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Brasil
No dia 23 de outubro, domingo, a Orquestra Sesiminas apresenta “A Arca de Noé, de Vinícius”, uma recriação das canções do disco “A Arca de Noé”, um dos mais célebres álbuns infantis brasileiros. O repertório do disco reúne canções que marcaram gerações, como “A Porta”, “A Casa” e “Corujinha”. Durante a apresentação, a dupla de cantores Diego Musicopai e Maria Tereza Costa interpretam o disco em sua estrutura original, acompanhados pela Orquestra Sesiminas e mais cinco músicos convidados: Elena Suchkova (Faluta), Públio Silva (Oboé), Luís Umbelino (clarineta), Victor Morais (Fagote) e André Limão (Bateria e percussão). Os arranjos são de Fred Natalino. A regência e direção musical são de Felipe Magalhães. O evento acontece às 11h, no Teatro Sesiminas. Classificação indicativa: livre. Duração: 60 minutos.
Em 1970, Vinícius de Moraes lança na Itália o seu livro “A Arca de Noé”, que reuniu uma série de poemas infantis que o poeta escreveu muitos anos antes, dedicados a seus filhos Suzana e Pedro de Moraes. Foi também nessa época que Chico Buarque apresenta a Vinícius o seu amigo Toquinho, que iria ser parceiro de Vinícius até o fim da vida. Do encontro de Vinícius e Toquinho iria nascer, em 1980, o disco “A Arca de Noé”, que utiliza vários poemas do livro lançado 10 anos antes.
O disco, que marcou gerações, contou com a participação de alguns dos maiores nomes da MPB na época, como Elis Regina, Chico Buarque, Milton Nascimento, Alceu Valença, Morais Moreira, Marina Lima, Fábio Júnior e o próprio Toquinho, entre outros. O álbum continua encantando tanto adultos quanto crianças pelo Brasil. Músicas como “A Casa” ou “O Pato” estão no imaginário do público pelo país.
Para interpretar as canções de “A Arca de Noé”, a Orquestra Sesiminas convidou Diego Musicopai e Maria Tereza Costa, dois artistas talentosos e versáteis, cujos trabalhos dialogam fortemente com o público infantil. No espetáculo, além cantar, eles interpretam e brincam com a plateia, construindo também uma riqueza cênica para o show.
Diego é pai da Liz, da Bel e do Tom, artista desde sempre, músico há 21 anos e músico educador há 10 anos. Há 7 anos está com o projeto Musicopai, que é resultado de um longo caminho que passa por uma faculdade de Licenciatura em Música/Canto Popular e oficinas com Grupo de Percussão e Cultura Popular Mucambo, Barbatuques, Naná Vasconcelos, Estevão Marques e Paulo Tatit, entre outros. Atualmente trabalha com musicalização infantil em escolas, casas de brincar e atende condomínios particulares. Aos fins de semana se apresenta em festas de aniversário, eventos infantis e em shows com a banda de rock para família chamada MusicPaiTumPlein. “Estar nesse projeto é voltar ao meu estado de infância e poder explorar pela primeira vez essas canções sensacionais do grande poeta Vinícius de Moraes, que marcaram a vida de muitas pessoas e agora estão marcando a minha também”, ressalta Diego.
Atriz, palhaça, cantora, musicista, diretora musical e compositora, Maria Tereza Costa tem formação em teatro musical e teatro experimental. Presente em todas as produtoras de teatro musical de Belo Horizonte, é uma profissional reconhecida e premiada tanto na área de atuação quanto nas criações de trilha sonora de espetáculos. Fundadora e gestora da coletiva Minha Companhia e autora de projetos cênicos e musicais independentes, destacando-se o projeto MPBaixinhos para todas as idades. “Além de ter uma importância muito grande para a história da nossa música brasileira, esse repertório tem uma grande importância também para a minha história, para a minha vida. Poder cantá-lo é reavivar a minha infância”, destaca Maria Tereza.
