Atualmente, mais de 56 mil pessoas esperam por um transplante no Brasil. E o “sim” de uma só pessoa pode salvar até oito vidas. O Instituto GABRIEL, organização social sem fins lucrativos que trabalha desde 2000 para estimular a doação de órgãos e tecidos de bebês portadores de anencefalia, lançou, no dia 4 de julho, o 2° Salão de Humor sobre Doação de Órgãos.
A primeira edição do Salão de Humor aconteceu em 2008 e premiou quatro categorias de humor gráfico: Charge, Cartum, História em Quadrinhos e Caricatura. “O sucesso da iniciativa foi tão grande que os convites para que novas edições do Salão de Humor ocorressem foram constantes de lá para cá”, conta Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, presidente do Instituto GABRIEL e criadora do projeto em conjunto com Valdir de Carvalho e o cartunista Mário Mastrotti.
Desta vez, 14 anos depois da primeira edição, o evento vai premiar duas categorias: Cartum e Charge. O formato on-line busca democratizar ainda mais a participação de artistas de todo o Brasil. A expectativa é que mais de 100 mil pessoas participem. “Durante esses 14 anos da primeira edição, as obras puderam ser vistas em diversas exposições e mostras em várias cidades do país. Há alguns anos, já queríamos promover a segunda edição, mas o cotidiano sempre acabava postergando a ação. Com o falecimento de meu marido Valdir de Carvalho, no final de 2019, tornou-se questão de honra trabalhar para que o Salão acontecesse para homenageá-lo. Juntamos força e motivação com nossa equipe e aqui estamos realizando essa meta”, explica Maria Inês. O público-alvo são profissionais da área da saúde, educação, artistas gráficos, estudantes e população em geral.
Os interessados podem inscrever até três obras por categoria no site do Instituto (www.gabriel.org.br/salaodehumor/) até às 23h59, no horário de Brasília, do dia 15 de agosto. O anúncio sobre os vencedores ocorre dia 27 de setembro, Dia Nacional do Doador de Órgãos. Depois disso, será aberta uma visitação virtual às obras vencedoras. Tudo vai ser compartilhado nas redes sociais do Instituto.
A premiação vai contemplar o primeiro e segundo lugares com valores em dinheiro de R$1 mil e R$500,00, respectivamente. Serão, ainda, destinadas três menções honrosas por categoria. O corpo de jurados escolhido pela organização do evento é formado por profissionais de saúde, da área de captação de recursos e transplantes de órgãos, com nomes de expressão no setor, que são: Alexandro Andreolli, Bruno Deltreggia Benites, Gustavo Fernandes Ferreira, João Luiz Erbs Pessoa, Helder José Lessa Zambelli, Lucio Filgueiras Pacheco Moreira, Marcelo Mion, Marilda Mazzali, Tadeu Thome e Walter Duro Garcia. Eles vão julgar as obras que terão maior impacto junto à comunidade e, claro, que também tenham uma boa dose de humor para chamar a atenção, de forma lúdica, para a importância da causa, que é a doação de órgãos.
Para Maria Inês, presidente do Instituto GABRIEL, a expectativa é de que a segunda edição do evento seja capaz de inspirar ainda mais artistas a produzirem obras que levem mensagens positivas e sensibilizem as pessoas. “Esperamos conscientizar cada vez mais a sociedade sobre a importância da doação de órgãos como um gesto de solidariedade que salva vidas”, diz.
Na primeira edição, o evento recebeu 250 obras de todo o Brasil, em quatro categorias. A expectativa para esta edição é que sejam inscritas 400 obras. Mais informações podem ser obtidas em www.gabriel.org.br/salaodehumor/ ou pelo WhatsApp (19) 98700-0466.
Sobre o Instituto Gabriel
O Instituto GABRIEL é uma organização social sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem à Gabrielle de Azevedo Carvalho, que nasceu com anencefalia (ausência de cérebro), no dia 24 de maio de 1998. Gabrielle foi o segundo bebê do casal Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho e Valdir de Carvalho a apresentar a má formação congênita. Dez anos antes, eles já haviam perdido outra filha em decorrência do mesmo problema.
Maria Inês e Valdir optaram por manter a gestação de Gabrielle até o final para, após o nascimento do bebê e seu inevitável falecimento, efetuar a doação de seus órgãos na tentativa de ajudar crianças que aguardavam por um transplante. Entretanto, a doação não pôde acontecer em virtude de uma omissão na lei brasileira em vigor naquela época, que não previa a doação de órgãos de bebês portadores de anencefalia.
O Instituto GABRIEL iniciou, então, um trabalho para que a normatização das doações acontecesse. Isto só se concretizou parcialmente em 2 de março de 2007, com a portaria do Ministério da Saúde, mas que ainda não atende por completo às necessidades desse tipo de doação.
No decorrer dos anos, o Instituto GABRIEL se especializou em desenvolver projetos para o incentivo à doação de órgãos e tecidos, como, também, de prevenção das malformações congênitas e das principais causas de doenças que levam ao transplante. Mais informações: www.gabriel.org.br.
(Fonte: DePropósito Comunicação de Causas)