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Escola de Dança de São Paulo apresenta espetáculo “Lampião Lá do Sertão” no Teatro Sérgio Cardoso

São Paulo, por Kleber Patricio

“Lampião, lá do sertão”, da Escola de Dança de São Paulo, será apresentado no Teatro Sérgio Cardoso no dia 30 de agosto, terça-feira, 16h30 e 20h. O espetáculo conta a história de Lampião e Maria Bonita, personagens do sertão de Pernambuco, em versão voltada para o público infantil.

O trabalho é baseado no texto em formato de cordel, obra de Mariane Bigio, “Lampião, lá do sertão”, e adaptado para dança pela equipe da Edasp (Escola de Dança de São Paulo), sob direção de Cristiana de Souza, coordenadora artística da Escola.

Com figurinos e trilha sonora inspirados na época, a narrativa é apresentada pelo contador de história, que traz as danças e personagens, colocando em cena dança contemporânea, jogos e acrobacias, danças brasileiras, balé clássico e música.

Ficha técnica:

Concepção e Direção Artística: Cristiana de Souza

Assistentes Artísticas: Luciana Rizzo e Yeda Peres

Autoria do texto: Mariane Bigio

Autoria do texto de abertura: Gabriel Bueno

Coreografias e Produção: Escola de Dança de São Paulo

Light Designer: Estação da Luz | Joyce Drumond

Realização: Secretaria Municipal de Cultura | Fundação do Theatro Municipal | Escola de Dança de São Paulo.

Serviço:

Lampião Lá do Sertão

Dia 30 de agosto, terça-feira, 16h30 e 20h

Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Nydia Lícia

Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo (SP)

Capacidade: 827 lugares (819 lugares e 8 espaços de cadeirantes)

Duração: 50 minutos

Classificação: Livre

Ingressos:

R$10,00 (inteira) /R$5,00 (meia-entrada)

Vendas pelo site da Sympla.

(Fonte: Pevi)

“AMÉFRICA: Em Três Atos”, do Coletivo Legítima Defesa, elabora confluências negras e indígenas

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Cristina Maranhão.

No termo cunhado pela intelectual negra mineira Lélia Gonzalez, ‘amefricanidade’ é a experiência comum de mulheres e homens negros na diáspora e à experiência de mulheres e homens indígenas contra a dominação colonial. O tema se refere às sabedorias e às experiências negras e indígenas no continente americano, se aproximando ao quilombismo de Abdias Nascimento. O conceito de Lélia serve de livre inspiração e as artes de Abdias disparam a iconografia do novo espetáculo do coletivo Legítima Defesa, “AMÉFRICA: Em Três Atos”, tem estreia e temporada no Teatro do SESC Pompeia, de 18 de agosto a 18 de setembro de 2022 –quintas, sextas e sábados às 20h, e domingos às 18h. Os ingressos custam de R$12 a R$40.

A realização é do Coletivo Legítima Defesa e convidades e tem a direção de Eugênio Lima. No palco estão os integrantes do coletivo – Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Gilberto Costa, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Nádia Bittencourt, Eugênio Lima, Luan Charles e Marcial Macome –, além da atriz convidada Janaína Silva e da participação (em vídeo) de Hukena Yawanawa e Antônio Pitanga.

No espetáculo, o Coletivo Legítima Defesa elabora de forma poética e política as confluências negras e ameríndias e seus desdobramentos sociais e históricos no Brasil. As trajetórias negras e indígenas em diálogo e em confluências permitem criar alianças a partir de seus próprios legados, trazendo à tona narrativas soterradas pela herança colonial.

No dia 3 de setembro, das 16h às 18h, acontece uma Roda de Conversa Afropindorâmica (Confluência na Retomada) na Área de Convivência da unidade. Participam Cacique Babau, Antônio Nego Bispo, Tereza Onã e Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe, com a mediação de Eugênio Lima e Majoí Gongora.

Os Atos

Em três atos, “AMÉFRICA” tem uma narrativa fragmentada, porém complementar. O Ato 1: A Cicatriz Tatuada, que tem dramaturgia de Claudia Schapira, é um filme online que deverá ser visto previamente pelo espectador. O Ato 2: A Retomada, é uma peça-intervenção e foi escrita por Aldri Anunciação. O Ato 3: A Tempestade é assinado por Dione Carlos, e é uma intervenção performática, contra-narrativa, que une videoinstalação, música, dança, mixtape, teatro e performance.

