiterman, Irmãs Gelli, Lettice, Ju Barros e Luiz Escañuela. Todas estarão disponíveis para compra por meio de leilão on-line até 20 de outubro, nos Estados Unidos, e 26 de outubro, no Brasil.
Conexão Jaguar
O apoio a iniciativas como a Jaguar Parade está em linha com a estratégia de sustentabilidade da ISA CTEEP, como o Programa Conexão Jaguar, desenvolvido desde 2019 no Brasil, em conjunto com o aliado técnico South Pole.
O Programa tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças do clima, por meio da implementação de projetos florestais em áreas prioritárias para a proteção, recuperação e conexão do habitat e corredores da onça-pintada. Atualmente, contribui para a conservação de mais de 135 mil hectares na Serra do Amolar, no Pantanal, em parceira com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP).
Saiba mais sobre o Programa Conexão Jaguar: acesse aqui.
Serviço:
Leilão On-line no Brasil
Aberto para lances em: https://www.iarremate.com/iarremate2/051
Término: 26 de outubro de 2022, às 20h
Obras à venda: esculturas expostas exclusivamente em São Paulo
Local de coleta: São Paulo, SP
ONGs beneficiadas: Onçafari, Panthera, WWF, WCS e The Lion’s Share.
Leilão On-line nos EUA
Aberto para lances em: https://event.gives/jaguarparade
Leilão ao vivo: 20 de outubro de 2022, às 19h
Obras à venda: esculturas expostas em Nova York
Local de coleta: Nova Jersey, EUA
ONGs beneficiadas: Panthera, WWF, WCS e The Lion’s Share.
(Fonte: RPMA Comunicação)
A peça “E Lá Fora o Silêncio” é o terceiro trabalho do LABTD (Laboratório de Técnica Dramática) baseado em pesquisas documentais sobre a ditadura civil-militar brasileira. Concebido por Ave Terrena, Diego Moschkovich e Diego Chilio, o espetáculo encerra a trilogia “Mural da Memória” e se apresenta no Teatro Cacilda Becker (Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo), em uma temporada de 21 de outubro a 13 de novembro de 2022. A entrada é gratuita.
Com dramaturgia de Ave Terrena e direção de Diego Moschkovich, o trabalho retoma a memória da ditadura brasileira a partir da história de Crístofer, que está de mudança e encontra cartas enviadas de dentro da prisão para sua irmã na época em que esteve encarcerado.
Escritas em código, como forma de burlar a repressão, essas correspondências narram a vida de presas políticas com quem ele convivia no presídio, até que os fragmentos começam a se embaralhar e criam uma confusão entre tempos. “A peça é sobre o encontro, no presídio feminino, entre dois grupos invisíveis, silenciados e perseguidos pela ditadura: as mulheres cisgêneras participantes da resistência política e as pessoas transmasculinas”, revela Ave Terrena. “A peça também é sobre o encontro entre a memória, caracterizada por essas mulheres e o personagem de Crístofer, e o contemporâneo, na figura do sobrinho, Diego Chilio, e no slam de Jessica Marcele”, completa.
A peça tem a forma de uma apresentação de rodada de negócios, em que Cristofer e seu sobrinho tentam vender uma série audiovisual a potenciais financiadores do projeto. Além das cartas apresentadas e lidas para o público, as personagens Silaine, Iucatã e Alice se relacionam com as outras em forma de projeção. Suas histórias foram baseadas nas mulheres que tomaram parte da resistência armada contra a ditadura. “A ideia é que essas personagens apresentem, além do plano poético, trazido pelo texto da Ave, um plano documental-performativo. Elas não são apenas vozes do passado, mas imagens-fantasmas transversais do tempo”, afirma Diego Moschkovich.
Pesquisa
Como referência inicial na construção da peça, a dramaturga trouxe a pesquisa da professora Jaqueline Gomes de Jesus (IFRJ), que entende a memória em sua dimensão coletiva e seu caráter de seleção e reconstrução contínua, e o livro “Mulheres na luta armada” (2018), de Maria Claudia Badan Ribeiro. Além disso, o grupo também entrevistou mulheres que integraram organizações de resistência à repressão.
O projeto procurou referências de relatos publicados de pessoas LGBTQIA+ encarceradas, como por exemplo “A Princesa”, de Fernanda Farias de Albuquerque (1994). A peça destaca a memória de homens trans e transmasculines, tão invisibilizades quanto as mulheres cisgêneras da luta armada e pouco reconhecidas como vítimas da ideologia reacionária e patriarcal da ditadura militar. A dramaturgia foi construída com base no livro “A Queda para o Alto”, de Anderson Herzer (1981) e nas entrevistas de História Oral de Vida realizadas pela dramaturga com o ator Leo Moreira Sá, que iniciou no projeto como entrevistado e hoje é um dos atores do elenco.
