Notícias sobre arte, cultura, turismo, gastronomia, lazer e sustentabilidade

Inscreva seu e-mail e participe de nossa Newsletter para receber todas as novidades

Saúde mental e política: a representação do ódio na psique humana

São Paulo, por Kleber Patricio

Fernanda Zacharewicz, psicanalista, editora da Aller, membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano, doutora em psicologia pela PUC/SP. Foto: Fernanda Zacharewicz.

Existem muitos fatores que afetam a saúde mental das pessoas e, cada vez mais, a polarização política acarreta danos aos relacionamentos, chegando, por vezes, a ameaçar a liberdade do indivíduo. Como a psicanálise vê este embate de lados políticos? Quais são exatamente os desafios que trazem à saúde psíquica do cidadão? A psicanalista e publisher Fernanda Zacharewicz, da Aller Editora – especializada em publicações de psicanálise – traz algumas obras que ajudam os analistas e todos aqueles que se interessam pelo tratamento criado por Freud  a entender como esses embates as afetam.

Psicanálise e pandemia

Esta obra traz uma perspectiva bastante incomoda: a da necropolítica. Antes mesmo da pandemia do Covid-19, o Brasil já mostrava seus discursos de ódio, manifestações de preconceito e desrespeito com as pessoas. As últimas eleições foram marcadas por esses temas, a aniquilação dos diferentes e o descaso com minorias. E todas as falácias rancorosas, evidenciadas na cultura do espetáculo das redes sociais, acabaram por estimular o comportamento violento e furtar (pelo medo) o direito de as pessoas se expressarem, o que para Freud é um caminho danoso para se trilhar dentro da psique humana.

Diante dessa abordagem, Fernanda expõe que o trabalho em uma análise trata justamente que o sujeito possa reconhecer sua singularidade e como relacionar-se com os outros contando com esse seu traço próprio. Estar inserido em uma sociedade onde a diferença é o incômodo, o que deve ser apagado ou até mesmo destruído tanto causa profundos danos à saúde mental do cidadão como também põe em risco sua integridade física ao incentivar discursos de intolerância ou realocar verbas para projetos que apoiam o ódio à diferença.

Ensaios sobre mortos-vivos

Políticas de empobrecimento, incentivo à violência e à discriminação aumentam exponencialmente a sensação e insegurança dos habitantes dos grandes centros urbanos. Neste livro, os autores apontam o possível adormecimento do pensamento crítico dos cidadãos, tornando menos penoso à existência no atual contexto histórico, mas, simultaneamente, há uma automatização da própria vida. Vive-se pela metade, como morto-vivo. A partir de um olhar ora político, ora psicanalítico, ora artístico, mas sempre contextualizando sobre o simbólico dos corpos sem alma, os textos reunidos esmiúçam o conceito de decomposição para revelar o que há de comportamento zumbi nas relações humanas (ou desumanas).

Fernanda aponta que é parte inerente à vida humana a construção de vínculos sociais criando uma comunidade na qual o sujeito possa sentir-se seguro para descobrir e desenvolver suas habilidades. A incerteza dessas condições, a permanente ameaça de violência e a exigência do mercado capitalista por resultados cada vez mais inatingíveis pode prejudicar fortemente a inserção do cidadão em sua sociedade. Essa marginalização pode ser exemplificada pelos aglomerados humanos que foram grupos com regras próprias e que se caracterizam pelo afastamento da vida pública, aqui podemos usar como exemplos os grupos de usuários de drogas ou os suntuosos condomínios fechados onde os economicamente mais privilegiados criam uma ficção de mundo ideal ao murar-se de seu entorno.

Faces do sexual

A discussão sobre as questões de gênero está presente nas questões políticas de forma mais assídua nos últimos tempos e a psicanálise não pode ser furtar desse debate.  Com artigos de especialistas do mundo todo, esse livro discute sobre as identidades de gênero, o tratamento que se deu a elas durante a história da psicanálise (desde o caso Dora em Freud até o atendimento a candidatos à cirurgia de redesignação sexual) dando espaço para que a sexualidade humana seja compreendida em suas diversas expressões, abandonando a ideia do padrão heteronormativo. Com esse debate, a própria psicanálise incentiva e abre espaço em sua comunidade para que essa população encontre espaço de escuta livre de preconceitos.

A psicanalista ainda complementa que a sexualidade é parte essencial da vida humana e compreender suas diversas expressões é respeitar cada sujeito desde sua singularidade.

Ato analítico e afirmação da vida

A postura de negação da existência do vírus da Covid e a resistência em aderir às medidas de prevenção de nosso governo federal durante a pandemia  contribuiram enormemente com milhares de mortes ocorridas no país. Essa dura realidade traz à ordem do dia os temas ligados à gestão da saúde pública. Essa obra traz uma coletânea de textos frutos de um ano de debate entre psicanalistas sobre a importância decisiva de posicionar-se desde uma ética em que a vida humana seja sempre prioridade. Retoma, ainda, a perspectiva freudiana que aponta que a extrema fragilidade do momento vivido “conduz a um doloroso cansaço do mundo e a uma rebelião contra o fato constatado”. Todo este cenário traz uma resposta neurótica: o ressentimento e a culpabilização desenfreada do próximo.