Fazem parte da peça, ainda, intervenções em vídeo, com reproduções de falas de intelectuais e artistas, além de diálogos com outros artistas, como Jairo Pereira e Thereza Morena e coletivos de teatro (Espiralar Encruza e O Bonde).

“A ideia de ‘Confluência na Retomada’ é a própria metáfora do espetáculo; nossa função é localizá-la num espaço onde se revelam as tensões da nossa sociedade, na qual negros e indígenas ainda lutam para escapar do genocídio e do racismo estrutural, procurando recuperar a dignidade e a liberdade num sistema colonial que se atualiza constantemente”, explica o diretor Eugenio Lima.

Este projeto foi contemplado pela 13ª Edição do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

Roda de Conversa

No início de 2022, os curadores Majoí Gongora e Eugênio Lima conversaram com convidados de diferentes gerações de lideranças e artistas ameríndios. Foram três painéis de discussão sobre as questões relacionadas às sabedorias e às experiências ameríndias e quilombolas no continente americano, com transmissão online – os vídeos podem ser vistos em youtube.com/c/ColetivoLegitimaDefesa.

Os encontros inspiraram a dramaturgia cênica, trazendo à tona trajetórias negras e indígenas a partir de seus próprios legados. Assim, as rodas foram uma amostra de outros imaginários possíveis sobre as experiências negras e ameríndias no Brasil, revelando narrativas soterradas pela herança colonial.

Com a estreia da temporada de “AMÉFRICA: Em Três Atos”, o Legítima Defesa retoma a troca, desta vez presencial. O evento acontece no dia 3 de setembro, sábado, às 16h, no SESC Pompeia – a entrada é livre.

Participam: Cacique Babau (liderança dos Tupinambá da Serra do Padeiro), Antônio Nêgo Bispo (morador do Quilombo do Saco-Curtume, no Piauí, uma das principais vozes do pensamento quilombola no Brasil), Tereza Onã (mulherista pan africana) e Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe (liderança indígena), com a mediação de Eugênio Lima e Majoí Gongora.

Sinopse | O espetáculo “AMÉFRICA: Em Três Atos” fundamenta-se em uma narrativa épica/ fantástica criada a partir de histórias diversas sobre personagens presentes nos levantes históricos, nas cosmovisões e nas narrativas negras e indígenas, incluindo as diferentes práticas rituais e literaturas orais existentes no país. A partir da noção de Amefricanidade, cunhada por Lélia Gonzalez, do Conceito-ação de Retomada, dos Tupinambás da Serra do Padeiro e do Conceito de Confluência, elaborado por Antônio “Nego Bispo”, serão feitos contrapontos aos personagens da história oficial colonial no continente americano.

Ficha Técnica

Direção: Eugenio Lima

Dramaturgia: Claudia Schapira, Aldri Anunciação e Dione Carlos

Intervenção Dramatúrgica: Coletivo Legítima Defesa

Com a participação: Frantz Fannon, Racionais MCs, Lélia Gonzalez, Aimé Cesarie, Maurinete Lima, Neusa Santos Sousa, bell hooks, W. E. B. Du Bois, Amílcar Cabral, William Shakespeare, Silvia Federici, Eliane Brum, Yina Jiménez Suriel, Robin DiAngelo, Célia Xakriabá, Renata Tupinambá, Denilson Baniwa, Ailton Krenak e Samora Machel

Elenco Legítima Defesa: Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Gilberto Costa, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Nádia Bittencourt, Eugênio Lima, Luan Charles e Marcial Macome

Atriz convidada: Janaína Silva

Convidados: Hukena Yawanawa e Antônio Pitanga (em vídeo)

Retomadas: Coletivo O bonde, Jairo Pereira, Thereza Morena e Espiralar Encruza (em vídeo)

Convidados: Edivan Fulni-ô e Renata Tupinambá

Consultoria Artística: Renata Tupinambá

Consultoria em culturas ameríndias: Majoí Gongora

Produção Executiva: Gabi Gonçalves_Corpo Rastreado e Iramaia Gongora_Umbabarauma Produções Artísticas

