Tratamento minimamente invasivo tem sido estudado há anos e foi detalhadamente abordado na revista Epilepsia, uma das principais publicações na área
São Paulo
O rio Pinheiros é muito mais do que aquele curso d’água que atravessa a cidade. Ele começa na Serra do Mar e circula pelo estado até a capital paulista. Muito diferente do rio que conhecemos hoje, o Pinheiros dos tempos coloniais era chamado de Jurubatuba, que significa “terra dos Jerivás”. O rio começava num local de muitas palmeiras Jerivás. O atual nome do rio foi dado pelos jesuítas, que criaram um aldeamento indígena e o batizaram de Pinheiros pela grande quantidade de araucárias que havia na região.
A exposição “Dos Jerivás aos Pinheiros”, oitava edição do projeto de educação socioambiental Rios DesCobertos, caminha por esse curso d’água de forma provocadora e interativa, recriando as trilhas que levaram um dos rios mais importantes da cidade ao desconhecimento de sua história viva.
A exposição reúne artistas, pesquisadores, professores e designers que se utilizam de recursos artísticos e tecnológicos para uma viagem no tempo pela história de um dos principais rios de São Paulo. A proposta é provocar um olhar cuidadoso para a relação do rio Pinheiros com o processo de urbanização da cidade a partir de uma abordagem territorial desde suas nascentes até a sua foz, considerando os aspectos físicos, biológicos, geográficos e geomorfológicos, antropológicos e ambientais.
O que encontrar na exposição
Por meio de instalações, mapas, maquetes, projeções, depoimentos e muita história, a mostra instiga o público navegar por um vasto conteúdo distribuído por todo o espaço expositivo. As curiosidades, fatos e informações são apresentados com possibilidade de construção de narrativas diversas pelo próprio visitante proporcionando experiência direta com os conteúdos.
Uma maquete topográfica e interativa, marca registrada do projeto, é cuidadosamente iluminada por projeções, apresentando todo o curso do rio Pinheiros e de seus afluentes, desde as nascentes na Serra do Mar até sua foz no rio Tietê.
Por fim, a exposição apresenta a instalação “Rio”, que mostra as diferentes intervenções de engenharia na bacia hidrográfica do rio Pinheiros, em particular o “Projeto Serra” que alterou definitivamente a forma do rio e a ocupação de suas margens. Obras que foram decisivas para que a cidade chegasse à sua forma atual.
O principal objetivo da exposição é ser educativa e a parceria com o SESC é exatamente promover essa interação com escolas. Um importante plano de visitas monitoradas está em andamento.
Estúdio Laborg | Atua no contexto das produções artísticas presentes nos museus e exposições, em centros culturais e instituições de ensino. Com 12 anos de experiência na produção de conteúdo expositivo, o Laborg apresenta narrativas envolventes que proporcionam uma melhor compreensão daquilo que se quer transmitir.
CURADORES
Alexandre Gonçalves – Bacharel em Comunicação, com especialização em documentário, produz conteúdo educativo e obras para museus e exposições desde 2007, responsável pela direção de pesquisa e conteúdo do Estúdio Laborg.
Charlie de Oliveira – Graduado em Publicidade & Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1998, é artista visual, designer, diretor de arte e produtor cultural. Atualmente dedica-se a sua especialização em Cultura e Educação na Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (FLACSO).
Sobre o SESC
SESC (Serviço Social do Comércio) – Com 75 anos de atuação, o SESC – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 45 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o SESC é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do SESC São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações, clique aqui.
Serviço:
Exposição “Rios DesCobertos – Dos Jerivás aos Pinheiros”
Quando: de 20/8 a 18/12/2022
Horário: terça a sexta, das 10h às 21h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h.
Local: Espaço das Artes
Classificação: Livre
Agendamento de grupos: agentamento.santoamaro@sescsp.org.br
SESC Santo Amaro
Endereço: Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro – São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30
Acessibilidade: Universal
(Fonte: Agência Em Foco)
A dupla de palhaços mais conhecida e amada da América Latina estará em cartaz no Teatro Dr. Losso Netto, em Piracicaba, neste sábado (13), às 15h, com o espetáculo “Sorrir & Brincar”. Ao longo de 70 minutos de apresentação, Patati e Patatá trazem ao palco músicas do repertório próprio, como “Dança do Macaco”, “Lôro” e “Ronco do Vovô”, clássicos do cancioneiro infantil, como “Tindolelê”, “Piuí Abacaxi” e “Ursinho Pimpão”, e outros sucessos que fazem a alegria das crianças. Os ingressos custam R$40,00 (meia-entrada) e R$80,00 (inteira) e podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro (Av. Independência, n° 277, Bairro Alto) ou no site www.ingressodigital.com. Informações no site www.teatrogt.com.br.