Para finalizar, Fernanda ressalta a necessidade de optar eticamente a cada escolha, pois estas têm consequências que podem ser nefastas, como o vivido pelo Brasil no âmbito federal há mais de três anos. Optar eticamente fornece ao sujeito a possibilidade de redimensionar seu lugar no mundo e sua responsabilidade para com aqueles com quem compartilha a existência.

(Fonte: Enxame de Comunicação)

Apresentação de André Mattos encerra 7ª Mostra de Artes Cênicas de Indaiatuba

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Ator André Mattos que fará a apresentação “Dedé Show” dia 27 de agosto. Foto: divulgação.

A Secretaria de Cultura de Indaiatuba encerra a sétima Mostra de Artes Cênicas no próximo sábado (27/8), com a apresentação de André Mattos na atração “Dedé Show”. No decorrer do mês de agosto, se apresentaram 11 grupos locais em espetáculos infanto-juvenis e adultos. Os espetáculos foram realizados no Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU) do Jardim São Conrado, no Centro Cultural Hermenegildo Pinto (Piano) e na Sala Acrísio de Camargo, com entrada franca.

A finalidade foi difundir os trabalhos de grupos de pesquisa continuada na área de artes da cena, bem como fomentar o teatro em Indaiatuba. “Neste ano, trouxemos para fazer a abertura a peça ‘Saltimbancos’, do Grupo Emcantar, idealizada para agradar a todos os públicos. Durante o mês, muitos grupos locais se apresentaram e foi um sucesso. Agora, estamos encerrando com a apresentação do ator André Mattos, que trará aos palcos os personagens que foram destaques na televisão. As companhias e grupos de teatro de Indaiatuba tem ganhado notoriedade em cada edição da Mostra de Artes Cênicas e este ano não foi  diferente”, pontua a secretária de Cultura, Tânia Castanho.

O último dia da mostra acontecerá no dia 27 de agosto às 20 horas com a atração “Dedé Show”, interpretada pelo ator André Mattos. A peça será realizada na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, com entrada franca. Os interessados em assistir a apresentação devem comparecer uma hora antes na bilheteria do local do show para retirar o ingresso.

Sobre Andre Mattos | O André Mattos é um renomado ator brasileiro que possui uma carreira sólida de 33 anos na televisão e 25 anos no cinema. Realizou personagens marcantes sob a tutela de Chico Anísio, Domingos Oliveira, José Padilha, Maria Clara Machado, Murilo Salles e outros grandes artistas que proporcionaram ao ator realizações inesquecíveis no teatro, cinema e TV. No “Dedé Show” todos poderão rever esses personagens.

Serviço:

Dedé Show, com André Mattos

Data: 27/8/2022

Horário: 20h

Ingressos: retirar com 1 hora de antecedência na bilheteria do Ciaei (entrada franca)

Local: Sala Acrísio Camargo – Ciaei  (Av. Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3665 – Jardim Regina).

(Fonte: Prefeitura de Indaiatuba)

Mostra Ecofalante exibe filmes de 27 países em Porto Alegre

Porto Alegre, por Kleber Patricio

Still de “Koyaanisqatsi”.

Este ano, a 11ª Mostra Ecofalante de Cinema acontece em Porto Alegre de forma presencial e gratuita. Entre 24 de agosto e 13 de setembro, ela exibe na cidade gaúcha uma ampla programação de filmes contemporâneos e históricos de viés socioambiental, distribuídos em quatro salas de cinema da cidade: Cinemateca do Capitólio, Cinemateca Paulo Amorim, Cine Bancários e Redenção. Além da Sala Redenção, da UFRGS, outras universidades, como PUC-RS, IFRS e Senac, recebem o evento, formando assim um circuito universitário de difusão de filmes socioambientais propostos pela Mostra Ecofalante.

Fazem parte da programação da mostra: a Homenagem ao diretor e ator Jacques Perrin; a Homenagem à cineasta Sarah Maldoror; a Competição Latino-americana, com 35 títulos; o Panorama Internacional Contemporâneo, que inclui 24 longas-metragens com as melhores e mais recentes produções de viés socioambiental produzidas em diversos países; o Concurso Curta Ecofalante, que inclui filmes brasileiros assinados por estudantes; as Sessões especiais com exibição do documentário cult “Koyaanisqatsi”, lançado nos cinemas há exatos 40 anos, e do último filme do renomado diretor Vincent Carelli, “Adeus, Capitão” (2022). Fechando este vasto programa, há a série de entrevistas exclusivas com alguns dos diretores dos filmes exibidos e outras personalidades. A série está disponível online no canal YouTube da Mostra Ecofalante (https://www.youtube.com/mostraecofalante).

Este ano, o programa Panorama Internacional Contemporâneo está organizado a partir dos eixos Ativismo, Biodiversidade, Economia, Emergência Climática, Povos & Lugares e Trabalho. Dentre os destaques da programação, no eixo Ativismo está o longa premiado em Sundance “O Território”, de Alex Pritz, que mostra a luta do povo Uru-Eu-Wau-Wau pela posse de seu território. O Panorama traz ainda a sessão especial Sociedade & Redes, com o título “Geração Z”, de Liz Smith, tratando do impacto das redes sociais na formação dos jovens. Entre os filmes exibidos nos diversos eixos temáticos estão os indicados ao Oscar “Ascensão” e “Escrevendo com Fogo” (este também premiado em Sundance), além de filmes premiados nos festivais de Locarno (“Mil Incêndios”) e HotDocs (“Escola da Esperança” e “Ostrov – A Ilha Perdida”).

