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Museu da Imigração e Fundação Japão apresentam exposição de bonecos japoneses

São Paulo, por Kleber Patricio

Durante a exposição, público poderá admirar 67 modelos dos bonecos, que são símbolo da cultura japonesa. Foto: divulgação.

Em parceria com a Fundação Japão, o Museu da Imigração (MI) inaugurará a exposição temporária “NINGYŌ: Arte e Beleza dos Bonecos Japoneses” no dia 27 (quarta-feira), às 11h. A produção permanecerá em cartaz até 18 de setembro.

Em tradução literal, Ningyō significa “forma humana” e é parte indispensável da cultura do Japão. Com o objetivo de oferecer uma introdução detalhada sobre essa tradição de mais de 200 anos, a mostra apresentará desde Katashiro e Amagatsu, considerados os arquétipos de bonecos no Japão, até os exemplares locais, que refletem o clima e as histórias de todo o país. Como complemento, a proposta contará, ainda, com os de vestir, hoje adorados como brinquedos, além dos de ação, apreciados em todo o mundo.

Ao todo, estarão expostos 67 modelos, selecionados e divididos em quatro seções: “Ningyō como forma de oração pelo crescimento das crianças”, “Ningyō como obra de arte”, “Ningyō como arte folclórica” e “Disseminação da cultura Ningyō”. Aqueles que prestigiarem terão a oportunidade de compreender como esses objetos em forma humana, que já foram reconhecidos como símbolos de grandes conquistas das artes modernas, marcam o país oriental de maneira tão intrínseca desde meados do século 17.

Desta forma, o público será apresentado às diversas referências dessas réplicas do humano em vários momentos da história do Japão, desde a corte imperial até a vida de pessoas comuns em tempos atuais. Assim, os visitantes terão a dimensão do impacto dessa produção artística na vida cotidiana da população de tal nacionalidade, bem como da ampla variedade de bonecos japoneses e, a partir de cada uma das quatro perspectivas, entender os principais tipos e culturas por trás dessa antiga tradição.

Serviço:

Inauguração da “Exposição NINGYŌ: Arte e Beleza dos Bonecos Japoneses”

Data: 27 de julho

Horário: 11h

Local: Museu da Imigração

Museu da Imigração

Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo/SP

Tel.: (11) 2692-1866

Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)

R$10 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados

Acessibilidade no local | Bicicletário na calçada da instituição | Não possui estacionamento | Próximo à estação Bresser-Mooca. www.museudaimigracao.org.br

(Fonte: Museu da Imigração)

Iguatemi Sorocaba realiza Festival Gastronômico

Sorocaba, por Kleber Patricio

Risoto de abóbora do Néctar Vegetais é opção no festival. Fotos: divulgação.

Chefs e restaurantes de Sorocaba marcam presença no Festival Gastronômico que acontece dias 23 e 24 de julho no Iguatemi Esplanada, localizado na divisa entre Sorocaba e Votorantim (SP). Nesta edição, chefs e restaurantes da região de Sorocaba que se tornaram referência em alta gastronomia trazem ao Festival Gastronômico uma grande diversidade de pratos entre doces, carnes, massas e caldos, tudo reunido num ambiente repleto de aromas e sabores localizado no Piso Votorantim da Ala Sul do Iguatemi Esplanada. Entre os nomes confirmados, estão 15Coffe, Amiiici, Colombina, Fábio Yamada, Lady Olive e Tita.

Entre os destaques gastronômicos do Festival estão o drink negroni, sucesso no Amiiici, a morambina, da Colombina, o tiramissú do chef Fábio Yamada, as pizzas da Lady Olive e as quiches da Tita. O Festival traz ainda pratos de restaurantes como Pobre Juan, Truck da Roça, Gelato Borelli, Artesano’s Burguer, Estalar do Fogo, Maria Lhama e Néctar Vegetais.