No palco, os palhaços têm a companhia de dançarinos em um cenário colorido e lúdico. Além das canções, fazem brincadeiras, convidam a plateia para interagir por meio de buzinas e faróis. Patati e Patatá surgiram em 1983 como um grupo de artistas circenses, liderado por Rinaldi Faria que, junto com seu irmão, formava a dupla de palhaços. O sucesso veio em 2010, após mais de duas décadas se apresentando em circos e TVs. O álbum “Brincando com Patati e Patatá”, produzido pela Som Livre, vendeu mais de 300 mil cópias. Os palhaços foram contratados pelo SBT para apresentar o programa “Carrossel Animado” em abril de 2011. Um mês depois, o programa estreou com um cenário repaginado e passou a ser denominado “Carrossel Animado com Patati e Patatá”. Desde então, a dupla fez turnês pela América Latina e Europa e já lançou 15 álbuns de estúdio, quatro compilações, seis álbuns em espanhol, mais de 200 videoclipes, um EP e nove singles.
Serviço:
Patati Patatá – “Sorrir e brincar”
Gênero: infantil
Data: 13 de agosto, sábado
Horário: às 15 h
Local: Teatro Dr. Losso Netto – Av. Independência, n°277, Bairro Alto, Piracicaba (SP)
Ingressos: R$40,00 (meia-entrada) e R$80,00 (inteira)
Vendas: nas bilheterias do teatro e no site www.ingressodigital.com
Informações: www.teatrogt.com.br
Classificação etária: Livre.
(Fonte: Ateliê da Notícia)
Adolescentes com a menor altura média do país são da região Norte. Aos 17 anos, a altura média das meninas é de 160,9 ± 0,1cm e dos meninos é de 173,7 ± 0,3cm, sendo que, majoritariamente, são alunos de escolas públicas e fazem parte da parcela mais pobre da população. A conclusão faz parte de uma das publicações do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), que envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e foi publicada na sexta (12) na Revista Cadernos de Saúde Pública.
Os autores fizeram uma análise de dados obtidos do ERICA, uma extensa descrição da prevalência de fatores de riscos cardiovasculares e síndrome metabólica em adolescentes de 12 a 17 anos realizada por pesquisadores de todas as regiões do Brasil. A pesquisa possibilitou associações entre a altura dos indivíduos com fatores regionais, socioeconômicos, nutricionais, educacionais e étnicos.
O trabalho, que descreveu a altura de parcela representativa de adolescentes das cinco regiões do Brasil, mostrou que os adolescentes da região Norte figuram a menor altura média do país, apresentando diferença em relação aos de regiões mais desenvolvidas, como Sul e Sudeste. Entre as cinco regiões, as alturas médias – dos 12 e 17 anos – variaram respectivamente de 158,6cm (Norte) a 161,6cm (Centro-Oeste) para as meninas e de 171cm (Norte) a 174,3cm (Sudeste) para os meninos.
Avaliando fatores socioeconômicos, os pesquisadores detectaram que adolescentes com a menor estatura média são provenientes de escolas públicas, fazem parte da parcela mais pobre da população e suas mães têm escolaridade inferior. No quesito nutricional, foi identificada heterogeneidade entre os gêneros: meninos com baixo peso apresentaram a menor média de altura até os 15 anos, enquanto os com sobrepeso e obesidade eram mais altos até os 16 anos. Já as meninas com obesidade tinham altura maior até os 14 anos e, as que estavam abaixo do peso apresentavam maior estatura aos 16 e 17 anos. Um maior consumo de proteínas foi associado positivamente com uma maior altura em meninos de 16-17 anos, assim como a prática de atividade física.
