Tratamento minimamente invasivo tem sido estudado há anos e foi detalhadamente abordado na revista Epilepsia, uma das principais publicações na área
São Paulo
O Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea e jardim botânico sediado em Brumadinho (MG), traz no domingo, 11 de setembro, apresentações do Grupo Corpo, com o espetáculo “Gira”, e do músico e compositor Mateus Aleluia. As atrações estão conectadas ao atual programa curatorial da instituição, norteado pelo Museu de Arte Negra idealizado por Abdias Nascimento. As apresentações acontecem ao ar livre, em frente à “Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe” (1997), obra icônica de Hélio Oiticica com vista para o Lago Central do Inhotim.
A programação é gratuita para quem visitar o Inhotim no dia 11 de setembro e os ingressos já estão disponíveis na Sympla. Para a apresentação ‘Gira’, do Grupo Corpo, os ingressos são limitados.
As apresentações de Mateus Aleluia e do Grupo Corpo também integram a programação de Anoitecer Inhotim, primeira festa de fundraising organizada pelo Instituto, com data marcada para 10 de setembro. Realizada como uma experiência voltada ao tempo e à natureza, o evento tem como premissa institucionalizar, cada vez mais, as ações do museu, de forma a garantir sua perenidade, sustentabilidade financeira, democratização do acesso e ampliação da programação artística e socioeducativa. Os ingressos podem ser comprados até 2 de setembro por meio do site do Inhotim e o valor arrecadado será revertido para a manutenção do Inhotim e a continuidade de seus projetos socioeducativos.
Sobre Mateus Aleluia
Com uma pesquisa focada na ancestralidade musical pan-africana, o cantor e compositor Mateus Aleluia traz ao Inhotim um repertório que inclui canções de sua carreira solo e também músicas emblemáticas de sua época no trio vocal Os Tincoãs, dos idos dos anos 1970, considerado pioneiro em trazer à Música Popular Brasileira o universo poético-musical de religiões afro-brasileiras como o candomblé e a umbanda.
Durante duas décadas, de 1980 a 2002, o músico viveu em Luanda, onde aprofundou seus estudos em música e religião, contratado como pesquisador pelo governo angolano. Considerado uma das personalidades culturais mais relevantes do Brasil, Mateus Aleluia ganhou os títulos de comendador pela Bahia, seu estado natal, e o de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano.
Sobre ‘Gira’, do Grupo Corpo
Também envolto em pesquisas sobre as religiões de matriz afro-brasileira, em especial, a umbanda, o Grupo Corpo apresenta em Inhotim o espetáculo ‘Gira’, uma obra dedicada a Exu – orixá responsável pela comunicação entre os mundos espiritual e material –, com trilha sonora criada pelo Metá Metá, grupo formado por Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Thiago França, com participação dos músicos Sérgio Machado e Marcelo Cabral, da cantora Elza Soares e do poeta e artista plástico Nuno Ramos.
Concebido como uma instalação, a coreografia de ‘Gira’, assinada por Rodrigo Pederneiras, reconstrói o glossário de gestos e movimentos observados durante as experiências nos ritos de celebração tanto do candomblé quanto da umbanda – em especial as giras de Exu –, fundindo-o com aos movimentos característicos do Grupo Corpo.
Adaptado às características de museu a céu aberto que é Inhotim, no “não cenário” assinado por Paulo Pederneiras, os corpos dos bailarinos são cobertos por um tule preto sempre que estão fora da cena em alusão a uma transformação em éter, enquanto as três paredes da caixa-preta do palco criam uma ilusão quase espectral de infinito.
Para realizar o espetáculo da melhor forma possível, com segurança e conforto para os bailarinos e para o público, a apresentação terá capacidade limitada a até mil pessoas.
Serviço:
Mateus Aleluia e Grupo Corpo no Inhotim
Local: em frente à obra “Invenção da cor, penetrável Magic Square #5, De Luxe” (1997), de Hélio Oiticica
Data: domingo, 11 de setembro de 2022
16h – Mateus Aleluia
18h – Grupo Corpo, espetáculo ‘Gira’
Instituto Inhotim
Informações gerais:
Horários de visitação: de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30
Entrada R$50 inteira (meia-entrada válida para estudantes identificados, maiores de 60 anos e parceiros). Crianças de até cinco anos não pagam entrada.