Repertório musical

Jazz, Sou & Blues, Surf Music e Rock estão no repertório musical do Festival Gastronômico e as apresentações ficam a cargo de nomes como Leo Mahuad, The Four Brasil, Sérgio Duarte Trio, que traz ao festival os clássicos Jazz e do Classic Rock e do André Youssef Trio, que irá apresentação o melhor do blues.

Prato do Pobre Juan para o festival.

O Festival Gastronômico acontece dias 23 e 24 de julho e estará aberto ao público no sábado das 12h às 22h e no domingo das 12h às 20h no estacionamento do Piso Votorantim da Ala Sul, próximo à loja Casa do Pão de Queijo. A entrada para o evento custa R$10,00. Os ingressos podem ser adquiridos com antecedência no link https://bileto.sympla.com.br/event/75052/d/149180/s/980453.

Serviço:

Festival Gastronômico – Edição de Inverno do Iguatemi Esplanada

Data do evento: 23 e 24 de julho

Horário: das 12h às 22h no sábado e das 12h às 20h no domingo

Local: Estacionamento do Piso Votorantim da Ala Sul, próximo à loja Casa do Pão de Queijo

Ingressos: R$10,00 – https://bileto.sympla.com.br/event/75052/d/149180/s/980453

Observação: É vedada a venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos.

Endereço: Ala Sul: Av. Gisele Constantino, 1850 – Parque Bela Vista – Votorantim

Endereço: Ala Norte: Av. Izoraida Marques Peres, 401 – Altos do Campolim – Sorocaba

Informações: (15) 3219-9900 / www.iguatemiesplanada.com.br.

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Instagram: @iguatemiesplanada

Facebook: facebook.com/iguatemiesplanada.

(Fonte: VPO Comunicação Integrada)

MAM SP anuncia obras inéditas e programação da 37ª edição do Panorama da Arte Brasileira

São Paulo, por Kleber Patricio

Giselle Beiguelman, Meio monumento, 2022. Crédito da imagem: Divulgação.

“Sob as cinzas, brasa” é o título e conceito proposto pelos curadores Claudinei Roberto da Silva, Vanessa Davidson, Cristiana Tejo e Cauê Alves para a 37ª edição do Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, que tem patrocínio da EMS, da Unipar e do Instituto Cultural Vale. A curadoria levanta soluções artísticas que refletem sobre o enfrentamento do cenário de emergência das pautas sociais e ambientais no Brasil, se comprometendo com a promoção de igualdade étnica, de gênero e classe. Composta por 26 artistas, a edição deste ano traz um número significativo de obras inéditas e comissionadas, voltadas à diversidade e pluralidade da produção artística, mas que ao mesmo tempo dialogam e criam aproximações entre si.

Para os curadores da 37ª edição do Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, “A experiência com a arte pode retomar nossa capacidade de projetar o futuro, de imaginar utopias, já que estamos no meio da catástrofe tentando apagar incêndios – e incendiando símbolos coloniais. Para algumas sociedades arcaicas, o futuro está justamente no passado, na relação com os ancestrais, ou seja, distante da visão vanguardista moderna de estar à frente do próprio tempo. Enquanto as brasas queimam sob as cinzas, diversos artistas recontam histórias, propõem diálogos a partir de suas próprias vivências, de suas origens, repertórios, da terra, do barro, da borracha, do desenho, de objetos cotidianos, da tinta e da tela, do vídeo, de narrativas, de histórias, da arte, de mapas, de bandeiras, de monumentos e de corpos”.

“Eu não sou daqui”, 2014. Crédito da imagem: Tracy Collins.