Embora não tenham identificado associação direta da qualidade da dieta com a altura dos adolescentes avaliados, os autores salientam a importância do impacto desse fator específico. Segundo eles, é possível que a análise transversal dos dados e a falta de detalhamento do consumo de micronutrientes tenham impedido a identificação de uma possível relação com a estatura dos indivíduos.
Sabendo que um rápido aumento do índice de massa corporal está associado à antecipação da puberdade em meninas, a partir dos resultados desse estudo, o grupo volta suas atenções à relação e influência da obesidade com o término precoce da puberdade em adolescentes. “O nosso planejamento é avaliar isso porque na literatura ainda existe dúvida. O que queremos ver na nossa população é se a obesidade estaria associada à uma aceleração do término da puberdade em meninos e meninas”, comenta Amanda Cheuiche, autora principal do artigo.
Os dados apresentados por uma ampla pesquisa antropométrica como essa podem gerar impactos em ações federais e políticas públicas porque denunciam novas desigualdades que existem entre as regiões do Brasil. “O nosso estudo chamou atenção para a questão dos dados ambientais que temos que ficar atentos. Uma criança deve viver num ambiente que proporcione o maior crescimento, ou seja, com maior acesso à educação, a saneamento […] Setores, segmentos e regiões não estão recebendo esse cuidado e isso está resultando na discrepância significativa na altura, que também é um marcador de saúde”, ressalta Amanda.
(Fonte: Agência Bori)
Uma história sobre a construção visual do Sete de Setembro no Brasil – esse é o mote da exposição “O Sequestro da Independência”, a ser inaugurada no dia 13 de agosto, na Galeria Arte 132. Com curadoria de Lilia Moritz Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, a exposição foi concebida em diálogo com o livro “O Sequestro da Independência – Uma história da construção do mito do Sete de Setembro” (Companhia das Letras, 2022), que será lançado no mesmo dia e que narra a construção imagética do mito do 7 de setembro. Os curadores da exposição são, também, os autores do livro. O núcleo curatorial fará uma visita guiada no dia da abertura, às 12h, além de estar disponível para uma tarde de autógrafos das 13h às 15h, em razão do lançamento do livro.
Propositadamente realizada a partir da reprodução de obras muito conhecidas e outras nem tanto, a mostra pretende iluminar as narrativas imagéticas em torno de nossa emancipação política em quatro momentos chave: durante o processo de independência, em 1822; por ocasião da comemoração de seu centenário, em 1922; no ano de 1972, quando a ditadura militar celebrou os 150 anos do evento; e neste ano de 2022. A intenção é demonstrar como se formam diferentes memórias visuais e como cada contexto político “sequestra” significados para que se adequem ao momento e inflamem a imaginação.
“Muitas nações se imaginam a partir de uma pintura, a qual, por sua vez, foi imaginada em diálogo com outras telas, muitas vezes estrangeiras. Aqui não foi diferente”, explica o trio de curadores. Mas, para eles, a tela do artista Pedro Américo “Independência ou morte”, de 1888, tem um sentido especial para a construção da nacionalidade do povo brasileiro. “De pintura encomendada pela Comissão construtora do Edifício-Monumento (futuro Museu do Ipiranga) em 1886 e apoiada por D. Pedro II – numa forma de homenagem de filho para pai – foi virando apenas uma ilustração; um retrato fiel do 7 de setembro às margens do Ipiranga, progressivamente despida de seu significado original, autoria e contexto”, ressalta o núcleo curatorial.
Os capítulos abordados no livro giram em torno de seis constatações, estas também transportadas para a exposição. São elas:
1 – Os detalhes de uma tela – vale a pena “ler” uma pintura a partir do todo, mas também por meio de seus detalhes, todos igualmente significativos;
2 – 1822: o fato da proclamação da independência ter acontecido primeiro no Rio de Janeiro, não em São Paulo, às margens do Ipiranga;
3 – O artista Pedro Américo é europeu e nada conhecia das terras brasileiras; portanto, retratou, em seu quadro, uma “independência europeia”, sendo o protagonista D. Pedro e não os populares (localizados no canto esquerdo da tela), uma pintura em tudo desajustada;
4 – 1922: a disputa do protagonismo entre o Museu Paulista (Museu do Ipiranga, SP) e o Museu Histórico Nacional (RJ) para retratar o período da independência, encomendando quadros que ilustrassem momentos e figuras históricas;
5 – 1972: a comemoração ativa dos 150 anos de emancipação política por parte do governo ditatorial militar, que usou isso como estratégia para desviar as atenções da violência que ocorria nas ruas do país;
6 – Outras independências pelo Brasil: estados do Norte e Nordeste brasileiro travaram inúmeros conflitos armados durante esse período. Por isso, passaram a encomendar pinturas que destacavam a atuação de seus líderes locais nas lutas durante as guerras de Independência, rompendo com essa visão sudestina, palaciana, europeia e masculina do processo de independência;
7 – E, por fim, outros ecos do Grito de Independência: a força e popularidade da tela de Pedro Américo no século XX e XXI foram tamanhas que ela virou uma espécie de imaginação nacional. Por isso, foi relida inúmeras vezes por propagandas, sátiras políticas e por artistas contemporâneos que igualmente trataram de “sequestrar significados”.
Por ter caráter educativo e revisionário da história do país, a intenção principal dos curadores e da galeria, ao idealizarem a exposição, é que ela percorra diferentes escolas pelos estados do Brasil, levando à educação primária e secundária uma visão plural e mais verossímil sobre a Independência da República, datada de 7 de setembro de 1822. Muito diferente do que foi retratado no quadro de Pedro Américo e em outras obras que D. Pedro encomendou para ilustrar este período, integraram os batalhões durante os conflitos armados mulheres, crianças, indígenas e negros escravizados, os verdadeiros “heróis da independência”.
Sobre os curadores
Lilia Schwarcz é professora titular no departamento de antropologia da USP e Global Scholar na Universidade de Princeton. É autora de, entre outros livros, “O espetáculo das raças” (1993), “As barbas do imperador” (1998, prêmio Jabuti de Livro do Ano), “A batalha do Avaí” (com Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior, 2013), “Brasil: Uma biografia” (com Heloisa Murgel Starling, 2015) e “Lima Barreto: Triste visionário” (2017, prêmio Jabuti de Biografia). Ao lado de Luiz Schwarcz, com quem é casada, fundou a editora Companhia das Letras em 1986.
Lúcia Klück Stumpf é professora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e pesquisadora pós-doutoranda pelo departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo com pesquisa sobre arte, raça e cultura visual no século XIX, com ênfase na visualidade da Guerra do Paraguai (1864-1870). É autora, com Lilia Moritz Schwarcz e Carlos Lima Junior, de “A batalha do Avaí” (2013).
Carlos Lima Jr. é docente do curso de especialização Museologia, Cultura e Educação da (PUC-SP) e pesquisador e pós-doutorando pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Unicamp. É doutor em estética e história da arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). É autor, com Lilia Moritz Schwarcz e Lúcia Klück Stumpf, de “A batalha do Avaí” (2013).
Sobre a Galeria Arte132
A Arte132 acredita que a arte de um país e de um período não é constituída apenas por alguns nomes definidos pelo mercado, mas por todos os artistas que desenvolveram um entendimento do mundo e do homem em determinado momento. Dessa forma, expõe e dá suporte a mostras com o compromisso de apresentar arte relevante e de qualidade ao maior número de pessoas possível, colecionadores ou não. A casa (concebida pelo arquiteto Fernando Malheiros de Miranda, em 1972), para além de uma galeria de arte, é um lugar de encontros, diálogos e descobertas. A galeria Arte132 completa um ano de atividades em 16 de agosto de 2022 e, ao longo deste período, apresentou seis mostras de arte. Segue abaixo a retrospectiva de exposições 2021/2022:
– “Alturas”, de Alex Flemming. De 16 de agosto e 16 de outubro de 2021, com curadoria de Angélica de Moraes.
– “Entre Brasil e Japão, Paris”, de Helena e Riokai. De 8 de novembro de 2021 a 8 de janeiro de 2022 , com curadoria de Madalena Cordaro e Michiko Okano.
– “São Paulo, sua, nossa pauliceia desvairada”, de José De Quadros. De 22 de janeiro a 5 de março de 2022, com curadoria de Tereza de Arruda.
– “Vários 22”. De 19 de março a 21 de maio de 2022, com curadoria de Lilia Schwarcz.
– “Mulheres Artistas: nos salões e em toda parte”. De 4 de junho a 30 de julho de 2022, com curadoria de Ana Paula Cavalcanti Simioni.
– “Jewels by Brazil’s Burle Marx Brothers”, dos irmãos Haroldo e Roberto Burle Marx. De 4 de junho a 30 de julho de 2022, com texto crítico de Antonio Carlos Suster Abdalla.
Serviço:
O Sequestro da Independência
Curadoria e texto crítico: Lilia Schwarcz, Lúcia Klück Stumpf e Carlos Lima Junior
Local: Galeria Arte132 – Av. Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP
Visita guiada com os curadores: 13 de agosto, sábado, às 12h
Tarde de autógrafos com os autores do livro: 13 de agosto, sábado, das 13h às 15h
Período expositivo: 13 de agosto a 24 de setembro de 2022
Horários de visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita
(Fonte: A4&Holofote comunicação)
Dido é um homem de vida bastante comum, até o dia em que é escolhido por Deus para ser o profeta que vai anunciar ao mundo sua aposentadoria. Se até Deus se cansou da humanidade, o mundo dos deuses também se agita; afinal, é preciso redefinir a ordem espiritual do planeta. A vida de Dido, o ‘São Ateu’, muda radicalmente e ele fica na mira da humanidade, do Diabo e de outros Deuses que querem se aproveitar dos seus poderes de profeta. Esse é o ponto de partida do filme “São Ateu”, longa de estreia de Hiro Ishikawa que será exibido em Campinas no dia 16 de agosto, às 19h, no SESC Campinas, com entrada franca.
A exibição faz parte da Mostra Filmes do Interior, em colaboração com o ICine – Fórum de Cinema do Interior Paulista, que leva para o SESC no mês de agosto filmes produzidos de maneira independente por realizadores do interior paulista. Após as sessões, haverá conversa com o público sobre bastidores, processos criativos e desafios das produções. E mais: oficina gratuita de produção de curta-metragem.
Além da exibição especial de “São Ateu” no dia 16 de agosto, Hiro Ishikawa e Diego da Costa, diretor e produtor do filme, estarão no SESC Campinas para a oficina presencial “Faça Você Mesmo! Realização De Curtas Com Celular”.
A proposta é inserir o aluno iniciante em todo o processo de produção de um curta-metragem de ficção – desde sua concepção até́ a sua finalização – utilizando apenas o seu celular, já que o cinema é uma linguagem que pode ser expressa com qualquer câmera. Para realização da atividade basta que o participante tenha o aplicativo InShot instalado no seu aparelho celular.
As oficinas serão realizadas aos domingos, sempre das 14h às 18h, começando no dia 14 de agosto, até 4 de setembro. As inscrições gratuitas podem ser feitas pela internet, por este link: https://inscricoes.sescsp.org.br/online/#/inscricao?unidades=75.
As atividades serão realizadas na sala de atividades 4 do SESC Campinas, que fica na rua Dom José I, 270/333, Bonfim – Campinas.
Sobre o filme “São Ateu”
Falando de religião e relações de poder de maneira questionadora e bastante irreverente, ‘São Ateu’ mistura comédia, fantasia e ficção científica. “Tento mostrar no filme um mundo paradoxal, quase sem sentido, onde a fé e o poder se combinam de maneira divertida e trágica, o que nos leva a uma estranha sensação lúdica de viver num mundo onde tudo é possível apesar de todas as impossibilidades”, comenta o diretor. Formado em Imagem e Som pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Hiro Ishikawa é diretor de diversos curtas-metragens premiados em festivais nacionais e dois documentários televisivos, incluindo “A Plebe é Rude”, que estreou em 2016, no Canal Brasil e colocou Hiro em contato com Clemente Tadeu Nascimento, músico na banda Plebe Rude e fundador da banda Inocentes. Considerado um dos pioneiros do punk rock no país, ele encarna uma versão de Jesus no filme ‘São Ateu”.
Paulo César Peréio, um dos grandes atores do cinema nacional, é o próprio Deus. Com cerca de 80 longas metragens no currículo, o gaúcho também acumula inúmeros trabalhos na televisão e, por muitos anos, foi uma das vozes mais requisitadas no mercado da propaganda.
O Diabo é o personagem de Zemanuel Piñero, que iniciou carreira no teatro na década de 1970. Com passagens pela televisão, em novelas da TV Globo como “Caminho das Índias”, “Passione”, “Avenida Brasil” e, mais recentemente, “Amor de Mãe” (2021), atuou em séries como “A Vida Secreta dos Casais” (HBO) e “Rua Augusta” (TNT). No cinema, os trabalhos incluem “O Cheiro do Ralo”, “O Doutrinador” e “Trabalho Sujo”.
Mesmo com Deus, Jesus e o Diabo, a família de Dido é, no fundo, a personagem principal do filme. “Afinal, quando se fala de religião, automaticamente falamos de família, de verdade”, pontua o cineasta, que escolheu um casal, Dado e Paula Marcondes, atores de circo e teatro de Araraquara/SP, que contracenam com sua filha Laura no filme. Trailer: https://youtu.be/3zSuOfWpGS4.
“São Ateu” nasce das experiências pessoais do diretor Hiro Ishikawa, que passam pela infância católica e adolescência punk. Agora, como cineasta, dá vida a essa mistura na tela de maneira bem peculiar. “Na forma, optei por mudanças bruscas na narrativa, como se a cada momento fosse possível acontecer um milagre, um acontecimento inesperado, um mistério…”, explica.
Segundo o diretor, o desenvolvimento do roteiro levou em conta as limitações de orçamento, a começar pelo tema. “Sempre gostei de roteiros ambiciosos que trabalham com grandes questões da humanidade, com complexas estruturas narrativas no espaço-tempo. Queria falar sobre algo que fosse grandioso, mas que ao mesmo tempo fosse nada, no sentido material, por causa dos custos. Um filme sobre fé precisa só de pessoas”, conta Hiro, que pensou em locações e pessoas conhecidas para trabalharem como assistentes na equipe técnica ou atuando em papéis secundários. “Fiquei muito animado porque essa experiência de certa forma me remete aos elencos de Fellini, em que grandes atores contracenavam com não-atores que foram escolhidos pela aparência e gestos singulares”.
Feito basicamente com recursos próprios de Ishikawa e da equipe técnica, que disponibilizou serviços, equipamentos e apoio, ‘São Ateu’ se tornou um filme bem paulista, com gravações feitas nas cidades de Bragança Paulista, Socorro, São Roque Monte Alegre do Sul e Pinhalzinho, ao longo de dois anos, com imagens de estúdio feitas em São Paulo. Contando com a fase de pós-produção, o trabalho levou quatro anos para ser finalizado e mais um longo tempo de espera para chegar às telas, em razão das restrições para encontros presenciais com o público durante a pandemia do coronavírus.
AGENDA
Em julho, ‘São Ateu’ passou pelo festival internacional Sci-Fi Floripa International, na Mostra de filmes convidados, em Florianópolis/SC. A estreia oficial nos cinemas foi em São Paulo, com sessão especial no dia 6 de agosto no Cine Bijou, em São Paulo, seguida por uma exibição em Araraquara, no dia 13. Em Curitiba, o filme chega à Cinemateca no dia 6/10.
“São Ateu” é produzido e distribuído pela Pietà Filmes e Produções. Contemplado no edital de licenciamento do ProAC Expresso Lei Aldir Blanc 41/2020, o filme ficará disponível também na plataforma gratuita de streaming #CulturaEmCasa, pelo link https://culturaemcasa.com.br/. Idealizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, a plataforma #CulturaEmCasa reúne centenas de conteúdos inéditos das instituições culturais do Governo de São Paulo, além de conteúdos de outras instituições e de artistas e produtores independentes, com acesso 100% gratuito para o público.
Serviço:
Estreia “São Ateu” em Campinas
Data: 16/8 (3ªf)
Horário: 19h
Local: Teatro do SESC Campinas – Rua Dom José I, 270/333 – Bonfim, Campinas – SP
Entrada franca
Mais informações: https://www.sescsp.org.br/programacao/sao-ateu/
Gênero: Comédia, Fantasia, Ficção Científica
Ano de produção: 2019
Duração: 71’
Classificação indicativa: 12 anos
Mais informações sobre o filme nas redes sociais da Pietà Filmes:
Facebook: https://www.facebook.com/pietafilmes/
Youtube: https://www.youtube.com/c/pietafilmes
Instagram: @pietafilmes
(Fonte: A2N Comunicação)