Além dos dois cantores, a Orquestra Sesiminas, que é formada por 20 instrumentistas de cordas, recebe também mais cinco instrumentistas convidados, que irão trazer a sonoridade dos instrumentos de sopros e da percussão. Os arranjos ficaram a cargo de Fred Natalino. “O álbum de Vinícius e Toquinho marcaram minha infância e a de toda uma geração. A qualidade da música e da poesia dessas canções têm a capacidade de encantar crianças e adultos”, garante o maestro Felipe Magalhães.
Repertório
1 – A Arca de Noé (Ernst Nahle e Toquinho)
2 – O Pato (Vinícius de Moraes, Toquinho e Paulo Soledade)
3 – Corujinha (Vinícius de Moraes e Toquinho)
4 – A Foca (Vinícius de Moraes e Toquinho)
5 – As Abelhas (Vinícius de Moraes e Luis Enrique Bacalov)
6 – A Pulga (Vinícius de Moraes)
7 – A Porta (Vinícius de Moraes e Toquinho)
8 – A Casa (Vinícius de Moraes, Sérgio Endrigo e Sérgio Bardotti)
9 – São Francisco (Vinícius de Moraes e Paulo Soledade)
10 – O Gato (Vinícius de Moraes, Toquinho e Luis Enrique Bacalov)
11 – O Relógio (Vinícius de Moraes e Paulo Soledade)
12 – Valsa para uma Menininha (Vinícius de Moraes e Toquinho)
13 – Final – Arca de Noé (Rogério Duprat)
Ficha técnica
Artistas convidados: Diego Musicopai e Maria Tereza Costa
Orquestra Sesiminas
Regência e direção artística: maestro Felipe Magalhães
Violinos primeiros: Elias Barros (Spalla), Ravel Lanza, Vitor Dutra, William Barros, Henrique Rocha e Hozana Barros
Violinos segundos: Simone Poliana, Gláucia Borges, Olivia Maia, Filipi Sousa e Olga Buza
Violas: Cleusa Nébias, Gláucia Barros, Alex Evangelista e Claudison Benfica
Violoncelos: João Cândido, Firmino Cavazza e Antônio Viola
Contrabaixos: Thiago Santos, Filipe Costa
Músicos convidados: Elena Suchkova (Faluta), Públio Silva (Oboé), Luís Umbelino (clarineta), Victor Morais (Fagote) e André Limão (Bateria e percussão)
Arranjos: Fred Natalino.
Serviço:
Orquestra Sesiminas apresenta “A Arca de Noé, de Vinícius”
23 de outubro, domingo, 11h – no Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, nº 60, Santa Efigênia)
Ingressos pelo Sympla ou na Bilheteria do Teatro. 30 reais (inteira) e 15 reais (meia-entrada).
Orquestra Sesiminas
Por iniciativa pioneira de Nansen Araújo, presidente da FIEMG à época, nasce em 1986 a Orquestra de Câmara Sesiminas, com o objetivo maior de garantir ao trabalhador da indústria mineira e a seus dependentes o acesso à música orquestral de qualidade. Sob a direção artística do Maestro Marco Antônio Maia Drumond, a Orquestra sempre prezou, desde o início, pela qualidade técnica de seus músicos. Junto a essa preocupação técnica, empreendeu-se um incansável trabalho de formação de público dentro de indústrias e escolas por meio de concertos de caráter didático e concertos comentados, com uma escolha de repertório cuidadosamente feita no sentido de aproximar o público à música orquestral de câmara. Durante seus mais de 35 anos de história, a Orquestra Sesiminas já conta com mais de 1.100 concertos, realizados em pátios de fábrica, canteiros de obras, espaços públicos, hospitais e escolas, além das melhores salas de concerto da capital e de todo o Estado de Minas Gerais.
