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Assédio no trabalho recua, mas ainda atinge mais de 70% das mulheres

São Paulo, por Kleber Patricio

Foto: Getty Images/Unsplash+.

Uma pesquisa desenvolvida pela Catho, plataforma gratuita de empregos, identificou que o assédio enfrentado por mulheres no ambiente de trabalho recuou de 76% em 2024 para 73% em 2025, mas mantém número alto e preocupante de práticas inconvenientes direcionadas ao público feminino. O assédio moral aparece com maior representatividade, apontado por 38,2% das respondentes.

O levantamento contou com a participação de quase 7 mil mulheres, em sua maioria residentes da região Sudeste. O público desempregado corresponde 32% a mais que a edição anterior e, aproximadamente, 30% das pesquisadas não estão atuando nas áreas em que se formaram, com um aumento de 10% em relação a 2024. “Embora os números mostrem uma leve queda, o percentual de mulheres que ainda enfrentam assédio no ambiente de trabalho é alarmante. Precisamos continuar promovendo um local mais seguro e igualitário, onde todas possam desenvolver suas carreiras sem medo ou restrições”, reforça Patricia Suzuki, diretora de recursos humanos da Redarbor Brasil, grupo dono da Catho.

Além disso, outro ponto destacado pelo estudo é a migração de carreira. Das entrevistadas que querem ou fizeram transição, 64% foi motivado por melhores oportunidades e salário. Quando se trata de retenção de talentos, 68% afirmam estar sem receber promoções e méritos em sua empresa atual, fator que também pode contribuir para uma mudança significativa na carreira.

Para Suzuki, ter mulheres presentes nas organizações é um fator essencial para inovação, diversidade de pensamentos e melhores resultados, visto que, com time mais diversos, é possível gerar soluções mais criativas e refletir melhor a sociedade como um todo.

Apoio e qualificação

Ainda segundo a pesquisa da plataforma, para 60% dos pesquisados, os principais obstáculos para mulheres no mercado de trabalho são: machismo, descrédito em relação à capacidade técnica, desafios para conciliar a vida pessoal e menos oportunidades. Junto a isso, quase 100% das pesquisadas relataram que já vivenciaram preconceito no mercado de trabalho.

Para se adaptar à essa realidade, mais de 60% das mulheres que participaram do estudo informaram ser necessário se qualificar mais que os homens para alcançar cargos de liderança. “Muitas mulheres ainda enfrentam desafios constantes e se sentem desvalorizadas e sobrecarregadas quando o assunto é carreira e jornada de trabalho. A falta de reconhecimento e as barreiras para o crescimento profissional geram frustração impactam, inclusive, sua permanência nas empresas. Não podemos deixar de alertar para as companhias adotarem políticas inclusivas, investirem em qualificação e criarem ambientes que garantam oportunidades reais para ampliarmos a presença feminina”, finaliza Patricia.

Sobre a Catho

A Catho é uma plataforma gratuita de empregos, apoiando quem busca oportunidades no mercado de trabalho e quem precisa anunciar vagas de emprego. O acesso é gratuito e serviços adicionais também podem ser contratados. A Catho é uma empresa de tecnologia que aplica o que há de mais moderno para acelerar o crescimento do emprego formal no Brasil. Pioneira no segmento, a empresa que tem como propósito “Mudar a vida das pessoas por meio do trabalho”, é referência no mercado de vagas de emprego e conta com o cadastro de mais de 13 milhões de currículos e, em média, 109 mil corporações à procura de novos talentos anualmente. A partir de junho de 2024, a Catho tornou-se parte do Grupo Redarbor, empresa líder em tecnologia de RH na América Latina e o segundo grupo de sites de emprego no mundo e, com isso, passa a ter integração exclusiva com o software de RH Pandapé.

(Com Mariana Yole Pereira de Souza/MGA Press)