Tratamento minimamente invasivo tem sido estudado há anos e foi detalhadamente abordado na revista Epilepsia, uma das principais publicações na área
São Paulo
Na cerimônia de reabertura da Cinemateca Brasileira, ocorrida em maio, a instituição anunciou nova identificação das suas duas salas de exibição. A sala Petrobras foi rebatizada com o nome do Oscarito e a sala BNDES ganhou o nome do ator Grande Otelo. Considerada a maior dupla de comédia do cinema brasileiro, Oscarito e Grande Otelo levaram milhões de espectadores aos cinemas para ver longas de grande sucesso como “Carnaval Atlântida” (1952), de José Carlos Burle, “Matar ou Correr” (1954), de Carlos Manga, “Fantasma por Acaso” (1946), de Moacyr Fenelon e “Aviso aos Navegantes” (1950), de Watson Macedo.
À homenagem que a Cinemateca presta aos dois atores, foi acrescentado o filme “Katharsys”, de Roberto Moura, inédito no circuito comercial, que mostra a última atuação de Grande Otelo. Exibido no recente Festival de Ouro Preto, o longa foi filmado em película na virada dos anos 1990 e soterrado pelo desmanche do cinema brasileiro no governo Collor. Finalizado digitalmente neste ano de 2022, “Katharsys” é o primeiro título a ser exibido no programa.
Grande Otelo e Oscarito
A maior dupla de comédia brasileira estreou no cinema em 1935 com “Noites Cariocas” e conquistou o público com a paródia de Romeu e Julieta no filme “Carnaval no Fogo” (1949). A química e o timing cômico entre Oscarito e Grande Otelo nas telas de cinema garantiram o sucesso de várias chanchadas e ajudaram a estabelecer a Companhia Atlântida Cinematográfica como a maior produtora de filmes da época. Apesar de terem histórias de vida muito diferentes, ambos começaram suas carreiras artísticas no circo e no teatro. Talvez, daí venha a comicidade do singular uso do corpo e da cadência única da fala dos dois.
Serviço:
Homenagem a Oscarito e Grande Otelo
Cinemateca Brasileira
Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)
Área externa (400 lugares)
Largo Senador Raul Cardoso, 207 — Vila Mariana
Ingressos gratuitos e distribuídos uma hora antes de cada sessão
Sexta-feira, 15 de julho
19h00 – KATHARSYS
Apresentação do diretor Roberto Moura e do produtor Rodrigo Moraes
Brasil, 2022, 94 min, cor, digital, 12 anos
Direção: Roberto Moura
Elenco: Grande Otelo, Breno Moroni, Célia Maracajá, Vera Setta, Jesus Chediak, Sebastião Lemo
Filmado em película cinematográfica na virada dos anos 1980, o filme foi soterrado pelo desmanche do cinema brasileiro no início do governo Collor e só agora foi finalizado com ferramentas digitais. Katharsys apresenta um realizador cinematográfico (Breno Moroni) que conta as peculiaridades de três de seus filmes aos espectadores e depois os mostra, enquanto atravessa uma realidade cada vez mais instável, principalmente para um cinema de invenção, num circuito hegemonizado pelos grandes conglomerados internacionais. Um professor de história fascinado pela figura de Getúlio Vargas e pelas mulheres, menos pela sua, vive uma relação contraditória com um colega libertário que passa por graves problemas mentais – “Com Vargas na Veia”. Duas mulheres que haviam sido presas e torturadas atravessam numa véspera de Natal as ruas festivas cheias de papel picado para executar um atentado contra um grande empresário, quando matam e morrem – “Nascimento e Morte”. O realizador, quase sem meios de produção cinematográfica, dispondo só de um fotógrafo e de um só ator fazendo todos os papéis, cria personagens à sua própria imagem para falar do Rio de Janeiro – “A Propósito do Rio”. Fragilizado ele sofre a emergência de um duplo, não mais o artista, mas uma entidade, um Exu, Zé Pelintra (Grande Otelo) que, depois de formado pelas próprias tensões que percebe na cidade, transita numa realidade paralela formada só por interiores, quando retornam os personagens e as questões dos filmes anteriores. Escapando para os grandes exteriores da cidade, para suas praças, ruas e praias, as duas metades, artista e entidade, se encontram e se desafiam frente aos enigmas da virada do milênio.