O alto nível técnico, aliado à preocupação na aproximação com o público, fez da Orquestra um dos grupos mais versáteis do país, atuando de maneira efetiva tanto no âmbito da música erudita, quanto popular. A excelência e seriedade profissional do grupo, sempre comandado pelo Maestro Marco Antônio Maia Drumond, foram ressaltadas pelo maestro Edino Krieger, os violinistas Cláudio Cruz e Paulo Bosísio, o violoncelista Antonio Meneses e o pianista Nelson Freire. O sucesso e o respeito conquistados no âmbito da música erudita levaram à criação, em 2016, da Série de Concertos Sempre às Quartas. Por ela, passaram os mais renomados músicos brasileiros, como Antônio Meneses, Arthur Moreira Lima, duo Assad e João Carlos Martins, entre outros. Também não faltaram estrelas internacionais, como o harpista Sacha Boldachev e o saxofonista Sergey Kolosov (ambos russos), o pianista ítalo-francês Gabriel Gorog, o regente polonês Jaroslaw Lipke e o Trio coreano Kim.
No campo popular, a Orquestra Sesiminas atuou ao lado de Milton Nascimento, Diogo Nogueira, Vander Lee, Maria Gadu, Skank, Jota Quest e Mônica Salmaso, entre outros. Participou de turnês nas principais cidades do Estado com Flávio Venturine e as bandas Skank e Jota Quest. A Orquestra tem quatro álbuns gravados: “Aquarelas” (1996), “Sortilégios da Lua” (1999), “Alma Brasileira” (2004) e “Orquestra de Câmara Sesiminas e Jota Quest ao vivo” (2015). Por essa longa trajetória de sucesso, a Orquestra Sesiminas é hoje o mais tradicional grupo orquestral de câmara de Minas Gerais e um dos mais importantes e respeitados do país, sempre aliando versatilidade a excelência artística.
Desde 2020, a Orquestra Sesiminas tem a regência titular e direção artística de Felipe Magalhães.
Felipe Magalhães – maestro | Felipe Magalhães iniciou seus estudos de piano aos 9 anos de idade, na Fundação de Educação Artística, em Belo Horizonte. Lá estudou também percepção musical, solfejo e contraponto. Em 2008, graduou-se bacharel em regência pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2009, transferiu-se para a França, onde obteve, em 2011, o Diploma Superior de Regência Orquestral da École Normale de Musique de Paris, sob direção de Dominique Rouits e Julien Masmondet. Foi agraciado com a bolsa de estudos do Centre International Nadia et Lili Boulanger, instituição francesa que ajuda estudantes, em música, estrangeiros que se destacam no país. Em seguida, iniciou mestrado em musicologia pela Université Sorbonne Paris IV, obtendo o diploma em 2013 com a menção máxima: “très bien”. Felipe Magalhães foi regente titular do Coral da Escola de Belas Artes da UFMG, do Coral Vozes do Campus e dos Corais Juvenil e Adulto do Instituto Cultural Inhotim, entre outros. Atualmente, Felipe Magalhães é diretor artístico e regente titular da Orquestra Sesiminas, do Madrigal Renascentista e do Coral Acordos e Acordes.
(Fonte: Etc Comunicação Empresarial)
Max Bill foi um designer, pintor, escultor e arquiteto suíço reconhecido como um dos mais influentes do século 20, principalmente pelo movimento concretista, atuando especialmente na área da educação, no Brasil e na Alemanha. Já Lina Bo Bardi, uma das mais icônicas arquitetas do século 20, que ficou conhecida por projetar o MASP e a famosa Casa de Vidro. Seu legado extrapola o campo da arquitetura, pois ela também contribuiu para a cenografia, artes plásticas, desenho de mobiliários e design gráfico. A união entre os dois trabalhos se dá a partir de um terceiro personagem, central: Pietro Maria Bardi, então diretor do MASP à época. É ele quem convida o suíço para uma exposição no Brasil, em 1949, que seria viabilizada apenas em 1951. E é sobre esta relação, entre o casal Bardi e Max Bill, que a exposição “O Diálogo Bardi Bill” se debruça, desde 15 de outubro, na Casa Zalszupin, em São Paulo, sob curadoria de Francesco Perrotta-Bosch.
