Cientistas rebatem argumentos sobre custos de publicação e dificuldades de infraestrutura; entre pontos para tornar a ciência mais aberta estão mudanças na política de avaliação e estímulo ao compartilhamento de dados
Brasil
Localizada no litoral do Rio Janeiro e cercada pela Mata Atlântica, a cidade de Paraty é conhecida por suas praias, como a da Lula. Para além das belezas naturais, as ruas de paralelepípedos do centro histórico também levam o viajante até uma agitada cena cultural, marcada por galerias e muita arte.
Entre os principais pontos de Paraty, os turistas podem incluir no roteiro uma parada na recém-aberta Marcelo Oséas Galeria. A cidade também conta com o SESC Paraty, o ateliê Nadaleto, a Casa de Cultura, o ateliê do Aécio Sarti e o espaço Matriz Cultural.
A seguir, confira as seis atrações culturais que valem a pena conhecer na cidade:
Marcelo Oséas Galeria (@marcelooseas)
Recém-inaugurada, a Marcelo Oséas Galeria tem como foco apresentar a produção do especialista em cultura brasileira e fotógrafo documental Marcelo Oséas. No espaço, está em cartaz a exposição “Quase Dez Anos”, que revisita a trajetória do artista por meio de 21 imagens. Nos cliques, diferentes povos do Brasil, como os ribeirinhos da Amazônia e os artesãos do Alagoas, estão retratados.
Além das fotografias de Oséas, outro destaque é o próprio espaço da galeria, que preserva muitos elementos da construção original, localizada no centro histórico. Todo o mobiliário é feito com sobras de madeiras, coletadas em estaleiros da cidade de Paraty. O projeto foi realizado em parceria com arquitetos e artesãos locais.
SESC Paraty (@sescparaty)
Coordenado pelo Polo Sociocultural SESC Paraty, a Unidade Santa Rita recebe a exposição de artes visuais “Agências, dormências e flutuações” até o dia 30 de outubro. Na mostra, as artistas Germana Arthuso e Walla Capelobo expõem obras inéditas, que foram desenvolvidas a partir da entrada e de vivências no território do Quilombo do Campinho da Independência. Outras atividades artísticas e culturais também são realizadas diariamente no local.
Aécio Sarti (@galeria.aeciosarti)
O pintor Aécio Sarti mantém tanto o seu ateliê quanto a galeria abertos ao público na cidade. Suas pinturas são feitas exclusivamente sobre lonas usadas de caminhão e preservam os remendos, fissuras e as marcas do tempo. Os resultados do desgaste enquanto objeto funcional na carroceria dos caminhões também compõem as obras.
Casa da Cultura (@casadaculturaparaty)
A Casa da Cultura de Paraty e o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Biondicadores da UERJ, apresentam uma mostra que celebra a fauna marinha da região. Em cartaz até fevereiro de 2023, a exposição “Paraty, Mar de Golfinhos e Baleias” reúne fotos, vídeos, esqueletos e réplicas em tamanho natural desses animais que fascinam crianças e adultos. As atividades também alertam para a importância d preservação ambiental.
Nadaleto (@nadaleto)
Conhecido como Nadaleto, o artista visual Marcos Fernandes Nadaleto tem como tônica de seu trabalho o reuso de diferentes tipos de materiais. Como tela, suas pinturas têm como base fibras naturais, lonas de caminhão, madeiras em desuso e velas náuticas. O ateliê do pintor é aberto para visitação.
Matriz Cultural (@matrizculturaparaty)
Localizado no centro histórico de Paraty, o espaço multicultural Matriz Cultural apresenta diferentes exposições de arte ao longo do ano, com uma curadoria que mescla diferentes estilos, através do espaço Galeria. Além disso, comporta o Café/Bar e a Tattoo Shop.
Serviço:
Marcelo Oséas Galeria (@marcelooseas)
Rua Dr. Pereira, 125 – Centro Histórico de Paraty (RJ)
https://www.marcelooseas.com.br/.
SESC Paraty (@sescparaty)
Unidade Santa Rita – Rua Dona Geralda 15 – Centro Histórico de Paraty (RJ)
http://www.sescparaty.com.br/.
Casa da Cultura (@casadaculturaparaty)
Rua Dona Geralda, 194 – Centro Histórico de Paraty (RJ)
https://www.casadaculturaparaty.org/.
