Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
A Galatea encerra o calendário de 2024 ocupando seus dois espaços em São Paulo com exposições que celebram a produção artística nordestina: Francisco Galeno: o Piauí é aqui — o Piauí não é aqui, na Oscar Freire, e Bahia afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho, no espaço da Padre João Manuel.
A primeira, com abertura marcada para o dia 12 de novembro, na Oscar Freire, apresenta um conjunto de 44 obras do artista Francisco Galeno, que ao longo de sua carreira explorou múltiplas técnicas, como a pintura e escultura em madeira, além da ressignificação de objetos do cotidiano. E, no dia 27 de novembro, na sede da Padre João Manuel, a Galeria traz de seu programa de Salvador a mostra Bahia afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho, com a iniciativa de inverter a dinâmica de itinerância de exposições do eixo sudestino, que normalmente partem de São Paulo para outras regiões do Brasil.
Com texto crítico do pesquisador e curador Leno Veras, a primeira mostra apresenta trabalhos de Francisco Galeno (Parnaíba, PI, 1957). Produzindo há mais de quatro décadas, o artista construiu o seu vocabulário visual a partir do cruzamento entre as vivências da sua infância no Delta do Parnaíba, no Piauí, e o imaginário modernista de Brasília, para onde a sua família se mudou quando ele tinha 8 anos. Em 1969, instalaram-se em Brazlândia, cidade nos arredores da capital federal, lugar em que Galeno se iniciou enquanto artista e mantém ateliê até hoje. Atualmente, ele vive e trabalha entre Brazlândia e Parnaíba, onde também possui ateliê.As obras de Galeno conjugam tanto o interesse geométrico que aprendeu em Brasília, com as linhas da arquitetura e as obras de mestres como Alfredo Volpi, Athos Bulcão e Rubem Valentim, quanto um caráter lírico e lúdico ao trazer símbolos da sua infância, dos brinquedos e dos objetos que o cercavam, como as bolas de gude e de futebol, os carretéis da sua mãe rendeira e os anzóis e a madeira do seu pai pescador e marceneiro.
No texto crítico escrito para a exposição, o curador Leno Veras comenta: “Para além de suas temáticas figurativas, nas quais amalgamam-se objetos emergentes do desenho industrial — com forte presença no cotidiano das populações interioranas, como a lamparina (que, em uma de suas obras, desconstrói como que em um projeto técnico ao revés) — e artefatos concebidos por manufatura familiar, como os brinquedos de madeira, suas representações arquitetônico-urbanísticas também dão a ver que o pensamento construtivo é uma linha constante de sua expressão plástica, encontrado, inclusive, na forma concreta que assumem seus assemblages ao emular mobiliários familiares, tal qual gaveteiros de memórias, e histórias que transbordam de seu território originário para um novo quadro, quadrado fincado em meio ao mapa: a capital federal — a moderna Brasília.”
Tomás Toledo, sócio-fundador da Galetea, destaca alguns aspectos fundamentais da mostra: “Galeno é um artista que trabalha muito com o universo da cultura popular, dos artesãos, dos brinquedos manufaturados, dos objetos do cotidiano de quando era criança — como a lamparina de querosene —, das pinturas presentes em feiras de rua, além de beber de uma geometria vernacular também explorada por artistas como Montez Magno, que mostramos recentemente. A sua pintura é tanto lírica quanto organizada pelo rigor construtivista e pela geometria da arte popular nordestina.”Bahia afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho marca a estreia dos artistas baianos em São Paulo em uma individual que conta com dois núcleos expositivos distintos: no primeiro, um conjunto de 30 fotografias de Bauer Sá, produzidas entre os anos 1990 e 2000, que exploram a ancestralidade afro-brasileira por meio de temáticas raciais e divindades africanas; no segundo, a primeira exposição individual de Gilberto Filho, apresentando esculturas em madeira que datam desde 1992 até o presente e retratam cidades utópicas e modernas nascidas da imaginação do artista.
A mostra, que conta com curadoria de Tomás Toledo e Alana Silveira, esteve em cartaz na Galatea Salvador no período de julho a setembro de 2024. Tanto Bauer Sá quanto Gilberto Filho também fizeram parte da exposição Cais, que inaugurou a sede em Salvador.