“Max Bill pertence àquela categoria de artistas contemporâneos (especialmente, arquitetos) cujo insofrimento para as soluções fáceis, do não controlado, do não exato, é absoluto. A matemática está na base de toda sua concepção. Não a matemática imaginada pelos leigos (isto é, ‘fria’), mas a matemática como pode ser hoje considerada em toda a resplandecência de sua poesia integral”, escreveu Lina Bo Bardi em texto que será reproduzido na parede da exposição.
O suíço fez sua primeira grande exposição individual no Brasil em 1951, a convite de Pietro Maria Bardi, feito em 1949. Como dezenas de pinturas, esculturas e cartazes de Bill aqui se encontravam, a primeira edição da Bienal de São Paulo reapresentou ao público a Unidade Tripartida e a laureou com o Grande Prêmio de escultura. Em 1953, o artista veio ao Brasil para fazer suas notórias e polêmicas conferências, fazendo florescer então o concretismo de Waldemar Cordeiro e Luiz Sacilotto com o grupo Ruptura, de Ivan Serpa e Abraham Palatnik com o grupo Frente.
“Entretanto, o diálogo Bardi Bill desenvolveu-se também numa outra dimensão intelectual: sem palavras, somente formas. Nesta, Lina Bo Bardi explicitou seu encanto pelo suíço cuja arte e arquitetura fundamentou-se na matemática ‘em toda a resplandecência de sua poesia integral’”, conta o curador.
A mostra na Casa Zalszupin propõe uma aproximação do conjunto de esculturas de Max Bill com o mobiliário de Lina Bo Bardi, algumas peças originais reeditadas pela ETEL e outras vintages do acervo do próprio Instituto. As estruturas geométricas, sintéticas, racionais e com poucos pontos de apoio das cadeiras de Lina Bo Bardi estão em consonância com o ideário concreto formulado por Bill. Ao reunir no mesmo ambiente as formas rigorosamente projetadas pelos dois grandes autores, saltará aos olhos que Lina compreendeu a essência das matrizes geométricas de Max, Lina dialogou com Max, Lina aprendeu com Max.
Nos trabalhos de Max, planos em torção intercalam o dentro e o fora; no mobiliário da arquiteta, superfícies igualmente complexas funcionam como moles moldes ao corpo. “Semiesferas aqui tocam o piso encontrando um delicado equilíbrio, sejam elas esculpidas em granito ou madeira, sejam assentos de couro. Não se trata tão somente de geometria descritiva: cada um ao seu modo, Lina Bo Bardi e Max Bill desenharam formas para, com rigor, materializar sua postura ética. Naquela virada dos anos 40 e 50, Bardi e Bill tratavam o raciocínio humanista e o desenho técnico como complementares”, escreve Francesco em seu texto curatorial.
“Max Bill é representante de uma geração que quer explicar os fatos: de uma geração que assistiu à catástrofe da guerra e à falência da cultura tradicional. Como pesquisador cuidadoso e solitário de novas possibilidades, Max Bill não as procura em ‘evasões’ abstratas, mas sim colocando concretamente os problemas. Parece-nos ouvir a esta altura a voz de uma senhora, que diligentemente frequenta as exposições, perguntando: Mas, meu Deus, como é possível chamar de pintura aqueles tracinhos vermelhos sobre um fundo completamente branco? Onde estão os famosos problemas da arte?”, diz ainda Lina Bo Bardi, no texto que estará na parede e foi escrito em abril de 1951.