Nadaleto (@nadaleto)
Rua Gravatá, 56 – Centro Histórico de Paraty (RJ)
Aécio Sarti (@galeria.aeciosarti)
Rua Dr. Samuel Costa, 254 – Centro Histórico de Paraty (RJ)
Matriz Cultural (@matrizculturaparaty)
Rua Marechal Deodoro, 378 – Centro Histórico de Paraty (RJ)
https://www.matrizcultural.com/.
(Fonte: Horst Kissmann)
O Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) recebe no período de 7 de outubro a 30 de novembro a exposição “Bullying e o Primordial no Homem Moderno”. A entrada é gratuita e a mostra pode ser vista de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 17h.
A curadoria é do premiado Enock Sacramento e a produção, dos profissionais da área da Saúde Mental, professor Isac Germano Karniol, e da psicóloga e psicanalista Patrícia Siqueira Lopes Karniol. Segundo os realizadores, é uma exposição de arte onde – parafraseando o artista plástico de Campinas Egas Francisco, um dos expositores – serão focalizados além da estética, emoções e sentimentos mais profundos do ser humano.
Além de Egas, outros artistas, como o pintor Fabricius Nery, participarão em áreas paralelas da arte como escultura, poesia, música e instauração performática, incluindo ballet. Estão inclusos os produtores da chamada Arte Ingênua, daqueles que não tiveram formação ou forte influência acadêmica, como os pacientes psiquiátricos. Nestes, além de queixas traduzíveis por palavras e sintomas, eles necessitavam outras formas de linguagem para comunicar suas angústias, tristezas e turbulência emocional.
“Esta linguagem pela arte é produzida no contato direto entre os profissionais da área da saúde mental, os artistas e os pacientes, permitindo uma intersubjetividade vitalizada. Nesta, o primordial no funcionamento mental, suas origens e desenvolvimento no ser humano estavam presentes. Isto ocorria inclusive quando de desestruturações da mente acentuando a sintomatologia nos chamados diagnósticos psiquiátricos”, dizem os realizadores. Segundo eles, com esta contribuição da arte para uma compreensão ampliada do funcionamento mental, da consciência, uma aproximação da moderna ciência torna-se possível.
Paralelo, o documentário premiado “Arte, Ciência e um Divã”, desenvolvido pela Cão Bravo Produções Artísticas, sob direção de André Grecco e Adriana Siqueira Lopes, em parte estarão disponíveis nesta exposição. Também haverá o lançamento dos livros “Bullying: quem são os alvos?” e “O primordial no homem moderno”.
Serviço:
Exposição “Bullying e o Primordial no Homem Moderno”
Dia: abertura em 7 de outubro, das 15h às 17h
Horário: terça-feira a sexta-feira, das 9h às 17h
Local: Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC)
Av. Benjamin Constant, 1633 – Centro.
(Fonte: Prefeitura de Campinas)
Nos dias 8 e 9 de outubro, das 15h até às 22h, acontecerá no Centro Esportivo e de Lazer Titi, no bairro Pirapitingui, a 2ª Festa Nordestina. O evento contará com comidas típicas, shows, área kids e diversas atrações para toda a família, com o objetivo de celebrar e valorizar a cultura Nordestina em Itu.
A festa tem como foco incentivar e fomentar a cultura nordestina, além de proporcionar um ambiente cultural familiar com diversas expressões artísticas diferentes – a música, por meio da dos shows típicos, a cultura afro, por meio da Capoeira, e apresentação de Curimba e culinária com comidas típicas nordestinas entre outras.
O dia 8 de outubro é considerado, por lei, o Dia do Nordestino, na cidade de Itu. A comemoração foi instituída por meio da Lei 1.364/2011. O motivo da homenagem ter sido criada em Itu é por ser a cidade onde vive um grande número de nordestinos de todo o Brasil, instalados principalmente na Região do Pirapitingui.
O Nordeste possui um grande valor histórico, social, político e, principalmente, cultural, para o Brasil. A região onde o país nasceu apresenta características herdadas do encontro das culturas portuguesa, negra e indígena. Os costumes, as crenças, os cultos religiosos, as artes, a literatura popular, as danças e os hábitos frutos dessa miscigenação geraram uma das culturas mais belas e ricas do país.
O Centro Esportivo e de Lazer Titi fica na Rodovia Waldomiro Corrêa de Camargo, 53 – Cidade Nova I, Itu – SP, ao lado da Subprefeitura do Pirapitingui.
Serviço:
2ª Festa da Cultura Nordestina de Itu
Data: 8 e 9 de outubro
Horário: 15h até às 22h – ambos os dias
Entrada: gratuita
Local: Centro Esportivo e de Lazer Titi – Rod. Waldomiro Corrêa de Camargo, 53 – Cidade Nova I, Itu – SP – ao lado da Subprefeitura do Pirapitingui.