Localização: O Inhotim está localizado no município de Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (aproximadamente 1h15 de viagem). Acesso pelo km 500 da BR381 – sentido BH/SP. Também é possível chegar ao Inhotim também pela BR-040 (aproximadamente 1h30 de viagem). Acesso pela BR-040 – sentido BH/Rio, na altura da entrada para o Retiro do Chalé.
Opções de transporte regular:
Transfer | A Belvitur, agência oficial de turismo e eventos do Inhotim, oferece transporte aos sábados, domingos e feriados, partindo do hotel Holiday Inn Belo Horizonte Savassi (Rua Professor Moraes, 600, Funcionários, Belo Horizonte). É preciso comparecer 15 minutos antes para o procedimento de embarque e conferência do voucher. Veja mais informações sobre o transfer clicando aqui .
Ônibus Saritur | Saída da Rodoviária de Belo Horizonte de terça a domingo, às 8h15 e retorno às 16h30 durante a semana e 17h30 aos fins de semana e feriados. R$41,50 (ida) e R$37,15 (volta).
Inhotim Loja Design | A loja do Inhotim, localizada na entrada do Instituto, oferece itens de decoração, utilitários, livros, brinquedos, peças de cerâmica, vasos, plantas e produtos da culinária típica regional, além da linha institucional do Parque. É possível adquirir os produtos também por meio da loja online.
(Fonte: Instituto Inhotim)
De 6 a 25 de setembro de 2022, o Circo di SóLadies|NemSóLadies realiza a temporada de estreia de seu novo espetáculo “Concerto em Cores”, ação que faz parte do projeto Des.Cantadas O Show! contemplado pelo Fomento ao Circo da Cidade de São Paulo.
Em “Concerto em Cores”, três palhaces realizam um show musical para contar a história de pessoas sem tempo que viviam presas em mundo descolorido, com pensamentos encaixotados. Interagindo com a plateia, essa trupe estabelece um mundo mais colorido, livre, leve e brincante. Por meio da palhaçaria, da comicidade física e musical, o Circo di SóLadies|NemSóLadies propõe desconstruir pensamentos engessados, presentes inclusive nas músicas infantis, apresentando novas versões para canções conhecidas, além de composições inéditas.
No dia 6 de setembro, terça-feira, às 19h, com entrada gratuita, acontece a pré-estreia do espetáculo no Teatro Cacilda Becker, que fica próximo à sede do grupo, localizada na Vila Anglo. Nesta apresentação, estudantes de artes cênicas e de palhaçaria, além de pessoas interessadas na temática, poderão deixar suas impressões e diferentes olhares sobre essa nova montagem.
Nos dias 10 e 11 de setembro, sábado e domingo, às 16h, com entrada gratuita, o grupo se apresenta no Teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro. E no dia 14 de setembro (quarta-feira), às 11h e 14h30, no mesmo teatro, o grupo realiza apresentações para escolas, com lugares disponíveis para o público geral.
Em 17 e 18 de setembro, sábado e domingo, às 16h, as apresentações serão no Teatro João Caetano, na Vila Clementino. No mesmo local, no dia 21 de setembro (quarta-feira), às 11h e 14h30, com entrada gratuita, o grupo realiza apresentações para escolas, com lugares disponíveis para o público geral.
E nos dias 24 e 25 de setembro, sábado e domingo, às 16h, as apresentações são no Teatro Alfredo Mesquita, em Santana, São Paulo.
Após as apresentações, o grupo promoverá bate-papos com as pessoas presentes, promovendo uma troca horizontal no intuito de compreender como as temáticas abordadas reverberam no público.
Ao longo da pesquisa, nos processos de formação, na leitura de publicações consideradas referências da palhaçaria e na participação de diversos festivais pelo país, o Circo di SóLadies|NemSóLadies se deparou não só com as questões de gênero, mas também com outros preconceitos, como os de raça, idade e classe, entre outros, sendo reproduzidos na dramaturgia clássica circense.