O diálogo Bardi Bill
Obras de Lina Bo Bardi e Max Bill e documentos e correspondências entre o casal Bardi e Max
Curador: Francesco Perrotta-Bosch
Casa Zalszupin
Visitação: 15 de outubro a 10 de dezembro de 2022
De segunda a sexta, das 10h às 18h e aos sábados das 10h às 14h
Ingressos gratuitos mediante agendamento prévio
Sem estacionamento
e-mail: eventos@casazalszupin.com
Sobre a Casa Zalszupin | A Casa Zalszupin é um projeto idealizado pela Lissa Carmona, CEO da ETEL, com o objetivo preservar e difundir o legado do grande designer, arquiteto e artista Jorge Zalszupin, além de promover exposições e diálogos que permeiam os campos da arquitetura, design e arte. A casa, projetada pelo próprio Jorge Zalszupin na década de 1960, onde ele trabalhou e também viveu por mais de 60 anos, metamorfoseou-se em espaço cultural com a primeira exposição “Entre(Tempos): Tributo a Jorge Zalszupin”, organizada pela ETEL e com curadoria do premiado Studio MNMA em junho de 2021, quando Jorge completaria 99 anos, marcando história. Graças à importante repercussão na mídia nacional e internacional, além do impacto em grupos influentes da arquitetura, design e arte, foi possível dar continuidade ao projeto. Hoje administrado pela ETEL em parceria com a Almeida e Dale Galeria de Arte, a Casa Zalszupin segue viva através de novas e intimistas exposições renovadas a cada 45 dias, com renomados curadores, sempre permeando a proposta original de diálogo entre a arquitetura, design e arte.
Sobre o Instituto Bardi | Fundado em 1990 por Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi, o Instituto Bardi / Casa de Vidro é uma organização da sociedade civil de fins não lucrativos com sede na cidade de São Paulo, Brasil; é dedicado à produção intelectual no campo da arquitetura, do urbanismo, do design e das artes. O Instituto tem como missão dar continuidade à atuação de seus fundadores, Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi. Seus objetivos incluem preservar e divulgar o legado artístico de Lina e P. M. Bardi; garantir a conservação e organização de seu acervo – constituído por desenhos, projetos, correspondências, documentos e outros – e facilitar o acesso ao público; colaborar em publicações, exposições, palestras e seminários dentro do campo cultural e artístico; apoiar projetos que promovam as artes plásticas, as artes visuais e a arquitetura brasileiras; incentivar intercâmbios entre intelectuais e criadores brasileiros e estrangeiros e manter sempre atuais os seus valores em consonância com o tempo presente. O Instituto dedica-se, também, a transformar sua sede em um espaço de troca de conhecimento, estabelecendo um diálogo construtivo com a sociedade e defendendo a liberdade de pensar, criar e debater. Para isso, mantém a Casa de Vidro como um espaço ativo por meio da visitação, da organização de suas próprias exposições, palestras e seminários, e também a partir da locação de algumas áreas de suas instalações para a realização de eventos culturais.
Sobre ETEL | Um século de mobiliário brasileiro forma a Coleção Design. Com seu trabalho pioneiro de reedições, a ETEL dá nova luz a desenhos primorosos da produção moderna no Brasil, descoberta tardiamente e hoje considerada uma das mais relevantes do período no mundo. Uma produção caracterizada pelo fazer artesanal e uso de matérias-primas preciosas, criada por arquitetos e artistas empenhados em evidenciar a cultura local sob influência das vanguardas internacionais. O resgate é baseado em metodologia rigorosa, fidelidade aos originais e intenso diálogo com institutos e famílias que representam obras. Compõem a coleção, curada por Lissa Carmona, peças de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin, Sergio Rodrigues, Oswaldo Bratke, Branco & Preto e Giuseppe Scapinelli, entre outros. A continuidade do legado moderno se dá por preeminentes criadores contemporâneos, entre eles Isay Weinfeld, Arthur de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Carlos Motta, Etel Carmona, Lia Siqueira e Dado Castello Branco.