Still de “Writing with Fire”. Imagem: Black Ticket Films.

Da Competição Latino-Americana, participam o argentino “Esqui”, prêmio da crítica na seção Fórum do Festival de Berlim, e “A Montanha Lembra” (Argentina/México), ganhador da competição internacional de curtas do É Tudo Verdade. Competem ainda obras premiadas no Festival de Cannes (“Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci), no Bafici-Buenos Aires (“A Opção Zero”, uma coprodução Cuba/Colômbia) e no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (“Rolê – Histórias dos Rolezinhos”, de Vladimir Seixas, “Lavra”, de Lucas Bambozzi, e “Ocupagem”, de Joel Pizzini).

A Homenagem a Jacques Perrin (1941-2022), célebre ator e diretor francês, que atuou em dezenas de filmes, trabalhando com os mais renomados diretores de sua geração, traz ao público quatro de seus sucessos como diretor e/ou produtor. São filmes que exprimem sua preocupação com as causas ambientais. Em “Microcosmos” (1996), ele é produtor e narrador. Dentre os filmes que ele codirigiu, fazem parte desta homenagem “As Estações”, “Oceanos” e “Migração Alada”, este último indicado ao Oscar. A programação também inclui uma conversa entre a jornalista Flávia Guerra e o parceiro frequente de Perrin atrás das câmeras, Jacques Cluzaud. Ela faz parte da série de entrevistas exclusivas realizada pela Mostra Ecofalante este ano e que encontra-se disponível online.

A Homenagem a Sarah Maldoror se dá no marco dos 50 anos de “Sambizanga” (1972), obra-prima vencedora de dois prêmios no Festival de Berlim. O filme, sobre o movimento de libertação angolano, é o primeiro longa-metragem filmado na África por uma mulher. No ano passado, ele ganhou uma restauração em 4K dentro do projeto African Film Heritage, da Film Foundation, Fepaci e Unesco. Graças a essa iniciativa, o filme pode voltar a circular numa bela cópia, pronta para conquistar novos públicos. Essa versão é exibida no Brasil pela primeira vez na Mostra Ecofalante.

Still de “Ascension”.

Clássico, cult e considerado um marco do cinema de viés socioambiental, o documentário “Koyaanisqatsi”, de Godfrey Reggio, é um dos destaques das Sessões Especiais da Mostra Ecofalante, que celebra os 40 anos de seu lançamento. Tendo estreado no Festival de Berlim, este ensaio visual é o primeiro trabalho do diretor norte-americano Godfrey Reggio. O filme é uma crítica sobre o impacto da dita civilização e de seus padrões de consumo sobre o planeta e a natureza. Tem grande destaque sua trilha musical, assinada por Philip Glass, um dos compositores mais influentes do final do século 20.

Também entre as Sessões Especiais, está o último longa-metragem de Vincent Carelli, “Adeus, Capitão” (2022). Com registros colhidos ao longo de várias décadas, o filme fecha a trilogia iniciada com o premiado “Corumbiara” (2009) e que se seguiu com “Martírio” (2016). Codirigido por Tatiana “Tita” Almeida, o filme reflete sobre os males da aculturação nas populações indígenas do Brasil ao apresentar 70 anos de registros do povo Gavião, partindo do primeiro contato dos então isolados indígenas com os “kupên” (brancos).

Além da Competição Latino-Americana, outra seção competitiva da Mostra Ecofalante é o Concurso Curta Ecofalante. Ele reúne curtas-metragens cujos temas dialogam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e são assinados por alunos de instituições de ensino brasileiras. Participam produções de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Panorama Internacional Contemporâneo 

Reunindo em Porto Alegre um total de 24 longas-metragens, representando 21 países, o Panorama Internacional Contemporâneo está organizado em eixos temáticos. Os eixos Biodiversidade, Trabalho e Povos & Lugares são exibidos na Cinemateca do Capitólio; os eixos Emergência Climática, Economia e Sociedade & Redes acontecem na Cinemateca Paulo Amorim; o Cine Bancários exibe os eixos Ativismo e Economia.

Still de “Rolê”.

O documentário “Uma Vez Que Você Sabe” (2020), de Emmanuel Cappellin, é um dos destaques que integram o eixo Emergência Climática. Trata-se de um alerta: para um grupo de cientistas, a oportunidade de evitar mudanças climáticas catastróficas já passou. A obra, exibida em eventos na Itália, Reino Unido e Hong Kong, coloca a pergunta: como se adaptar ao colapso?