Diante dessas percepções, surgiu o desejo de criar uma obra que dialogasse com o público, abrindo espaço para a criação de novos paradigmas e signos, desestabilizando os papéis sociais pré-construídos, levando o tema da diversidade de maneira leve, cômica e musical, a partir da máscara da palhaçaria. “O circo é uma manifestação artística popular que revela e espelha a sociedade e, muitas vezes, acaba por reproduzir tais comportamentos que afetam diretamente as relações cotidianas, tornando as opressões veladas/reveladas e normatizadas. No caso específico de músicas infantis, é comum vermos circos de lona abrindo espaço na programação para atrações musicais e outros ‘produtos mainstream’ que também reproduzem estereótipos e preconceito”, finaliza o grupo.
Sobre o Circo di SóLadies|NemSóLadies
O Circo di SóLadies|NemSóLadies é um grupo formado por duas mulheres cis, Kelly Lima e Verônica Mello- palhaças, atrizes, produtoras – e uma pessoa trans não-binária, Tatá Oliveira – palhace, artista da cena, produtore e designer que pesquisa formas cênicas usando o universo da comicidade e palhaçaria sob o viés feminista, questionando as estruturas sociais com camadas simbólicas e lúdicas para públicos de todas as idades.
Mais informações em: www.facebook.com/circodisoladies e www.instagram.com/circodisoladies.
FICHA TÉCNICA
Direção Artística: Tereza Gontijo | Direção Musical: Tetê Purezempla | Elenco: Kelly Lima (palhaça Greice), Tatá Oliveira (palhace Augustine), Veronica Mello (palhaça Úrsula) | Direção de Produção: Be Zilberman | Produção Executiva: Circo di SóLadies | Aula de Canto e Preparação de Voz: Palomaris Mathias | Aulas de Percussão: Caê | Provocadores Dramatúrgicos: Ariadne Antico, Lui Castanho e Vanessa Rosa | Figurinos, adereços e cenário: Ateliê Vivo – Andrea Guerra, Carolina Cherubini, Gabriela Cherubini, Flavia Lobo de Felicio | Costura: Francisca Lima | Criação de Luz e operadora: Leandra Demarchi | Assistente de luz e operadora: Luz López | Desenho de Som: Daniela Dantas | Operadora de Som: Mana Maia | Equipe de Acessibilidade: Maré Dissidente Acessibilidade Criativa | Captação de Vídeo: Haver Filmes | Edição de Vídeo: Cássio Kelm | Designer: Estúdio Capima | Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini | Artistas convidades para a Roda de Conversa: Ariadne Antico, Caê e As Mareadas – Bruna Pierami e Monique Neves | Administração e Prestação de Contas: Circo di SóLadies | Assessoria Contábil: Safe Contabilidade.
Serviço:
“Concerto em Cores” com Circo di SóLadies
Sinopse: Três palhaces realizam um show musical para contar a história de pessoas sem tempo que viviam presas em um mundo descolorido e pensamentos encaixotados. Por meio da palhaçaria e da comicidade física/musical, vão desconstruindo pensamentos engessados presentes inclusive nas músicas infantis, apresentando novas versões para canções conhecidas além de composições inéditas. Interagindo com a plateia, estabelecem um mundo mais colorido, livre, leve e brincante. Juntes, tocam mais de dez instrumentos, entre cordas, sopro e percussão. Duração: 50 minutos
Grátis – Classificação Livre
Pré-Estreia: 6 de setembro de 2022 – Horário: 19h
Onde: Teatro Cacilda Becker – Endereço: Rua Tito, 295 – Vila Romana – São Paulo – SP
Quando: 10 e 11 de setembro de 2022 – Horário: sábado e domingo, às 16h.
Apresentações especiais para escolas: 14 de setembro (quarta-feira) – Horários: 11h e 14h30
Onde: Teatro Paulo Eiró – Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo – SP
Acessibilidade: apresentação do dia 10 de setembro com tradução em Libras
Quando: 17 e 18 de setembro de 2022 – Horário: Sábado e domingo, às 16h.
Apresentações especiais para escolas: 21 de setembro (quarta-feira) – Horários: 11h e 14h30
Onde: Teatro João Caetano – Endereço: R. Borges Lagoa, 650 – Vila Clementino, São Paulo – SP
Acessibilidade: apresentações dos dias 17 e 21 de setembro com tradução em Libras
Quando: 24 e 25 de setembro de 2022 – Horário: Sábado e domingo, às 16h.
Onde: Teatro Alfredo Mesquita – Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo – SP
Acessibilidade: apresentação do dia 24 de setembro com tradução em Libras.