Direção Musical: Eugênio Lima

Vídeografia: Bianca Turner e Mônica Ventura

Iluminação: Matheus Brant

Cenário: Iramaia Gongora

Figurino: Claudia Schapira

Música: Eugênio Lima, Neo Muyanga, Luan Charles e Roberta Estrela D’Alva

Vídeo: Ana Júlia Trávia, Matheus Brant e Cristina Maranhão

Direção de gesto e Coreografia: Luaa Gabanini

Spoken Word: Roberta Estrela D’Alva

Fotografia: Cristina Maranhão

Tradução Tupi Guarani: Luã Apyká , etnia Tupi Guarani, aldeia Tabaçu Rekoypy -SP

Design: Sato do Brasil

Artistas Convidadas: Juliana Munduruku e Marcely Gomes

Assistência de Direção: Gabriela Miranda e Iramaia Gongora

Assistência de Produção: Thaís Cris e Thaís Venitt_ Quica Produções

Músicos: Eugênio Lima e Luan Charles

Cenotécnico: Wanderley Wagner

Desenho de som: Eugênio Lima

Engenharia de som: João Souza Neto, Clevinho Souza e Nick Guaraná

Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa

Voz Off: Sandra Nanayna, Maurinete Lima, Dorinha Pankará, Hukena Yawanawa e Cacique Babau

Parceiros: Márcio Goldmann, Casa do Povo, Próxima Cia, Sandra Nanayna, Karine Narahara, Dorinha Pankará, Antônio Bispo, Naine Terena, Edivan Fulni-ô, Cacique Babau e Geni Nuñez.

Sobre o Legitima Defesa

Coletivo de artistas, atores e atrizes, DJs e músicos, de ação poética, portanto política, que tem como foco a reflexão e representação da negritude, seus desdobramentos sociais históricos e seus reflexos na construção da persona negra no âmbito das linguagens artísticas, constituindo desta forma um diálogo com outras vozes poéticas que tenham a negritude como tema e pesquisa.

Legítima Defesa é um ato de guerrilha estética que surge da impossibilidade, da restrição, da necessidade de defender a existência, a vida e a poética. Formado por: Eugênio Lima, Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Gilberto Costa, Jhonas Araújo, Tatí de Tatiana, Fernando Lufer, Luiz Felipe Lucas, Luan Charles e Marcial Macome.

Histórico

Formado em 2015, o Coletivo Legítima Defesa apresentou a performance poético-política “Em Legítima Defesa na MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo”, de 2016. Em 2017, estreou o espetáculo “A Missão em Fragmentos: 12 Cenas de Descolonização em Legítima Defesa” também na programação da MITsp. Tem em sua bagagem uma série de intervenções urbanas, como “Racismo é Golpe?” e “Um rosto à procura de um nome”. Em 2019, estreou o espetáculo “Black Brecht – E se Brecht fosse negro?”, projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato, considerado pelo Guia da Folha como um dos mais relevantes ano de 2019.

O Coletivo vem provocando diversas imersões poéticas em lugares onde a presença negra é ausente, tais como MASP, Pinacoteca e Bienal de São Paulo, entre outros.

Entre as suas diversas parcerias, cabe destacar a realizada com o músico e performer sul-africano Neo Muyanga. Além das colaborações em A Missão em Fragmentos: 12 Cenas de Descolonização em Legítima Defesa e em Black Brecht – E se Brecht fosse negro? também estiveram juntos, Coletivo e Muyanga, na performance para a 34ª Bienal de São Paulo, A Maze in Grace, em 2020.

Serviço:

“AMÉFRICA: Em Três Atos, do Coletivo Legítima Defesa”

De 18 de agosto a 18 de setembro de 2022

Temporada: quintas, sextas e sábados às 20h, e domingos às 18h

SESC Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP

Ingressos: R$12 (credencial plena), R$20 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); e R$40 (inteira)

Classificação indicativa: 14 anos

Duração: 125 minutos (com intervalo)

Roda de Conversa

Afropindorâmica (Confluência na Retomada)

Área de Convivência da unidade

3 de setembro, sábado, às 16h

Com Cacique Babau, Antônio Nego Bispo, Tereza Onã e Agnaldo Pataxó Hã Hã Hãe – mediação de Eugênio Lima e Majoí Gongoram

Grátis

Protocolos de segurança

O uso da máscara, cobrindo boca e nariz, é recomendado. Se você apresentar os sintomas relacionados à Covid-19, procure o serviço de saúde e permaneça em isolamento social.