Vencedor do prêmio especial do júri e prêmio do público no Festival de Sundance, entre outras láureas, “O Território” (2022) fala da luta do povo indígena Uru-eu-wau-wau e de ativistas como Neidinha Suruí para proteger a terra indígena e a floresta da invasão por grileiros. Produzido por Daren Aronofsky (diretor de “Réquiem para um Sonho” e “Mãe!”), o filme é dirigido pelo norte-americano Alex Pritz e é parte do eixo Ativismo. Na mesma programação está “Escrevendo Com o Fogo” (2021), sobre o primeiro e único jornal diário da Índia dirigido por mulheres. Sua equipe tem quebrado paradigmas, ao figurar na linha de frente da cobertura de temas urgentes que atingem a região onde vivem, mas que também concernem o país, como crimes ambientais e violência de gênero. Dirigido por Rintu Thomas e Sushmit Ghosh, o filme foi vencedor do prêmio do público e prêmio especial do júri no Festival de Sundance, tendo ainda sido eleito como melhor documentário no Festival de São Francisco.

Dentre os destaques do eixo Biodiversidade está “Animal” (2021), a mais recente obra do diretor – e conhecido escritor – francês Cyril Dion, que conquistou reputação internacional com “Amanhã” (2015), documentário que levou mais de um milhão de franceses ao cinema. Aqui, ele aborda, a partir de dois jovens ativistas, uma geração convencida de que seu futuro está em perigo. O longa foi lançado no Festival de Cannes. Na mesma seção está “Birds of America” (2021), de Jacques Loeuille, selecionado para o Festival de Roterdã, na Holanda. O longa focaliza a obra do naturalista John James Audubon (1785-1851), que revolucionou o mundo da ornitologia com seu livro antológico “Birds of America”. É ainda um alerta ao mostrar o quanto nessa área foi perdido em um tempo relativamente curto pela industrialização, ganância e indiferença.

No eixo curatorial Economia, estão “Ascensão”, de Jessica Kingdon, e “A Rota do Mármore”, de Sean Wang. Indicado ao Oscar de melhor documentário, “Ascensão” (2021) oferece um impressionante retrato do “Sonho Chinês”, expressão cunhada pelo Secretário-Geral do Partido Comunista e presidente da China Xi Jinping. A obra expõe a busca paradoxal por riqueza e progresso na China do século 21. Já “A Rota do Mármore” (2021) percorreu os mais prestigiosos festivais internacionais de documentários – como IDFA-Amsterdã, Visions du Réel (Suíça), CPH:DOX (Dinamarca) e Hot Docs (Canadá). O documentário acompanha a odisseia do mármore branco, extraído em larga escala na Grécia e cujo consumo global é impulsionado pelo mercado interno chinês. É também uma investigação sobre o papel da China enquanto “compradora do mundo”.

Eleito como o documentário mais inovador do ponto de vista estético-formal da Semana da Crítica do Festival de Locarno, “Mil Incêndios” (2021), do cineasta palestino-britânico Saeed Taji Farouky, conta a história de uma família de Mianmar que pratica a extração manual de petróleo. A obra está incluída no eixo Povos & Lugares.

No eixo curatorial Trabalho, destacam-se duas produções. “The Gig Is Up: O Mundo É uma Plataforma” (2021) traz à tona as histórias dos trabalhadores por trás dos trabalhos da economia GIG, que engloba as formas de emprego alternativo. São milhões de pessoas atuando desde os serviços de entrega de comida e transporte por aplicativo até a marcação de imagens para a inteligência artificial. Dirigido pela canadense Shannon Walsh, o longa percorreu o circuito internacional de documentários, sendo exibido nos prestigiosos festivais IDFA-Amsterdã, Hot Docs (Canadá), CPH:DOX (Dinamarca) e Docufest (Kosovo). “Regresso a Reims (Fragmentos)”, documentário de montagem baseado no livro de Didier Eribon, é um elogiado estudo sociológico da classe trabalhadora francesa do pós-guerra. A atriz e ativista LGBTQIA+ Adèle Haenel (premiada no Festival de Berlim) é responsável pela interpretação dos textos incluídos no filme, que participou da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Seu diretor, Jean-Gabriel Périot, assinou 28 títulos a partir de 2000, incluindo “Nos Défaites” (2019), vencedor do Prêmio C.I.C.A.E. no Festival de Berlim.

No programa Sociedade & Redes, ainda do Panorama Internacional Contemporâneo, está “Geração Z” (2021), de Liz Smith. O filme examina como a revolução digital está impactando nossa sociedade, nosso cérebro e nossa saúde mental. E como as forças que a impulsionam estão trabalhando contra a humanidade e nos colocaram em uma trajetória perigosa que tem enormes ramificações para esta primeira geração crescendo com a tecnologia digital móvel.

Competição Latino-Americana

A Competição Latino-americana da 11ª Mostra Ecofalante de Cinema é exibida integralmente em Porto Alegre. São 35 títulos, sendo 15 longas e 20 curtas-metragens. Eles representam seis países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e México. Estão incluídos na lista dos exibidos os vencedores da seção: O Bem Virá (Melhor Longa-metragem pelo Júri), A Opção Zero (Menção Honrosa na categoria Longa-metragem), Rolê – Histórias dos Rolezinhos (Menção Honrosa na categoria Longa-metragem), Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões (Melhor Curta-metragem pelo Júri), Terra Nova (Menção Honrosa na categoria Curta-metragem).