A proposta é refletir sobre a simbologia da brasa como resiliência, instigando as formas de renascimentos que refletem sobre a construção simbólica ancestral e atual. As instalações, fotografias, pinturas, vídeos e esculturas expostas são manifestações poéticas que propõem enfrentar os desafios das relações humanas, sociais, políticas e geográficas. Para contemplar esta edição, o Museu de Arte Moderna de São Paulo buscou expandir suas fronteiras, utilizando como parte do circuito de obras o espaço do Jardim das Esculturas, com obra de Jaime Lauriano, e firmando parceria com o Museu Afro Brasil que recebe as obras dos artistas Davi de Jesus do Nascimento e Lídia Lisboa. “A parceria com o Museu Afro, inédita no contexto dos Panoramas, vem ao encontro da intenção do MAM de dar continuidade a parcerias com as instituições vizinhas no Parque, assim como foi o caso com o MAC USP, na mostra ‘Zona da Mata’, e com a Bienal, na exposição ‘Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea’”, comenta a presidente do MAM, Elizabeth Machado.

A programação educativa, que inclui ativações nas obras, conversas com artistas, visitas mediadas e oficinas, durante esses seis meses de Panorama, fica a cargo do MAM Educativo, que convida o público a participar de discussões sobre patrimônio, história e território na obra de Giselle Beiguelman, mostra de filmes curada pela dupla de artistas RODRIGUEZREMOR e oficina de construção de uma Japamala de cerâmica, entre outras atividades. Algumas iniciativas já estão disponíveis para consulta no site do museu, em mam.org.br/agenda.

carvão [charcoal]. Crédito da imagem: Gustavo Torrezan.

Em “Sob as cinzas, brasa”, diversos artistas discutem símbolos nacionais, território, cartografia e trazem referência ao centenário da independência, semana de 22 e identidade nacional. Gustavo Torrezan reflete sobre as estruturas de poder que configuram historicamente as organizações coletivas, bem como suas constituições culturais e identitárias. Para o Panorama, o artista traz obras que abordam a ideia da bandeira nacional e a relação com o carvão, resultado do fim da brasa. Jaime Lauriano convoca a examinar as estruturas de poder contidas na produção da História, evidenciando as violentas relações mantidas entre instituições de poder e controle do Estado. No Panorama,  o artista apresenta pinturas inéditas e instalação com mudas de pau-brasil distribuídas no Jardim de Esculturas. Ana Mazzei também parte de pesquisa sobre momentos históricos e suas representações na história da arte, construindo estruturas que, a partir da interação do público, reposicionam esses símbolos de poder. Marina Camargo expõe um mapa da América Latina feito de borracha, explorando a noção de um país maleável, esgarçado, flexionado para vários lados.

A relação com a terra e o solo é uma temática abordada por vários artistas presentes na exposição, como é o caso de Celeida Tostes, artista já falecida que trabalhou o uso do barro na exploração de símbolos arquetípicos, relacionados ao feminino e à fertilidade. Bel Falleiros parte da simbologia da natureza explorada para compreender como as paisagens construídas contemporâneas (mal) representam as diversas camadas de presença que constituem um lugar. Lídia Lisboa trabalha com escultura – sobretudo em argila – gravura, pintura, costura e crochê. Para o Panorama traz os seus cupinzeiros na Sala de Vidro do MAM e também no hall do Museu Afro Brasil, evocando a simbologia ambígua do cupim, que é a primeira vida a brotar em uma terra devastada, mas que ao mesmo tempo também a destrói. A dupla RODRIGUEZREMOR interroga fronteiras impostas visíveis e invisíveis, como a separação de natureza e cultura, de arte contemporânea e arte popular, de arquitetura, tecnologia. Na mostra, debruçam-se sobre o fazer com o barro e apresentam o processo de Dona Dagmar, ceramista do sertão da Bahia, como também convidam o público a participar da construção de outra obra em cerâmica, por meio do programa MAM Educativo.

Eder Oliveira. Crédito da imagem: Octavio Cardoso.