21h00 – área externa – CARNAVAL ATLÂNTIDA
Brasil, 1952, 92 min, P&B, digital, 10 anos
Direção: José Carlos Burle
Elenco: Oscarito, Grande Otelo, Cyll Farney, Eliana, José Lewgoy
Sinopse: Enquanto o grande produtor de filmes Cecílio B. de Milho trabalha em um épico sobre Helena de Troia com o professor Xenofontes, especialista em história grega, os faxineiros da produtora, Piro e Miro, fingem ser detetives para conseguirem financiar sua comédia carnavalesca. Depois de muitas confusões, todos contribuem para a execução do filme.
Sábado, 16 de julho
19h00 – área externa – MATAR OU CORRER
Brasil, 1954, 100 min, P&B, 35mm, 12 anos
Direção: Carlos Manga
Elenco: Oscarito, Grande Otelo, Jose Lewgoy, Julie Bardot, Inalda de Carvalho
Sinopse: City Down é um pequeno município onde a injustiça e a impunidade reinam graças ao facínora Jesse Gordon. Mas a situação muda quando Humphrey e Bogart prendem o bandido e são nomeados xerifes do local. Tudo se complica quando Jesse Gordon escapa da prisão prometendo vingança.
Direção: Carlos Manga
21h00 – área externa – FANTASMA POR ACASO
Brasil, 1946, 104 min, P&B, 35 mm, 14 anos
Direção: Moacyr Fenelon
Elenco: Oscarito, Grande Otelo, Mário Brasini, Vanda Lacerda, Mary Gonçalves, Armando Braga, Eugênia Levi
Sinopse: Após ser atropelado por um carro, o faxineiro de uma empresa de aviação chega ao céu encontra o espírito do pai do seu patrão. Preocupado com o rumo da vida de seu filho, o espírito encarrega o faxineiro com a missão de voltar à terra como representante de uma grande fábrica de aviões para mostrar ao seu antigo patrão que ele tem feito escolhas erradas em sua vida amorosa.
Domingo, 17 de julho
19h00 – área externa – AVISO AOS NAVEGANTES
Brasil, 1950, 113 min, P&B, 35mm, livre
Direção: Watson Macedo
Elenco: Oscarito, Grande Otelo, Anselmo Duarte, Eliana, José Lewgoy, Adelaide Chiozzo
Sinopse: Um luxuoso navio parte de Buenos Aires com destino ao Rio de Janeiro. A bordo, estão Cléo, a dançarina cortejada por Alberto, o imediato do navio e o príncipe Suave Leão. Frederico, um clandestino que viaja sem passaporte, é surpreendido por Azulão, cozinheiro da embarcação que passa a explorar a situação. Durante viagem, um comunicado alerta para a presença de um perigoso espião. Todos se unem para capturá-lo, dando início a uma série de perseguições intercaladas por números musicais e desencontros amorosos.
Cinemateca Brasileira
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
Site Oficial: acesse aqui
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Twitter: @cinematecabr
Spotify: acesse aqui.
(Fonte: Trombone Comunicação)
O Campinas Shopping recebe a exposição Mundo Jurássico. De 14 de julho a 14 de agosto, o visitante poderá interagir com 12 réplicas de dinossauros em tamanho natural e até entrar em um ovo jurássico para fazer fotos. Espalhados pelos corredores do centro de compras, os dinos se movimentam e emitem sons como se estivessem em seu hábitat há milhões de anos.
O mais temido dos “animais”, o tiranossauro rex, também é o maior da mostra, com 13 metros de comprimento e 6 metros de altura. As réplicas da exposição Mundo Jurássico são obras de cientistas, artistas e educadores. Os dinos foram projetados por um grupo de engenheiros que ainda hoje incorpora novos recursos tecnológicos para tornar a interação do público com os “animais” ainda mais real.
Por dentro, os dinossauros têm esqueleto de aço reforçado e preenchimento corporal com espuma de alta densidade. Esculpidas manualmente, com aplicação de camada tripla de borracha de silicone, são pintadas com tinta à prova d’água para instalações em ambientes abertos e fechados. Os movimentos e os sons dos dinos são comandados por dispositivos elétricos e eletrônicos.
A parte científica e educativa no processo de produção das réplicas envolveu o Instituto de Geologia da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e ficou a cargo de um grupo de paleontólogos, estudiosos dos seres que viveram num passado remoto na Terra.