Para informações sobre outras programações, acesse o portal: sescsp.org.br/pompeia

Acompanhe:

instagram.com/sescpompeia

facebook.com/sescpompeia

twitter.com/sescpompeia

Para credenciamento, encaminhe pedidos para imprensa.pompeia@sescsp.org.br.

(Fonte: Assessoria de Imprensa SESC Pompeia)

Vencedor de dois prêmios em Sundance, “O Território” estreia nos cinemas brasileiros no dia 8 de setembro

São Paulo, por Kleber Patricio

Neidinha Bandeira, ativista ambiental, toma banho em um rio na floresta amazônica. Crédito: Alex Pritz/Amazon Land Documentary.

A National Geographic Documentary Films e a O2 Play anunciam que “O Território”, premiado documentário de estreia do diretor Alex Pritz, estará disponível nos cinemas brasileiros a partir de 8 de setembro e faz parte da mostra Mês Amazônia no CineSesc.

Produzido pelo cineasta indicado ao Oscar® Darren Aronofsky, pelo indicado ao Oscar® e vencedor do Emmy Sigrid Dyekjær (“A Caverna”), Will N. Miller, Gabriel Uchida, Lizzie Gillett e Pritz, com produção executiva da ativista Txai Suruí, com trilha sonora original de Katya Mihailova e edição de Carlos Rojas Felice, o filme é uma coprodução com a comunidade indígena Uru-eu-wau-wau.

Vencedor de mais de dez prêmios internacionais e com 95% de aprovação no Rotten Tomatoes, “O Território”, fornece um olhar imersivo sobre a luta incansável dos povos indígenas Uru-Eu-Wau-Wau da Amazônia contra o desmatamento invasor trazido por agricultores e colonos ilegais. Com uma cinematografia inspiradora mostrando a paisagem e um design de som ricamente texturizado, o filme leva o público para dentro da comunidade Uru-Eu-Wau-Wau e oferece acesso sem precedentes aos agricultores e colonos que queimam e desmatam ilegalmente a terra indígena protegida.

Cartaz do filme.

Parcialmente filmado pelo povo Uru-Eu-Wau-Wau, o filme se baseia em imagens reais capturadas ao longo de três anos, enquanto a comunidade arrisca suas vidas para montar sua própria equipe de mídia na esperança de expor a verdade. “Este filme apresenta uma realidade que precisa ser exposta. Estamos felizes com a relevância e o alcance que essa produção está adquirindo”, comenta Alex Pritz. “Em todos os lugares onde levamos ‘O Território’, todos foram impactados e se sensibilizaram pela situação que os Uru-eu-wau-wau vivenciam. Tenho certeza de que, em sua estreia no Brasil, o efeito do filme será maior e mais poderoso ainda”, declara o diretor.

“Todo barulho que estamos conseguindo fazer com o filme mostra que estamos superando uma herança de apagamento e marginalização. Nós já estávamos registrando nossa vida e nosso cotidiano para nos preservar e agora estamos fazendo estas imagens e essa história chegarem a lugares que nem imaginávamos poder alcançar”, declara Bitaté Uru-eu-wau-wau, o jovem líder do Uru-eu-wau-wau em “O Território”.

O filme, que teve seu lançamento mundial na competição World Cinema em Sundance 2022, ganhou o Prêmio do Público e o Prêmio Especial do Júri, tornando-o o único filme do evento a ganhar prêmios do público e do júri. Muitos outros se seguiram, incluindo o True/False True Life Fund Recipient 2022, o CPH:DOX Special Menção do Júri, o Netherlands’ Movies That Matter Activist Documentary Award, o Seattle International Film Festival Golden Space Needle Award de Melhor Documentário, o Philadelphia Environmental Prêmio do Público do Festival de Cinema, o Prêmio Documentário John Schlesinger do Festival Internacional de Cinema de Provincetown, o Prêmio de Melhor Categoria Planeta Sustentável do Festival Internacional de Cinema de Vida Selvagem e o Prêmio Melhor do Festival, o Prêmio DocsBarcelona Anistia Internacional da Catalunha e o Prêmio MountainFilm Minds Moving Mountains.

“O Território” foi feito pela Documist, pela Associação Jupaú do Povo Uru-Eu-Wau-Wau, Real Lava, e pela três vezes vencedora do Oscar® Passion Pictures e Protozoa Pictures, em parceria com TIME Studios e XTR com apoio da Luminate e Doc Society .