Laryssa Machada constrói imagens enquanto evocações de descolonização e novas narrativas de presente/futuro com estética afro futurista e dimensão ritualística. Xadalu, artista que também é integrante da edição atual do Clube de Colecionadores do MAM, traz quatro pinturas inéditas que contam narrativas de cosmologias da história guarani.

Camila Sposati apresenta instalação que evoca a dimensão sonora ao exibir instrumentos feitos em barro. Davi de Jesus do Nascimento parte de sua pesquisa acerca da ancestralidade ribeirinha para apresentar um conjunto de obras inéditas, com desenhos no MAM e uma instalação no Museu Afro Brasil.

Tadáskía propõe desenhos abstratos em grande escala e outros menores, que evocam uma ludicidade própria a sensibilidade tropicalista onde a simbologia do fogo e de entidades de matriz africana tem um espaço especialmente destacado pela artista.

“Terra 02”, de Maria Laet.

Maria Laet produz obras com a terra e o barro. Para o Panorama, apresenta registros de uma ação vinculada ao solo e também esculturas inéditas.

Patrimônio, monumento e arquitetura também são temas explorados pelas produções dos artistas de “Sob as cinzas, brasa”. Érica Ferrari produz instalações a partir de pesquisa em torno das relações entre arquitetura, espaço e história do próprio Parque Ibirapuera, investigando a memória dos gestos cravados na história. Giselle Beiguelman pesquisa as estéticas da memória na atualidade, com ênfase nas políticas de esquecimento, e os processos de atualização do colonialismo pelas tecnologias digitais. Sua obra no Panorama atua como uma arena que abrigará encontros de discussões sobre a construção da memória e patrimônio dos monumentos colonialistas. Laís Myrrha produz obras com fragmentos e estruturas arquitetônicas. Para o Panorama, a artista traz obra que investiga a própria arquitetura da Marquise do Parque Ibirapuera, projetada por Oscar Niemeyer e que abriga o MAM.

RodriguezRemor – “japamala”.Crédito: Residência Entre Nós – Patricia Sales.

Eneida e Tracy Collins pesquisam a história e estética africana e afro-brasileira e apresentam a videoinstalação “Eu não sou daqui” onde questionam o colonialismo e suas práticas pseudamente científicas.

Alguns artistas ainda investigam o que os curadores chamam de vocábulos caboclos, como André Ricardo e Sérgio Lucena, que apresentam pinturas abstratas com elementos que remetem à matriz afro-brasileira. Luiz 83 traz elementos da cultura da arte de rua, reelabora a maneira dessa sensibilidade certa ideia de construtivismo sedimentada pelo cânone, ao expor esculturas que tridimensionalizam a “tag”, assinatura gráfica urbana.

Éder Oliveira desenvolve sua investigação artística na relação entre os temas retrato e identidade, com foco no indivíduo amazônico. Traz ao Panorama pinturas que afirmam a identidade cabocla e o corpo negro.

RodriguezRemor, “Dagmar Filha do Barro” – fotografia. Crédito: RodriguezRemor.

Marcelo D’Salete  revitaliza o desenho e resgata a história pretérita dos afro-brasileiros a partir dos quadrinhos que ele eleva ao incorporar neles o universo da arte de rua, pichação e cultura pop.

Nô Martins articula as linguagens da pintura, instalação e performances, por meio das relações interpessoais cotidianas, principalmente a convivência da população negra no cotidiano urbano. Traz a instalação “Danger” que levanta discussão sobre a violência do Estado a partir das suas polícias, além de pinturas comissionadas especialmente para o Projeto Parede.

Sidney Amaral aborda temas étnico-raciais, incluindo a condição da população negra e, em particular, do homem negro no Brasil. Falecido prematuramente (2014), o artista reflete em suas obras o racismo estrutural brasileiro e suas consequências na história.

Glauco Rodrigues, artista falecido em 2004 que trabalhou o “tropicalismo crítico”, estará representado no Panorama com uma pintura que investiga a identidade nacional a partir da apropriação de símbolos nacionais.