Realização: Associação Amigos da Diversidade e Companhia de Folia de Reis Estrela do Oriente.
(Fonte: Pino Assessoria de Imprensa Cultural)
O Instituto Terra, por meio de seu laboratório de sementes e viveiro de mudas, trabalha neste ano com cerca de 100 espécies nativas da Mata Atlântica, que somam um total de 347 árvores diferentes da flora brasileira. Três dessas espécies estão em perigo de extinção: Pau-Brasil (árvore típica da Mata Atlântica), Peroba-Amarela (árvore símbolo do Instituto Terra) e Jequitibá-Rosa (recém listado como em perigo de extinção), espécies de grande valor e interesse comercial pela indústria madeireira e que foram resgatadas para plantio.
No mais recente plantio, entre o final de 2021 e o início de 2022, foram plantadas 163.765 mudas de árvores. No próximo período de chuva, que ocorre de novembro a fevereiro, o Instituto se prepara para plantar 220.000 árvores dentro de sua RPPN, sempre aumentando seu poder de transformação.
Ao longo de 2021, foram coletados e beneficiados mais de 351 kg de sementes de 97 diferentes espécies, sendo seis delas ainda não identificadas. Os tipos certos de plantas e frutos precisam estar bem adaptados ao clima quente e seco, que são as características da região onde fica o Instituto Terra. Depois de coletadas, as sementes são beneficiadas e passam por alguns testes no laboratório, como sementes por quilo, teor de umidade e teste de germinação. As espécies selecionadas são subdivididas em dois grupos funcionais que levam em conta características de crescimento e formação de copa. Após esta etapa, as sementes são disponibilizadas para o viveiro de mudas.
Como o sucesso das ações de reflorestamento está intimamente ligado à qualidade das sementes, o Instituto Terra criou um banco de árvores matrizes com fichas completas das árvores de sementes coletadas para georreferenciamento de árvores mães. Hoje estão mapeadas 347 árvores matrizes, de 99 espécies diferentes. “O software é utilizado no trabalho de campo; quando identifica uma matriz em potencial, o coletor preenche os dados daquele indivíduo, coloca características do local onde foi encontrado, marca o ponto no GPS e faz uma imagem dessa árvore no próprio aplicativo. Por meio dessas informações, podemos produzir um calendário de coleta, verificar a quantidade de matrizes que temos de determinada espécie e programar a coleta com antecedência”, explica Elisângela Ferreira da Silva, chefe do laboratório de sementes e do viveiro de mudas do Instituto Terra.
Com a adoção do banco de árvores matrizes, que direciona quais as melhores espécies a serem plantadas, houve mudanças nas técnicas de produção das mudas do viveiro. Foi introduzida uma nova rotina de adubação e irrigação para fornecer os nutrientes adequados em cada fase de desenvolvimento das plantas. No total, em 2021, foram produzidas 243 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica no viveiro do Instituto Terra.
Em seus 24 anos de existência, o Instituto Terra contabiliza mais de 2,5 milhões de árvores plantadas em sua sede, a RPPN Fazenda Bulcão, em Aimorés, Minas Gerais, com a produção de 6,4 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica até hoje. As ações de reflorestamento em áreas degradadas de Mata Atlântica envolvem 2.100 hectares beneficiados pelo plantio de mudas nativas e pela proteção de nascentes e áreas de recarga hídrica no vale do Rio Doce.
Sobre o Instituto Terra | Fundado em 1998 por Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado, a organização civil sem fins lucrativos surgiu quando o casal decidiu começar o trabalho de regeneração total da área da antiga fazenda de gado da família, que estava em estado de degradação ambiental. Mais de duas décadas depois, a organização tornou-se referência brasileira em restauração ecossistêmica. Com a fazenda recuperada, hoje abriga uma floresta rica em diversidade de espécies da Mata Atlântica, incluindo a restauração de nascentes locais. Mais de 240 espécies de animais, de todas as classes de fauna, voltaram a encontrar refúgio na floresta da RPPN Fazenda Bulcão, localizada em Aimorés, Minas Gerais.
Redes sociais:
Site: www.institutoterra.org
Facebook: www.facebook.com/InstitutoTerraOficial
Instagram: www.instagram.com/institutoterraoficial.