A National Geographic Documentary Films lançou anteriormente o vencedor do Oscar®, do BAFTA e de sete prêmios Emmy “Free Solo” e o filme indicado ao Oscar® “The Cave”. Em 2021, lançaram “Becoming Cousteau”, “Fauci”, “The First Wave”, “The Rescue” e “Torn”. Outros filmes aclamados pela crítica incluem “Rebuilding Paradise”, de Ron Howard; vencedores do Sundance Audience Award “Science Fair” e “Sea of Shadows”; os vencedores do Emmy “LA 92” e “Jane”, ambos incluídos nos 15 principais documentários considerados para um Oscar® em 2017; e vencedor do Prêmio Dupont “Inferno na Terra: A Queda da Síria e a Ascensão do Isis”.

Mais informações sobre o filme

Desde que os Uru-eu-wau-wau foram contatados pela primeira vez pelo governo brasileiro em 1981, seu território se tornou uma ilha verde de floresta tropical cercada por fazendas e áreas invadidas – resultado de quatro décadas de desmatamento descontrolado. A comunidade enfrenta incursões ambientalmente destrutivas e muitas vezes violentas por não nativos que buscam explorar a terra. Os ataques para extração ilegal de madeira e desmatamento tornaram-se mais frequentes e mais descarados ao longo dos últimos anos.

Nas aldeias Uru-eu-wau-wau há menos de 200 pessoas, incluindo idosos e crianças, para defender quase 1.867,117 hectares de floresta tropical. Nos limites do território demarcado, uma rede de agricultores se organiza para alcançar suas reivindicações através de meios legais, enquanto grileiros começam a desmatar trechos de floresta tropical por conta própria. Com a sobrevivência da comunidade em jogo, Bitaté Uru-eu-wau-wau e Neidinha Bandeira – um jovem líder indígena e sua mentora – devem encontrar novas maneiras de proteger a floresta tropical de invasores. Mas, em vez de depender de outros para contar sua história, os Uru-eu-wau-wau assumem o controle da narrativa e criam sua própria equipe de mídia para trazer a verdade ao mundo.

Confira os prêmios de “O Território”:

Festival Sundance de Cinema (EUA) – Prêmio do Público de Documentário na categoria internacional – Prêmio Especial do Júri de Obra Documental | CPH:DOX (Dinamarca) – Menção especial na categoria F:ACT | Filmes que Importam (Holanda) – Prêmio de Documentário Ativista | Festival de Cinema Ambiental da Filadélfia (EUA) – Prêmio do Público | Festival Internacional de Filmes sobre Vida Selvagem (EUA) – Prêmio de Melhor Filme / Prêmio na categoria Melhor Planeta Sustentável | Festival de Filmes True/False (EUA) – Prêmio na categoria Fundo da Vida Real | Festival Internacional de Filmes de Seattle – Prêmio Golden Space Needle de Melhor Documentário | Prêmio DocsBarcelona – Anistia Internacional da Catalunha | Prêmio MountainFilm – Prêmio Moving Mountains | Festival de Filmes de Provincetown (EUA) – Prêmio de Documentário John Schlesinger | Sheffield DocFest (UK) – Prêmio Tim Hetherington / Menção do Júri | Festival Internacional de Cine Medioambiental de Canarias (FICMEC) – Melhor Documentário.

Ficha Técnica

“O Território”

(Brasil/Dinamarca/Estados Unidos, 2022)

Documentário

Direção: Alex Pritz

Produção: Darren Aronofsky, Sigrid Dyekjær, Will N. Miller, Gabriel Uchida, Lizzie Gillett, Alex Pritz

Produção executiva: Carolyn Bernstein, Ari Handel, Brendan Naylor, Dylan Golden, Txai Suruí, Tejubi Uru-eu-wau-wau, Potei Uru-eu-wau-wau, Jack Weisman, Danfung Dennis, Alexandra Johnes, Rebecca Teitel, Loren Hammonds, Bryn Mooser, Kathryn Everett, Justin Lacob, Rafael Georges, Felipe Estefan, Andrew Ruhemann, Romain Bessi, Philippe Levasseur

Sound Design: Rune Klausen, Peter Albrechtsen MPSE

Trilha Sonora: Katya Mihailova

Fotografia: Alex Pritz e Tangãi Uru-Eu-Wau-Wau

Edição: Carlos Rojas Felice

83 minutos.