O texto crítico é assinado pelo artista e curador Ayrson Heráclito, reconhecido por seu trabalho que aborda a cultura afro-brasileira e suas conexões históricas, e pelo escritor e historiador Beto Heráclito. Eles destacam que os trabalhos de Bauer e Gilberto, de naturezas distintas, dão a ver diferentes facetas do conceito de afrofuturismo: “A exposição Bahia Afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho, ao promover o diálogo entre dois artistas negros com poéticas distintas, busca apresentar diferentes abordagens dessa nova estética, comprometida com o ativismo negro. As linguagens eleitas pelos artistas — a fotografia e a escultura — servem como estratégia para experimentação de conceitos como a corporeidade e a espacialidade em perspectiva afirmativa e afrocentrada”.Tomás Toledo comenta, ainda, que a abertura da individual de Francisco Galeno e a itinerância da exposição Bahia afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho em São Paulo refletem um dos pilares do programa da galeria: “As duas exposições que abrirão neste mês na Galatea em São Paulo, a do Galeno e a Bahia afrofuturista, são desdobramentos da chegada da Galatea em Salvador, fomentando o trânsito de conhecimentos, práticas, vozes e artistas do Nordeste para o Sudeste a partir das pesquisas desenvolvidas na capital baiana.”
Sobre Francisco Galeno
Francisco Galeno (Parnaíba, PI, 1957) nasceu na região do Delta do Parnaíba, no Piauí. Em 1965, desembarcou com a família em Brasília após seu pai começar a trabalhar na empresa de engenharia e construção Serveng Civilsan. Em 1969, se instalaram em Brazlândia, cidade nos arredores da capital federal onde Galeno se iniciou enquanto artista e mantém ateliê até hoje. O talento para a arte foi transmitido de geração em geração na sua família, que era composta por artesãos. O bisavô era mestre carpina, nome dado a quem produz canoas, e o avô, vaqueiro, produzia peças de couro, como gibão, arreios e selas para montaria. A mãe era costureira e rendeira e seu pai foi pescador e fabricava canoas.
Desde muito jovem Galeno se interessou pela expressão artística, estudando música e teatro antes de se concentrar no campo das artes visuais, começando pela pintura e expandido para obras tridimensionais. Em 1977, frequentou o ateliê-escola do pintor Moreira Azevedo, artista português radicado em Brasília. Em 1978, realizou um curso livre de pintura com Maria Pacca no Centro de Criatividade da Fundação Cultural do DF sob a direção de Luiz Áquila. Mas, para além dos estudos formais, o artista reivindica o aprendizado advindo do contato com os artesãos que o cercavam, com a paisagem e os objetos da sua infância e com a cidade de Brasília. Foi essa mescla que possibilitou o alcance de uma autenticidade no seu trabalho: carretéis, anzóis, pipas e latas de sardinha ora são depurados em linhas e formas geométricas para entrar na sua pintura, ora são apropriados em sua condição de objeto, sendo rearranjados de forma lírica e lúdica para compor uma obra escultórica.
Desde 2012, Francisco Galeno mantém residência e ateliê em Paranaíba, dividindo-se entre sua cidade natal e Brazlândia. Produzindo continuamente há mais de quatro décadas, em seu currículo somam-se exposições nacionais e internacionais, tais como Brasília, a arte da democracia (Coletiva, FGV Arte, Rio de Janeiro, 2024); Galeno, uma nova direção – Estripulias (Individual, Museu Nacional dos Correios, Brasília, 2014); Monumental — Arte na Marina da Glória (Coletiva, Rio de Janeiro, 2016); Francisco Galeno (Individual, Galerie Debret, Paris, 2002) e Viva Brasil Viva (Coletiva, Liljevalchs Konsthall, Estocolmo, 1991), entre outras. Em 2009, Galeno finalizou, a convite do Iphan, o painel que ocupa o altar da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, em Brasília, onde outrora houve uma pintura de Volpi apagada pelo militares na década de 1960. Suas obras fazem parte de diversas coleções permanentes, tais como: Museu de Arte de Brasília – MAB, Brasília; Palácio do Itamaraty, Brasília; Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói, Rio de Janeiro; e Museu Nacional de Belas Artes – MNBA, Rio de Janeiro.Sobre Bauer Sá
Bauer Sá nasceu em Salvador, em 1950, cidade em que vive e toma como laboratório de criação para sua produção em fotografia. Formou-se artisticamente a partir da convivência com o seu pai, Armando Sá — um grande pioneiro da fotografia negra baiana — e dos mais de 10 anos em que trabalhou em seu estúdio e laboratório, exercitando tanto o olhar quanto a prática da revelação fotográfica. Desde 1975, atua como fotógrafo documental e jornalístico colaborando com veículos nacionais e internacionais. Seu trabalho autoral, com uma assinatura estética bastante singular, é uma das grandes facetas da fotografia baiana contemporânea e figura em acervos como Coleção Pirelli/MASP de Fotografia, Museu Afro Brasil, Museu da Fotografia Fortaleza, Museu de Arte Moderna da Bahia e Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira.