Sobre a Almeida & Dale Galeria de Arte | Fundada em 1998, a Almeida & Dale Galeria de Arte tornou-se, em mais de duas décadas de existência, uma das mais relevantes no Brasil, inserindo o trabalho e o legado de artistas brasileiros em importantes acervos, coleções e arquivos nacionais e internacionais. Entre eles, Willys de Castro, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Mestre Didi, Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi, Jandira Waters e Roberto Burle Marx. Nos últimos anos, com Antônio Almeida e Carlos Dale como diretores, a programação da galeria revisitou o trabalho de diversos expoentes de nossa arte, promovendo exposições retrospectivas, elaboradas por curadores convidados e produzidas com rigor museológico. Publicações amplamente reconhecidas pelo ineditismo e notoriedade dos ensaios acadêmicos e resgate de textos históricos acompanham as exposições. Recentemente, a Almeida & Dale realizou mostras individuais de artistas fundamentais no panorama histórico e crítico da arte brasileira, como Agnaldo Manuel dos Santos, Miriam Inez da Silva, Luiz Sacilotto e Sidney Amaral, contando com empréstimos de colecionadores e instituições, e estimulando o interesse da crítica no Brasil e no exterior. Junto com a promoção constante de exposições e publicações, a Almeida & Dale apoia projetos de preservação de obras de artistas brasileiros. Exemplo disso, está a representação do espólio de Luiz Sacilotto, destacado artista do movimento da arte concreta brasileira.
(Fonte: Almeida & Dale Galeria de Arte)
O Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta nos dias 16 e 23 de outubro e 6 de novembro a mostra Filmes de Barro, uma programação de documentários com curadoria de RodriguezRemor – duo de artistas que integra o 37º Panorama da Arte Brasileira –, com exibições gratuitas no Auditório Lina Bo Bardi.
A mostra resgata pesquisas audiovisuais sobre práticas de cerâmicas tradicionais e busca revelar as mestras e seus saberes apresentando técnicas, procedimentos, questionamentos e contextos de grupos étnicos e ancestrais no território brasileiro. Refletindo sobre o fazer do barro, a urgência da salvaguarda desses conhecimentos, que minguam na mesma medida em que territórios tradicionais são loteados e invadidos recebendo novas populações e funções. É um convite para o público lançar um olhar crítico sobre os domínios da cerâmica que estão intimamente ligados ao território e sensibilizar sobre esses costumes e modos de vida em desaparecimento.
Entre os curtas elencados pela curadoria, estão “Dagmar, Filha do Barro” – uma versão condensada da videoinstalação homônima de RodriguezRemor, em apresentação no 37º Panorama da Arte Brasileira – e o longa “Do Pó da Terra”, de Maurício Nahas. Os filmes conectam a manufatura cerâmica ao longo do rio Jequitinhonha, de onde se retira o barro sagrado que define a vida dos artistas que vivem às suas margens, tanto em Minas Gerais, quanto na Bahia.
A programação também inclui curtas documentais que narram conhecimentos e fazeres do Nordeste brasileiro e de duas culturas indígenas, a Mbyá-Guarani e a Javaé. Veja a seguir a programação completa. Os ingressos podem ser obtidos de forma gratuita, mediante inscrição no site do MAM.
23 de outubro, domingo
Sessão 3 (1h24min), 11h, 14h e 16h30
Dagmar, Filha do Barro, 2022, RodriguezRemor, 21min
O filme acompanha o cotidiano da artista baiana Dagmar Muniz de Oliveira, que manufatura os maiores vasos cerâmicos do Brasil. Uma pesquisa audiovisual sobre a força do matriarcado na luta pela sobrevivência e manutenção de tradições ancestrais, em cruzamento com as etapas de confecção cerâmica: a busca do barro na foz do Jequitinhonha, a secagem e a preparação da argila, a modelagem das peças em família, o enfornamento dos potes e a singular queima em forno caieiras.