O trabalho da empresa Smart Mix, Brasil, responsável pela produção de Mundo Jurássico, também conta com especialistas em montagens de cenários cinematográficos, cenógrafos, museólogos e arquitetos, que criaram o visual e o funcionamento de todo o aparato da mostra.
A exposição traz textos sobre a vida dos dinossauros, a classificação das espécies, informações sobre fósseis e uma infinidade de curiosidades. O visitante do Campinas Shopping vai saber, por exemplo, que o nome “tiranossauro rex” significa “lagarto tirano rei”. Com cerca de 900 quilos, foi um dos maiores carnívoros que já pisaram na Terra.
Além do grandalhão tiranossauro rex, com 13 metros de comprimento e 6 metros de altura, a mostra traz o t-rex filhote e o t-rex rider. Estegossauro, tricerátopo, ouranossauro, espinossauro, parassaurolofo, carnotauro, amargassauro, apatossauro rider e uma dupla de paquicefalossauro também são estrelas da exposição.
Adultos e crianças que percorrerem os corredores do centro de compras poderão fotografar as 12 espécies do Mundo Jurássico. Outra parte divertida do passeio é reservada ao ovo jurássico. Com 1,20 metros de comprimento e 1,40 de altura, o visitante poderá entrar na peça para fazer fotos.
Serviço:
Exposição Mundo Jurássico
14 de julho a 14 de agosto
Segunda a sábado, das 10h às 22h; aos domingos, das 12h às 22h
Rua Jacy Teixeira de Camargo, 940 – Jardim do Lago, Campinas (SP)
www.campinasshopping.com.br | @campinasshopping
Evento gratuito.
(Fonte: MXP Comunicação)
O Teatro Procópio Ferreira, espaço cultural pertencente ao Conservatório de Tatuí, vai receber no próximo domingo, dia 17, às 16h, o espetáculo infanto-juvenil ‘O Flautista de Hamelin’ da companhia Circo Teatro Musical Furunfunfum. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia) e podem ser adquiridos via plataforma INTI ou pessoalmente na bilheteria do próprio Teatro, de terça à sexta-feira, das 13h às 16h e das 17h às 20h.
Em montagem que utiliza as mais variadas técnicas e estilos teatrais, com manipulação de bonecos, canto e música, Furunfunfum remonta a clássica história ‘O Flautista de Hamelin’. O espetáculo, que tem como referência de tempo a Idade Média, se passa após uma invasão de ratos que assola a pequena cidade de Hamelin. Um flautista misterioso aparece com a promessa de livrar os moradores da praga, porém mediante pagamento. Com a obrigação cumprida, ele volta à região para receber o pagamento, mas é ridicularizado e enganado pelas autoridades. A vingança do flautista, interpretado pelo ator Marcelo Zurawski, promete trazer fortes emoções ao público com um final surpreendente.
O Circo Teatro Musical Furunfunfum se define como uma onomatopeia com toques de sanfona que traz festa, bagunça, farra e folia em um teatro que pode ser uma mistura de baile de forró ou show de rock’n’roll. Nas montagens, o grupo utiliza música, canto e manipulação de bonecos seguindo a tradição dos atores ambulantes da Idade Média que se apresentavam em teatros, escolas, feiras e praças.
Há mais de dez anos na estrada e somando 12 espetáculos produzidos, o Furunfunfum ostenta no currículo o Prêmio APCA, na categoria de melhor autor, pela montagem de ‘Rapunzel’, em 2004. No mesmo ano, a atriz Paula Zurawski foi indicada ao Prêmio Coca-Cola Femsa por sua atuação no mesmo espetáculo.
O Furunfunfum já representou o Brasil em diversos festivais internacionais de teatro em países como Bolívia, Venezuela, Irlanda, Escócia, Espanha e Colômbia. Atualmente, o grupo tem em seu repertório os espetáculos ‘O Macaco Simão e Outras Histórias e Outras Canções’, ‘Rapunzel’, ‘Os Três Porquinhos’ e ‘A Terra dos Meninos’. A montagem de ‘O Flautista de Hamelin’ será a segunda programação infantojuvenil do Teatro Procópio Ferreira, sucedendo a sessão especial de ‘O Grivo’, que aconteceu em junho.
Serviço:
“O Flautista de Hamelin” por Furunfunfum
Data: 17 de julho de 2022, domingo
Horário: 16h
Local: Teatro Procópio Ferreira
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Ingressos: R$30,00 e R$15,00 (meia-entrada)
Ingressos podem ser retirados pela plataforma virtual INTI ou na bilheteria do Teatro, que abre de terça a sexta, das 13h às 16h e das 17h às 20h.