As fotografias de Bauer Sá são composições conceituais e poéticas que articulam em imagens a ancestralidade e a cultura afro-brasileira, com grande enfoque para as divindades africanas e para temas sociais incontornáveis entre as populações negras, como o racismo. São imagens meticulosamente construídas e moldadas por meio de cenas ensaiadas e dirigidas em que ora um homem, ora uma mulher, sempre negros, interagem com objetos e elementos da natureza, comunicando-se com o espectador por meio de olhares e poses dramatizadas pela luz e sombra da fotografia analógica branca e preta.
Entre as exposições que participou, destacam-se 17º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte (1985, Belo Horizonte); Os Herdeiros da Noite: fragmentos do imaginário negro (Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, 1994; Espaço Cultural 508 Sul, Brasília, 1995); A Hidden View: Images of Bahia, Brazil (Concourse Gallery – Barbican Centre, Londres, 1994); Novas Travessias: New Directions in Brazilian Photography (The Photographer’s Gallery, Londres, 1996) e Brasil + 500 — Mostra do Redescobrimento. Negro de Corpo e Alma. (Fundação Bienal, São Paulo, 2000; Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, 2000); Réplica e Rebeldia: Artistas de Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique (Museu Nacional de Arte de Maputo, Maputo, Moçambique, 2006; Centro Cultural Português, Luanda, Angola, 2006; Museu de Arte Moderna da Bahia — MAM Bahia, Salvador, 2006; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro — Mam Rio, Rio de Janeiro, 2006; Centro Cultural Banco do Brasil — CCBB Brasília, Brasília, 2007; Palácio Cultura Ildo Lobo, Praia, Cabo Verde, 2007); Coleção Pirelli/MASP de Fotografia – 18ª edição (Museu de Arte de São Paulo — MASP, São Paulo, 2010), Axé Bahia: The Power Of Art In An Afro-Brazilian Metropolis (The Fowler Museum, Los Angeles, USA, 2018) e Histórias afro-atlânticas (Museu de Arte de São Paulo — MASP, São Paulo, 2018), entre outras. Sua obra faz parte de diversas coleções permanentes, tais como Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira — MUNCAB, Salvador; Museu de Arte Moderna da Bahia — MAM Bahia, Salvador; Museu Afro Brasil, São Paul; Coleção Pireli/MASP, São Paulo; e Museu da Fotografia, Fortaleza.
Sobre Gilberto Filho
Nascido na cidade de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, em 12 de novembro de 1953, Gilberto Dias Barbosa Filho é filho de Elza Oliveira Barbosa e Gilberto Dias Barbosa. A sua mãe trabalhava na fabricação de charutos, enquanto seu pai era marceneiro. Ele é casado com Zilma Nascimento Pessoa, professora; a filha do casal, Jamile Pessoa Barbosa, também é professora.
Gilberto comumente utiliza em suas esculturas madeiras como pau d’arco, sucupira, angelim e louro, que são cortadas, entalhadas e montadas com o auxílio de formões, serrotes e martelos. Os blocos resultantes harmonizam formas, cores e tamanhos que chegam a 2,5 m de altura.
Para o escultor, “a madeira conduz o processo de criação, ela revela como a obra será realizada, é um gatilho para desenvolver a criatividade”. Ele faz questão de enfatizar o papel da imaginação na construção de sua arte: “Não faço cópias de prédios, mas utilizo a imaginação e a beleza da madeira para esculpir as minhas peças”. Diz também que seu processo é lento, dura meses até finalizar uma escultura (Entrevista, 9 mar. 2022).
Sobre a Galatea
Sob o comando dos sócios Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo, a Galatea conta com dois espaços vizinhos na cidade de São Paulo: a unidade localizada na Rua Oscar Freire, 379 e a nova unidade localizada na Rua Padre João Manoel, 808. A galeria também tem uma sede em Salvador, na Rua Chile, 22, no centro histórico da capital baiana.