Os longas-metragens dessa programação são:

“A Mãe de Todas as Lutas” (Brasil-RJ, 2021) – Susanna Lira

“A Opção Zero” (Cuba/Colômbia, 2020) – Marcel Beltrán

“A Praia do Fim do Mundo” (Brasil-CE, 2021) – Petrus Cariry

“Borom Taxi” (Argentina, 2021) – Andrés Guerberoff

“Cruz” (México, 2021) – Teresa Camou Guerrero

“Esqui” (Argentina, 2021) – Manque La Banca

“Husek” (Argentina, 2021) – Daniela Seggiaro

“Lavra” (Brasil-MG, 2021) – Lucas Bambozzi

“Muribeca” (Brasil-PE, 2020) – Alcione Ferreira e Camilo Soares

“Ninho” (“Nidal”, Chile, 2021) – Josefina Pérez-García e Felipe Sigala “O Bem Virá” (Brasil-PE, 2020) – Uilma Queiroz

“Panorama” (Brasil-SP, 2021) – Alexandre Leco Wahrhaftig

“Pobo ‘Tzu’ – Noite Branca” (México, 2021) – Tania Ximena e Yollotl Alvarado “Rolê – Histórias dos Rolezinhos” (Brasil-RJ, 2021) – Vladimir Seixas “Vai Acabar” (Argentina, 2021) – David Blaustein e Andrés Cedrón.

Já a relação dos curtas-metragens é a seguinte:

“0,2 Miligramas de Ouro” (Brasil-RJ, 2021) – Diego Quindere de Carvalho “A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Sua Roupa” (México, 2021) – Gabriel Herrera

“A Montanha Lembra” (Argentina/México, 2021) – Delfina Carlota Vazquez “Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio” (Brasil-SP, 2021) – Radhi Meron “Céu de Agosto” (Brasil-SP/Islândia, 2021) – Jasmin Tenucci

“Chichiales” (México, 2021) – José López Arámburo

“Curupira e a Máquina do Destino” (Brasil-AM/França, 2021) – Janaina Wagner “Flores da Planície” (México, 2021) – Mariana Xochiquétzal Rivera “Kaapora – O Chamado das Matas” (Brasil-BA, 2020) – Olinda Muniz Silva Wanderley “LOOP” (Argentina/Espanha, 2021) – Pablo Polledri

“Mar Concreto” (Brasil-RJ, 2021) – Julia Naidin

“Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku Usam Drone e Celular para Resistir às Invasões” (Brasil-PA, 2022) – Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi

“Montanha Dourada” (Brasil-AP, 2021) – Cassandra Oliveira

“Natureza Moderna” (Argentina/Colômbia, 2021) – Maia Gattás Vargas “O Elemento Tinta” (Brasil-SP, 2021) – Luiz Maudonnet e Iuri Salles “Ocupagem” (Brasil-SP, 2021) – Joel Pizzini

“Portugal Pequeno” (Brasil-RJ, 2021) – Victor Quintanilha

“Ser Feliz no Vão” (Brasil-RJ, 2020) – Lucas H. Rossi dos Santos

“Terra Nova” (Brasil-AM, 2021) – Diego Bauer

“Two-Spirit” (Colômbia, 2021) – Mónica Taboada-Tapia.

Homenagem a Jacques Perrin 

A 11ª Mostra Ecofalante de Cinema promove a homenagem ao ator e diretor francês Jacques Perrin, falecido no último mês de abril, aos 80 anos. Conhecido pelo papel de Totó em “Cinema Paradiso” (1988), Perrin participou de mais de 130 filmes e séries ao longo da carreira, incluindo uma indicação ao Oscar por “Z” (1969). Ele, no entanto, também se transformou em ardoroso defensor da natureza e foi responsável por produções que encantam amplas plateias mundo afora. Todos os três longas-metragens que dirigiu e um que produziu e narrou estão incluídos na programação do evento.

Exibido com sucesso na Mostra Ecofalante de Cinema em 2018, “As Estações” (2015) refaz a história da floresta europeia desde o final da última era glacial até nossos dias, abordando a questão das convulsões causadas pelas atividades humanas. Uma fascinante viagem pela natureza microscópica, “Microcosmos” (1996) foi produzido e narrado por Perrin. A obra foi vencedora do grande prêmio técnico no Festival de Cannes e do prêmio do público no Festival de Locarno.

Indicado ao Oscar de melhor documentário, “Migração Alada” (2001), uma codireção com Jacques Cluzaud e Michel Debats, acompanha a migração de diversas espécies de pássaros, de todos continentes do planeta. Já “Oceanos” (2009) revela diversos mistérios escondidos nas águas, hábitos de vida das criaturas marinhas e os perigos que as cercam. A Homenagem a Jacques Perrin será integralmente exibida na Cinemateca Paulo Amorim.

Homenagem a Sarah Maldoror 

Celebrando o cinquentenário de realização do longa-metragem “Sambizanga”, a Mostra Ecofalante de Cinema, em parceria com a Cinemateca do Capitólio, apresenta esta homenagem à cineasta francesa Sarah Maldoror (1929-2020). Considerada como a primeira mulher a dirigir um longa-metragem na África, ela é intitulada por muitos como “a mãe do cinema africano”. Sua obra é reverenciada como exemplo de cinema militante e, ao mesmo tempo, dotada de traços de grande singularidade. Com dezenas de obras audiovisuais realizadas no período de 1968 a 2009, entre eles quatro longas-metragens, sua carreira foi dedicada a valorizar e promover a perspectiva dos povos negros sobre a cultura e os acontecimentos históricos.