Barro Vivo: Cerâmicas de Coqueiros, 2013, Adriana Feliciano, 27min
No filme ‘Barro Vivo’, você vai descobrir a deslumbrante história de alegres artesãs que utilizam as tradições da cerâmica indígena para embelezar sua atividade cotidiana na cidade de Coqueiros, no Recôncavo Baiano. Os sentidos ficam aguçados pela leveza, elegância e coragem de artesãs baianas que se enobrecem pelo trabalho feito com amor, cultura e sofisticação.
Dona Cadu (Mestres Navegantes), 2018, Betão Aguiar e Gabriela Barreto, 6min
Às margens do rio Paraguaçu, na comunidade de Coqueiros, Maragogipe, Bahia, Dona Cadu mantém viva uma das artes mais antigas do mundo. No encontro da terra com a água, a vida ganha contorno e um século de beleza reluz nos olhos serenos desse patrimônio feminino da cultura brasileira.
Kerexu, 2019, RodriguezRemor, 19min
Desde a coleta da argila nas margens do rio até a queima artesanal em forno e em fogo de chão, o filme acompanha o processo de produção da cerâmica indígena no Sul do Brasil. Os conhecimentos passam pelas mãos de uma das últimas ceramistas Mbyá-Guarani na região, Kerexu Jera Poty.
O documentário teve como objetivo fornecer apoio às escolas de ensino fundamental a serem introduzidas no contexto e nas técnicas tradicionais de cerâmica Mbyá-Guarani.
Javahé, 1959, Harald Schultz, 11min, sem áudio
Registros da produção cerâmica da cultura Javaé, que pertencem ao arquivo do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo sob a catalogação: A000082 – Javahé, Araguaia, Brasil, da Enciclopédia Cinematográfica de G. Wolf, 1959, 10:44. Os Javaés vivem na Ilha do Bananal e no norte do Tocantins, como também, no Mato Grosso, Goiás e Pará.
6 de novembro, domingo,
Sessão 4 (1h40min), 11h, 14h e 16h30
Dagmar, Filha do Barro, 2022, RodriguezRemor, 21min
Acompanha o cotidiano da artista baiana Dagmar Muniz de Oliveira, que manufatura os maiores vasos cerâmicos do Brasil. Uma pesquisa audiovisual sobre a força do matriarcado na luta pela sobrevivência e manutenção de tradições ancestrais, em cruzamento com as etapas de confecção cerâmica: a busca do barro na foz do Jequitinhonha, a secagem e a preparação da argila, a modelagem das peças em família, o enfornamento dos potes e a singular queima em forno caieiras.
Do Pó Da Terra, 2016, Maurício Nahas, 1h19min
Um retrato afetivo e aprofundado sobre a relação entre os artesãos e moradores do Vale do Jequitinhonha e a matéria-prima que utilizam, o barro, substância que vem da terra de onde vieram os homens e que dá a chance de transformar a miséria em arte.
Serviço:
Mostra “Filmes do Barro”
Local: Auditório Lina Bo Bardi, MAM SP
Curadoria: RodriguezRemor
Datas: 16,23 de outubro e 6 de novembro
Horários: 11h, 14h e 16h30
Ingressos: Inscrições gratuitas através do site do museu
Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Telefone: (11) 5085-1300
Acesso para pessoas com deficiência
Restaurante/café
Ar-condicionado
(Fonte: a4&holofote comunicação)
A atriz e contadora de histórias Flávia Fernandes lança videoaula com o tema “A contação de histórias e o teatro: origens, bases e segredos em comum”, com foco para educadores, pedagogos, professores, artistas e estudantes em geral. O projeto é resultado da aprovação do edital ProAC 39/2021.
Na videoaula, a educadora compartilha conceitos introdutórios e reflexões acerca de ideias apresentadas em obras de diversos artistas, como Constantin Stanislavski, Sanford Meisner, Kiara Terra e Luís Otávio Burnier, entre outros, sobre o ofício de um contador de histórias enquanto ator, na linguagem teatral e na linguagem de narração de histórias. Um ótimo material de estudo e aprendizado.