A Galatea surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin, que foi sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita, marchand e colecionador especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis, e Tomás Toledo, curador que contribuiu para a histórica renovação institucional do MASP, saindo em 2022 como curador-chefe.
Com foco na arte brasileira moderna e contemporânea, trabalha e comercializa tanto nomes consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Idealizada com o propósito de valorizar as relações que dão vida à arte, a galeria surge no mercado para reinventar e aprofundar as conexões entre artistas, galeristas e colecionadores.
Serviço:
Exposição Francisco Galeno: o Piauí é aqui — o Piauí não é aqui
Local: Galatea
Endereço: Rua Oscar Freire, 379 – Jardins, São Paulo – SP
Abertura: 12 de novembro | 18h às 21h
Período expositivo: 12 de novembro a 25 de janeiro de 2025
Horário de funcionamento: Segunda à quinta das 10h às 19h | Sexta das 10h às 18h | Sábado das 11h às 17h
Mais informações: https://www.galatea.art/
Instagram: @galatea.art.
Exposição Bahia Afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho
Local: Galatea
Endereço: Rua Padre João Manuel, 808 – Jardins, São Paulo – SP
Abertura: 27 de novembro
Período expositivo: 27 de novembro a 25 de janeiro de 2025
Horário de funcionamento: segunda a quinta das 10h às 19h | sexta das 10h às 18h; sábado das 11h às 17h
Mais informações: https://www.galatea.art/
Instagram: @galatea.art.
(Com Edgard Silveira/A4&Holofote Comunicação)
Itumbiara, interior de Goiás, recebe, até 30 de novembro, uma mostra fotográfica com obras dos jovens que participaram do Retratos da Terra, projeto cultural idealizado pela Elo3 e realizado com a Lei Rouanet de incentivo à cultura, sob patrocínio da BP Bioenergy. A mostra ‘Prevenção do meio ambiente, sustentabilidade e energia renovável’ acontece no Instituto Federal de Goiás.
Os integrantes do Retratos da Terra participaram de uma formação de dois meses envolvendo discussões sobre protagonismo social e um contato artístico e profissionalizante sobre fotografia abordando temas importantes como a reciclagem e a sustentabilidade. As aulas teóricas e práticas foram ministradas por Karina Bacchi, Bacharel em Fotografia pelo Senac/ SP e pós-graduada em cinema, vídeo e fotografia pela faculdade de Belas Artes, além de profissionais convidados. “Mais do que um projeto fotográfico, Retratos da Terra é uma jornada de autoconhecimento e empoderamento que capacita os jovens para serem agentes de mudança em suas próprias comunidades e de suas histórias”, explica Soraya Galgane, idealizadora da iniciativa e diretora da Elo3.
No primeiro semestre, os 27 alunos do ensino fundamental, com idades entre oito e dez anos, da Escola Prof.ª Elias Bargis Mathias, receberam aulas ministradas por Karina Bacci, fotógrafa e professora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), que também é curadora do projeto. A iniciativa contou ainda com a participação do fotógrafo local Beto Salgado.
Mais informações na página oficial do projeto no Instagram.
Serviço:
Retratos da Terra
Instituto Federal de Goiás – unidade Itumbiara
De 5 a 30 de novembro | de segunda a sexta, das 6h às 22h
Endereço: Av. Furnas, 55 – Village Imperial, Itumbiara (GO)
Gratuito.
Sobre a Elo3
Há 20 anos fazendo produções culturais engajadas na democratização do acesso à arte, a Elo3 alia-se à iniciativa privada para realizar seu propósito e ampliar seu alcance. Sempre com a colaboração de grandes artistas e profissionais e o apoio de empresas que compartilham os mesmos valores, a Elo3 oferece à sociedade projetos questionadores, inovadores e transformadores, como a Mostra 3M de Arte. Conheça mais sobre a Elo3 no nosso perfil no Instagram ou no site.
(Com Gabriel Aquino/Agência Lema)
Celebrando uma década de existência, a Orquestra Sinfônica de Indaiatuba apresenta, no dia 23 de novembro, às 20h, a Sinfonia nº 9 de Ludwig van Beethoven com solistas e coros convidados. A apresentação acontece na Sala Acrísio de Camargo (Ciaei), em Indaiatuba (SP) e conta com direção e regência do maestro Paulo de Paula.
