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Imóveis de luxo no Brasil estão no radar de estrangeiros

Campinas, por Kleber Patricio

Vista aérea da Nova Campinas, bairro nobre do município. Fotos: divulgação.

O indicador mensal da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) registrou um aumento de 58% nas vendas de unidades habitacionais no mês de julho na comparação com o mesmo mês de 2019. Também em julho de 2020, o lançamento de empreendimentos teve um crescimento de 38,2% quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Outro reflexo do bom desempenho da construção civil é a retomada de lançamentos (7,3%) e vendas (34,8%) no segmento de médio e alto padrão, chamado também de MAP. De acordo com o indicador Abrainc/FIPE, desde maio de 2014 uma tendência vem chamando a atenção do mercado: o aumento na procura de imóveis de luxo por estrangeiros e também por brasileiros que residem no exterior.

Pesquisa registra aumento na procura de imóveis de luxo por estrangeiros e por brasileiros que residem no exterior.

A construtora A.Yoshii, que possui empreendimentos de alto padrão em Curitiba, Maringá e Londrina, no Paraná, e em Campinas, também observa esse aumento no setor. “Nos dois empreendimentos lançados em Campinas, percebemos a consolidação deste movimento no volume dos negócios fechados com clientes que moram fora do Brasil. A pandemia evidenciou a busca orgânica por imóveis amplos e mais confortáveis e investir em um apartamento de alto padrão também é desejável por agregar maior tendência de valorização no mercado”, destaca o gerente de unidade da construtora em Campinas, Volney Furtado.

A valorização imobiliária dos imóveis de luxo ultrapassa as fronteiras nacionais. “Com o preço do dólar, investir no País tornou-se atrativo para brasileiros que moram no exterior e também para os estrangeiros que têm a possibilidade de lucrar com a correção da moeda americana. Há quem considere ainda o aquecimento do mercado, que favorece os investimentos imobiliários e, pensando em investimento, este ainda é um dos mais seguros”, avalia o gerente.