Nesta homenagem, são exibidos dois filmes de Maldoror. “Sambizanga” (1972), seu primeiro longa-metragem, realizado em Angola, no momento em que se organizava a resistência anticolonialista, teve cópia restaurada em 2021 sob os auspícios da Film Foundation, entidade voltada à preservação de filmes criada pelo diretor Martin Scorsese. É esta versão, exibida pela primeira vez no Brasil pela Mostra Ecofalante, que é projetada no evento.

O filme, baseado na obra de José Luandino Vieira, focaliza a figura de Domingos Xavier, operário angolano e ativista anticolonial que foi preso e torturado até a morte, em 1961, pela polícia política portuguesa. Durante a mostra e em parceria com a Cinemateca do Capitólio, é exibido ainda “Uma Sobremesa para Constance”, longa de 1981, realizado para a televisão, que retrata a vida de imigrantes africanos na capital francesa, abordando a marginalização econômica e cultural dessas comunidades.

Concurso Curta Ecofalante 

A seção competitiva Concurso Curta Ecofalante inclui produções de alunos de ensino superior, ensino médio, cursos técnicos e cursos livres de cinema. As temáticas de todos os filmes estão relacionadas a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas para tornar as cidades mais inclusivas e sustentáveis. A programação é composta por 15 títulos, incluindo os vencedores deste ano “Yãy Tu Nunãhã Payexop: Encontro de Pajés” (Melhor Filme do Concurso Curta Ecofalante pelo Júri) e “Quem Saiu Para Entrega?” (Menção Honrosa do Concurso Curta Ecofalante pelo Júri).

As 15 obras da programação são:

* “[O Vazio Que Atravessa]” (Brasil-SP, 2021) – Fernando Moreira

* “Como Respirar Fora d’Água” (Brasil-SP, 2021) – Júlia Fávero e Victoria Negreiros * “Crescer Onde Nasce o Sol” (Brasil-PE, 2021) – Xulia Doxágui

* “Elos Positivos” (Brasil-SP, 2021) – Eduardo Oliveira

* “Lua, Mar” (Brasil-SP, 2021) – Agua

* “Meu Arado, Feminino” (Brasil-MG, 2021) – Marina Polidoro Marques * “Não Me Chame Assim” (Brasil-SP, 2020) – Diego Migliorini

* “Neguinho” (Brasil-RJ, 2020) – Marçal Vianna

* “O Abebé Ancestral” (Brasil-BA, 2020) – Paulo Ferreira

* “O Andar de Cima” (Brasil-SP, 2021) – Tomás Fernandes da Silva * “Okofá” (Brasil-SP, 2021) – Pedro Henrique Martins, Rafael Rodrigues, Daniela Caprine, Mariana Bispo e Thamires Case

* “Papa-Jerimum” (Brasil-RN, 2021) – Harcan Costa e Clara Leal

* “Quem Saiu Para Entrega?” (Brasil-SC, 2021) – Evaldo Cevinscki Neto, Leonardo Roque Machado e Paula Roberta de Souza

* “Tá Foda” (Brasil-RS, 2020) – Aline Golart, Denis Souza, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Ligia Torres e Victoria Sugar

* “Yãy Tu Nunãhã Payexop: Encontro de Pajés” (Brasil-MG, 2021) – Sueli Maxakali.

Circuito Universitário 

Fiel à sua missão de difundir as potencialidades da linguagem cinematográfica para sensibilizar e conscientizar as novas gerações para as questões socioambientais, a Mostra Ecofalante também prevê que seus filmes estejam presentes em um circuito universitário.

As instituições que recebem o evento são UFRGS, IFRS, PUC-RS e Senac. A programação da Sala Redenção, da UFRGS, tem lugar de 25 de agosto a 13 de setembro. No IFRS, as sessões acontecem de 30 de agosto a 9 de setembro. Nos demais locais, os períodos de projeção ainda devem ser confirmados.

Todas as sessões do Circuito Universitário são gratuitas. As sessões na Sala Redenção são abertas ao público. Já as sessões que acontecem nos demais locais são abertas apenas para a comunidade universitária.

Os filmes exibidos nesse contexto fazem parte do Programa Ecofalante Universidades, que tem como objetivo levar obras audiovisuais de impacto para dentro das instituições de ensino. O programa conta com uma plataforma gratuita de filmes (https://play.ecofalante.org.br/) disponíveis para educadores e professores. Todo educador vinculado a uma instituição de ensino pode se cadastrar, visionar filmes e agendar sessões gratuitas para seus alunos por meio do site.

Especial Infantil 

Como parte da 11ª Mostra Ecofalante de Cinema, a Cinemateca do Capitólio e a Mostra Ecofalante exibem, dentro da Sessão Vagalume, a animação “Zarafa” (2013), sobre a amizade de um homem com uma girafa. O filme tem classificação indicativa livre.

A Sessão Vagalume é uma ação do Programa de Alfabetização Audiovisual, braço educativo da Cinemateca Capitólio. Ela acontece periodicamente e tem por objetivo possibilitar a experiência do cinema para crianças e jovens a partir de uma programação diversificada e plural.