Serviço:

37º Panorama da Arte Brasileira – sob as cinzas, brasa

Curadoria: Cauê Alves, Claudinei Roberto da Silva, Cristiana Tejo e Vanessa Davidson

Período expositivo: de 23 de julho 2022 a 15 de janeiro de 2023

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)

Telefone: (11) 5085-1300

Ingresso: R$25,00. Gratuidade aos domingos. Agendamento prévio necessário.

Ingressos serão disponibilizados online em www.mam.org.br/ingresso.

Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de SP, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.

www.mam.org.br/MAMoficial

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Local: Museu Afro Brasil

Período expositivo: de 23 de julho a 23 de outubro de 2022

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 10 / Estacionamento pelo Portão 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 17h (permanência até 18h)

Telefone: (11) 3320 8900

Ingresso: R$15,00 (meia-entrada R$7,50). Gratuidade às quartas.

Ingressos serão disponibilizados online em https://museuafrobrasil.byinti.com/#/ticket/.

Meia entrada para estudantes em visitas autônomas; jovens de baixa renda, com idade de 15 a 29 anos, mediante apresentação do ID Jovem; pessoas com idade a partir de 60 anos; aposentados. Gratuidade para crianças até 7 anos; grupos provenientes de escolas públicas e de instituições sociais sem finalidades lucrativas que atuam com pessoas com deficiência e/ou em situação de vulnerabilidade social; professores, coordenadores e diretores, supervisores, quadro de apoio de escolas públicas (federais, estaduais ou municipais) e quadro da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, com apresentação do holerite do mês corrente ou anterior (impresso ou digital), com gratuidade estendida ao cônjuge ou companheiro(a), filhos e menores tutelados ou sob guarda que acompanharem a visita; policiais militares, civis e da Polícia técnico-científica da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, com apresentação do holerite do mês corrente ou anterior (impresso ou digital), com gratuidade estendida ao cônjuge ou companheiro(a), filhos e menores tutelados ou sob guarda que acompanharem na visita; profissionais da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, mediante apresentação do crachá; profissionais dos museus da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, mediante apresentação do crachá; guias de turismo credenciados; profissionais filiados ao ICOM, mediante apresentação de carteirinha; pessoas com deficiência, com gratuidade estendida a 1 acompanhante.

Acesso para pessoas com deficiência

Ar-condicionado.

Sobre o Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil é uma instituição pública administrada pela Associação Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura. Inaugurado em 2004, a partir da coleção particular do seu diretor curador, Emanoel Araujo, o Museu Afro Brasil é um espaço de história, memória e arte.

Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em cerca de 12 mil m², um acervo museológico com mais de 8 mil obras, apresentando diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiro e abordando temas como religiosidade, arte e história, a partir das contribuições da população negra para a construção da sociedade brasileira e da cultura nacional.  O museu exibe parte deste acervo na exposição de longa duração e realiza exposições temporárias, atividades educativas, além de uma ampla programação cultural.

www.museuafrobrasil.org.br

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www.youtube.com/user/museuafrobrasil1.

(Fontes: a4&holofote comunicação e VFR Comunicação)

Artista francês Saype revela pinturas do projeto Beyond Walls pela 1ª vez no Brasil

Rio de Janeiro, por Kleber Patricio

Pintura nas areias da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Crédito das fotos: Saype.

Especialista em pinturas gigantes ao ar livre, o artista plástico francês Saype apresentou anteontem (20/7) suas obras do projeto Beyond Walls produzidas no Rio de Janeiro, que conectam o Brasil a uma grande corrente humana mundial em favor da vida. Saype afirmou que as pinturas feitas na cidade são “importantes” para a “conexão de histórias” que serviram de inspiração para obras do artista ao redor do mundo. “O nosso projeto é apoiar as pessoas para se ter um futuro melhor”, declarou o artista em coletiva de imprensa, realizada no Estação NET-Rio, em Botafogo, zona sul.