Conhecida também como Coral, a Nona Sinfonia de Beethoven – que completa 200 anos – é considerada uma das obras mais importantes da música ocidental, sendo a primeira sinfonia a incluir vozes em seu movimento final e defendendo liberdade, igualdade e fraternidade, valores exaltados pelo compositor por toda sua vida.
Convidados
O concerto contará com a participação de quatro solistas convidados: Thayana Roverso (soprano), Juliana Taino (mezzo-soprano), Cleyton Pulzi (tenor) e Marcelo Ferreira (barítono). Além deles, também participarão o Coro Contemporâneo de Campinas, sob regência de Ângelo Fernandes; o Collegium Vocale Campinas, com regência de Akira Kawamoto e Madrigal São Paulo, liderado por Maíra Ferreira. Com isso, serão mais de 160 músicos no palco do Ciaei.
A apresentação também marca os 20 anos da Amoji (Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba). “Além da Sinfônica, a Amoji também é mantenedora da Escola de Música da Orquestra, da Orquestra Jovem de Indaiatuba e, também, de orquestras infanto-juvenis, todas com foco em ensinar quem quer viver ou experienciar a música, arte muito benéfica do ponto de vista social”, conta o maestro Paulo de Paula, que explica como todo esse projeto é essencial para a cidade. “Temos desde o lado mais artístico, com a Orquestra Sinfônica fazendo apresentações em teatros nestes 10 anos, até o lado mais social, pedagógico e educativo, sempre com foco em atingir a comunidade de Indaiatuba”, finaliza.
Ingressos |Para apreciar o concerto é necessário trocar o ingresso por um quilo de alimento não perecível, com foco em achocolatado, doces, leite em pó, café e óleo, que serão destinados ao projeto Um Natal mais Feliz para Todos, do Funssol (Fundo Social de Solidariedade de Indaiatuba). A troca acontece a partir do dia 18 de novembro, na Secretaria da Cultura de Indaiatuba, que fica na rua das Primaveras, 210 – Jardim Pompeia, Indaiatuba (SP).
O concerto é uma realização do Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de Indaiatuba por meio da Secretaria Municipal de Cultura e tem patrocínio de John Deere, Tuberfil e Plastek. A Sala Acrísio de Camargo fica na Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina, Indaiatuba (SP).
Sobre a Amoji | A Associação Mantenedora da Orquestra Jovem de Indaiatuba (Amoji) é responsável pela manutenção da Orquestra Sinfônica de Indaiatuba, que vem se destacando por sua intensa atuação na divulgação e popularização da música orquestral realizando, anualmente, mais de uma dezena de concertos gratuitos, com participação de músicos do município de Indaiatuba (SP) e solistas de renome. Promove também o Encontro Musical de Indaiatuba (EMIn), que disponibiliza masterclasses para estudantes de música de todo o Brasil e uma programação cultural de concertos para a comunidade.
Serviço:
Concerto: Nona Sinfonia de Beethoven
Data: 23/11 | Horário: 20h
Local: Sala Acrísio de Camargo (Ciaei)
Endereço: Avenida Engenheiro Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina, Indaiatuba (SP) – mapa aqui
Ingresso: Um alimento não perecível trocado a partir do dia 18 na Secretaria Municipal da Cultura – Rua das Primaveras, 210, Jardim Pompeia – mapa aqui.
(Com Samanta De Martino/Armazém da Notícia)
Para celebrar os 160 anos de nascimento de Stanislavski (1863–1938), o Teatro Escola Macunaíma e o GITIS – Russian Institute of Theatre Arts se uniram para oferecer aos artistas brasileiros a oportunidade de experimentar aulas, técnicas e métodos aplicados neste instituto russo, referência mundial em teatro, o GITIS. Entre os dias 29 de novembro e 10 de dezembro de 2024 acontecem diversas atividades no Teatro Escola Macunaíma, na unidade Barra Funda, para homenagear esse grande ator, diretor, pedagogo e escritor russo. “Stanislavski foi revolucionário porque desenvolveu uma nova forma de atuar cujo objetivo era revelar o espírito humano. Para ele, a atuação precisava mostrar a verdade interior de cada ser”, comenta Simone Shuba, professora do Teatro Escola Macunaíma.
