A Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Centro de Operações contra a Dengue, firmou uma parceria com a AEAI (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Indaiatuba) em comunicação e informação no âmbito do controle do Aedes aegypti para o setor da Construção Civil. O objetivo é orientar os cuidados para diminuir a proliferação do mosquito que transmite a Dengue, Chikungunya e Zika vírus nas construções distribuídas pela cidade, ambientes que podem conter vários tipos de criadouros específicos trazendo um risco para os colaboradores da obra quanto para a população residente adjacente às obras.
Nas experiências do trabalho municipal em ações voltadas aos imóveis em obras e reformas prediais, são encontrados vários tipos de criadouros; os principais são: latas, masseiras, fosso de elevadores, copos e garrafas descartáveis, alumínio de marmitex e piscinas em construção. “Essa divulgação pela AEAI vai trazer mais um parceiro de grande peso e importantíssimo na luta na prevenção das arboviroses no nosso município”, comenta o coordenador do Programa Municipal do Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti, que complementa: “Entende-se que a presença de imóveis com essas características em áreas povoadas potencializa o risco de circulação viral pela maior oferta de fêmeas do mosquito. A complexidade do trabalho no local justifica a execução diferenciada das vistorias rotineiras para controle nos demais imóveis”.
O presidente da AEAI, engenheiro Alexandre Romão, destaca a importância da parceria: “Entendemos que a participação de toda a sociedade na luta contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti é de suma importância. O controle da transmissão destes agravos depende de ações articuladas entre as esferas de governo e, com participação da sociedade civil, esse projeto de parceria vai auxiliar na divulgação e orientação quanto a minimizar a produção de formas adultas do mosquito em imóveis em construção distribuídos pelo espaço urbano, tanto em obras em andamento quanto em obras paradas por longos ou curtos períodos de tempo, lembrando que todos nós temos que fazer nossa parte neste processo de saúde”, diz Romão.
A transmissão de Dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente. A questão tornou-se ainda mais desafiadora nos últimos anos, quando foi confirmada a circulação no Brasil dos vírus causadores da febre Chikungunya e da Zika, trazendo uma complexidade enorme às ações de gestão a saúde pública pela associação do Zika vírus à microcefalia, também desencadeando problemas neurológicos pela Síndrome de Guillain Barré.
No estado de São Paulo, assim como no Brasil e no mundo, a dengue tem sido motivo de grande preocupação por parte do poder público em função do dano causado à população, especialmente no que se refere à ocorrência frequente de epidemias, bem como de casos graves e óbitos.