Classificação indicativa: Livre.
(Fonte: Máquina Cohn & Wolfe)
Por Philip M. Fearnside, Laurent Troost e Paulo Moutinho — As escolhas sobre infraestrutura devem ser feitas para que os meios de subsistência das populações amazônicas sejam fortalecidos dentro dos limites da necessária conservação ambiental. Para que isto aconteça, contudo, algumas questões-chave devem ser respondidas. A primeira é: quem se beneficia da infraestrutura planejada? Muito da infraestrutura na Amazônia claramente não foi construída para beneficiar a população da região. A infraestrutura deve ser apenas aquela que beneficie os habitantes da Amazônia e tenha mínimo impacto sobre os ecossistemas terrestres e aquáticos.
A questão seguinte trata de quem deve se beneficiar. A população da Amazônia brasileira é mais de 80% urbana e investimentos em infraestrutura precisam incluir componentes para beneficiar aqueles que vivem nas cidades. Precisa-se de empregos que tenham reduzidas demandas de energia e de recursos físicos que geram grandes custos ambientais para a paisagem circundante.
A Amazônia rural inclui povos indígenas e outros povos tradicionais, além de uma população sustentada pela pecuária e, em menor escala, pela agricultura. A pecuária tem um impacto enorme por cada emprego criado para aqueles que cuidam do gado, consertam cercas etc. O setor agropecuário industrial recebe uma variedade de subsídios governamentais diretos e indiretos (incluindo a infraestrutura). Os povos tradicionais são aqueles que têm a necessidade mais premente de serem apoiados por questões ambientais e de direitos humanos. No entanto, a maioria dos projetos de infraestrutura e outros investimentos governamentais para residentes na Amazônia rural têm como beneficiário primário o agronegócio. O caso da rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá), reconstruída para transportar soja, ilustra esta tendência.
Além das questões de para quê e para quem os investimentos em infraestrutura devem ser planejados, é preciso responder à questão sobre o que pode ser ou não considerado “sustentável”. A palavra “sustentável” implica algo que durará indefinidamente ou pelo menos por muito tempo. No entanto, a maior parte do que está sendo realizado dificilmente pode ser considerada “sustentável”. A maior parte da área desmatada é ocupada por pecuária extensiva, que degrada o solo, e manter as pastagens com base de fertilizantes encontraria limites tanto financeiros quanto físicos na escala das vastas áreas já desmatadas, sem falar daquelas que resultariam do desmatamento continuado.
Incentivar a mineração na Amazônia é uma peça central dos planos do atual governo do Brasil. A mineração é uma atividade inerentemente insustentável, já que os minérios se esgotam. O que resta quando não há mais o que minerar é o impacto ambiental da mina e o abandono da população que dela dependia. Este é o caso da esgotada mina de manganês no Amapá, onde a ferrovia e outras infraestruturas construídas pela empresa estão abandonadas e a população da cidade, criada em função da mineradora, não tem mais fonte de renda. A expectativa de vida dos projetos de mineração na Amazônia costuma ser curta: 31 anos para a proposta mina de potássio em Autazes e apenas 12 anos para a proposta mina de ouro Belo Sun.
As decisões sobre projetos de infraestrutura na Amazônia devem se basear nos impactos socioambientais gerados diante da realidade atual. O planejamento baseado na suposição de um futuro utópico, onde as normas ambientais sejam cumpridas e respeitadas, resultará na continuidade de degradação ligada a grandes obras. “Cenários de governança” construídos sob premissas irreais têm sido frequentemente usados para justificar projetos altamente prejudiciais. Isso se aplica à maior ameaça atual à floresta amazônica: a proposta de “reconstrução” e pavimentação da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho). Esta rodovia, juntamente com estradas secundárias a ela associadas, abriria a vasta área de floresta intacta que cobre a metade oeste do Estado do Amazonas à ação de grileiros, madeireiros e outros atores que promovem o desmatamento e a degradação florestal.