Além do presente trabalho, a pesquisa dramatúrgica do grupo, recriada continuamente em processo colaborativo, já mergulhou anteriormente em documentos históricos como os da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Comissão da Verdade do Estado de São Paulo ‘Rubens Paiva’, em livros como “Ditadura e Homossexualidades”, organizado por James Green e Renan Quinalha, nas edições do jornal Lampião da Esquina e na História Oral de Vida de Neon Cunha.
A terceira peça do LABTD, “E Lá Fora o Silêncio”, passou por um longo período de leituras coletivas e entrevistas com mulheres que integraram organizações de resistência à repressão. Algumas delas integram o espetáculo em vídeos gravados nas cenas criadas a partir de seus depoimentos: Ana Maria Ramos, Crimeia Almeida e Dulce Muniz interpretam o texto em versos de Ave Terrena. O contemporâneo tensiona os vídeos de inspiração documentária recriados na cena transtemporal do LABTD.
Sobre o LABTD – Mural da Memória
O Laboratório de Técnica Dramática (LABTD) é um grupo de teatro da cidade de São Paulo que existe desde 2015. Atualmente, seus integrantes são a dramaturga Ave Terrena, o ator Diego Chilio e o diretor Diego Moschkovich, com produção de Iza Marie Miceli.
O grupo já encenou as peças “O Corpo que o Rio Levou” (2017), que também foi publicada pela Editora Giostri, e “As 3 uiaras de SP city” (2018), premiada pela IV Mostra de Dramaturgia do CCSP, ambas com perspectivas sobre o período histórico da ditadura brasileira. “E Lá Fora o Silêncio”, premiada no edital TUSP Peças em Processo – agora com o Prêmio Zé Renato da Secretaria Municipal de Cultura – encerra a trilogia “Mural da Memória”. As peças já circularam em teatros, ocupações de luta por terra e moradia, bibliotecas municipais e instituições de acolhimento à população LGBT.
O grupo também participou da Feira Paulista de Opinião, organizada em comemoração aos 50 anos da 1ª Feira Paulista de Opinião, com o texto “A Grande Exposição”.
A cada trabalho, o núcleo do grupo cria parcerias com artistas convidadas, fincando o pé nos processos colaborativos e ampliando suas metodologias de pesquisa e as intersecções poéticas e política dentro e fora da sala de ensaio. Até o fim de 2022, o projeto ganha um site que abrigará os materiais de todas as peças do grupo.
Ficha Técnica
Idealização: Laboratório de Técnica Dramática [LABTD]: Ave Terrena, Diego Moschkovich e Diego Chilio
Texto: Ave Terrena
Direção: Diego Moschkovich
Atuação: Ana Maria Ramos Estevão, Criméia de Almeida, Diego Chilio, Dulce Muniz, Jessica Marcele e Leo Moreira Sá
Músicos em cena: Felipe Pagliato e Gabriel Barbosa
Iluminação e cenário: Wagner Antonio
Figurino: Diogo Costa
Criação em Vídeo e Projeção Mapeada: Amanda Amaral
Design visual: Rafael Cristiano
Transparências: Carla Miyazaka
Crítica em processo: Paloma Franca Amorim
Assistente de Direção: Rodolpho Corrêa
Operação de luz: Felipe Fly
Operação de vídeo e Projeção: GIVVA
Assessoria de imprensa e mídias sociais: Canal Aberto
Observadores-documentadores: Carla Miyazaka, Felipe Fly, Oru Florido, Raiane Souza, Rodolpho Corrêa
Estagiária: Thainá Teixeira
Produção Executiva: Lucas Leite
Direção de Produção: Iza Marie Miceli
Entrevistas de História Oral de Vida: Amelinha Telles, Ana Maria Ramos, Cida Costa, Crimeia Almeida, Guiomar Lopes e Leo Moreira Sá, além dos diálogos com a pesquisadora Maria Claudia Badan Ribeiro.
Com as vozes em cena de: Amanda Proetti, Sofia Botelho, Sophia Castellano, Fátima Sandalhel, Maria Emília Faganello, Verónica Valenttino, Raiane Souza, Thainá Teixeira, Carla Miyasaka, Ave Terrena, Rodolpho Corrêa, Givva, Kyem Araújo, Kairos Castro, Bernardo Gael, Felipe Fly, Miguel Ângelo, Marun Reis
Intervenção Núcleo Trans: GIVVA, Leo Moreira Sá, Rodolpho Corrêa, Oru Florido, Felipe Fly, Ave Terrena.
Este projeto foi contemplado pela 14ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.
Serviço:
E Lá Fora o Silêncio
Duração: 70 Minutos Recomendação: 12 anos
Teatro Cacilda Becker
Rua Tito, 295 – Lapa (198 lugares) – São Paulo (SP)| Tel.: (11) 3864-4513
De 21 de outubro a 13 de novembro de 2022*
Sextas e sábados às 21h, domingos às 19h
Gratuito – Retirada de ingresso uma hora antes
* No dia 30 de outubro não haverá espetáculo. No dia 4 de novembro, haverá uma sessão extra às 17h.
(Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa)