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Coral Jovem do Estado se apresenta no Theatro São Pedro e no Teatro Barueri

São Paulo, por Kleber Patricio

Coral Jovem do Estado. Foto: Heloísa Bortz.

O Coral Jovem do Estado, grupo artístico ligado à Emesp Tom Jobim, terá duas apresentações em novembro. Na quinta-feira, 14, às 20h, o grupo sobe ao palco do Theatro São Pedro. Os ingressos custam de R$ 25 (meia-entrada) a R$ 50. Já no dia 16, sábado, às 19h, o Coral estará no Teatro Barueri em concerto com entrada franca para a comunidade.

Sob a regência de Tiago Pinheiro, os concertos terão Marília Vargas na preparação vocal e Juliana Ripke no piano e cravo, além dos instrumentistas convidados: Juliano Buosi (violino), Paulo Galvão (violino), Carlos Martin (viola), Giuliano Dal Medico (violoncelo), Silvana Scarcini (teorba), João Paulo Amaral (viola caipira) e Diego de Jesus (beat box). Com o programa Todas as Vidas, o Coral interpretará obras de Tiganá Santana, André Mehmari, Raul do Valle, Clarice Assad, Cátia de França e muito mais.

Com 45 anos de atividades, o Coral Jovem busca desenvolver as habilidades dos bolsistas em uma proposta artístico-pedagógica que abrange performance, interpretação vocal, expressão corporal e sensibilidade musical. Sob a regência de Tiago Pinheiro de Souza e preparação vocal de Marília Vargas, o coro estabeleceu um importante tripé artístico: além do fundamental repertório lírico, passou a explorar a música antiga e a popular.

Serviço:

Coral Jovem do Estado

Todas as vidas  

Coral Jovem do Estado

Tiago Pinheiro, regência

Marília Vargas, preparação vocal e regência

Juliana Ripke, piano e cravo  

Juliano Buosi, violino

Paulo Galvão, violino

Carlos Martin, viola

Giuliano Dal Medico, violoncelo

Silvana Scarcini, teorba

João Paulo Amaral, viola caipira

Diego de Jesus, beat box

TIGANÁ SANTANA (1982-)

The invention of colour [arr. Carlos Bauzys]

A. RIBEIRO / HILDA HILST (1930–2004)

Queres voar, Samsara?

RODRIGO LIMA (1976 -) / PAULO LEMINSKI (1944–1989)

Profissão de febre

ANDRE MEHMARI (1977-)

Oração a São Francisco

RAUL DO VALLE (1936-)

Cantares de Salomão

JULIANA RIPKE (1988-)

Suíte do amor sagrado

JEAN GARFUNKEL / PAULO GARFUNKEL

Trovão [arr. Xavier Bartaburu]

LUCIANO COSSINA (1985-)

O dia da morte de Domingos Jorge Velho [arr. Daniel Reginato]

CLARICE ASSAD (1978-)

Suíte aos moços

CÁTIA DE FRANÇA (1947-)

Coito das Araras [arr. Carlos Bauzys]

Concertos:

14 de novembro, quinta-feira, 20h, Theatro São Pedro

Ingressos: R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada) aqui

16 de novembro, sábado, 19h, Teatro Barueri

Entrada franca

Duração: 60 minutos

Classificação: Livre.

Coral Jovem do Estado

O repertório eclético e o dinamismo das apresentações do Coral Jovem do Estado refletem uma proposta artístico-pedagógica que vai além do canto. O grupo artístico da Emesp Tom Jobim trabalha não apenas a voz humana, mas também expressão corporal e sensibilidade musical. O Coral Jovem mantém um importante tripé artístico: além do repertório lírico, o grupo explora a música antiga e popular. Tiago Pinheiro é regente titular do Coral Jovem do Estado desde fevereiro de 2015, em parceria com Marília Vargas na preparação vocal. O Coral é um dos grupos de difusão e formação musical da Emesp Tom Jobim, escola do Governo de São Paulo gerida pela Santa Marcelina Cultura.

Escola de Música do Estado de São Paulo – Emesp Tom Jobim

Referência no ensino brasileiro de música, a Emesp Tom Jobim é uma escola do Governo do Estado de São Paulo gerida pela Santa Marcelina Cultura, Organização Social parceira da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Atende gratuitamente cerca de 2.000 alunas e alunos em seus cursos e habilitações em música popular e erudita, da teoria à prática musical. Em 2024, a Emesp Tom Jobim comemora 35 anos de atuação. A Escola tem como objetivo a formação dos futuros profissionais da música erudita e popular. Com um corpo docente altamente qualificado, a Emesp Tom Jobim vem construindo um projeto pedagógico inovador, com foco no ensino de instrumento, no convívio dos alunos com grandes mestres e nas práticas coletivas (música de câmara e prática de conjunto), além de disciplinas teóricas de apoio. Em constante diálogo com as principais instituições de formação musical do Brasil e do mundo, a Emesp Tom Jobim oferece a cada ano centenas de shows, concertos, workshops e master classes. A Emesp Tom Jobim mantém um eixo de difusão artística complementar às atividades de formação com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de seus alunos e criar uma ponte entre o aprendizado e a profissionalização, além de fomentar a formação de público e a difusão da música em todas as modalidades. A Escola mantém os grupos artísticos: Banda Sinfônica Jovem do Estado, Coral Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Estado e Orquestra Jovem Tom Jobim que oferecem bolsas para as alunas e os alunos da Escola.

(Com Julian Schumacher/Santa Marcelina Cultura)

Sesc Consolação percorre as fronteiras entre técnicas de movimento, teatro e cultura tradicional

São Paulo, por Kleber Patricio

Cia Fujima de Dança Kabuki. Foto: Gabriel Inamine.

O Sesc Consolação apresenta, entre os meses de novembro e dezembro, uma programação que investiga as fronteiras entre técnicas de movimento, teatro e cultura tradicional propondo uma articulação interdisciplinar entre prática corporal, dramaturgia e experimentação artística. A agenda conecta elementos de diferentes culturas e saberes reunindo mestres e artistas que transitam por diversos campos de conhecimento.

Com a presença de Georgette Fadel, diretora e atriz, e Luis Antonio Gentil, 6º Dan pela Fundação Aikikai do Japão, a imersão Teatro, Dança e Aikido (12 a 14/11 das 19h às 21h) analisa os pontos de convergência entre o aikido e o teatro. A técnica marcial, baseada no equilíbrio e na energia circular, será abordada como ferramenta de construção da presença cênica, oferecendo aos participantes uma nova perspectiva sobre disciplina corporal, improvisação e foco.

Já o curso Vales e Montanhas: Dobras em Papel para Adereços Cênico (de terça a quinta, de 19 a 28/11 das 14h às 17h), inspirado pelas tradições do folclore japonês, como os Yokais, integra técnicas de origami e kirigami à criação de adereços cênicos. Liana Yuri Shimabukuro e Júlia Iwanaga combinam precisão manual e imaginação, mostrando como elementos tradicionais podem ser incorporados a práticas artísticas contemporâneas, desde figurinos até cenografias experimentais.

Outro ponto de destaque da programação está sob a orientação de Toshi Tanaka e Ciça Ohno. O Fugaku com Práticas de Nô (sábados e domingos, de 23/11 a 8/12, das 15h às 18h) aproxima os participantes dos princípios do teatro Nô, uma forma clássica de expressão japonesa que une dança, canto e recitação. A atividade destaca a sutileza do movimento e o silêncio como estratégias narrativas, promovendo uma reflexão sobre a temporalidade e o minimalismo na performance contemporânea.

Fugaku com Práticas de Nô. Foto: Carla Anglo.

Com a participação da Cia Fujima, Dança Kabuki (de terça a quinta, de 26/11 a 5/12 das 18h30 às 21h30) apresenta a linguagem do Kabuki. O estilo Fujima Kabuki surgiu no Japão em 1751 derivado do Teatro Kabuki e está, atualmente, presente em todos os continentes, preservando toda a sua técnica e autenticidade. A abordagem contempla a intersecção entre teatro, dança e música, revelando como a forma e a repetição se tornam ferramentas de expressão. Além das práticas corporais, a atividade discute como o Kabuki reflete a organização social e estética do Japão ao longo dos séculos.

A imersão O Tempo na Ação Cênica – Corpo e Voz em busca de personagens (de terça a sexta, de 26/11 a 13/12, das 14h às 17h), conduzida pelo ator e diretor Marcos de Andrade, aborda um processo formativo focado na criação de personagens por meio da articulação entre corpo e voz. A atividade propõe exercícios que ativam a percepção física e vocal eliminando bloqueios e ampliando a expressividade do artista em cena. A proposta é compreender como as qualidades sonoras e gestuais se entrelaçam para construir narrativas consistentes.

As atividades não apenas ensinam técnicas, como também estimulam o diálogo entre disciplinas e culturas. Ao conectar práticas marciais, expressões artísticas e tradições populares, a programação se estabelece como um campo fértil para a troca de saberes.

As inscrições abrem em novembro, com vagas limitadas, e podem ser realizadas:

Via app Credencial SescSP e site Central de Relacionamento:

Teatro, Dança e Aikido

Inscrições de 1 a 8/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$20,00 (inteira), R$10,00 (meia-entrada), R$6,00 (credencial plena)

Vales e Montanhas: Dobras em Papel para Adereços Cênico

Inscrições de 12/11 a 19/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena)

Dança Kabuki

Inscrições de 19 a 22/11. A partir de 16 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena)

Via Formulário no portal SescSP, com seleção por meio de Carta de Interesse e Minibio:

O Tempo na Ação Cênica: Corpo e Voz em busca de personagens

Inscrições de 1 a 11/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena)

Fugaku com Práticas de Nô

Inscrições de  a 12/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena).

Com essa iniciativa, o Sesc Consolação cria um ambiente para a experimentação e reflexão crítica sobre as formas de expressão que conectam corpo, cultura e sociedade.

Serviço:

Teatro, Dança e Aikido
Dias/Horário: 12 a 14/11/2024 | sexta a domingo das 19h às 21h

Inscrição: 1 a 8/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$20,00 (inteira), R$10,00 (meia-entrada), R$6,00 (credencial plena)

Via app Credencial SescSP e site Central de Relacionamento.

Vales e Montanhas: Dobras em Papel para Adereços Cênico

Dias/Horário: 19/11 a 28/11/2024 | de terça a quinta,das 14h às 17h

Inscrição: 12/11 a 19/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena)

Via app Credencial SescSP e site Central de Relacionamento.

Fugaku com Práticas de Nô

Dias/Horário: 23/11 a 8/12/2024 | sábados e domingos das 15h às 18h

Inscrição: 5/11 a 12/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena)

Via Formulário no portal SescSP, com seleção por meio de Carta de Interesse e Minibio.

Dança Kabuki

Dias/Horário: 26/11 a 5/12/2024 | de terça a quinta das 18h30 às 21h30

Inscrição: 19/11 a 22/11. A partir de 16 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena)

Via app Credencial SescSP e site Central de Relacionamento.

O Tempo na Ação Cênica – Corpo e Voz em busca de personagens

Dias/Horário: 26/11 a 13/12/2024 | de terça a sexta das 14h às 17h

Inscrição: 1 a 11/11. A partir de 18 anos.

Valores: R$70,00 (inteira), R$35,00 (meia-entrada), R$21,00 (credencial plena)

Via Formulário no portal SescSP, com seleção por meio de Carta de Interesse e Minibio.

Sesc Consolação

Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, São Paulo – SP

Telefone: (11) 3234-3000

Na rede: /sescconsolacao – Site: sescsp.org.br/consolacao

Horário de funcionamento: terça a sexta: das 10h às 21h30; sábados: das 10h às 20h;  domingos e Feriados: das 10h às 18h

Acessibilidade: Unidade acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

(Com Alex Anastácio/Assessoria de Imprensa Sesc Consolação)

Museu Afro Brasil celebra 20 anos com três exposições que homenageiam a cultura e a resistência afro-brasileira

São Paulo, por Kleber Patricio

Uma História do Poder na África. Banco Mbombo – Artista Luba não identificado – República Democrática do Congo. Fotos: Museu Afro Brasil.

No dia 23 de outubro de 2004, Emanoel Araujo (1940–2022) inaugurava o Museu Afro Brasil, um momento essencial para a valorização das contribuições africanas e afro-diaspóricas para a formação do país. Desde então, o museu tornou-se um espaço de memória, resistência e criação, voltado para o reconhecimento das lutas, conquistas e legados do povo negro.

Em comemoração ao seu 20º aniversário, o Museu inaugurou no dia 23 de outubro de 2024 três exposições que dialogam com diferentes facetas da arte, história, e cultura afro-brasileira: ‘Uma História do Poder na África’, ‘Popular, Populares’ e ‘Pensar e Repensar, Fazer e Refazer’. As mostras estarão abertas para visitação de terça a domingo das 10h às 17h e trazem obras que integram o espaço do Museu e refletem sobre o passado e o futuro da instituição.

As produções expostas reproduzem os desafios que o povo negro enfrenta e reimaginam a trajetória de luta da população preta no Brasil, reconhecendo a pavimentação desse caminho ao longo dos séculos e seu impacto na sociedade brasileira.

Uma História do Poder na África – Um olhar profundo sobre a centralidade africana

Uma Historia do Poder na Africa. Cachimbo – Artista Bamum e Bamileke.

O Ministério da Cultura apresenta Uma História do Poder na África, inspirada nas ideias de Cheikh Anta Diop. Uma História do Poder na África destaca a relevância da África na formação das civilizações mundiais, reconhecendo o Egito antigo como parte integrante do continente africano. As obras expostas exploram a intersecção entre passado e presente, com destaque para relíquias egípcias que reforçam a importância cultural e histórica do Egito para a África subsaariana.

Dois nomes contemporâneos ganham destaque: a angolana Damara Inglês e a guineense Gisela Casimiro, artistas com obras especialmente comissionadas para essa exposição. Ambas trazem perspectivas atuais que dialogam com o conceito de poder e ancestralidade africana, contribuindo para uma releitura crítica da arte africana em suas diversas manifestações.

Entre os artefatos e obras mais marcantes, estão o Trono do Reino Daomé, o Banco Luba e a Cabeça de bronze de Yoba, além de peças raras da antiga civilização egípcia. As conexões culturais entre o Egito e o resto da África, tão defendidas por Diop, são evidenciadas ao longo da mostra, que se divide em cinco núcleos temáticos.

Popular, Populares – A pluralidade do ‘popular’ nas artes 

Popular, Populares – Sem título – Artista Ciça – Cícera Fonseca da Silva.

A exposição Popular, Populares chegou em um momento oportuno, coincidindo com as comemorações dos 20 anos do Museu Afro Brasil. Ela enxerga questionamentos sobre o que é definido como ‘popular’ nas artes, desafiando as categorizações que rotulam muitas vezes esses artistas como ‘ingênuos’ ou com pouca formação acadêmica. A mostra apresenta obras de mestres como Cândido Santos Xavier, Luiz Antônio da Silva, Ciça – Cícera Fonseca da Silva, M. L. C. – Maria de Lurdes Cândido, Jadir João Egidio, M. C. M. – Maria Cândido Monteiro, Mestre Noza, Manuel Graciano Cardoso, Mestre Vitalino (e família), Véio e Dedé.

A pluralidade da arte popular é explorada em várias dimensões, desde as peças multicoloridas e antropo-zoomorfas até o minimalismo das formas. As obras são expostas em diálogo, permitindo ao visitante uma experiência imersiva. A viagem começa com os barcos de Exu de Cândido Santos Xavier, atravessa as memórias e retratos esculpidos da ‘Família quilombola’ de Mauro Firmino e se encerra no realismo fantástico de sereias e seres míticos brasileiros com esculturas de Resêndio e Manuel Graciano Cardoso.

O questionamento sobre o que é ‘popular’ atravessa toda a exposição, com o museu desafiando visões estereotipadas sobre o lugar dessas produções na história da arte brasileira. A arte popular, sempre plural, revela a resistência e a sobrevivência cotidiana de seus criadores.

Pensar e Repensar, Fazer e Refazer – Reflexões sobre o legado do Museu, uma linha do tempo da resistência

Pensar e repensar, fazer e refazer – Emanoel Araujo como preto velho, 2023 – Gustavo Nazareno.

Ao longo de duas décadas, o Museu Afro Brasil abrigou e promoveu exposições que celebram a história e a cultura afro-brasileira, e também desafiam narrativas que limitam o papel dos negros no Brasil e no mundo. Exposições como Brasileiro, Brasileiros (2004), Benin está vivo ainda lá (2007) e Isso é coisa de preto – 130 anos da abolição da escravidão: arte, história e memória (2018) mostram o esforço do museu em se posicionar como um espaço de luta coletiva.

Homenagens a figuras negras emblemáticas

Em paralelo à exposição, o Museu Afro Brasil prestará homenagens a figuras históricas que representam a luta e a conquista de espaço para a população negra no Brasil, como Ruth de Souza, atriz pioneira e primeira mulher negra a protagonizar uma peça no teatro brasileiro, que dá nome ao teatro do museu, e Carolina Maria de Jesus, escritora e catadora de papéis cujo nome batiza a biblioteca da instituição. Essas personalidades são exemplos de resistência e simbolizam a transformação social pela qual o museu trabalha desde sua fundação.

O legado de Emanoel Araujo

Emanoel Araujo, que dirigiu o Museu Afro Brasil até 2022, foi um incansável defensor da cultura negra e da pluralidade de narrativas afro-brasileiras. Ele desafiou a visão limitada da história propondo um museu em constante transformação, onde o passado e o presente se entrelaçam para recontar a história da diáspora negra de forma ampla e complexa. O conceito de ‘pensar e repensar’ orienta a nova exposição e reflete a visão de que o museu é um espaço que promove o dinamismo, sempre aberto a todos.

Sobre o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo

O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu fundador, Emanoel Araujo (1940–2022), o museu é um espaço de história, memória e arte. Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo conserva, em cerca de 12 mil m², um acervo museológico com mais de 8 mil obras apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional. O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias.

Serviço:

Exposições: Uma História do Poder na África e Popular, Populares

Endereço do Museu: Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, São Paulo–SP (acesso via transporte público ou veículo de aplicativo)

Ingresso: gratuito

Estacionamento (Parque Ibirapuera)

Horário: 10h às 17h

A exposição Uma História do Poder na África é um projeto viabilizado pelo Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura

Informações adicionais: Neste dia o museu terá gratuidade para visitação das 10h às 17h. Para mais detalhes sobre o evento e os artistas participantes, acesse as redes sociais do Museu Afro Brasil ou entre em contato pelo site oficial.

Acessos para automóveis: Portões 3 e 7.

(Com Ghabriella Costermani/Si Comunicação)

Guia reúne informações sobre as plantas do Parque Cientec da USP

São Paulo, por Kleber Patricio

Capa do guia.

A Edusp (Editora da Universidade de São Paulo) publicou um guia para as espécies vegetais que crescem no Parque Cientec (Parque de Ciência e Tecnologia da USP), localizado na cidade de São Paulo. Trata-se de ‘Plantas Notáveis do Parque Cientec’, obra organizada por Juliana Hanna Leite El Ottra, doutora em ciências – botânica pela USP. O livro aborda categorias como plantas invasoras e bioindicadoras, descreve os aspectos morfológicos e ecológicos de cada espécie listada e ressalta quais são utilizadas pelo ser humano e para que finalidade, como por exemplo as Pancs (plantas alimentícias não convencionais).

Outras informações que o guia reúne são os períodos de floração e frutificação, as origens e as localidades das plantas, apontando em que partes do Parque foram confirmadas ocorrências de cada uma. As espécies são descritas junto de fotos para ilustrar suas características visuais mais marcantes, como folhas, flores, frutos, vinhas e caules.

Para auxiliar os leitores, no final de Plantas Notáveis do Parque Cientec há um mapa do Parque e um glossário explicando os termos mais importantes usados para descrever as plantas ao longo do livro.

Sobre o Parque Cientec

Criado em 2002, o Parque Cientec (Parque de Ciência e Tecnologia da USP) faz parte da unidade de conservação PEFI (Parque Estadual das Fontes do Ipiranga), que também inclui outras áreas em seu entorno, como o Jardim Botânico, o Instituto de Botânica e o Jardim Zoológico. Dentro dela, há uma zona permanentemente protegida, a Reserva Biológica.

A unidade de conservação é protegida por lei desde a publicação do Decreto nº 52.281, de 12 de agosto de 1969. Antes dele, a área florestada hoje conhecida como PEFI era chamada de Parque do Estado. Planos para conservá-la existiam desde 1893, com o objetivo de preservar as 24 nascentes da região, que abastecem o riacho do Ipiranga e dois aquíferos.

Entre os principais objetivos do Parque Cientec, estão o apoio a atividades científicas e a divulgação didática da tecnologia e da ciência para a população, com destaque para jovens e crianças.

(Com Bruno Passos Cotrim/Ex-Libris Comunicação Integrada)

Eva Lieblich tem parte de seu legado exibido na J. B. Goldenberg Escritório de Arte

São Paulo, por Kleber Patricio

Fotos: Divulgação.

O J. B. Goldenberg Escritório de Arte inaugura a exposição A Poesia Visual de Eva Lieblich’, uma homenagem à artista que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da arte moderna no Brasil. Composta por 25 obras selecionadas por seus filhos, Beatriz e João Gabriel, a exposição destaca a produção da artista com a técnica do batik, que ela introduziu no país, e como sua obra conecta influências europeias com a realidade brasileira, principalmente na representação da natureza, flora e fauna. O vernissage é em 7 de novembro, permanecendo em exibição até 30 de novembro.

A curadoria da mostra é assinada por Jairo Goldenberg, e o texto crítico foi elaborado por Roberto Bertani, que observa: “A produção de Eva Lieblich reflete uma fusão entre as duas culturas que marcaram sua vida, a europeia e a brasileira. Essa simbiose se revela em sua escolha de temas e no uso da técnica do batik, que trouxe para o Brasil e transformou em uma ferramenta única para retratar a exuberância tropical.” A exposição se concentra em um recorte específico de sua carreira, com foco nos panneaux que utilizam essa técnica, a qual Eva dominou após estudar em Viena e Paris na década de 1950.

A obra de Eva Lieblich pode ser entendida como um espelho de sua experiência europeia, adaptada ao ambiente cultural brasileiro. Sua arte traduz a confluência de duas culturas, utilizando elementos visuais e técnicas tradicionais europeias, ao mesmo tempo que incorpora cores, formas e temas profundamente conectados ao Brasil. O batik, técnica central em sua produção, permitiu-lhe explorar e retratar a natureza e temas brasileiros de maneira única, como evidencia Bertani em seu texto: “A escolha do batik, que exige precisão e paciência, permitiu a Eva traduzir a intensidade das paisagens e elementos naturais do Brasil em obras de rara beleza poética.”

Nascida em Stuttgart, Alemanha, em 1925 Eva Lieblich imigrou para a América do Sul em 1938, fugindo da perseguição nazista. No Brasil, começou sua formação artística aos 15 anos, estudando desenho com Antônio Gonçalves Gomide e pintura com Aldo Bonadei, ambos integrantes do influente Grupo Santa Helena, que ajudou a moldar sua abordagem à arte moderna. Lieblich foi também membro do Grupo dos 19 Pintores, que realizou uma histórica exposição na Galeria Prestes Maia, em 1947, em São Paulo. Além de suas importantes participações em exposições no Brasil, como a Bienal de Artes Plásticas de Salvador em 1966, Eva também levou sua arte ao exterior, destacando-se em uma exposição individual na Galeria Schaller, em Stuttgart, em 1963. Como afirma Bertani,A capacidade de Eva de transitar entre o contexto europeu e o brasileiro, utilizando técnicas europeias com um olhar voltado à riqueza natural e cultural do Brasil, foi o que lhe garantiu uma posição de destaque na arte contemporânea“.

A iniciativa de resgatar a obra de Eva Lieblich é fruto do empenho de seus filhos em reunir e organizar um recorte de acervo com cerca de 45 obras, das quais 25 foram selecionadas para esta exposição. A Poesia Visual de Eva Lieblich oferece uma oportunidade única de redescobrir o trabalho de uma artista que, ao longo de sua carreira, contribuiu de forma significativa para o cenário artístico brasileiro, conectando diferentes culturas e estilos.

Serviço: 

Exposição A poesia visual de Eva Lieblich

Curadoria: Jairo Goldenberg

Texto crítico: Roberto Bertani

Coordenação Geral: Cult Arte e Comunicação

Abertura: 7 de novembro de 2024, quinta-feira, às 19h

Período: de 8 a 30 de novembro de 2024

Local: J. B. Goldenberg Escritório de Arte

Endereço: Rua Tinhorão, 69 – Higienópolis, São Paulo (SP)

Horários: quarta a sexta-feira, das 11h às 17h.

(Com Silvia Balady/Balady Comunicação)