(Fonte: Assessoria de Imprensa Luciana Gandelini)
O diretor emérito do New York Film Festival e professor de Film and Media Studies da Columbia University, Richard Peña, é considerado um especialista em cinema internacional. Nas duas palestras a serem realizadas em São Paulo, uma na Cinemateca Brasileira (3 de setembro, sábado) e outra na Hebraica (4 de setembro, domingo), ele dará um panorama histórico do Cinema Iídiche, além de analisar clássicos dessa pouco conhecida cultura cinematográfica. As palestras acontecem antes das exibições de “A Luz à Frente” (The Light Ahead), na Cinemateca, e de “Tio Moisés” (Uncle Moses), que será exibido na Hebraica.
A rica cinematografia Iídiche, com 130 longas-metragens e 30 curtas entre 1911 e 1940, talvez seja o primeiro caso de um cinema transnacional com personagens espalhadas pelo mundo que compartilham a mesma língua e cultura, atravessando os limites do tempo e do espaço. Após a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto e a aculturação de imigrantes judeus, os filmes em Iídiche quase desapareceram. Porém, ainda hoje, existem produções audiovisuais na língua.
Sobre o professor Richard Peña
Richard Peña é diretor emérito do New York Film Festival e professor de Film and Media Studies na Columbia University, onde ele se especializa em cinema internacional e teoria de cinema. Em 1988, ele se tornou diretor de programação do Film Society of Lincoln Center e organizou retrospectivas de diretores como Michelangelo Antonioni, Sacha Guitry, Abbas Kiarostami, Robert Aldrich, Gabriel Figueroa, Ritwik Ghatak, Kira Muratova, Youssef Chahine,Yasujiro Ozu, Carlos Saura e Amitabh Bachchan, bem como mostras dedicadas aos cinemas africano, chinês, cubano, polonês, húngaro, árabe, coreano, japonês, soviético e argentino. De 2001 a 2002, Peña apresentou o Sundance Channel’s Conversations in World Cinema em que ele entrevistou Harmony Korine, entre outros cineastas importantes. Desde 1996, ele organiza com a Unifrance Film o evento anual “Rendez-Vous with French Cinema Today”. Ele também foi responsável por criar o New York Jewish Film Festival. Um palestrante internacional frequente, Richard Peña já foi professor convidado pelas universidades Princeton, Harvard, UNAM – Universidade Nacional Autónoma do México, Universidade de Pequim e USP – Universidade de São Paulo.
Sobre a cantora e compositora Nicole Borger
Nicole Borger é cantora e compositora e idealizadora do Instituto de Música Judaica no Brasil. Nascida em São Paulo, capital, Nicole Borger tem ascendência norte-americana e europeia. Essa mistura cultural, aliada a uma intensa vivência internacional e ao domínio pleno de vários idiomas, lhe deram a possibilidade de transitar livremente por vários estilos musicais.
Nicole possui voz de contralto de sonoridade quente, densa e grande riqueza de recursos tímbricos. Sua iniciação na música deu-se aos seis anos através do estudo do piano; porém, desde a adolescência dedica-se especialmente ao canto, tendo trabalhado e se apresentado com diversos grupos musicais no Brasil e no Exterior.
Paralelamente à sua atividade musical, Nicole é formada em Direito pela PUC/SP e milita, há mais de vinte anos, na área fiscal, onde hoje é reconhecida como uma das mais conceituadas advogadas do país, por sua incansável defesa dos direitos dos contribuintes.
Professor Richard Peña e o Cinema Iídiche
Cinemateca Brasileira | Sala Grande Otelo (210 lugares + 4 assentos para cadeirantes)
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana – São Paulo (SP)
Ingressos gratuitos e distribuídos uma hora antes de cada sessão
Sexta-feira, 2 de setembro
19:00 – Tevie, o Leiteiro (Tevya)
EUA, 1939, 93 min, digital, p&b
Direção: Maurice Schwartz
Elenco: Maurice Schwartz, Miriam Riselle, Rebecca Weintraub, Paula Lubelski, Leon Liebgold
Sinopse: Filme que inspirou o musical Um Violinista no Telhado. Um leiteiro judeu leva uma vida pacata com sua esposa e suas filhas, que estão prontas para se casar. Apesar de amar suas filhas, o leiteiro tem dificuldades em conciliar suas crenças e o que deseja para elas com o que elas realmente querem.