Serviço:

“O Território” – direção Alex Pritz

Sessão especial: 8/9 às 20h*

*Exibição seguida de debate. Grátis. Retirada de ingresso 2h antes na bilheteria

Veja o trailer aqui.

CINESESC

Rua Augusta, 2075 – São Paulo (SP)

Acompanhe a programação no site SESC.

(Fonte: Agência Lema)

Pinacoteca de São Paulo aborda experiências urbanas em nova mostra com obras de Andy Warhol, Berenice Abbott e Edward Hopper

São Paulo, por Kleber Patricio

Obra “Pepita”, 1917, de Robert Henri. Crédito da imagem: ©Museum Associates/LACMA.

A Pinacoteca de São Paulo inaugura a exposição “Pelas ruas: vida moderna e experiências urbanas na arte dos Estados Unidos 1893-1976”, em colaboração com a organização Terra Foundation for American Art, no edifício Pina Luz. A mostra reúne 150 obras de 78 artistas, dentre eles, reconhecidos nomes da arte norte americana, como Andy Warhol, Edward Hopper, além de trabalhos de Charles White, Emma Amos, George Nelson Preston, Jacob Lawrence e Vivian Browne, entre outros.

A curadoria é de Valéria Piccoli, curadora-chefe da Pinacoteca; Fernanda Pitta, professora assistente do MAC-USP e curadora da Pina até maio de 2022, e Taylor L. Poulin, curadora-assistente da Terra Foundation. Em um ano em que se celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o museu examina como a ideia de modernidade é elaborada nas artes visuais também fora do Brasil, especificamente nos Estados Unidos, que durante o século 20 constrói sua reputação como referência no cenário cultural mundial.

As obras em exposição datam de 1893 — ano da Exposição Universal, em Chicago, nos Estados Unidos, evento que marca a primeira vez que o Brasil se apresenta internacionalmente como um país republicano e alinhado com os valores políticos dos EUA — até 1976, celebração do bicentenário da independência americana.

A mostra explora os modos como a modernidade se manifesta na produção artística norte americana a partir das transformações das cidades e da observação dos ritmos e dinâmicas da vida nos grandes centros urbanos. Em “Pelas Ruas”, a multiplicidade dos trabalhos exibe um ambiente urbano que é ao mesmo tempo um lugar de encontro, entretenimento, multidões, mas também de segregação, solidão, conflitos e reivindicações sociais. “Fizemos a opção por apresentar uma narrativa mais expandida da arte norte americana, baseada numa maior variedade de artistas e movimentos regionais cuja produção figurativa e socialmente consciente persistiu ao longo do século XX à margem do discurso dominante da abstração. A seleção contempla muitos artistas afro-americanos, mulheres e também um indígena”, ressalta Valéria Piccoli.

“Pelas ruas” – Walker Evans.

A lista dos trabalhos inclui empréstimos vindos de 16 importantes instituições culturais, como o Whitney Museum of American Art, Nova York (EUA); Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles (EUA), o Museum of Contemporary Art Chicago, Chicago (EUA); International Center of Photografhy, Nova York (EUA) e a própria Terra Foundation for American Art, entre outros. Grande parte são pinturas e gravuras – ao todo, 80 trabalhos. A totalidade se completa com fotografias. Destaque para as imagens de Berenice Abbott, Diana Davies, Gordon Parks, Robert Frank e Walker Evans.

A curadoria contemplou obras de um elenco de artistas mais diversificado com alguns nomes até desconhecidos no cenário brasileiro. É o caso de Charles White (1918-1979) e Emma Amos (1937-2020). White teve, em 2018, uma retrospectiva no MoMA (NY – EUA) mas, no Brasil, fará parte de uma exposição pela primeira vez. Seu trabalho Wanted Poster Series #14 (1970) questiona os resquícios de uma mentalidade escravista a partir de um poster do século 19, onde se ofereciam recompensas por escravizados fugidos.

Já as obras de Emma Amos sempre confrontam o sexismo e o racismo. A pintura “Eva the Babysitter” (1973), que está em “Pelas Ruas”, foi produzida enquanto Amos era a única mulher a integrar o coletivo de artistas afro-americanos Spiral Group, na década de 70. A potencialidade das artistas mulheres também foi privilegiada na seleção das fotografias, exemplificada nas imagens de Diana Davies, que não apenas se engajou como registrou as passeatas e protestos em Nova York em prol do respeito à comunidade LGBTQIA+, como também nas fotos de arquitetura feitas por Berenice Abbott em Nova York. Outras imagens de cunho social, que abordam situação dos desempregados e imigrantes em São Francisco, feitas por Dorothea Lange, e os retratos de Gordon Parks sobre a cena musical do Harlem, um bairro periférico e predominantemente negro de Nova York, também estarão expostas.