Série de entrevistas exclusivas online 

A programação do evento inclui ainda uma série de entrevistas exclusivas com realizadores e protagonistas dos filmes “Geração Z”, “Animal”, “Uma Vez Que Você Sabe”, “Lavra”, “Rolê – Histórias dos Rolezinhos”, “Demônios Invisíveis, “A Rota do Mármore”, “A Mãe de Todas as Lutas”, “A Praia do Fim do Mundo”, “O Bem Virá” e “Muribeca”, além de Jacques Cluzaud, co-realizador dos filmes de Jacques Perrin, e de Annouchka de Andrade, produtora cultural e filha da diretora Sarah Maldoror. As entrevistas são conduzidas pela documentarista e jornalista Flávia Guerra e, na série Ecofalante/WWF-Brasil, pelas jornalistas Marcela Fonseca e Gabriela Yamaguchi.

Todas as informações sobre exibições e demais atividades do evento poderão ser encontradas na plataforma Ecofalante: www.ecofalante.org.br.

A Mostra Ecofalante de Cinema em sua itinerância a Porto Alegre é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Ela tem apoio da IHS Brasil e é uma realização da Ecofalante, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural.

Serviço: 

11ª Mostra Ecofalante de Cinema – Porto Alegre 

Período: de 24 de agosto a 13 de setembro

Entrada gratuita em todas as atividades do evento

apoio: IHS Brasil 

produção: Doc & Outras Coisas 

coprodução: Química Cultural 

realização: Ecofalante, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo 

Salas (endereços) 

Cinemateca do Capitólio: R. Demétrio Ribeiro, 1085 – Centro Histórico, Porto Alegre; Cinemateca Paulo Amorim: R. dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre; Cine Bancários: R. Gen. Câmara, 424 – Centro Histórico, Porto Alegre- RS; Sala Cine Redenção: Av. Paulo Gama, 110 – Farroupilha, Porto Alegre; Circuito universitário (PUC-RS, IFRS e Senac).

redes sociais:

www.facebook.com/mostraecofalante

www.twitter.com/mostraeco

www.youtube.com/mostraecofalante

www.instagram.com/mostraecofalante.

(Fonte: ATTi Comunicação e Ideias)

Casa Museu Ema Klabin realiza nova edição do Bazar da Cidade

São Paulo, por Kleber Patricio

Painel de parede Ivone Rigobello. Foto: divulgação.

Nos dias 27 e 28 de agosto acontece o Bazar da Cidade na Casa Museu Ema Klabin, no Jardim Europa, em São Paulo. Mais de 60 expositores participam do Bazar que já se consolidou como um espaço de articulação de artesãos, artistas e produtores independentes de várias regiões do país. O evento acontecerá uma vez por mês até dezembro e tem entrada franca.

Uma diversidade de produtos estará à venda: desde roupas de diversos designers, óculos com madeira de reaproveitamento, joias autorais, artesanato indígena, quilombolas, peças com identidade afro-brasileira, produtos ecológicos, jogos, brinquedos em madeira, artigos de casa, decoração e até peças de arte.

A gastronomia também está na programação, com produtos artesanais para levar para casa ou se deliciar no jardim da Casa Museu, projetado por Roberto Burle Marx. São massas, antepastos, queijos de leite de ovelha, quiches, hambúrguer recheado com cupim desfiado, cervejas artesanais, doces diversos, cafés especiais, couscous marroquino e comida árabe, entre outros.

Cerâmica Wauja Aldeia Álamu Povo Waurá – Território Indígena do Xingu. Foto: divulgação.

Além de delícias, o bazar traz ainda muitas histórias curiosas de produtores independentes, como um empório cujo proprietário resgatou antigas receitas de alimentos em conserva de sua avó romena, que veio refugiada para o Brasil por ocasião da invasão da então União Soviética.

Programação Cultural

Atrações para toda a família estão programadas durante o evento. O saxofonista Marco Melito apresenta seu repertório que passeia pelo jazz instrumental contemporâneo nos dois dias do evento. No sábado, 27, às 16h e 17h30 e no domingo, 28, às 15h e às 16h30. No sábado, às 16h, haverá também uma palestra com Nininha Campedelli sobre prazer feminino.

Para quem gosta de artesanato, no sábado e no domingo, acontecerão oficinas de estamparia com Ivone Rigobello, às 15h, e oficinas de massinha para crianças, às 14h30 e às 16h.

Resíduo zero

A Casa Museu Ema Klabin e o Bazar da Cidade fecharam uma parceria com a Eccaplan, consultoria especializada em sustentabilidade, que fará o gerenciamento de resíduos do evento, seguindo as exigências do selo “sou resíduo zero”.

Gastronomia de diversos países estará presente. Foto: divulgação.

“Estamos muito contentes com esta parceria. A preocupação com o meio ambiente está na origem da Casa Museu Ema Klabin e o jardim projetado por Burle Marx é ideal para atividades de contemplação e educação ambiental. Nas edições do Bazar da Cidade, além de lixeiras para a separação dos resíduos e o envio dos recicláveis para uma cooperativa, a Eccaplan cuidará também da triagem dos resíduos orgânicos e sua destinação para um pátio de compostagem. A cada dia, um educador ambiental circulará pelo evento, orientando o descarte correto dos resíduos”, explica Fernanda Guimarães, superintendente da Casa Museu Ema Klabin.