No Rio, Saype fez uma pintura com a imagem de braços e mãos entrelaçados nas areias da Praia de Copacabana, altura do Posto 2, na zona sul. Com cerca de 1.500 m², a obra de Copacabana tem conexão com outra pintura produzida em uma das praias da República de Benim, pequeno país localizado na África ocidental e que foi a etapa 10 do projeto.

Segundo Saype, de Benim partiram milhões de pessoas que foram levadas como escravas em porões de navios, sendo que muitas delas desembarcaram no Rio de Janeiro. A outra obra, de 825 m², foi feita em um campo de futebol no Instituto Heitor Carrilho, que integra a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, ao lado do Morro do Zinco, no Estácio, zona central do Rio, onde o artista também jogou bola com moradores. A tinta que o artista utiliza foi desenvolvida por ele e é 100% biodegradável com pigmentos naturais feitos de carvão e giz. O subprefeito da Zona Sul do Rio, Eduardo Valle, também participou da coletiva de imprensa representando o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Pintura em um campo de futebol, no Instituto Heitor Carrilho, próximo ao Morro do Zinco, Rio de Janeiro.

Saype seguiu para Brumadinho (MG), onde fará uma pintura no campo de futebol do Córrego do Feijão, que foi usado pelo Corpo de Bombeiros para trazer os corpos de vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro, de propriedade da Vale. Na tragédia, que ocorreu em 25 de janeiro de 2019, morreram 272 pessoas. “Resolvemos fazer uma nova história no projeto com a ida a Brumadinho. Vimos vários documentários e documentos sobre a mineração e o que aconteceu nesta cidade. Juntos, a humanidade consegue trabalhar para termos um mundo mais sustentável”, concluiu Saype.

Artista autodidata, conhecido como pioneiro de um movimento que une street art e land art, Saype foi considerado pela Forbes europeia como um dos jovens mais influentes na área cultural no mundo em 2019. Saype tem mais de 50 pinturas, incluindo na sede da ONU, em Nova Iorque, e no Champ de Mars, em Paris, além de participação na Bienal de Veneza. Também foi o único artista franco-suíço a participar das comemorações da Queda do Muro de Berlim, em 2019. O artista está pela primeira vez no Brasil com seu projeto Beyond Walls, que, em cinco anos, percorrerá apenas 30 cidades nos cinco continentes.

A arte de Saype a serviço da preservação da vida  

Ontem, ele uniu-se a vozes de familiares de vítimas e atingidos pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Saype esteve com Maria Regina da Silva e Jacira Francisca, da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão (AVABRUM), e fez ecoar a ideia de que a arte deve estreitar os laços entre as pessoas.

Na coletiva de imprensa, ao lado de Maria Regina e Jacira, ele explicou o projeto e falou sobre a importância de apoiar causas, como a que tem sido liderada por familiares de vítimas e atingidos pela ruptura da barragem de rejeitos. A AVABRUM é idealizadora do Projeto Legado de Brumadinho que atua para que tragédias como a que ocorreu na cidade mineira nunca mais aconteçam.

Para Maria Regina, a arte de Saype tem a “nossa linguagem”, pois desde 2019, ano do rompimento do barragem, o sentimento é de que “ninguém pode soltar a mão de ninguém”. “Nós estamos aqui hoje para levar o nosso trabalho da AVABRUM. Nós ficamos muito satisfeitos que o Saype quis ir a Brumadinho para levar a sua arte para a nossa cidade que, no momento, está sofrida e precisando muito desse apoio”, afirmou Maria Regina, mãe de Priscila Elen Silva, que tinha 29 anos quando morreu soterrada pela lama de rejeitos no dia tragédia. Priscila era técnica em manutenção da Mina Córrego do Feijão. Jacira perdeu o filho Thiago, de 32 anos, que era mecânico da Vale.