De Andy Wharol, “Pelas Ruas” exibe um trabalho bastante singular na trajetória do artista e distante das imagens que o deixaram mundialmente famoso. Trata-se de uma gravura, de 1965, de cunho político, que aborda um episódio de violência policial ocorrido no estado do Alabama. Já do Edward Hopper, a gravura “Night Shadows” (1921) e a tela “Dawn in Pennsylvania” (1942) exemplificam suas tradicionais temáticas ligadas à solidão e melancolia das paisagens urbanas.

“Pelas ruas” – Gerald Williams.

A organização expositiva ocupa sete salas do primeiro andar do edifício Pina Luz e as obras estão divididas em 7 núcleos:  A cidade branca, onde estão os materiais referentes à Exposição Universal de 1893; Experimentações artísticas, que explora como a transformação das cidades pela construção de arranha-céus e eletrificação das vias, por exemplo, influencia no vocabulário artístico de uma época. Em O Individual e o coletivo, destaque para a diversidade das populações e a criação de comunidades como, por exemplo, Chinatown, famoso bairro de Nova York.

Nas próximas salas, o visitante encontra Ritmos e padrões da cidade, referência a quanto do ritmo da nossa vida cotidiana é ditado pela dinâmica do deslocamento entre pontos de uma cidade. No núcleo A multidão anônima, encontram-se representações da massa urbana e também da sensação de ser um indivíduo em meio a muitos outros. Engajamento e separação reúne trabalhos mais políticos dos anos 60 e 70, que exploram o espaço urbano como palco para manifestações e reivindicações. Por último, Cidades reimaginadas aborda o modo como a contracultura da década de 1970 propôs e pensou outras formas de convivência em sociedade. A mostra termina com a projeção do filme “Tree dance” (1971), de Gordon Matta-Clark, em que vários performers tentam habitar uma árvore, utilizando lençóis, cordas para ocupar o espaço.

“Pelas ruas: vida moderna e experiências urbanas na arte dos Estados Unidos 1893-1976” propõe olhar para a arte norte-americana do século 20 sob o viés da representação da vida nas cidades, que define muito do que entendemos como a cultura americana até os dias de hoje. O Catálogo bilíngue, em português e inglês, reúne além das imagens das obras, textos de apresentação assinado pelas curadoras e ensaios de autores convidados, além da tradução de artigos críticos sobre a Exposição Universal, incluindo da feminista americana Ida Wells e do abolicionista americano Frederick Douglass, e manifestos dos movimentos civis Black Panther e Alcatraz, que denotavam a efervescência política e social dos ano 60 e 70, retratada por muitos dos artistas em “Pelas Ruas”.

Esta exposição e seus programas são resultado da parceria e do generoso apoio da Terra Foundation for American Art.

Educativo | “Pelas Ruas” contará com um material de apoio as práticas pedagógicas voltadas para professores, multiplicadores e público em geral. Os vídeos, como o tour virtual, serão produzidos e distribuídos gratuitamente pela internet com tradução em libras.

Workshop | No âmbito da exposição, será organizado um workshop multilateral com pesquisadores brasileiros e norte-americanos para discutir e debater o movimento modernista americano e as intersecções com a arte brasileira.

Patrocínio | A exposição tem patrocínio da Allergan, na cota prata, e apoio da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, do marketplace FARFETCH e da empresa Bain & Co.

Serviço:

Pelas ruas: vida moderna e experiências urbanas na arte dos Estados Unidos, 1893-1976/In the Streets: Modern Life and Urban Experiences in the Art of the United States, 1893-1976

Curadoria de Valéria Piccoli; Fernanda Pitta e Taylor L. Poulin

Período: 27/8/2022 a 30/1/2023

Edifício Pinacoteca Luz

Praça da Luz, 02, Luz, São Paulo, SP

De quarta a segunda, das 10h às 18h.

Ingressos no site da Pinacoteca

R$20 (inteira), R$10 (meia-entrada) na bilheteria física ou no site do museu.