A busca por “infraestrutura sustentável” pode ter efeitos perversos e categorias de projetos devem ser descartadas quando, para a categoria, esses efeitos perversos excedem os prováveis benefícios de identificar e construir projetos ideais. As hidrelétricas amazônicas são um exemplo crítico. A história dessas barragens até agora tem sido uma sequência de desastres com impactos imensamente maiores do que aqueles que foram levados em consideração nas decisões. A perspectiva de encontrar o “santo graal” de uma barragem “boa” abre uma brecha que perpetua esse padrão. Mesmo que uma barragem teoricamente “boa” fosse construída ocasionalmente, o resultado de ter essa brecha é uma perda líquida para o meio ambiente e para a população da Amazônia. O relatório do Painel Científico para a Amazônia reconhece isso e recomenda contra quaisquer novas barragens na Amazônia com 10 MW ou mais de capacidade instalada, sem exceções. O maior impedimento para o desenvolvimento sustentável e de baixo impacto é a concorrência de caminhos com características opostas.
Sobre os autores:
Philip M. Fearnside é biólogo e pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em Manaus, Amazonas. Suas diversas pesquisas são unidas pelo conceito de serviços ambientais ou serviços ecossistêmicos reguladores e incluem as causas e processos de desmatamento e degradação florestal, suas emissões de gases de efeito estufa, entre outras consequências, e os impactos e a sustentabilidade de hidrelétricas, agricultura, pecuária e manejo florestal. Fearnside foi autor coordenador do Capítulo 20 e coautor dos capítulos 14, 15 e 19 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021, produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.
Laurent Troost é arquiteto belga radicado em Manaus desde 2008, fundador da “Laurent Troost Architectures”. Desenvolve projetos integrados com a natureza ou onde a natureza define espaços arquitetônicos. Ganhou inúmeros concursos e prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio de Arquitetura Akzonobel Tomie Ohtake ou o Dezeen Award. Laurent foi Diretor de Planejamento Urbano do Município de Manaus de 2013 a 2020 e, desde então, é consultor do Banco Mundial sobre cidades amazônicas. Troost contribuiu ao Capítulo 34 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.
Paulo Moutinho é doutor em ecologia pela Unicamp, estuda as causas do desmatamento na Amazônia e suas consequências para a biodiversidade, mudança climática e habitantes da região. Tem trabalhado na Amazônia brasileira há mais de 25 anos e foi cofundador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM, do qual foi Diretor Executivo por duas vezes (2006 a 2009 e 2015). Moutinho foi também cofundador do Observatório do Clima, uma rede de instituições brasileiras para o debate das mudanças climáticas. Atualmente é pesquisador sênior do IPAM. Moutinho co-coordenou o grupo de trabalho 11 e contribuiu aos Capítulos 30, 32 e 34 do Relatório de Avaliação da Amazônia 2021 produzido pelo Painel Científico para a Amazônia.
(Fonte: texto originalmente publicado no Nexo Políticas Públicas e Agência Bori)
A retomada do entretenimento no pós-pandemia tem movimentado o turismo e trazido de volta os eventos. Um dos principais eventos literários do Brasil, a 3ª Feira Literária de Tiradentes – FLITI acontecerá entre os dias 6 e 9 de outubro na cidade mineira de Tiradentes-MG.
Com curadoria de Volnei Canônica, a 3ª FLITI será em homenagem ao conjunto da obra do escritor e ilustrador Ziraldo e a celebração dos seus 90 anos de idade. A realização da Feira destaca-se como um espaço para apresentações artísticas e culturais, tais como espaço para autógrafo, ciclo de palestras, contações de histórias, apresentações culturais e eventos artísticos literários paralelos. “A FLITI propõe-se a popularizar o livro através da democratização do acesso, fomento à leitura, à arte, à cultura, além de incentivar o mercado econômico do setor. São dias de imersão no universo do conhecimento e da cultura literária”, explica Cristina Figueiredo, idealizadora do evento.
A FLITI está entre os principais eventos de difusão do livro e o incentivo ao hábito da leitura, proporcionando o contato com autores locais e do estado de Minas Gerais. A oportunidade de ler e ouvir histórias é uma importante e poderosa ferramenta de inclusão para crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência (PcD). A FLITI vem construir um novo olhar por meio da leitura e do universo literário.
Em suas duas edições, a FLITI recebeu mais de 12 mil pessoas. A expectativa para este ano é ainda maior.
Serviço:
Data: 6, 7, 8 e 9 de outubro
LOCAL: Lago das Forras, Gramado do Santíssimo Resort, Largo das Mercês e no centro de Cultura Yves Alves, localizado no Centro Histórico de Tiradentes-MG
Mais informações: (21) 96404-9863 @flitifeiraliterariatiradentes
(Fonte: Media Room Press)