A programação, que também celebra os 50 anos do Teatro Escola Macunaíma, começa com o workshop O Sistema Stanislavski no Século XXI por GITIS, ministrado por três professores da instituição russa, com coordenação de Grigori Zaslavsky. As aulas, todas com tradução simultânea, acontecem entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro das 9h às 17h30 no Macunaíma Unidade Barra Funda. Ao longo de sete dias, os alunos participarão de muitas sessões práticas e teóricas que revelam o processo de análise ativa de Stanislavski no século XXI. “Ele individualiza a criação a partir da visão de mundo de cada um para poder chegar na verdade íntima e profunda de cada ser”, explica Simone.
Para isso, o pensador russo criou um Sistema. “Ele planejou um sistema pedagógico e artístico para ser trabalhado com estudantes, propiciando uma mudança de paradigma. Para Stanislavski, o elemento mais importante na cena é o ator, mas um ator que é também um ser humano que experiencia uma circunstância e compartilha isso com a plateia. É como se o espectador também fosse personagem”, completa.
A Importância de Stanislavski e da GITIS para o Teatro Brasileiro
A GITIS, fundada em 1878, é a maior e mais antiga escola de teatro russa. É a única academia de teatro que treina estudantes em todas as profissões nas artes teatrais, ao mesmo tempo que oferece educação universitária tradicional em artes e humanidades. As oito faculdades da escola acolhem anualmente 1.500 estudantes russos e estrangeiros. O ensino baseia-se na busca pela harmonia entre os sistemas desenvolvidos por Constantin Stanislavski e Michel Chekhov.
Programação aberta ao público
Os interessados pelo mundo do teatro também podem aproveitar essa programação de homenagem. Entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro fica em cartaz no Teatro Escola Macunaíma a exposição Stanislavski 160 Anos. Será uma atração multimídia dedicada à vida e à obra do gênio. “O público conhecerá mais a fundo esse gênio por meio de um vídeo elaborado pelo GITIS”, conta Luciano Castiel, diretor do Teatro Escola Macunaíma.
E no dia 10 de dezembro, às 20h, acontece uma palestra com o reitor do GITIS, Grigori Zaslavsky. No cargo desde 2016, ele também é professor de história do teatro na instituição. “Essa parceria entre o Macunaíma e o GITIS foi viabilizada pelo Russian Seasons, uma temporada de arte e cultura financiada pelo estado russo em todo o mundo”, afirma Castiel.
GITIS-FEST
Há ainda outra ação relacionada a esse intercâmbio. Em 2025, o Teatro Escola Macunaíma participa da 5ª edição do GITIS-FEST, um festival internacional de peças estudantis que acontece em Moscou. grigori “Para estar presente no evento, era preciso apresentar um espetáculo de um autor nacional que se relaciona com algum escritor russo. Passado, Presente Zenturo foi a peça da nossa escola selecionada para representar o Brasil na mostra. Trata-se de um diálogo entre As Três Irmãs (1900), de Tchekhov, e Marcha para Zenturo (2010), da Grace Passô”, diz o professor André Haidamus, diretor da montagem.
A trama acontece em 2441, durante uma festa de Ano Novo que marca o reencontro de um grupo de pessoas com laços de amizade do passado. No futuro, viver o agora é uma doença, mas tem quem ouse viver o presente. No elenco estão Angelo Marin, Caroline Felizardo, Débora Fogaça, Emma Rossi, Fernanda Mamedes, Gabriel Roberto, Gustavo Mafia, João Márcio, Julia Mendes, Lenon Bidoia, Lorenza Vilalba, Luiz Feltrin, Marcela Fonseca e Mauro Ornelas.
O espetáculo já participou do 30° Festival de Teatro de Vinhedo e está em cartaz no Teatro Escola Macunaíma desde 20 de setembro. A temporada acaba em 27 de outubro. “Ficamos muito felizes, porque o Macunaíma é a única escola técnica a participar desta edição do GITIS-FEST”, celebra Castiel.
SOBRE O GITIS
Fundado em 1878, o GITIS (Russian Institute of Theatre Arts) é uma lenda viva das artes cênicas. A instituição é reconhecida por sua abordagem única, que combina tradições russas com respeito aos métodos existentes para quebrar as regras e inventar novas abordagens. Os alunos são preparados para enfrentar desafios contemporâneos com produções regulares e colaborações internacionais, sendo um ponto de encontro global das artes cênicas.