Visitas livres ao Museu

Durante o Bazar da Cidade, o público ainda poderá visitar a Casa Museu Ema Klabin. A residência onde viveu Ema Klabin de 1961 a 1994 é uma das poucas casas museus de colecionador no Brasil com ambientes preservados e conta com uma rica coleção de arte, incluindo pinturas do russo Marc Chagall (1887-1985) e do holandês Frans Post (1612-1680), além de artes decorativas e peças arqueológicas.

Serviço:

Bazar da Cidade na Casa Museu Ema Klabin

27 e 28 de agosto

24 e 25 de setembro

22 e 23 de outubro

26 e 27 de novembro

17 e 18 de dezembro

Sábados das 11h às 20h, domingos das 11h às 18h

Entrada franca

Rua Portugal, 43, Jardim Europa, São Paulo (SP)

Instagram Bazar da Cidade: @bazardacidade

Instagram Casa Museu Ema Klabin: @emaklabin

Facebook: https://www.facebook.com/fundacaoemaklabin

Twitter: https://twitter.com/emaklabin

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/emaklabin

YouTube: https://youtube.com/emaklabin

Vídeo institucional: https://www.youtube.com/watch?v=ssdKzor32fQ

Vídeo de realidade virtual: https://www.youtube.com/watch?v=kwXmssppqUU

Site: https://emaklabin.org.br/.

(Fonte: Midia Brazil Comunicação)

Consumo de água em Indaiatuba supera média do estado

Indaiatuba, por Kleber Patricio

Economia no consumo de água minimiza os problemas com a escassez hídrica. Foto: Arquivo/DCS/SAAE.

O consumo diário per capita de água em Indaiatuba figura entre os mais altos do Estado de São Paulo, segundo informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Diagnósticos (SNIS) do Ministério do Desenvolvimento Regional. Com base nos dados enviados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), o SNIS utiliza uma fórmula própria onde o cálculo é baseado no consumo total, incluindo comercial, industrial e doméstico (maior consumo). Com uma população de 253 mil habitantes, o município teve média de 202 litros por pessoa por dia e supera a média do estado, que é de 176 litros, e do Brasil, que é de 152 litros/pessoa/dia. A ONU (Organização das Nações Unidas) considera suficientes 110 litros de água por pessoa.

O Consórcio PCJ (Consórcio formado pelos municípios das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) tem alertado sobre as consequências da estiagem, que poderá ainda, ser muito mais severa.  A gerente técnica do Consórcio PCJ, Andréa Borges, divulgou que a média de consumo na região é de 187 litros por dia; portanto, mais alta que a do o estado de uma maneira geral. Ela também alertou para uma piora na oferta de água para a população, que normalmente só começa a se preocupar quando falta.

A gerente técnica atentou para o fato de se tratar de uma região de escassez hídrica, com pouca água para todos os usos – doméstico, industrial, comercial, agrícola. Para ela, é fundamental que cada um faça a sua parte, já que o maior consumo de água de toda a nossa bacia é doméstico.

Em Indaiatuba não foram necessárias condutas drásticas como a adoção do “rodízio de abastecimento”, prática que foi implementada por cidades da região. Para que isso seja evitado, é constantemente solicitadas a colaboração e a atenção da população quanto ao uso consciente da água. A economia no consumo de água tratada minimiza os problemas com a escassez hídrica, aumentando a vida útil dos mananciais, uma vez que se reduz o volume de água a ser captada e tratada, o volume de esgotos a serem coletados e tratados e o consumo de energia elétrica e produtos químicos.

Além disso, nos últimos anos, Indaiatuba investiu em projetos e obras que possibilitaram enfrentar os períodos de stress hídrico com mais segurança do que outras cidades da região.

O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE), autarquia responsável pelo abastecimento da cidade, mantém ações contínuas de combate às perdas de água no sistema de distribuição, recuperação de nascentes e desassoreamentos para aumentar a oferta de água, além de campanhas de economia e conscientização sobre o uso racional da água, e enfatiza as campanhas em períodos de estiagem. Além disso, a autarquia desenvolve programas de Educação Ambiental acessível por todas as camadas da população, como o “Na Trilha da Águas” e possui um moderno centro de educação sobre o assunto: o Museu da Água.

DICAS PARA ECONOMIZAR ÁGUA

– Use vassoura e balde para lavar áreas comuns. Evite usar mangueira;

– Diminua o tempo do banho;

– Evite lavar o carro e, se o fizer, utilize balde e não mangueira;

– Não dê descarga à toa e não utilize o sanitário como lixeira;

– Molhe plantas pela manhã ou à noite: nos horários mais quentes, as plantas absorvem mais água. Troque a mangueira pelo regador;

– Ao lavar a louça, feche a torneira enquanto ensaboa a louça e deixe para enxaguar tudo no final;

– Fique muito atento aos vazamentos, pois eles podem passar despercebidos e são um dos grandes vilões do desperdício;

– Feche as torneiras para escovar os dentes e se barbear;

– Não jogue óleo na pia: um litro de óleo contamina até 400 mil litros de água;

– Descongele alimentos na geladeira – não use água corrente;

– Cozinhe legumes em pouca água – dessa forma, ela vai ferver mais rápido e você economiza gás também.

(Fonte: SAAE Indaiatuba)