(Fonte: Lilian Rossetti Comunicação e Marketing)
Apresentando um Pernambuco com formas e cores de Cíceros e Vicentes, Lulas e Virgolinos, Câmaras e Samicos, a mostra Arte em Pernambuco – Coleção Enilton Tabosa do Egito tem início em 8 de outubro na Arte132 Galeria, em São Paulo, com um conjunto de mais de 100 obras – entre pinturas, três esculturas em cerâmica e uma escultura em bronze – que ocuparão os dois pisos da galeria.
A exposição abrange produções realizadas a partir da metade do século XIX até o fim do século XX e ganha corpo com o acervo particular do médico cardiologista Dr. Enilton Tabosa do Egito, grande amante e colecionador das artes visuais pernambucanas. O texto crítico é assinado por Benjamim Gomes.
Dentre os 71 artistas pernambucanos autores do conjunto das obras expostas, recebem destaque nomes como Cícero Dias (1907-2003), Reynaldo Fonseca (1925-2019), Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), Lula Cardoso Ayres (1910-1987), Wellington Virgolino (1929-1987), Balthazar da Câmara (1890-1982), Gilvan Samico (1928-2013) e o famoso ceramista Francisco Brennand (1927-2019). Sumidades no universo das artes visuais, estes são alguns dos nomes que representam o acervo de pinturas pernambucanas de arte não sacra iniciada na metade do século XIX. Poderão ser vistas obras de artistas homens e mulheres, sendo que, de todos que integram a coleção, 21 deles permanecem vivos.
A seleção de obras feita para essa exposição representa uma síntese do que foi e continua sendo a pintura pernambucana no panorama nacional. “No que se refere aos séculos anteriores, tivemos o cuidado de desenvolver mais detalhadamente os acontecimentos e fatos que fizeram a nossa história no passado, até porque nossos livros didáticos descrevem de forma acrítica e muito superficial informações necessárias à formação crítica de seus educandos”, explica Benjamim.
Ainda que a mostra tenha como marcadores temporais os séculos XIX e XX, o início das pinturas, de fato, começa no século XVII, com a instalação dos holandeses em Pernambuco, a exemplo dos pintores Frans Post (1612-1680) e Albert Eckhout (1610-1665), que chegaram juntamente com Maurício de Nassau. A pintura não sacra tornou-se registro de importância histórica e pano de fundo para tudo o que se seguiu posteriormente na história do Brasil.
O espaço criado compõe a cena histórica da arte pernambucana buscando resgatar as origens em função de ampliar a difusão do conhecimento cultural e artístico no contexto da época em que as obras foram criadas. É também importante ressaltar que a mostra permitirá expor o paralelismo temporal entre o Modernismo Pernambucano e outros Modernismos. A publicação impressa que abarca todas as obras pertencentes à coleção do Dr. Enilton Tabosa (em torno de 270 itens) foi idealizada por Benjamim Gomes e estará disponível na Galeria para aqueles que visitarem a exposição.
Sobre a Arte132 Galeria
A Arte132 acredita que a arte de um país e de um período não é constituída apenas por alguns nomes definidos pelo mercado, mas por todos os artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em determinado momento, artistas estes que abriram e alargaram os caminhos da arte brasileira. Dessa forma, expõe e dá suporte a mostras com o compromisso de apresentar arte relevante e de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda, em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontros, diálogos e descobertas. A galeria Arte132 completou um ano de atividades em agosto de 2022 e, ao longo deste período, apresentou oito importantes mostras de arte.
“Alex Flemming: Série Alturas” | 16 de agosto a 16 de outubro de 2021
“Helena e Riokai: entre Brasil e Japão, Paris” | 8 de novembro de 2021 a 8 de janeiro de 2022
“José De Quadros: São Paulo, sua, nossa pauliceia desvairada” | 25 de janeiro a 5 de março de 2022
“Vários 22” | 19 de março a 21 de maio de 2022
“Jewels by Brazil’s Burle Marx Brothers” | 4 de junho a 30 de julho de 2022
“Mulheres Artistas: nos salões e em toda parte” | 4 de junho a 30 de julho de 2022
“O sequestro da Independência” | 13 de agosto a 24 de setembro de 2022
“Abelardo Zaluar: Rigor e Emoção” | 13 de agosto a 24 de setembro de 2022.
Serviço:
Arte em Pernambuco – Coleção Enilton Tabosa do Egito
Texto crítico: Benjamim Gomes
Local: Arte132 Galeria – Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP
Evento de abertura: 08 de outubro, das 11h às 17h
Período expositivo: 08 de outubro a 12 de novembro de 2022
Horários de visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita
(Fonte: a4&Holofote comunicação)