SOBRE GRIGORI ZASLAVSKY
Nascido em 1967, Grigori Zaslavsky é reitor do Instituto Russo de Artes Teatrais (GITIS) desde 2016. Graduado em Estudos Teatrais, possui PhD em Filologia. Iniciou sua carreira no jornalismo cultural em 1989, trabalhando em diversos meios, como Moskovsky Komsomolets e a rádio Vesti-FM. Cofundador do Helikon-Opera, Zaslavsky é também professor de história do teatro no GITIS. Foi membro do Conselho Público do Ministério da Cultura e da Câmara Pública da Federação Russa. É Artista Honorário da Rússia (2021).
Serviço:
Workshop O Sistema Stanislavski no Século XXI por GITIS
Data: 29 de novembro a 5 de dezembro, das 9h às 17h30
Local: Macunaíma Unidade Barra Funda – Rua Adolfo Gordo, 238 – Santa Cecília – São Paulo – SP Próximo ao Metro Marechal Deodoro
Valores subsidiados: R$100,00 (atrizes e atores formados no Macunaíma) ou R$200,00 (atrizes e atores com DRT)
Faça sua inscrição por meio deste link: https://macunaima.online/GITIS
Pré-requisito: Necessário ter DRT
Vagas: 45
*Haverá tradução simultânea das aulas.
Exposição Stanislavski 160 Anos
Data: 29 de novembro a 5 de dezembro
Local: Macunaíma Unidade Barra Funda – Rua Adolfo Gordo, 238 – Santa Cecília – São Paulo – SP Próximo ao Metrô Marechal Deodoro
Gratuita.
Palestra do reitor do GITIS, Grigori Zaslavsky
Data: 10 de dezembro, às 20h
Local: Macunaíma Unidade Barra Funda – Rua Adolfo Gordo, 238 – Santa Cecília – São Paulo – SP Próximo ao Metrô Marechal Deodoro
Gratuita.
(Com Daniele Valério/Canal Aberto Assessoria de Imprensa)
Começou em 1º de novembro de 2024 o período de defeso continental nas duas principais bacias hidrográficas que abrangem o Estado de São Paulo: a do rio Paraná e a do Atlântico Sudeste, finalizando em 28 de fevereiro de 2025. Durante esse período, está proibida a pesca de espécies nativas, ou seja, apenas espécies não nativas (alóctones e exóticas) podem ser capturadas, conforme alerta a pesquisadora Paula Maria Gênova de Castro Campanha, do Instituto de Pesca (IP-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Para a Bacia do Paraná, onde estão presentes os rios Paraná, Grande, Paranapanema, Tietê, Mogi-Guaçu, Pardo, as seguintes espécies alóctones podem ser capturadas nesse período: corvina de água doce ou pescada do Piauí, tucunarés, porquinho, zoiudo, apaiari, pacu-cd, pirarucu, híbridos e camarão gigante da Malásia, bem como espécies exóticas como as tilápias, as carpas, o bagre americano e o bagre africano, dentre outras espécies não nativas desta Bacia.
Já para a Bacia do Atlântico Sudeste, onde se encontram os rios Paraíba do Sul, Ribeira de Iguape e todos os demais do seu complexo, inclusive o rio Juquiá, além das espécies já citadas, são permitidas outras, como o dourado, pintado e curimbatá, pois estas não pertencem à esta bacia, sendo, assim, consideradas alóctones.
Durante o defeso, a pesca é limitada a métodos específicos e locais designados. Em rios das duas bacias, é permitida apenas a pesca desembarcada, utilizando linha de mão, caniço, vara com molinete ou carretilha, com iscas naturais ou artificiais. Em áreas como o rio Juquiá, onde há barragens, a pesca pode ser realizada de forma embarcada e desembarcada.
Para evitar infrações, o Instituto de Pesca orienta pescadores a consultarem as normativas oficiais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama): IN Ibama 25/2009 – Bacia do Paraná e IN Ibama 195/2008 – Bacia do Atlântico Sudeste.
Para visualizar um resumo da lista de permissões e proibições durante o período de defeso e outras informações, acesse o item 3 do FAQ-IP no site do Instituto de Pesca.
Seguro Defeso: um direito do pescador | O período de defeso vai até 28 de fevereiro de 2025. Até essa data, profissionais da pesca com documentação regular podem solicitar o Seguro Defeso, um benefício para quem sobrevive da pesca profissional artesanal, oferecido durante o período em que não puder realizar suas atividades devido à piracema. O pedido pode ser feito pela internet, clicando aqui.
Instituto de Pesca | O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.
(Com Guilherme Araújo/CDICOM/Instituto da Pesca)