No Rio, Maria Regina estava acompanhada da filha Perla Caroline Silva Pessoa, que é aluna da oficina de comunicação comunitária que está sendo promovida pelo Projeto Legado de Brumadinho. Perla participou da coletiva de imprensa e destacou a importância da obra do artista para os familiares de vítimas da tragédia.

Em Brumadinho, Saype também fará uma oficina com jovens, participará da Roda de Conversa “Memória não morrerá: arte e narrativas – o legado de Brumadinho” e no domingo, 24 de julho, às 16h30, no campo de futebol do Córrego do Feijão, em frente à Igreja Nossa Senhora das Dores, moradores e familiares de vítimas estarão de mãos dadas ao redor da pintura do artista.

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(Fonte: LS Comunicação)

8 entre 10 mortos por acidente de trabalho na Bahia são negros, aponta estudo

Bahia, por Kleber Patricio

Foto: Spencer Davis/Unsplash.

A construção histórica do racismo no Brasil interfere em diversas áreas de nossa sociedade, incluindo o padrão de mortalidade. Um recente estudo apontou que dos 2.137 óbitos notificados como acidentes de trabalho, no período de 2000 a 2019, no estado da Bahia, 84,9% envolveram trabalhadores negros. O artigo, desenvolvido por cientistas da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) em parceria com a Universidade Federal de Recôncavo da Bahia (UFRB), está publicado na edição desta sexta (22) na “Revista Brasileira de Saúde Ocupacional”.

A pesquisa também apontou dados sobre a tendência temporal das Taxas de Anos Potenciais de Vida Perdidos (TAPVP), que considera o tempo de vida perdido resultante do óbito. A taxa entre os trabalhadores negros é quase três vezes maior que a dos trabalhadores brancos. Na somatória, a pesquisa indica que, durante o período analisado, foram perdidos 64 mil anos potenciais de vida. O TAPVP leva em consideração quantos anos a pessoa poderia ter vivido, ou seja, quanto mais jovem, maior a perda. Os resultados da pesquisa, quando analisados ano após ano, apontaram para uma tendência estacionária. “A perda potencial de vida em decorrência dos acidentes de trabalho estão diminuindo ou estacionando. Porém, essa tendência nas taxas iniciou mais cedo na população branca”, conclui Felipe Dreger Nery, da UEFS, autor responsável pelo estudo. Os resultados da pesquisa também demonstram que os trabalhadores negros morrem mais cedo por acidentes de trabalho quando comparado com os trabalhadores brancos.

Os dados analisados pelos pesquisadores são provenientes da plataforma Datasus, um serviço de informática do Governo Federal que disponibiliza informações de acesso livre sobre a saúde no Brasil. De acordo com Nery, as declarações de óbito foram analisadas em suas variáveis. “Acessamos todas as declarações de óbito de 2000 a 2019 que foram emitidas no estado da Bahia e obtivemos as variáveis para o estudo”, explica o pesquisador. O nome dos falecidos é ocultado nas declarações de óbitos disponíveis no Datasus.

O estudo apontou a importância do preenchimento correto da declaração de óbito por parte dos médicos. “Possuímos um problema grave de subnotificação no Brasil. Quando alguém morre por acidente, idealmente devia ser investigado se trata ou não de um acidente de trabalho, para então ser preenchido o campo específico para isso na declaração de óbito. Nas declarações analisadas, apenas 25% tinha essa informação”, explica Nery. De acordo com o cientista, é possível que o número de óbitos por acidente de trabalho durante o período analisado seja muito maior, inclusive por conta dos trabalhadores informais. “Sem o preenchimento correto da declaração de óbito não temos como conhecer a realidade e não é possível criar políticas públicas voltadas para atender à população trabalhadora e dessa forma, manter as pessoas mais tempo na atividade laboral, contribuindo para a sociedade como um todo”.

(Fonte: Agência Bori)