Quem é Flávia Fernandes | Atriz, apresentadora e professora de teatro, integra atualmente os grupos artísticos Evoé Cia. de Teatro e Cia. Teatral Matéria Prima. Tem como formação acadêmica a graduação em curso superior de Licenciatura em Teatro (2015) e especialização pelo Instituto de Artes da Unesp no projeto para artistas “Eu, Você, Nós: como criar juntos?” (2017), além do preparatório de atores pela Teatro Escola Macunaíma (Campinas/SP, 2010). Integrou o elenco de espetáculos de diversos gêneros dramáticos, atuando também em curtas metragens e campanhas publicitárias. Os últimos trabalhos artísticos e especializações voltam-se à interpretação audiovisual e à linguagem infantil. O trabalho mais recente é a participação no filme “Bravoz Ubuntu” ao lado de Zezé Motta e Jeniffer Nascimento, lançado em novembro de 2021. Atualmente estuda canto popular pelo método MMV e técnicas Meisner/Chekhov de interpretação.
Confira este e outros vídeos no canal do YouTube Flávia Fernandes, voltado a conteúdos teatrais.
Serviço:
Videoaula “A contação de histórias e o teatro: origens, bases e segredos em comum”
Youtube: Flávia Fernandes
Instagram: @souflaviafernandes
Facebook: Flávia Fernandes.
(Fonte: Pino Assessoria de Imprensa Cultural)
Uma tigela romana corroída datada do final da Idade do Ferro (entre 43 e 410 d.C) contém vestígios de clorobenzenos, um produto químico usado em pesticidas que se acumula no solo e nas fontes de água. O estudo, publicado na Nature – Scientific Reports, destaca que o solo poluído com clorobenzenos pode representar uma ameaça contínua à preservação do material arqueológico ainda no solo.
Os clorobenzenos são compostos sintéticos que podem ser tóxicos em altos níveis e a maioria foi proibida para uso no Reino Unido após preocupações levantadas sobre a poluição ambiental. Acredita-se, no entanto, que esses compostos tenham se acumulado no meio ambiente por meio de atividades agrícolas e industriais anteriores. Uma tigela romana, feita de uma liga de cobre, foi encontrada em 2016 em uma fazenda em Kent (no Reino Unido), num local usado para agricultura desde pelo menos 1936.
A cientista brasileira Luciana da Costa Carvalho e colegas analisaram a corrosão verde e marrom na tigela para identificar seus diferentes componentes. Eles encontraram elementos indicativos das mudanças ao longo do tempo no solo causadas pelas atividades humanas. Na corrosão de cor verde, os autores encontraram clorobenzenos presentes. Os autores também encontraram dietiltoluamida (também conhecido como DEET) na corrosão de cor marrom, um composto moderno que ainda é usado em repelentes de insetos.
Os autores sugerem que os clorobenzenos estão associados ao aumento da corrosão na tigela romana. Eles concluem que, embora os clorobenzenos não sejam mais usados no Reino Unido, o solo que foi contaminado por estes compostos ainda pode ameaçar a preservação do material arqueológico ainda enterrado e mais pesquisas precisam ser realizadas para entender melhor os processos envolvidos.
O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Embora o uso de BHC (hexaclorobenzeno) na agricultura tenha sido proibido em 1985, este produto continua sendo utilizado ilegalmente para o controle de pragas e encontrado em níveis elevados no meio ambiente e na população.
Media contact: Tara Eadie Press Officer Springer Nature E: tara.eadie@springernature.com T: +44 (0)2034 263329
Autor para correspondência: Dr Luciana da Costa Carvalho – University of Oxford, Oxford, UK
E-mail: luciana.carvalho@linacre.ox.ac.uk
Artigo: “The influence of pesticides on the corrosion of a Roman bowl excavated in Kent, UK” DOI: 10.1038/s41598-022-17902-9
Link para ver o artigo online: https://www.nature.com/articles/s41598-022-17902-9
i. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95532013000100004