Sobre a Terra Foundation | A instituição Terra Foundation for American Art se dedica a promover as artes visuais dos Estados Unidos. Para estimular o diálogo intercultural sobre a arte americana, a Terra Foundation apoia e colabora com exposições inovadoras, pesquisas e programas educacionais. Implícita em tais atividades está a crença de que a arte tem o potencial tanto de distinguir culturas quanto de uni-las.

(Fonte: Pinacoteca de São Paulo)

Estúdio 41 apresenta exposição ‘Mirabilândia – Um Parque de Ilusões”, de Dani Tranchesi

São Paulo, por Kleber Patricio

“Chapéu Rosa”, 2022, Dani Tranchesi.

O Estúdio 41 inaugura no dia 23 de agosto a mostra “Mirabilândia – Um Parque de Ilusões”, com fotos de Dani Tranchesi e curadoria assinada por Diógenes Moura. A partir de imagens de chapéus mexicanos, carrosséis, pelúcias e outros elementos, a artista captura o universo lúdico dos parques de diversões. A data de abertura da mostra marca também um ano de atuação do espaço expositivo.

‘Mirabilândia’ aconteceu por acaso, afirma a fotógrafa, que vem capturando imagens de parques de diversões de maneira despretensiosa desde 2015. Entre um projeto de pesquisa fotográfica e outro, Dani Tranchesi sempre cruzou com as arenas repletas de luzes e um quê de magia pelo caminho e decidiu registrá-las. Percorreu diversas regiões da capital como zona leste, zona norte, a cidade de Praia Grande, na baixada santista, o interior de São Paulo e países como Vietnã e Estados Unidos, entre outros.

Foi quando estava em Recife no primeiro semestre de 2022, por conta de seu próximo projeto, intitulado “Seja o que Deus Quiser”, que Tranchesi topou com Mirabilândia, parque que dá nome à mostra e fica entre as cidades de Recife e Olinda. Ali tomou a decisão de que as fotos, que já compunham um vasto acervo registrado por anos, podiam virar uma exposição.

“Pezinhos ao vento”

“Conta a lenda adormecida que Mirabilândia é a soma das primeiras sílabas dos nomes das filhas do dono de um parque que existe entre Recife e Olinda. Nada mais puro sangue brasileiro: sílabas para criar outro nome, outra ilusão. Nas cidades e no país onde seus habitantes estão sempre à beira do abismo, um parque de diversões pode ser um amuleto para que o sufoco da vida cotidiana seja aliviado uma, duas, três horas seguidas”, diz o curador Diógenes Moura.

Dani Tranchesi diz que a mostra irá crescer e ainda está fotografando parques – nos próximos dias ela registra um parque na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.  “Capturar parques de diversões é uma forma de registrar algo que está acabando. É lúdico, nostálgico e um pouco melancólico também”, afirma Tranchesi.

Para esta mostra, o curador e a fotógrafa reuniram 23 imagens que foram capturadas ao longo dos anos. “Somos outros quando estamos em um parque de diversões. O super tornado é uma montanha russa que faz o grito e a emoção lamberem cada rosto. Monstros e super-heróis são capazes de sorrir. No chapéu mexicano a imagem gira: vê cada ilusão pelo lado de dentro e o olho de vidro de quem a vê pelo lado de fora”, elucida o curador.

“Corrida de Cavalos IV”

Estúdio 41 | Um espaço voltado à reflexão e discussão sobre o fazer artístico da fotografia – esse é o mote do Estúdio 41, projeto que ocupa o conjunto 41 do prédio 1254 da Rua Pedroso Alvarenga, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo. Com direção artística do curador e escritor Diógenes Moura e comandado pela fotógrafa Dani Tranchesi e sua sócia Paula Rocha, o novo espaço cultural vai apresentar projetos de fotógrafos emergentes e consagrados em uma programação de exposições, exibição de filmes, lançamento de livros e conversas sobre a linguagem fotográfica.

Serviço:

Exposição “Mirabilândia – Um Parque de Ilusões”, de Dani Tranchesi

Curadoria: Diógenes Moura

De 23 de agosto a 23 de outubro de 2022

Endereço: Rua Pedroso Alvarenga, 1254, cj 41, Itaim Bibi – São Paulo (SP)

Funcionamento: terça a sexta, das 13h às 18h; sábados, das 11h às 13h

Entrada franca a partir de agendamento pelo Whatsapp: +55 (11) 99452-3308.

(Fonte: a4&holofote comunicação)