21:00 – Campos Verdes (Green Fields)
EUA, 1937, 106 min, digital, p&b
Direção: Jacob Ben-Ami, Edgar G. Ulmer
Elenco: Michael Gorrin, Helen Beverley, Isidore Cashier, Anna Appel, Max Vodnoy
Sinopse: Quando um jovem inquieto e angustiado se aventura pelo interior da Bielo-Rússia em busca de “judeus de verdade”, ele recebe lições inesperadas dos camponeses judeus que o contratam como tutor de seus filhos.
Sábado, 3 de setembro
16:00 – A Luz à Frente (The Light | Fishke der Krumer)
O filme será antecedido por palestra do professor Richard Peña
EUA, 1939, 94 min, digital, p&b
Direção: Edgar G. Ulmer
Elenco: David Opatoshu, Helen Beverley, Isidore Cashier, Rosetta Bialis, Anna Guskin
Sinopse: Em uma pequena cidade na Rússia na década de 1880, dois jovens mas pobres amantes são ajudados por um velho e sábio livreiro.
19:00 – apresentação Nicole Borger e Banda
Professor Richard Peña e o Cinema Iídiche
Clube Hebraica | Teatro Anne Frank (300 lugares)
Rua Hungria, 1000 – Pinheiros – São Paulo (SP)
Ingressos gratuitos
Domingo, 4 de setembro
14:00 – Tio Moses (Uncle Moses)
O filme será antecedido por palestra do professor Richard Peña
EUA, 1932, 88 min, digital, p&b
Direção: Sidney M. Goldin, Aubrey Scotto
Elenco: Maurice Schwartz, Judith Abarbanel, Mark Schweid, Sam Gertler, Zvee Scooler
Sinopse: O primeiro filme iídiche falado. O despótico dono de uma fábrica deroupas se apaixona pela filha de um de seus empregados. Ela se sente obrigada acasar com ele para melhorar a miserável situação financeira de sua família apesar de amar um sindicalista que está organizando uma greve na fábrica.
Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
Instagram: @cinemateca.brasileira
Facebook: @cinematecabr
Twitter: cinematecabr
(Fonte: Trombone Comunica)
Uma Área de Preservação da Mata Cambará também faz parte do cenário do Parque do Mirim, espaço inaugurado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), em 2018, com a missão de ser uma área de preservação ambiental com fins educacionais. A Cambará não possui cerne – parte mais interna e mais dura dos troncos de uma árvore – e, por isso, é poupada da extração. Contudo, especialistas da apicultura apontam que, de suas flores, as abelhas recolhem néctar para a produção de mel, considerado mais saboroso e consistente.
A mata preservada de Cambará está localizada entre o Museu e o Mirante do Parque do Mirim e também está presente ao redor da represa do rio Capivari-Mirim, o que gerou o aumento do cinturão verde da Barragem. Nativa do Brasil, é uma espécie considerada rara nessa região, sendo mais comum em outros estados. A área foi concedida ao SAAE para que fossem preservados os fragmentos de cambará, considerado um dos maiores agrupamentos da espécie na região.
A cambará, espécie conhecida também como candeia, cambará-de-folha-grande, cambará-do-mato e cambará-guacú, é uma árvore pequena e robusta e que, até em função disso, tem sua madeira muito utilizada para fabricação de móveis e no campo para a confecção de moirões de cerca.
Uma curiosidade é que a espécie Cambará é tida como uma pioneira e propicia o surgimento de outras espécies arbóreas no seu entorno. Além dessas características, suas folhas são medicinais, utilizadas em xarope contra a tosse, e é excelente melífera. Quanto à sua aplicação no paisagismo, é indicada pela cor incomum de sua folhagem, prateada, e a forma retorcida de seus ramos.
(Fonte: SAAE Indaiatuba)
Reconhecer a brutalidade que vem constituindo a história do Brasil como nação não faz parte da trajetória do dito “povo cordial”, mito que caiu por terra com a eleição de um governo que institucionalizou o discurso de ódio e a impunidade dos agentes de Segurança Pública. A partir de uma farta documentação histórica, a pesquisadora Viviane Gouvêa publica, em lançamento pela Editora Planeta, “Extermínio: duzentos anos de um estado genocida”, livro que analisa o caráter historicamente arbitrário das nossas leis e a limitação das nossas democracias.
Desde a Independência do Brasil, há duzentos anos, o povo brasileiro vive as barbaridades perpetradas por um Estado que deveria garantir seu bem-estar. No livro, Viviane apresenta trechos de documentação oficial e registros de testemunhas contemporâneas aos levantamentos históricos analisados, para que se possa recuperar o que foi registrado, descrito e carimbado por aqueles que infringiram tais violências, os que as testemunharam e os que as sofreram.
Morte, crueldades e diversas outras formas de ilegalidades fazem parte da construção da história do país, que teve a tortura como prática comum, aceita e mesmo prevista pela sociedade e pela ambiguidade das leis em diferentes contextos. Do dispositivo legal no período imperial que liberava chicotadas e fazia vista grossa para outras atrocidades, passando pelo massacre dos cabanos, dos povos indígenas, sindicalistas, até subir os morros do Rio de Janeiro e mostrar que as diversas chacinas – Vigário Geral (1993), Complexo do Alemão (2007), Jacarezinho (2021) – não são exceção, a autora denuncia como forças públicas e privadas de segurança sempre obedeceram às tarefas que grupos no topo da hierarquia política e econômica consideravam necessárias para que o povo voltasse a ser um povo ordeiro.
A partir de uma investigação minuciosa, Viviane ilustra como as ações de violências exacerbadas são perpetradas tanto por parte das elites, que defendem seus privilégios ancestrais, como dos agentes públicos, mesmo quando as instituições democráticas estão funcionando. A ilusão de que o nascimento do Brasil se deu de forma pacífica é parte de uma falácia que acompanha a banalização da violência, que sempre se deu às claras. “Ao chegar ao final deste livro, talvez os leitores tenham menos estranhamento diante do descalabro de um país em que linchamentos de negros e macumbeiros são vistos quase com tolerância pelo cidadão comum, que consegue (com a consciência tranquila) eleger políticos que defendem tortura, estupro e assassinato se a pessoa merecer”, pontua a autora.
Trecho: “Quando o Estado não pune um dos seus agentes por práticas ilegais e, nesse caso, que violam direitos humanos, a mensagem é clara: não tem problema arrancar unha de detento ou esfregar a cara do pivete no asfalto a uma temperatura de 55 °C. Faz parte do jogo e nossas leis não precisam ser aplicadas para todo mundo.
Um sem-número de cidadãos do bem partilha dessa visão de mundo e essa mensagem recebe apoio incondicional daqueles que se acham a salvo. Mas a verdade é que, se os agentes do Estado agem contra a ordem estabelecida pelo próprio, sem medo de represálias, torna-se difícil controlar o grau de violência utilizado e mesmo seus alvos. Apesar de a violência policial ter alvo certo (a população preta e pobre), o descalabro da nossa impunidade atualmente permite que fiscais do Ministério do Trabalho que denunciam trabalho escravo, juízas e vereadoras que investigam milícias, jornalistas estrangeiros e servidores públicos que denunciam desmandos e assassinatos na floresta sejam assassinados por pessoas direta ou indiretamente ligadas às forças de segurança (públicas ou privadas) e a serviço de sabe-se-lá-o-quê. Tais soldados algumas vezes pagam a conta dos seus mandantes, demasiado no topo da hierarquia para sofrerem sequer arranhões. Mas o estrago já está feito.”
Ficha técnica:
Título: Extermínio: duzentos anos de um estado genocida
Autora: Viviane Gouvêa
256 páginas
Livro físico: R$61,90 | E-book: R$42,90
Editora Planeta
Sobre a autora | Viviane Gouvêa é formada em Ciências Sociais e mestre em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É pesquisadora do Arquivo Nacional desde 2006.
Sobre a editora | Fundado há 70 anos em Barcelona, o Grupo Planeta é um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, além de uma das maiores corporações de comunicação e educação do cenário global. A Editora Planeta, criada em 2003, é o braço brasileiro do Grupo Planeta. Com mais de 1.500 livros publicados, a Planeta Brasil conta com nove selos editoriais, que abrangem o melhor dos gêneros de ficção e não ficção: Planeta, Crítica, Tusquets, Paidós, Planeta Minotauro, Planeta Estratégia, Outro Planeta, Academia e Essência.
(Fonte: Editora Planeta)